Olhos abertos para ver, ouvidos para ouvir e coração para sentir


Vocação: Olhos abertos para ver, ouvidos para ouvir e coração para sentir


Disponibilidade para enxergar, escutar e sentir: esse é o primeiro passo do discernimento vocacional. Por inteiro, é preciso se colocar em modo de atenção, uma vez que Jesus fala de diversos modos.

A oração é uma ferramenta imprescindível nesse processo de sintonia entre os seus sentidos e o convite do Pai. É pela fé e, tão somente por ela, que a estrada escura pode tornar-se iluminada, a fim de que vejamos, com clareza, a rota de Deus.

A verdade é que o Senhor sabe como tocar em nosso coração. Todavia, escutar não é o suficiente. É preciso responder Àquele que fala, assumindo e manifestando nossa adesão à vontade divina.


     Os tipos de vocação


tipos de vocação


Os caminhos para os quais Deus convoca seus filhos são incontáveis. Logo, são diferentes os tipos de vocação que nos permitem tornar viva a obra Dele. Mas, basicamente, elas são identificadas na divisão de três grupos:

  1. Vocação matrimonial ou laical: pode ser vivida por leigos batizados que participam da comunidade cristã por meio da Igreja. Seja através de um ministério familiar ou ações missionárias, diversos propósitos de vida podem ser assumidos nesta área vocacional;

  2. Vocação sacerdotal: diz respeito as pessoas que são chamados a anunciar o Evangelho e guiar a comunidade rumo ao caminho de Deus. Aqui estão os diáconos, presbíteros e bispos;

  3. Vocação religiosa: vivenciada por pessoas que se consagram a Deus por meio de votos religiosos, tais como pobreza, obediência e castidade. Geralmente, servem a Cristo dentro de uma congregação religiosa.

    Texto: Congregação dos Irmãos Maristas.







Igreja – Povo de Deus


A palavra Igreja vem do grego “ek-kalein” que significa chamar, reunir. Igreja quer dizer convocação. É uma comunidade, assembléia dos chamados e eleitos por Deus, para viver e anunciar a vida e a Mensagem de Jesus Cristo. Foi Ele mesmo que instituiu a Igreja para ser o Reino de Deus. Serviu-se com as parábolas para explicar a natureza e a missão da sua Igreja. Comparava-a com um rebanho do qual Ele mesmo é o Pastor. Comparava-a com a Vinha eleita, com a Videira que é a fonte da vida, com um Redil cuja única porta é Ele mesmo. Também comparava-a com uma construção sobre a rocha.

A Igreja é um mistério. Ela é uma nova maneira da presença do Cristo vivo no meio de nós. É o Corpo Místico de Cristo (1Cor 12,12-27), do qual Ele é a cabeça e os fiéis são os membros. A sua força vital é o Espírito Santo, chamado também como “Alma da Igreja”. “A Igreja é, em Cristo, como que o sacramento ou sinal e instrumento de íntima união com Deus, e da unidade de todo gênero humano” (LG 1). O primeiro objetivo da Igreja é ser o sacramento da unidade. Ela é o instrumento de Cristo que quer amar, salvar e reunir todos os povos em uma só família. Todos os membros da Igreja são responsáveis por Ela, pelo seu crescimento espiritual e pelas suas necessidades materiais.

Para pertencer à Igreja não basta ser apenas batizado. “Quem é da Igreja participa da sua vida, das suas orações, das suas reuniões, dos seus problemas, da sua missão. Não participar da vida da Igreja é excluir-se da Igreja (LG 1).


A verdadeira Igreja de Cristo


Jesus Cristo instituiu uma só Igreja (Mt 16,18) e uma só poderá ser a verdadeira. O Concílio Vaticano II, na Constituição “Luz dos povos” (LG), diz: “a única Igreja que confessamos como Igreja uma, santa, apostólica é a Igreja Católica”. Seria, então, um grande erro dizer que não há diferença pertencer à Igreja Católica ou a qualquer uma outra, chamada por exemplo de “evangélica”. Todos devem amar a Igreja de Cristo, edificá-la com todas as forças e empenhar-se na sua missão de levar a Boa Nova de Jesus aos que vivem na escuridão do erro e pecado. Ser membro da Igreja significa comprometer-se com a Igreja.