Você está em dúvida sobre qual é sua vocação?




Outro dia, meu filho de 5 anos me disse: “Mãe, quando eu crescer vou ser veterinário de zoológico, vou casar e ter 5 filhos”. Na hora dei risada e lhe respondi: “Filho, falta muito tempo ainda, você pode mudar de ideia”. Mas, ele foi categórico em afirmar seus planos já pré-estabelecidos.


Jaqueline Moreira
Consagrada da Comunidade Católica Pantokrator



Isto é Vocação ?



Fiquei pensando quantas dúvidas existem acerca da vocação! Quantas vezes nós, já adultos e formados, não temos certeza sobre qual caminho seguir ou se as escolhas que fizemos foram certas.

Por isso, gostaria de lhe propor a ir muito além de uma simples reflexão – caso ou compro uma bicicleta.

Proponho perguntar a Deus: “Quais são os teus planos para mim? O que tu sonhastes para mim?”.

Nesta pergunta, ou antes dela, cabe uma reflexão se alguma vez você perguntou a Deus qual é sua vocação, pois esse é o chamado mais profundo e íntimo que Ele designou para você antes mesmo de nascer.

Sim, Deus te projetou para algo que somente você pode realizar e a vocação é algo a ser decifrado, uma trilha a percorrer, um caminho que só é descoberto quando damos passos nessa direção.

Como uma mata fechada que espera o explorador, nesta exploração é possível perceber coisas jamais vistas, novidades e tesouros impensados, que só quando enveredar por essas matas vai ser capaz de descobrir.

Este é um mistério que somente você pode descobrir! Seu chamado de ser e agir é único e irrepetível.

Talvez você se questione nesse momento: “Que loucura isso, já estou vivido, já escolhi meu estado de vida (matrimônio, sacerdócio ou celibato) e profissão. O que mais preciso descobrir?”.

Alguns acham que o chamado a uma vocação é algo restrito aos padres e religiosos, mas isso é um engano porque cada homem foi criado por Deus a uma vocação específica. A um chamado à liberdade. A vocação cristã diz respeito a todo batizado que quer viver autenticamente e na radicalidade do seu batismo – como leigo, leigo consagrado, sacerdote ou celibatário.

A pergunta deve ser: “Como posso te amar mais, Senhor?”.

Eu, Jaqueline como leiga, esposa e mãe de 3 filhos, assim como os discípulos, perguntei a Jesus: “Onde vives?”. E a resposta foi a mesma que os discípulos receberam: “Vinde e vede!”.  (cf. Jo 1,38-39)

Senti-me impelida a dar a minha vida. Como toda decisão feita na juventude, ela precisou ser regada com uma dose de fé, cuidada e zelada. Como uma plantinha que cresce, precisou mudar de vaso e, muitas vezes, ser adubada.



Hoje vivo como leiga que deu sua vida e sua família pelo Reino, pela Igreja. E isso é possível porque já estava inscrito em minha vida, porque Deus pensou isso para mim e me capacitou a dizer “Sim!”. E, me capacita até hoje.

Deus não nos pede nada que não podemos suportar e, como São João Paulo II disse: “Deus não nos tira nada. Ele nos dá tudo”.

Encontrar a vocação é descobrir para que viemos ao mundo, para que Deus nos criou.  Se descobrirmos isso, descobriremos o sentido do nosso existir e o caminho da nossa mais plena realização.

Vivemos muito tempo frustrados e insatisfeitos, sem sentido para a vida, mas vivemos assim porque ainda não descobrimos nosso chamado mais profundo, onde de fato nos realizaremos plenamente.

Mas, a realização plena, a autorrealização se dá quando descobrimos que existe algo que Deus pensou para nós, uma missão pessoal, um chamado íntimo que Ele fez e pensou para cada um, individualmente. Somente nos realizamos quando o caminho que trilhamos coincide com o projeto de Deus e, aí, podemos nos comprometer com Ele, dando nosso melhor, alcançando a plenitude, um maior grau de santidade.

Como descobrir a vocação?

Na verdade, desde pequenos deveríamos ser estimulados a refletir sobre isso. Deveria fazer parte do desenvolvimento humano desde a infância aspirar a nossa vocação, e isso deveria ser amadurecido gradativamente para que, chegando a juventude, o momento das escolhas, pudéssemos nos questionar com maturidade.

Tendo plena consciência dos limites e fraquezas, também dos dons e capacitações, seria muito mais fácil dizer sim a algo radical, a uma vocação, a um chamado porque seríamos capazes de assumi-lo com responsabilidade e determinação.

A partir do momento que a pessoa faz o discernimento de sua vocação na fase adulta, ela pode definir seu estado de vida, que deve ser coerente com a própria vocação. Assumindo a vocação e o estado de vida, então, ela pode trilhar o caminho que Deus pensou para ela.

Mas, não é esse o caminho natural, não somos educados e nem educamos nossos filhos para se questionarem sobre tem um chamado, uma vocação. Na verdade, educamos para que eles decidam-se por algo que gostem, que lhes dê dinheiro e conforto.

Só que a descoberta da vocação, muitas vezes, não traz conforto. Ela desinstala, exige renúncia e cruz. Afinal, foi assim que Jesus nos ensinou: “Quem quiser me seguir, tome sua cruz e siga-me” (Mt. 16,24).

Exige, muitas vezes, que andemos na contramão dos planos predeterminados para nós; exige que os renunciemos, para que possamos descobrir e ouvir a voz de Deus que nos chama.

Vocação profissional um caminho de santidade

Mesmo dentro da profissão que você tem certeza que é sua vocação, você pode santificar e transformar a maneira de exercê-la, sendo santo no mundo.

Um grande exemplo dessa santidade através da profissão é São José Moscati, médico, que sentiu que seu chamado à medicina ia muito além de um atendimento às pessoas, mas era seu dever amar cada doente e dar a vida por eles.

Mas, isso só é possível descobrir, como disse acima, perguntando para Jesus e, a partir daí, fazer o discernimento vocacional junto com um diretor espiritual, um padre ou leigo amadurecido na fé, que possa lhe ajudar e direcionar.

Isso exige que você tenha fé e intimidade com Deus para escutá-lo. Exige muito mais decisão de seguir aquilo que o Senhor te aponta.

Talvez a pergunta que te inquiete nesse momento seja esta: “Mas, onde e como devo procurar a minha vocação?”. O primeiro passo é a oração e a intimidade com Deus: “Fala, Senhor, que teu Servo escuta”, como nos fala a palavra em 1 Samuel 3,10.

E depois, percebendo os movimentos e carismas que há na Igreja, inspirados pelo Espírito Santo, que são um socorro ao povo de Deus.

Existem inúmeras vocações na Igreja, manifestações, maneiras de dar-se mais a Deus e ao seu povo. Existe um lugar com o qual o teu coração se sentirá unido e perceberá que aquele povo é o teu povo, que aquele carisma, que a missão daquela comunidade te inspira te toca também.

Existe um carisma, movimento ou pastoral que vive daquela maneira que você sempre aspirou e desejou viver. Podemos dizer, de maneira bem simples, que existe um lugar na Igreja que combina com você.

Para a descoberta da vocação é necessário duas vozes: uma que Chama: “Samuel, Samuel” e outra que responde: “Fala, Senhor, que teu servo escuta”.

Deus te chama, Ele tem te chamado a seguir uma vocação! Não tenha medo de escutá-lo, não adie sua felicidade plena, não tenha medo de dizer “sim”, de responder aos apelos do Senhor.



Jaqueline Moreira
Consagrada da Comunidade Católica Pantokrator


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Olha o que Deus fez comigo!

Nossa Senhora na Vida da Família.


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Palestra:


  MARIA   NOSSA FAMÍLIA MISSÃO:
Vocação E A Nossa Vocação?  Ter fé
Espiritualidade E A nossa Vivência da fé? Viver a fé
Solidariedade  Como exercemos o amor? Expandir a fé
Discipulado  Somos discípulos? Profética
Família Sagrada   Em que nos espelhamos? Sacerdotal
Ma.–Rainha da Família  Devoção: amar Real-Pastoral

ABERTURA


Falar em Maria e seu envolvimento com a família é algo muito especial.Cada ação que conhecemos da nossa querida Mãe é um ensinamento. São exemplos perfeitos sobre os quais devemos refletir mais para podermos conduzir melhor nossas famílias.

A nossa devoção a Ela se baseia no amor. E amar a Maria é fazer o que Ela deseja e evitar o que lhe desagrada. Quem ama se volta para a pessoa amada, alegra-se e está disposto a tudo por quem ama. E amar Maria faz com que cresçamos na humildade e na confiança em Deus.


ANUNCIACION DE MARIA


  1. O MISTÉRIO DA ANUNCIAÇÃO

Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra”(Lc.1,38). Partindo do “SIM” confiante de Maria, relativamente à encarnação de Jesus Cristo, contemplamos o mistério da Anunciação, um dos mais importantes da nossa fé.

“Não temas Maria, pois encontrastes graças diante de Deus!” Juntamente com a anunciação, queremos lembrar, também, o mistério divino e humano, que é a nossa vocação. Eis o elemento essencial da vocação, não temer, seja para o sacerdócio, para a vida, para uma missão, para uma profissão, para o matrimônio, ou para a maternidade, porque o temor que sempre acompanha o ser humano precisa ser superado, e nisto seremos ajudados como aconteceu com Maria.


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  1.  FÉ E ESPIRITUALIDADE 

Seguindo os passos de Maria na visita a sua prima Isabel, percebemos o modo de sua espiritualidade rica e prática. É sentimento puro e verdadeiro. É algo que vem de Deus.

Com essa espiritualidade, a pessoa se torna sensível, positiva, otimista, encantadora, hospitaleira e ama incondicionalmente. Sai de si, vai ao encontro, provoca o encontro.

 Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança se agitou no ventre, e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. E com grande grito exclamou:

Bendita és tu entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre! Como posso merecer que a mãe do meu Senhor venha me visitar. Bem aventurada aquela que acreditou, porque vai acontecer o que o Senhor lhe prometeu”.

Assim falou Isabel, respondendo a saudação de Maria. São palavras inspiradas pelo Espírito Santo (Lc 1,41) e focalizam a virtude principal de Maria: A FÉ, vivida numa profunda espiritualidade.

 A situação de mãe não beneficiaria em nada se não tivesse gerado Cristo no coração mais que no corpo. Não era fácil acreditar que Deus pudesse assumir a forma humana e morar entre nós(Jo.1,14). Maria acreditou neste projeto de Deus, que parecia impossível.

Nós, casais cristãos, também somos chamados para a mesma atitude de fé que leve a olhar, corajosamente, além das possibilidades e limites humanos. E que a exemplo de Maria, tenhamos sempre uma fé forte e solidificada.

Naquela visita, da parte de Maria, ocorre a exaltação do belo cântico conhecido como Magnificat. (Lc. 1,39-56). “A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador; porque atentou na humildade de sua serva; pois eis que desde agora todas as gerações me chamarão Bem – aventurada, porque me fez grandes coisas o Poderoso; E Santo é o Seu Nome. E a sua misericórdia é de geração em geração sobre os que o temem. Com o seu braço agiu valorosamente. Dissipou os soberbos no pensamento dos seus corações. Depôs do trono os poderosos, e elevou os humildes. Encheu de bens os famintos, e despediu vazio os ricos. Auxiliou a Israel, seu servo, recordando-se de sua misericórdia, como falou a nossos pais, para com Abraão e sua posteridade, para sempre.”

 Com o Magnificat Maria mostra que tinha uma verdadeira e bela espiritualidade. A consciência social de Maria é impressionante. Ela sabia que “Deus ouve os gemidos dos humilhados e os temores dos angustiados”. Para ela, tais pessoas serão exaltadas em tempo oportuno, enquanto os poderosos serão derrubados do seu trono.

 Os que pisam e oprimem perderão seu domínio. Não se sustentarão.Maria é consciente das injustiças humanas, mas não instiga a violência, não encoraja o ser humano a fazer justiça com as próprias mãos. Ela entrega essa tarefa a Deus.

A mulher que iria educar o filho que se tornaria uma fonte de luz para os povos não podia ter uma espiritualidade dogmática, radical, rígida. Era uma religiosidade diferente da religiosidade de sua época, inclusive de espiritualidades de gerações futuras.

Na grande experiência de Maria vale a sensação de doação, da compreensão, da oração, até do martírio. Não tem espaço para o egoísmo, para ao individualismo, para o relativismo, para os interesses pessoais, que são chagas destruidoras da harmonia familiar nos tempos atuais.

 Maria nos mostra os alicerces de uma autêntica espiritualidade libertadora, dentro dos valores do evangelho. Numa vida conjugal que respeita, que é sensível, que é fiel, que perdoa, onde existe o diálogo, a oração, a meditação,  a reflexão sobre a palavra de Deus, a comunhão de vida totalmente tomada pelo amor  incondicional.

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3. MARIA – MODELO DE AMOR E SOLIDARIEDADE

O comportamento de Maria na festa de casamento de Caná da Galiléia, quando ela se preocupou com a família dos noivos com a falta de vinho, e, ao procurar seu filho Jesus, provoca a ocorrência do primeiro milagre, a transformação de água em vinho, quando determina: ”Fazei tudo o que Ele vos mandar”, nos diz muito.

Bem como já vimos na visita a Isabel, porque ela estava grávida de seis meses e precisava de ajuda, vem nos mostrar que da fé e da esperança nasce o amor para com o próximo. Toda a existência humana tem seu valor pela qualidade deste amor.

Maria é nosso modelo na solidariedade que deve nos comprometer no engajamento em favor do próximo, seja envolvendo familiares, vizinhos, amigos e todos os que passam necessidades, pois a caridade não tem limites


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  1.  MARIA – PRIMEIRA DISCÍPULA DE JESUS

Na vida de Maria em plena obediência ao plano de Deus, conforme ela mesma falou: “Faça-se  em mim conforme a tua palavra”, Maria apresenta-se como a primeira discípula, a primeira seguidora de Cristo.

O próprio Jesus confirma isto quando é informado da presença de sua mãe e outros parentes que estão a sua procura. Ele exclama: Quem é minha mãe? Quem são meus irmãos, e Ele mesmo responde: Todo aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.(Mt.12, 46-50). Quem mais do que Maria fez a vontade do Pai?

Outra passagem contida em Lucas cap. 11, 27-28, apresenta uma mulher que diz em alta voz: “Feliz o ventre que te carregou, e os seios que te amamentaram”. Ao que Jesus responde: “Mais felizes são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática”. Quem mais do que Maria ouviu a Palavra de Deus e a pôs em prática?

Certamente não foi fácil para Maria ser Discípula de Jesus. Basta pensar que este caminho passa pela morte do Calvário. E Maria acompanhou seu Filho no caminho do Gólgota, e esteve como Mãe dolorosa, junto a Ele ao pé de sua cruz.

Estava certo Simeão quando afirmou a Maria no Templo quando da consagração de Jesus no Templo em Jerusalém: “Eis que este menino vai ser causa de queda e elevação de muitos em Israel. Ele será sinal de contradição. Quanto a você, Maria, uma espada há de atravessar-lhe a alma (Lc.2,34-35).


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  1.  A SAGRADA FAMÍLIA E A NOSSA FAMÍLIA

A sagrada família é proposta pela Igreja como modelo de toda família cristã. Primeiramente, pela supremacia de Deus profundamente reconhecida na casa de Nazaré.

Deus está sempre em primeiro lugar, tudo lhe é subordinado! O sofrimento é abraçado com profundo espírito de fé. Vêem em cada circunstância a manifestação de um plano divino, embora muitas vezes envolto em mistério.

Quando a vida de uma família é inspirada em semelhantes princípios, tudo corre em perfeita ordem. A obediência a Deus e às suas leis leva os filhos a honrarem os pais, estes a amarem-se e compreenderem-se mutuamente e a quererem bem aos filhos, educando-os em um clima de amor e confiança.

 O Evangelho põe em relevo a inconfundível fisionomia espiritual da Sagrada Família. Maria e José ao apresentarem Jesus no Templo, mais do que cumprir uma formalidade segundo a lei judaica, renovaram a Deus a oferta de sua submissão.

Em nossos dias são muitos os fatores que condicionam a vida familiar, podendo eventualmente distorcer a educação e formação dos filhos.Vemos o materialismo que tenta afogar a fé, tornando ídolos o poder, o dinheiro e o prazer. Corrompendo as pessoas e destruindo progressivamente a fortaleza das famílias.

As famílias católicas são chamadas assim, a transmitir aos seus membros mais novos uma fé eclesial que os diferencie como cristãos católicos. Os casais têm, por isso, uma particular responsabilidade perante a Igreja.

 Responsabilidade cada vez mais difícil de levar a diante, num contexto social e cultural que promove a indiferença religiosa ou apresenta o ateísmo como atitudes “sensatas” e “esclarecidas”


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  1.  MARIA – RAINHA DA FAMÍLIA

Deus quis entrar na história por meio de uma família. Maria só pode ser considerada Rainha por que deu à luz o Rei dos reis. E a Virgem Maria, sendo a Mãe da Igreja, seja também a Mãe da “Igreja doméstica”.

 Ser Igreja-Família significa viver no lar as três grandes características do todo batizado: ser profeta, sacerdote e pastor.

Ser profeta no lar significa cultivar a Palavra de Deus. A Igreja-família lê, medita, partilha e pratica a palavra. Não basta ter devoção à Palavra, deixando a bíblia aberta em um Salmo qualquer. É preciso ler.

Ser Profeta no Lar é educar os filhos na fé. Os esposos prometem isso no dia do seu casamento. Não basta mandar os filhos para a catequese. É preciso, desde pequenos, ensinar-lhes as primeiras orações, levar o filho à Igreja, rezar em casa.

Ser Sacerdote no lar é torná-lo um lugar de orações.  Há momentos mais fortes de oração em família. A noite de Natal é um deles. Não basta trocar presentes. É preciso sentir Deus presente. Se a família é cristã, como o Natal pode ser pagão? Em algumas famílias a ceia de Natal em peru e árvore… Tem até Papai Noel. Nem sempre tem presépio e, pior, às vezes falta uma breve oração.

Em nossas casas se reza antes das refeições? E quando morre um familiar, o que se faz no velório? Famílias que são Igreja tiram um tempo para rezar algumas dezenas do Rosário.

Ser Pastor – Servidor no lar é tornar a Igreja Família num espaço da Pratica do Amor. Um espaço da prática do serviço entre seus membros. Pai e mãe são pastores deste pequeno rebanho. A primeira e principal Pastoral de todo marido e mulher é em sua própria casa.    

Ser profeta – significa cultivar a palavra de Deus no Lar – Educar os filhos na fé;

Ser sacerdote –  torna o lar local de orações – diariamente e momentos fortes;

Ser pastor –  torna o lar local de amor e serviço – primeira pastoral

Fonte: Severino Alves

http://severinoalves.blogspot.com.br/

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OUTRAS INDICAÇÕES:


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Vós Sois a luz do Mundo !



Eu sou a luz do mundo




1.

Levanta-te, sê radiosa, eis a tua luz! A glória do Senhor se levanta sobre ti. 2 – Vê, a noite cobre a terra e a escuridão, os povos, mas sobre ti levanta-se o Senhor, e sua glória te ilumina.   (Is 60.1-2).



As Escrituras, entretanto, não dizem que apenas as pessoas que cometem muitos crimes horrendos é que vivem nas trevas, pois lemos: “… a escuridão [cobre] os povos”. Isso significa que todos os povos do mundo vivem em trevas.

A escuridão é algo terrível, porque ela impede que vejamos qualquer coisa. Por exemplo, se você entrar no porão de uma casa ou em outro lugar escuro durante a noite, sem dispor de uma luz, correrá sério perigo de se machucar. É isso que a Bíblia nos comunica: todas as pessoas na terra estão em sério perigo, não apenas em sua vida presente, mas também quanto à eternidade. Portanto, é extremamente importante que você se chegue à luz.

Quando Jesus, a luz do mundo, o Verbo (a Palavra) de Deus, fez-se carne e habitou entre nós, Ele ofereceu a luz a todos, dizendo: “Eu sou a luz do mundo” (Jo 8.12). João, porém, declarou: “A luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.” (João 1.5 ).

Por que as trevas não a compreendem?

– Encontramos a resposta para essa importante questão em

(João 3.19-20): “Ora, este é o julgamento: a luz veio ao mundo, mas os homens amaram mais as trevas do que a luz, pois as suas obras eram más. Porquanto todo aquele que faz o mal odeia a luz e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas. “.

Eu vim como luz para o mundo, a fim de que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas. (João 12:46)

Ele é a luz do mundo, assim como o sol é para todo o sistema solar, o centro da luz, do calor, da vida e da fertilidade. Jesus é, moralmente, para o mundo. N’Ele estava a vida, e a vida era a luz dos homens, (João 1: 8,9) Ele não era a luz, mais veio para testificar da luz. Ali estava a luz verdadeira de Deus, que ilumina a todo homem que vem ao mundo…

15. A fim de serdes irrepreensíveis e inocentes, filhos de Deus íntegros no meio de uma sociedade depravada e maliciosa, onde brilhais como luzeiros no mundo, a ostentar a palavra da vida. (Filipenses 2,15)

O cristão também deve ser Luz do Mundo, pois ele tem que iluminar o caminho da verdade para os que estão em trevas. Do que adiantaria uma luz acesa sob a luz do dia? O significado de ser Luz do Mundo é justamente porque o mundo está em trevas! E o cristão tem que brilhar.

“Assim brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus”. (Mateus 5:16).

Então essa luz não pode, estar apenas por aparências! Repare bem no que Jesus disse: “Assim brilhe a vossa luz diante dos homens…” Ora, uma luz por si só já brilha! Porque Ele ordenaria ainda que brilhasse diante dos homens? A resposta vem logo adiante: “Para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus”. É para que os homens vejam suas boas obras. Suas pregações e palavras, são uma boa obra! Se a LUZ fosse apenas por aparência, beleza exterior, falar bonito o português, estatura, comportamento, é então o sino que tine, não teria valor!

O povo que vivia nas trevas viu uma grande luz; sobre os que viviam na terra da sombra da morte raiou uma luz.

Quebra-gelo: Lance estas perguntas para a participação de todo o grupo: Para que serve a luz? (idéias a serem ventiladas pelo líder, caso não sejam colocadas pelos discípulos – para iluminar, aquecer, esclarecer, dar segurança, trazer vida, saúde, direcionar, alegrar o ambiente…). Podemos viver sem luz? De todos os seres vivos do planeta, pouquíssimos são os que podem viver sem a luz. Para o ser humano a luz é crucial.

Transição: Espiritualmente, milhões de pessoas vivem imersas em verdadeira escuridão espiritual. Por isso Jesus disse as palavras de João 8:12 (leia junto com os discípulos) Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida.

a) Uma vida é tomada por trevas enquanto dominada pelo pecado. Infelizmente há muitos que preferem continuar nas trevas porque não querem abandonar o pecado! Isto é claro em Jo 3:19-21: Este é o julgamento: a luz veio ao mundo, mas os homens amaram as trevas, e não a luz, porque as suas obras eram más. Quem pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz, temendo que as suas obras sejam manifestas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, para que se veja claramente que as suas obras são realizadas por intermédio de Deus.




A vida estava nele e a vida era a luz dos homens. A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela. (João 1:4-5)

O povo que jazia em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região e sombra da morte resplandeceu-lhes a luz. (Mateus 4:16)

Porque Deus, que disse: Das trevas resplandecerá a luz, ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo. (2 Coríntios 4:6)

I Leitura: Isaías (Is 8, 23b—9,3)

Na Galiléia, o povo viu brilhar uma grande luz

23bNo tempo passado o Senhor humilhou a terra de Zabulon e a terra de Neftali; mas recentemente cobriu de glória o caminho do mar, do além-Jordão e da Galiléia das nações. 9,1O povo, que andava na escuridão, viu uma grande luz; para os que habitavam nas sombras da morte, uma luz resplandeceu. 2Fizeste crescer a alegria, e aumentaste a felicidade; todos se regozijam em tua presença como alegres ceifeiros na colheita, ou como exaltados guerreiros ao dividirem os despojos. 3Pois o jugo que oprimia o povo, – a carga sobre os ombros, o orgulho dos fiscais – tu os abateste como na jornada de Madiã. Palavra do Senhor!


Semeando a cultura de Pentecostes





O Amor é o Bem Maior.


É difícil ficar indiferente a esta passagem do evangelho se confrontarmos com a sinceridade de nosso coração. (São Marcos, 10, 17 a 27)


17. Tendo ele saído para se pôr a caminho, veio alguém correndo e, dobrando os joelhos diante dele, suplicou-lhe: “Bom Mestre, que farei para alcançar a vida eterna?” 18. Jesus disse-lhe: “Por que me chamas bom? Só Deus é bom. 19. Conheces os mandamentos: não mates; não cometas adultério; não furtes; não digas falso testemunho; não cometas fraudes; honra pai e mãe.” 20. Ele respondeu-lhe: “Mestre, tudo isto tenho observado desde a minha mocidade.” 21. Jesus fixou nele o olhar, amou-o e disse-lhe: “Uma só coisa te falta; vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me. 22. Ele entristeceu-se com estas palavras e foi-se todo abatido, porque possuía muitos bens. 23. E, olhando Jesus em derredor, disse a seus discípulos: “Quão dificilmente entrarão no Reino de Deus os ricos!” 24. Os discípulos ficaram assombrados com suas palavras. Mas Jesus replicou: “Filhinhos, quão difícil é entrarem no Reino de Deus os que põem a sua confiança nas riquezas! 25. É mais fácil passar o camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar o rico no Reino de Deus.” 26. Eles ainda mais se admiravam, dizendo a si próprios: “Quem pode então salvar-se?” 27. Olhando Jesus para eles, disse: “Aos homens isto é impossível, mas não a Deus; pois a Deus tudo é possível.


Gravuras do evangelho o novo testamento 244 Cristo e o Jovem Rico

Gravuras do evangelho o novo testamento 244 Cristo e o Jovem Rico


LIBERTE-SE AGORA MESMO !



Ninguém pode duvidar das boas intenções deste jovem que se aproximou de Jesus para fazer uma pergunta: “Bom Mestre, que devo fazer para herdar a vida eterna?” (Marcos 10.17). Como Marcos nos escreve, é claro que o coração tinha necessidade de alguma outra coisa a mais em sua vida, é fácil supor que, como um bom israelita sabia muito bem o que a lei diz sobre isso, mas por dentro havia uma preocupação, um preciso ir mais além e, portanto, desafia Jesus.

Em nossa vida cristã diária, devemos aprender a superar essa visão que reduz a fé a uma mera questão de cumprimento de obrigações relacionadas à lei. A nossa fé é muito mais do que isso. É um compromisso de coração a alguém, que é Deus. Quando colocamos o nosso coração em alguma coisa, vai também a nossa vida e, no caso da fé, precisamos superar muita coisa para, em seguida, mantermos um compromisso mais sério com Deus, mas parece que hoje em dia aos crentes preferem mesmo é afrouxar as amarras deste compromisso lenda uma vida cristã no meio termo. Quem ama não se conforma com qualquer coisa. Quem ama procura um relacionamento pessoal sério, íntimo, se compromete com os detalhes e leva todos a oportunidade de crescer no amor. Aqueles que amam a Deus de verdade é dado a plenitude do seu amor.

Na verdade, a resposta de Jesus à pergunta do jovem é uma porta de entrada para o dom total do AMOR: “Vai, vende tudo o que tens e dá aos pobres (…), depois vem e segue-me” (Mc 10, 21) . Não é um aniquilar-se só porque é doado o que se tem, mas é uma descoberta do que seja uma expressão genuína de amor. Abramos, então, os nossos corações para o amor presente. Vamos viver o nosso relacionamento com Deus em que a chave da Salvação. Oração, serviço, trabalho, louvor, sacrifício… Tudo isso são formas de dar e se doar, portanto, formas de amor.   O Senhor busca em nós não somente um coração justo e sincero, mas também um coração amoroso e generoso, aberto às exigências do amor exemplo Maximo do sacrifício de Cristo por nós na cruz. Porque, nas palavras de João Paulo II “o amor que vem de Deus, amor terno e esponsal é uma fonte de exigências profundas e radicais.”

(Joaquim P. PETIT Llimona L.C. – Evangeli.net)



Maria Descobre que está Grávida.


MAIS UMA POLÊMICA

ENVOLVENDO O NOME DE MARIA

A MÃE DE JESUS…


Uma Igreja Anglicana Progressista da Nova Zelândia “Auckland’s St. Matthew-in-the-City church” na campanha de preparação para o Natal deste ano resolveu divulgar um cartaz para demonstrar as dificuldades que a Mãe de Jesus teve que aceitar e superar quando decidiu se submeter como uma verdadeira serva à vontade de Deus.

Para atingir este objetivo resolveram retratar a situação de uma forma chocante e moderna colocando a Jovem Maria antes do casamento fazendo um teste de gravidez sozinha em secreto e descobrindo o que mais temia, estava realmente grávida.


Assim esta escrito no título da

pagina na Internet:

“Mary is in the Pink”

“MARIA ESTÁ NO ROSA”



ou seja:

“O TESTE DEU POSITIVO”


Mas a polêmica não está na realização de um teste de gravidez e sim na expressão de susto que a jovem da imagem demonstra ao descobrir que esta gravida, pode até ser que no mundo de hoje uma jovem adolescente na idade de Maria leve um grande susto depois de ter praticado sexo antes do casamento e descobesto de repente que seu futuro foi para o ralo.

Hoje a jovem é amparada pela lei dos homens com direito a pré natal e parto como qualquer mãe, não corre mais o risco de ser apedrejada além de muitas delas com o apoio dos próprios Pais recorrerem a métodos criminosos e anticristãos para resolverem o problema, mas o fato é que Maria mesmo sabendo da possibilidade de perder seu futuro, sua dignidade, ser abandonada pelo noivo, pelos Pais e até mesmo de ser apedrejada em praça pública ela assumiu tudo isso por submissão à vontade de Deus e à revelação de seu plano de Amor para a Humanidade, sendo assim, a gravidez de Maria foi assumida conscientemente por antecedência e não descoberta por acaso como resultado de um deslize e conseqüência de um pecado grave cometido.

De qualquer forma o Outdoor com a imagem polêmica trás à luz um assunto para se debater neste tempo de Advento, tanto no cuidado que os jovens de hoje precisam ter em suas manifestações de sexualidade praticando um namoro sério e dentro das normas Cristãs como também na meditação sobre a verdadeira vocação e aceitação da missão de Mãe do Salvador que a Virgem Maria assumiu na mais tenra flor de sua juventude.

Era o que pretendia o Cartaz que foi exposto em frente à Igreja, mas que provocou indignação e a revolta dos Católicos da cidade com toda razão, pois consideramos o cartaz uma afronta à dignidade da Mãe de Jesus e nossa Mãe.


Veja O Texto da Matéria Original.

Que não é assim tão polêmico e até bom por sinal.


Glynn Cardy & Clay Nelson
14 de dezembro de 2011 00:00:00

É real. O Natal é real. É sobre uma gravidez real, uma verdadeira mãe e uma criança real. Trata-se de verdadeira ansiedade, coragem e esperança.

Este cartaz retrata Maria, mãe de Jesus, olhando para um kit de teste de gravidez em casa, revelando que ela está grávida. Independentemente de qualquer premonição, que teria sido uma descoberta chocante. Maria era solteira, jovem e pobre. Esta gravidez iria moldar o seu futuro. Ela certamente não foi a primeira mulher nesta situação e nem será a última.

Tal como no passado é a nossa intenção de evitar o sentimental, banal e esperada para provocar o pensamento e conversação na comunidade. Este ano, esperamos fazê-lo com uma imagem e não palavras. Nós convidamos você a saber o que a legenda poderia ser.

Embora o faz de conta do Natal é agradável – com enfeites, Papai Noel, renas, e canções – também existem algumas realidades. Muitos em nossa sociedade estão sofrendo: alguns pela falta de dinheiro, alguns através de problemas de saúde, alguns por meio da violência, e alguns por outras dificuldades. A alegria do Natal é silenciada pela ansiedade.

Nesta temporada, vamos encorajar uns aos outros para serem generosos com aqueles que sofrem, para doar a estranhos, e para cuidar de todos – especialmente aqueles que menos têm. Como o primeiro “Papai Noel” “Santa Claus”, São Nicolau fez.

Convidamos todos os que celebram a temporada para manter estas diferentes vertentes de um verdadeiro Natal juntos: a ansiedade e alegria, sofrimento e da compaixão, Santa e Jesus.

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A intenção na verdade era acordar os jovens para a REALIDADE  e a gravidade da situação que Maria teve que assumir ao aceitar a sua missão, mas a expressão de susto posterior à descoberta da gravidez anularia completamente a opção de aceitação voluntária e consciente desta gravidez, gerando assim esta polêmica com toda a razão porque a imagem demonstra uma atitude totalmente inversa à verdadeira reação de Maria ao receber o anúncio do anjo Gabriel.

Católicos fazem manifestação na porta da Igreja contra o Outdoor

Reverendo acusa Católicos de vandalismo e destruição de seu cartaz.


A Silenciosa Mãe do Redentor

Anunciação



Na sua humildade, Maria nunca revelou o segredo de seu Filho e da maternidade divina. Mesmo suportando a humilhação sua e de seu Filho, nunca anunciou o mistério que dela brotou e nela se formou. Não tomou como afirmação pessoal proclamar que Deus a fizera Mãe do Altíssimo, do Filho de Deus.

Mãe silenciosa: ela guardava tudo em seu coração. Tanto por não querer revelar seu segredo, quanto por querer compreender melhor o segredo que de Deus recebera. Era humildade e também sabedoria, sabia de sua pequenez e de sua grandeza. Ninguém mais precisaria saber, pois o único importante era fazer tudo o que o Filho dissesse (cf. Jo 2,5).

A maternidade divina é por ela tão ocultada que os Evangelhos têm pudor em citá-la. Paulo apenas fala de “mulher” (Gl 4,4) que completou em si a plenitude dos tempos trazendo-nos o Filho eterno que ingressou no tempo pelo ventre de Maria, a todos dando-nos a dignidade de filhos de Deus.

No encontro com a prima Isabel, que lhe fala que João pulara no ventre ao sentir a presença do Filho nela, e por revelação agradece a visita da “Mãe do meu Senhor”, Maria esconde seu mistério proclamando a bondade de Deus que olhou para sua humilhação. E serve sua prima aquela que carrega o Senhor de todos.

Maria recebera um segredo de Deus Pai. Deus Pai reservou um segredo a Maria: sua carne não conheceria a corrupção de pecado que não cometera. O Filho reservara para sua Mãe o segredo da vida eterna, da qual participaria como primeira entre os mortais.

A carne que formara a Carne do Redentor foi transfigurada e assunta aos céus.

Fonte:  ASSUNÇÃO DA SILENCIOSA MÃE DO REDENTOR

Pe. José Artulino Besen 

Leia Também a sequencia do texto:

Nós não guardamos esse segredo

“Todas as gerações me proclamarão Bem aventurada”



https://presentepravoce.files.wordpress.com/2008/05/terco.jpg?w=130&h=120
MILAGRE DE LANCIANO

Jesus verdadeiramente é a luz do mundo.


Um Testemunho pessoal:




No primeiro encontro que eu participei na RCC, fui com minha possível namorada, na verdade fui para acompanha-la porque ela arrumou esta desculpa para ficarmos juntos.   Naquele dia aconteceu algo interessante comigo, algo que fui entender somente depois de muito tempo, isto demonstra que minhas atitudes e decisões não foram tomadas graças ao que aconteceu e sim que, entendi o que aconteceu graças ao que aprendi e presenciei depois daquele dia.

Estávamos na Capela do Convento “Mãe Admirável” das Irmãs Franciscanas em Anápolis, era um encontro de domingo com toda a RCC ” que naquela época não eram muitos e naquele dia não passavam de 50 pessoas ali no local”, de manhã estávamos rezando um terço ao redor do altar com exposição do Santíssimo, Ele era bem afastado do fundo da capela e havia muito espaço entre o Altar e o Sacrário que ficava bem no centro logo atrás.

Em certo momento todos se ajoelharam, eu estava no círculo do lado direito do altar e enquanto estava ajoelhado o terço passou rapidamente para mim e em um determinado momento me vi em total escuridão e”prostrado” ajoelhado com o rosto em terra.

Percebi que a escuridão foi se dissipando, aparecendo uma luz do meu lado direito que vinha se aproximando e aumentando a luminosidade até que vi Jesus caminhando em minha direção e era Ele a luz (na época eu nem havia lido ainda a bíblia, nada sabia sobre Jesus ser a luz do mundo), Jesus tendo luz própria vinha caminhando e por onde ele andava iluminava tudo como um foco de teatro na escuridão, ao chegar bem à minha frente, parou, se voltou para mim e vi que eu estava em plena luz, senti-me alegre e feliz, porque agora estava totalmente na luz e não mais nas trevas. Jesus olhou para mim e disse: VEM… (somente uma vez), (se deteve um intantezinho só) e da mesma forma que chegou iluminando tudo foi se afastando na direção oposta, indo para o lado esquerdo, a luz foi se enfraquecendo e a escuridão aumentando, em breve eu estaria de novo em plena escuridão como antes, neste momento então percebi que Ele não pararia e não esperaria por mim enquanto eu o via se afastando, deveria então me mover e seguir Jesus, mas por mais que eu quisesse, não me movia, não conseguia me levantar e andar em direção a Jesus, (como em um sonho que você corre e não sai do lugar ou move o braço e ele continua imóvel), não sei se estava pregado no chão ou se não me movia propositalmente. Parecia que apesar de querer me mover, permanecia mesmo imóvel por indecisão preferindo ficar mesmo onde eu estava, na comodidade !!!

Sei que foi um momento de angústia, porque não me movia, mesmo que quisesse e via a escuridão aumentando a cada passo de Jesus, fato é que não me movi e fiquei onde estava.

Enquanto me decidia o que fazer e como fazer, me levantaram do chão, porque o terço havia terminado, me lembro de ter rezado apenas um mistério, os outros quatro decorreram enquanto via os acontecimentos comigo em particular.

Esta visualização só veio a fazer sentido para mim muitos anos depois, apesar de ter guardado cada detalhe que aconteceu e até hoje estar lembrando de detalhes que não havia observado antes, como por exemplo: Me lembrei agora que, da direita para a esquerda no local onde eu estava significava de fora para dentro da Capela indo em direção ao Sacrário e me lembrei também que aquele dia foi o mesmo dia que eu estava de moto acompanhado com uma jovem, após o encontro ainda ficamos visitando pessoas, passeando e quando estávamos a caminho de sua casa em uma baixada, a moto atingiu 120 km por hora, quando, de repente vi varias pedras de cascalho em minha frente colocadas em fila atravessando toda a rua, não havia como desviar, passei por cima de uma pedra do tamanho de uma bola de futebol, não sei como, mas vândalos ou garotos “santinhos” colocaram aquelas pedras ali, talvez para obrigar os carros a parar, mas a 120 Km por hora, não dá para parar e nem desviar, esperei pela queda, mas aquela pedra se despedaçou por completo e não desestabilizou a moto a ponto de nos derrubar, se eu houvesse tentado me desviar não estaria aqui hoje contando este detalhe incrível.

Entendi que Jesus me chamou de uma forma particular naquele dia e que apesar de tanta evidência eu não entendi e fiquei mesmo no mesmo lugar em que eu estava, o detalhe do acidente que não aconteceu só me lembrei agora que coincidentemente aconteceu naquele mesmo dia.

O Chamado de Mateus.

Muito tempo depois, assumi a coordenação de um grupo de jovens e no final de meu mandato tive que preparar um ensino que diferentemente de todos os outros anteriores não havia sido me fornecido como um tema escrito em um livro para meditação, deveria eu, falar de mim mesmo, e quando fui preparar o tema, me deparei com a leitura do chamado de Mateus, e ali estava escrito assim: “Jesus chegando em frente a Mateus na banca de impostos, lhe disse… VEM … e Mateus largando tudo ali mesmo imediatamente o seguiu.”

Liguei então este detalhe com a minha visualização anterior e entendi que eu não havia tido a mesma atitude de Mateus, percebi que Jesus havia me chamado de uma forma particular, mesmo que não fosse Ele visível e palpável como aquele mesmo Jesus que Mateus encontrou naquele dia.

E hoje percebi que muito mais que um chamado, também escapei ileso de um possível acidente fatal, que analisando agora, diria que foi um milagre, porque após ter passado por cima de uma enorme pedra de cascalho não me espatifei no chão, retornei para ver o que havia acontecido e até retirei algumas pedras que estavam bem no meio da rua na total escuridão.

Eu havia escapado ileso, mas outra pessoa poderia não ter a mesma sorte que eu tive, e vi que as pedras eram bem sólidas e fiquei sem entender porque ela havia se desintegrado sem derrubar a moto no chão !

Incrível dizer isto agora, mas eu não havia atinado para este detalhe até este exato momento, mostrando que de acordo com a visão eu estava em completa escuridão e não percebia nada em minha frente e aquelas pedras também estavam bem escondidas na escuridão da noite, eu só as vi quando o farol da moto as iluminou a poucos metros à minha frente, quando já não havia como tomar nenhuma atitude para evitar a tragédia.

Precisamos nos mover e tomar uma atitude definitiva que seria aceitar o plano de Deus para nossas vidas, e é agora mesmo e não amanhã, é agora que ele nos chama, é agora que ele espera a nossa resposta.

Não faça como eu, não dê uma de desentendido, meus olhos estavam fechados naquele dia e eu permaneci na escuridão, só percebi o que realmente havia acontecido quando aceitei a proposta de Deus e lembrei-me do fato quando sugeri que eu nunca havia presenciado algo extraordinário na minha vida, quando na verdade as coisas extraordinárias acontecem todos os dias e nossos olhos teimam em não reconhece-las como uma verdadeira ação Divina em nossas vidas.


E Seus olhos se abriram ao Partir do Pão.

Jesus partindo o Pão com os Discípolos de Emaús.


Quando conheci A história dos discípulos a Caminho de Emaús também identifiquei com este fato, enquanto Jesus se aproximou deles, eles sentiam alegria, paz, amor e o coração ardendo, no entanto, não reconheceram Jesus como o Mestre e nem se tocaram no que estava acontecendo naquele momento, coincidentemente quando Jesus partiu o pão seus olhos se abriram e perceberam que Era o próprio Jesus que esteve ali caminhando ao lado deles, mas neste instante não o viram mais como se tivesse desaparecido.

Sinto que Jesus sempre tem se manifestado em nossas vidas, de varias formas, mas nem sempre percebemos a sua presença ou lhe damos o devido crédito pelos milagres que acontecem em nossas vidas, Ele muitas vezes nos chama e fala conosco, mas não o ouvimos e depois reclamamos que Deus não se preocupa conosco e não se manifesta de forma perceptível em nossas vidas.

Chegou a hora de reconhecermos a verdade, chegou a hora de reconhecermos que o Amor de Deus sempre esteve nos apoiando e nos livrando de diversos perigos, chegou a hora de sairmos da escuridão e caminharmos em direção à luz de Cristo, chegou a hora de dizer SIM ao chamado de Jesus .

Muitos já aceitaram esta proposta e disseram seu SIM, eu já disse o meu SIM e agora Jesus espera que você também responda positivamente a este chamado e diga também o seu “SIM”.

Que Deus vos abençoe:

Sizenando

Zaqueu, Um Clássico do Evangelho.

São Lucas, 19

1.

Jesus entrou em Jericó e ia atravessando a cidade.
2. Havia aí um homem muito rico chamado Zaqueu, chefe dos recebedores de impostos.
3. Ele procurava ver quem era Jesus, mas não o conseguia por causa da multidão, porque era de baixa estatura.
4. Ele correu adiante, subiu a um sicômoro para o ver, quando ele passasse por ali.
5. Chegando Jesus àquele lugar e levantando os olhos, viu-o e disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, porque é preciso que eu fique hoje em tua casa.
6. Ele desceu a toda a pressa e recebeu-o alegremente.
7. Vendo isto, todos murmuravam e diziam: Ele vai hospedar-se em casa de um pecador…
8. Zaqueu, entretanto, de pé diante do Senhor, disse-lhe: Senhor, vou dar a metade dos meus bens aos pobres e, se tiver defraudado alguém, restituirei o quádruplo.
9. Disse-lhe Jesus: Hoje entrou a salvação nesta casa, porquanto também este é filho de Abraão.
10. Pois o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido.

A poucos dias fomos convidados a participar do programa  Alo meu Deus na Rádio São Francisco de Anápolis-Go para dar um testemunho, mas como houve incerteza na programação devido o resultado das eleições, o responsável pelo programa acabou me passando de ultima hora a meditação sobre o evangelho do dia que era sobre Zaqueu, o fato é que esta história é muito rica em mensagens e se pode falar muito sobre o assunto e ainda ter muito que meditar.

Naquele dia eu comecei a falamdo assim:

“Esta é uma das histórias mais Clássicas do evangelho” e o Locutor responsável ficou rindo desta frase, de como ela foi colocada naquele instante, mas é uma grande verdade, a história de Zaqueu é muito conhecida, muito repetida e citada, é sempre uma referência de conversão, de mudança de vida, exemplo de uma pessoa que realmente acolhe Jesus com o coração aberto e não apenas por obrigação, serve de paralelo em relação ao nascimento de Jesus numa manjedoura porque não foi acolhido por ninguém naquela noite, é também o mais perfeito exemplo de que um RICO pode SIM” entrar no Reino do céu e que sua vida não estaria perdida somente pelo fato de ser rico, político ou ter outra profissão de má fama.

“Porque o homem julga pelo que vê com seus olhos carnais, mas Deus conhece o profundo de nossos corações.”

Hoje podemos dizer que qualquer Cristão já ouviu falar da história de Zaqueu e pode até narrar em resumo o que aconteceu enquanto que outras histórias são assim tão conhecidas. A história de Zaqueu hoje até se tornou música de sucesso que passa na televisão todo dia e muitas vezes continuamos tendo as mesmas atitudes daqueles que criticaram Jesus por ter-se convidado para ir a casa de um pecador, enquanto que todos os que criticam esta atitude, são exatamente aqueles que não têm a coragem de abrir o coração como Zaqueu abriu para Jesus.

O Final de ano vem aí, Natal está chegando e sempre encontramos um grupo de jovens fazendo apresentação da história do nascimento de Jesus e muitas vezes sempre tem alguém que faz a seguinte pergunta ao publico, “Você teria coragem de acolher uma jovem mulher grávida prestes a dar a luz em sua casa na noite de Natal ?” Tem grupos que até já fizeram a experiência de campo batendo de porta em porta pedindo pouso e abrigo e por mais incrível que pareça descobrimos que existem muitas pessoas boas que acolhem o necessitado e que teriam amor suficiente para não deixar Jesus nascer em uma manjedoura novamente, mas hoje as pessoas já conhecem bem esta história e por já terem meditado na possibilidade de deixar Jesus ao relento acabam estando preparadas de antemão para acolher o Rei dos Reis e Senhor dos Senhores nesta hora sagrada, mesmo que seja um simples representante anônimo e não o próprio Jesus em pessoa, pois bem sabemos que o bem que fazemos a qualquer um destes pequeninos é ao próprio Jesus que fazemos e ainda existe aquela possibilidade de ser Ele mesmo disfarçado tendo escolhido o nosso humilde lar para bater e abençoar com sua presença.

Deixamos que Ele entre e coma conosco em nossa mesa, porque todos também conhecem bem aquela frase do Apocalipse que diz “Eis que estou a porta e bato, quem abrir a porta eu entrarei e cearei com ele e ele comigo (Apocalipse 3,20). Existe um trocadilho interessante nesta frase, afinal de contas quem está oferecendo a ceia mesmo? Na verdade não somos nós que oferecemos os nossos Dons a Jesus e sim é Ele quem oferece tudo a nós, até mesmo se deu por inteiro na cruz por amor a todos nós, tanto o texto de Apocalipse como a história de Zaqueu é Jesus quem toma a iniciativa de nos buscar e nos convidar para esta ceia que mesmo sendo em nossa própria casa, o privilegiado somos nós mesmos e não Ele, afinal, quem não gostaria de receber o Papa Bento XVI em seu lar, muito melhor seria receber o próprio filho de Deus para um jantar em família.

É realmente um convite, um convite que Jesus nos faz, um convite para recebermos a sua presença em nossa casa, em nossa vida e em nosso coração, ninguém é capaz de abrir a porta de sua casa para alguém que seu coração não esteja aberto para receber, ninguém recebe alguém em sua casa com receio de que ele seja um bandido ou um ladrão, desta forma então o primeiro passo seria mesmo conhecer aquele que nos convida para que assim o nosso coração destranque, destrave e se abra com toda alegria.

“EIS QUE ESTOU À PORTA E BATO…” (Apocalipse 3,20)

É comum encontrarmos uma versão da obra de arte que foi pintada para exemplificar este texto do livro do Apocalipse e num destes dias um crítico resolveu criticar o artista dizendo que sua pintura tinha um defeito gravíssimo e que um grande artista não poderia se permitir cometer um erro como aquele, no que o artista indagou:

Qual seria o defeito assim tão grave?

E ele respondeu se tratar de que a porta não possuía uma fechadura pelo lado de fora!

Mas a resposta era tão clara que percebemos que o tal defeito tão criticado era na verdade o segredo desvendado daquela obra de arte, a mensagem e o detalhe que o artista queria transmitir a todos os seus admiradores, pois a falta de uma fechadura na porta do lado de fora representava que somente nós podemos abrir a porta de nosso coração por dentro e que Jesus jamais invadiria o nosso coração sem a nossa permissão.

O convite de Jesus é pessoal e intransferível, Ele bate na porta de nosso Coração e espera de nós uma resposta positiva, se Ele não for acolhido, na verdade o maior prejudicado é aquele que não o acolheu.   Comparando com Zaqueu concluímos que ele queria conhecer Jesus, só que Jesus já o conhecia desde a sua concepção e havia marcado aquele dia e àquela hora ali debaixo do sicômoro para se encontrar com ele.

Apesar de todas as críticas que Jesus recebeu, era exatamente este o seu plano para aquele dia, pois a sua mensagem e o seu ensinamento para todos foi reafirmar, que Ele veio a este mundo para dar oportunidade a todos os pecadores de se arrependerem e se converterem para receberem a vida eterna, e a melhor resposta era tão simples como apenas aceitar um convite para jantar em sua casa.

Jesus nos apresenta seu Reino, suas Graças, a Salvação e a vida eterna como presentes do Pai para nós, assim como um convite que não é obrigatório ser aceito por ninguém, é uma oferta gratuita, azar daquele que não aceitar de coração aberto.

Hoje eu percebo que esta atitude de inércia está sempre constante em nossa vida e muitas vezes apesar de nosso coração palpitar, sentirmos como um ima nos puxando em direção ao Mestre, as nossas atitudes são como se estivéssemos pregados ao chão, amarrados a uma estaca e apesar de nosso desejo ser de ir em direção a Deus, nossos pés não se mexem, talvez seja esta a pior das atitudes que poderíamos ter tomado, já que a grande maioria prefere mesmo se afastar ou criticar arrumando uma desculpa para não se comprometer com Jesus, a nossa atiude de “PARALISIA ESTÁTICA” seria a de perder a melhor e única oportunidade que surgiu em nossas vidas, eu perdi o bonde porque hesitei e não subi a bordo.

O momento da graça é agora, este momento passa, não podemos deixar passar a oportunidade de aceitar que Jesus venha se hospedar em minha casa.

Minha atitude deve ser como a de Zaqueu que desceu da árvore o mais rápido possível e aceitou o convite de Jesus.

Quantas vezes você já sentiu este chamado de Jesus?

Quantas vezes você já ouviu este “Toc, Toc, Toc…” batendo em sua porta?

Portanto, só existe uma resposta que nos satisfaça plenamente…

Diga Sim a Jesus e deixe que do resto Ele toma conta.



TESTEMUNHO PESSOAL

JESUS É A LUZ  !

Vocação !



Vocacao-uma resposta pessoal a Deus


Você Também Pode ser um de Nós !

Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e compadeceu-se dela, porque era como ovelhas que não têm pastor. E começou a ensinar-lhes muitas coisas.

(São Marcos 6,34) [Leia mais…]

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Já falamos um pouquinho sobre

Vocação

ou

Eu Não disse Sim a Jesus !

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Hoje só mostrarei alguns vídeos …

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Seminário Diosesano Anápolis-Go

Seminário Diosesano Anápolis-Go

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Pátio interno do Seminário Maior Diocesano “Imaculado Coração de Maria”

Anápolis – Goiás

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Quer ser padre?

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Padre Zezinho – Música

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Padre ?  Eu ?  Porque Não ?

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Vocação do Profeta – Nelsinho – Canção Nova.

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CLIP – Pe. Jonas

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O Profeta – Clip

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Vem e Segue-me

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DECLARAÇÕES DE UM EX-SEMINARISTA DO IBP SOBRE A MONTFORT.

Não quero tocar em feridas antigas, e muito menos perturbar os mortos, mas como estive entre aqueles que participaram do êxodo da Montfort, este testemunho do Padre Renato Leite merece alguns esclarecimentos.

Desde que a casa de formação do “IBP” foi inaugurada em São Paulo (novembro de 2006, e o IBP foi erigido em setembro de 2006), a influência do senhor Orlando Fedeli era evidente, tanto que os candidatos só eram aprovados depois que passassem por uma entrevista com ele (tanto que em março de 2007 já eram quatro os moradores da casa, e o Pe. Renato só mudou-se para lá em maio).

Depois de algum tempo de convivência, algumas “cartas” foram postas à mesa, e ficou claro que o verdadeiro objetivo da Montfort (entenda como “OF”, “Orlando Fedeli e CIA”, sua esposa e alguns militantes conhecidos como ‘os mais velhos’) era ter os seus padres para formar um instituto próprio, que se chamaria Instituto Santa Catarina de Sena (para quem conhece a correspondência ou a história desta santa, já sabe porque foi escolhida como padroeira de um instituto NADA SANTO).

Este instituto teria como superior eclesiástico o Pe. Renato (outros padres foram cogitados, mas ou não aceitaram ou não aceitariam), e seria formado por ele e os padres da Montfort “formados” no IBP (por isso, antes de viajar à França e se entender com o Pe. Laguerie, o prof. dr. OF fez uma pequena paradinha em Roma. Até permitiu-se fotografar com o Mons. Ranjith, mesmo ele sendo UM MODERNISTA BANDIDO, assim como todos os Bispos da Igreja [sic!]).

Mons. Ranjith, E Orlando Fedeli - Fonte: Montfort

Depois de visitar a casa no Brasil em jun/jul de 2007, o Pe Laguerie enviou naquele mesmo ano duas pessoas de sua confiança para levantar alguns esclarecimentos, e suas suspeitas foram confirmadas: quando estas pessoas chegaram à casa não estava presente nenhum responsável pelos candidatos (o Pe Renato estava viajando, e ainda não havia outro padre residente); não havia um regulamento, a convivência era muito difícil (partidários da Montfort x candidatos da Igreja COMUM); não havia horário (estava sujeito ao humor do superior da casa); enfim, tudo ao contrário do que foi apresentado ao Pe Laguerie quando esteve aqui.

Os “missi dominici” ficaram alguns dias em São Paulo, mas depois foram para o Chile e colocaram os problemas encontrados para o Pe Navas, que estava alheio a tudo. Desta reunião com o Pe Navas surgiu um horário e regulamento para a casa (ago/2007), que nunca foi cumprido, e que só se tornou conhecido em out/2007 quando em visita à casa de São Paulo para conversar com três candidatos que foram expulsos pelo OF, questionou sobre o cumprimento do horário e regulamento que ele tinha escrito. Não sei o que se deu com estes rapazes, mas eles sempre foram honestos em não aderir à Montfort, mesmo morando na casa, e sempre questionaram ao Pe Renato o porquê dele não fazer nada para mudar a situação. As respostas mais comuns eram: “Meu filho, são eles que pagam nossas contas!”, ou em um de seus chiliques ordinários quando ficava revoltado por algum motivo com a Montfort: “Essa gente não sabe quanto custa um padre. Estou aqui fazendo um favor! Qualquer outro padre iria pedir salário, plano de saúde, carro…”.

A grande confusão começou quando o Pe Perrel viria para o Brasil: nervos a flor da pele, reuniões e cochichos para todos os lados, ataques e chiliques. Quando o Pe Perrel chegou, Pe Renato não era mais um dos habitantes da casa, pois tinha se transferido para o Colégio São Mauro, junto com o seu protegido.


O desfecho da história os senhores já conhecem, exceto o que aconteceu com alguns candidatos: os que tem maior aptidão (submissão à Montfort e aptidão intelectual) foram encaminhados para o seminário do IBP ou dos Oratorianos na Holanda (com a colaboração de um padre oratoriano que já foi monge no Mosteiro da Santa Cruz, em Nova Friburgo-RJ), e aqueles que não tem tanta aptidão, ficaram nos oratorianos de São Paulo (sob “tutela” deste mesmo padre, que aliás permite ao prof. dr OF lecionar aos seus vocacionados), ou ficaram perdidos, sem saber se tinham ou não vocação, e há um caso de ex-seminarista que não foi readmitido no seu antigo seminário.


Desculpem-me por ter feito este comentário tão longo, e principalmente por tê-lo tornado em um desabafo, mas a verdade precisava ser dita, e o Pe Renato não é uma vítima inocente que “se deu conta da encrenca na qual havia se metido”. Desde o princípio ele soube e foi conivente com o verdadeiro objetivo da associação IBP-Montfort, associação esta que ainda hoje está em vigor, pois há alunos do OF no IBP, e a Montfort contribui financeiramente com o IBP (só em 2006 na ereção doaram 30mil euros, além de pagarem a hospedagem de cinco seminaristas brasileiros), mas a matemágica financeira da Montfort e de suas outras associações não é assunto deste comentário.

Não queria torná-lo demasiado pessoal, mas esta revolta e desequilíbrio são alguns dos efeitos que a Montfort causa naqueles que fazem parte ou já estiveram, de alguma forma, envolvidos com eles.

Ao Pe Renato, para sua questão “quanto custa um padre”, tenho a resposta: para os homens não sei, mas para Deus custa muitas almas.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

horsemansp@—–.com

Comentário 1752 Anônimo em  20/01/2010 at 2:38

Enfim os Olhos se Abriram.


Em Honra de Dom Marcel

François Lefebvre

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MINHA JORNADA DE SAÍDA DO CISMA DE LEFEBVRE.

Por Pete Vere


Santidade é Felicidade !


O quadrante:



QUAL O VALOR AUTÊNTICO DESTA MOEDINHA ROMANA ?



38.

Ele lhes dizia em sua doutrina: Guardai-vos dos escribas que gostam de andar com roupas compridas, de ser cumprimentados nas praças públicas

39.

e de sentar-se nas primeiras cadeiras nas sinagogas e nos primeiros lugares nos banquetes.

40.

Eles devoram os bens das viúvas e dão aparência de longas orações. Estes terão um juízo mais rigoroso.

41.

Jesus sentou-se defronte do cofre de esmola e observava como o povo deitava dinheiro nele; muitos ricos depositavam grandes quantias.

42.

Chegando uma pobre viúva, lançou duas pequenas moedas “dois Leptos”, no valor de apenas um quadrante.

43.

E ele chamou os seus discípulos e disse-lhes: Em verdade vos digo: esta pobre viúva deitou mais do que todos os que lançaram no cofre,

44.

porque todos deitaram do que tinham em abundância; esta, porém, pôs, da sua indigência, tudo o que tinha para o seu sustento.                            (São Marcos 12, 38 A 44)



Quando eu li o evangelho deste domingo, fixei-me imediatamente na palavra “quadrante” e li na nota de rodapé da Bíblia que costumo ler sempre, a seguinte observação:

“Quadrante” é a quarta parte do “Asse”; na verdade ela dou duas moedinhas de um “Lepto” o menor valor entre todas as moedas romanas.

Depois dessa explicação não pôde deixar de impressionar-me o fato de que Cristo observou o “quadrante” daquela pobre viúva e declarou que ela havia doado mais do que todos os possíveis ricaços que depositaram muito dinheiro no cofre das esmolas naquele dia.


Viúva_pobre_Quadrante


E Jesus explica; “porque todos depositaram do que tinham em abundância; esta, porém, pôs da sua indigência, tudo o que tinha para seu sustento” (Marcos 12, 44).  Materialmente falando, aquela viúva deu pouca coisa, mas ela deu tudo o que tinha!  É isso que Deus quer: TUDO ! 100% Santidade de vida total e entrega de todo o seu ser.

De acordo: Sabemos que esta atitude não é fácil para ninguém, e quem disse que seria assim tão fácil …  Será que foi fácil para aquela viúva dar a sua última moedinha para Deus e aguardar a morte que viria com certeza ?  é claro que não foi.

Entrega exige luta, desapego, generosidade e, acima de tudo, graça de Deus.

Não enche o coração de alegria de um Pai, mãe e familiares ver um filho dedicado aos estudos se formando na faculdade e recebendo o seu diploma no dia da colação de grau, seria também motivo de maior alegria ver um filho que vive uma vida digna e reta em Deus andando nos caminhos de Jesus, longe do mal e do pecado, sem correr risco de vida na droga, na prostituição e nos becos escuros das cidades civilizadas.

Não é bonito ver um jovem inteligente, belo, esportista, empreendedor e alegre dedicar-se totalmente a Deus seja no celibato apostólico ou no sacerdócio ou ainda numa dedicada à vivência religiosa?

Não seria nenhum desperdício, é a beleza da entrega, do amor que toma conta da vida de uma pessoa.   Todos nós, casados, solteiros ou celibatários somos chamados à uma entrega total a Deus num ideal nobre e elevado como é servir a Deus de todo coração.


Viúva_moedas


Chega a ser comovedora a cena da viúva entregando as suas duas moedinhas e sendo tida como exemplo nas palavras do Mestre.    Para chegar a esta cena pacífica exterior é preciso passar antes pelo conflito interior, vencer a dúvida e as vozes do não que as vezes fala mais alto do que o sim, é preciso passar pela luta de entregar-se totalmente.

Si vis pacem, para bellum! – diziam os antigos – “Se queres a paz, prepare-se para a guerra!”  Trata-se daquela guerra que se trava dentro de cada um de nós.   Somos pouca coisa, de acordo, mas somos tão egoístas: como é difícil entregar este tão pouco que somos e temos para Deus que pode nos dar muito mais ….


Mas isto seria uma outra história ….


Padre Françoá Rodrigues Costa

Diocese de Anápolis – Goiás

Reflexão no Semanário Litúrgico Dominical


 

HISTÓRIAS DO PADRE LEO
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Amor e Devoção com Perdão se Paga!

A Monja que fugiu de seu mosteiro.

Num antigo e austero mosteiro habitava uma monja muito jovem, chamada Beatriz, de grande piedade em sua vida religiosa e profundamente devota de Santa Maria, a quem consagrara a metade de sua vida.

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Continuamente a viam de joelhos diante do seu altar, em fervorosa veneração, oferecendo sua esplêndida juventude e angélica pureza à sua Santíssima Mãe. A abadessa e todas as irmãs do convento lhe professavam grande carinho, por sua bondade e doçura, e a nomearam para o cargo de sacristã da igreja, que ela desempenhava com grande zelo.


Porém, sendo Beatriz extraordinariamente bela, despertou a paixão de um clérigo que freqüentava o mosteiro. Tentou convencê-la a fugir do convento com ele. Mas Beatriz, que a princípio resistia com firmeza, sentia desfalecer suas forças ante os embates daquela forte tentação.


Procurava rezar, porém sua devoção se havia convertido em aridez de espírito, e sua imaginação voava muito longe, sentindo fastio na oração. Numa ocasião em que a igreja estava deserta, o enamorado conseguiu enfim que a monja consentisse em fugir com ele.


Antes de partir, ela se prostrou de joelhos ante a Virgem, dizendo:

— Soberana Senhora, eu te servi honestamente durante a vida toda, até hoje, e não posso conter esta força que me arrasta longe de ti. Entrego-te e te encomendo as chaves desta igreja.

E depositando as chaves sobre o altar, fugiu com o clérigo.


Transcorreu pouco tempo, e o clérigo, uma vez satisfeita sua paixão, abandonou Beatriz, que caiu com a alma desgarrada e grande confusão de espírito. Sem atrever-se a voltar ao convento, transformou-se numa mulher pública, levando vida ímpia e vergonhosa durante quinze anos, torturada pelos remorsos de sua consciência e conservando uma vaga esperança de perdão.


Passava um dia diante do mosteiro, e sentiu o desejo de parar, para saber o que pensavam da irmã sacristã. Aproximou-se da porteira do convento, e perguntou:

— Diga-me, irmã, como está Beatriz, a sacristã?

A porteira respondeu:

— Vai muito bem, tão santa e devota como sempre, desempenhando maravilhosamente seu ofício de sacristia. Todas as religiosas a admiram. Já está no convento há vinte e seis anos, demonstrando grande piedade.


Beatriz ficou pensando nas misteriosas palavras que acabava de ouvir, mas sem poder compreendê-las. Então lhe apareceu a gloriosa Virgem, dizendo:

— Beatriz, minha filha, durante quinze anos, em figura tua, Eu desempenho o ofício de sacristã. Volta ao mosteiro, e continua servindo como se nunca tivesses saído, porque nada sabem de teu pecado. Crêem que continuas em teu posto. Faze penitência para alcançar o perdão de teus muitos pecados.


E nesse momento desapareceu. Beatriz regressou ao convento, e voltando a tomar seus hábitos e as chaves, continuou o ofício de sacristã, sem que ninguém chegasse a se dar conta de sua volta. Unicamente o confessor, a quem revelou sua vida e seus pecados, era conhecedor daquele milagre. Impôs-lhe severas penitências, que Beatriz cumpriu com rigor, edificando suas companheiras com o exemplo de suas virtudes heróicas e sua santa vida cheia de sacrifícios, para expiar suas culpas.


Chegada sua última hora, Beatriz chamou toda a comunidade, que a rodeou em seu leito de morte, e em alta voz confessou seu pecado, descobrindo o prodígio de misericórdia operado por Nossa Senhora, que durante quinze anos desempenhou por ela o cargo de sacristã. Foi tudo isso atestado pelo confessor. E morreu santamente naquele instante.


Todas as monjas ficaram admiradas daquele portento, e deram graças à sua Mãe Celestial, que havia feito aquele favor para a religiosa.

(V. Garcia de Diego, Antología de Leyendas de la Literatura Universal – Labor, Madrid, 1953)

Isto seria muito engraçado … Se …

.

Não é engraçado como R$ 10,00

Parece tanto quando o levamos à igreja

E tão pouco quando vamos ao shopping ?


Não é engraçado como uma hora é tão longa Quando servimos a Deus, mas tão curta quando assistimos a um jogo de futebol ?


Não é engraçado como perdemos as palavras quando oramos, mas elas estão sempre na ponta da língua para conversarmos com um amigo?


Não é engraçado sentirmos tanto sono ao ler um capítulo da Bíblia, quando lemos rapidamente cem páginas do último romance de sucesso?

Não é engraçado como queremos sempre as poltronas da frente no teatro ou num show, Mas nos sentamos sempre no fundo da igreja?

Não é engraçado como precisamos de duas ou três semanas de antecedência para agendar um compromisso na igreja, mas para outros programas estamos sempre disponíveis ?

Não é engraçado como temos dificuldade em aprender a evangelizar o próximo, quando é tão fácil colocar as fofocas em dia ?

Não é engraçado como acreditamos nas revistas e jornais, mas questionamos os ensinamentos da Bíblia ?

Não é engraçado como todo mundo quer ser salvo desde que não tenha que acreditar, dizer ou fazer alguma coisa ?

Não é engraçado como enviamos milhares de piadinhas por e-mail que se propagam como um incêndio morro acima, mas quando recebemos mensagens sobre DEUS esitamos reenvia-las a alguém ?

Não é engraçado que se você quiser repassar esta mensagem, você teria que excluir uma boa parte da lista, porque você acha que não acreditam em Deus e Poderiam menosprezar e criticar esta sua atitude de amor a Jesus ?

Isto NÃO É muito ENGRAÇADO ?

Você pode estar pensando agora ?

Não, isto não é nada engraçado, é muito triste e precisaríamos ter mais intimidade com DEUS nosso Pai !!!!

Nos ajude a diminuir o número das pessoas Que não valorizam as coisas lá do alto.

Mas, faça isso somente se você realmente sentiu que sim… Sim, precisamos mesmo conhecer e amar mais a Deus experimentando o seu imenso amor em nossas vidas.

Ele é a fonte de minha existência,

É meu Salvador.

Ele me sustenta a cada dia.

Sem Ele eu não sou nada,

Mas com Ele eu posso todas as coisas

Através de Jesus Cristo,

Que me fortalece. (Filipenses 4:13)


Se você ama a Deus e não sente vergonha de todas as coisas maravilhosas que Ele tem realizado em sua vida, sinta-se a vontade para enviar esta mensagem para seus amigos e contatos pessoais (cristãos ou não)!

Disse-lhes Jesus: “Ide por todo o mundo

E pregai o Evangelho a toda criatura.

Quem crer e for Batizado será salvo,

Mas quem não crer ???”

São Marcos 16, 15 e 16


Tenha um Ótimo dia !!!

Se vos tenho falado das coisas terrenas e não me credes, como crereis se vos falar das celestiais ?       ( João  3, 12 )

Que Deus te Abençoe !!!

Fonte: Texto escrito por Mara (*)

enviado por e_mail.

(*) com algumas modificações..

É muito Engraçado . PPT

É muito Engraçado . Post

.



Buscai as coisas do alto

“É preciso ter uma meta, e a nossa meta é muito grande. Quem se acostuma com coisa pequena não pode ir para o céu. O céu é para quem sonha grande, pensa grande, ama grande e tem a coragem de viver pequeno. Isso é o céu.”

Autor: Padre Léo Ano: 2006

Editora: Canção Nova


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Não é engraçado como R$ 10,00

Parece tanto quando o levamos à igreja

E tão pouco quando vamos ao shopping ?

Não é engraçado como uma hora é tão longa

Quando servimos a Deus,

Mas tão curta quando assistimos a

Um jogo de futebol ?

Não é engraçado como não achamos

As palavras quando oramos,

Mas elas estão sempre na ponta da

Língua para conversarmos com um amigo?

Não é engraçado sentirmos tanto sono ao ler um

capítulo da Bíblia,quando lemos rapidamente

Cem páginas do último romance de sucesso?

Não é engraçado como queremos sempre

As poltronas da frente no teatro ou num show,

Mas sempre sentamos no fundo da igreja?

Não é engraçado como precisamos de duas ou três

Semanas de antecedência para

Agendar um compromisso na igreja,

Mas para outros programas estamos sempre disponíveis ?

Não é engraçado como temos dificuldade

Em aprender a evangelizar o próximo,

Quando é tão fácil colocar as fofocas em dia ?

Não é engraçado como acreditamos nas

Revistas e jornais, mas questionamos a Bíblia ?

Não é engraçado como todo mundo quer ser salvo

Desde que não tenha que acreditar,

Dizer ou fazer alguma coisa ?

Não é engraçado como enviamos milhares de piadinhas

Por e-mail que se propagam como um incêndio,

Mas quando recebemos mensagens sobre

DEUS não reenviamos para ninguém ?

Isto NÃO É muito ENGRAÇADO ?

Você pode estar pensando agora ?

Não é engraçado que se você quiser repassar esta

Mensagem, você teria que excluir uma boa parte da lista

Porque você acha que não acreditam em Deus

E Poderiam menosprezar e criticar esta sua atitude ?

Não é engraçado?

Não, isto não é nada engraçado, é muito triste e

Precisamos ter mais intimidade com DEUS nosso Pai !!!!

Nos ajude a diminuir o número das pessoas

Que não valorizam as coisas lá do alto.

Mas, faça isso somente se você realmente sentiu que sim…

Sim, precisamos mesmo conhecer e amar mais a Deus.

Ele é a fonte de minha existência,

É meu Salvador. Ele me sustenta a cada dia.

Sem Ele eu não sou nada, mas com Ele eu posso todas as coisas

Através de Jesus Cristo, que me fortalece. (Filipenses 4:13)

Se você ama a Deus e não sente vergonha de

Todas as coisas maravilhosas que Ele tem realizado em sua vida,

Sinta-se a vontade para enviar esta mensagem

Para seus amigos e contatos pessoais (cristãos ou não)!

Disse-lhes Jesus:  Ide por todo o mundo

E pregai o Evangelho a toda criatura.

Quem crer e for Batizado será salvo,

Mas quem não crer ???

São Marcos 16, 15 e 16

Tenha um Ótimo dia !!!

Se vos tenho falado das coisas terrenas e não me credes,

Como crereis se vos falar das celestiais ?       ( João  3, 12 )

Que Deus te Abençoe !!!

Fonte: Texto escrito por Mara (*) enviado por e_mail.

Resposta de Padre Fábio de Melo.

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Logo após à polêmica entrevista de Padre Fabio de Melo no Jô Soares, houve uma enchurrada de comentários maldosos sobre a conduta de Pe. Fábio em vários Blog’s deste País, principalmente nos intitulados defensores da Fé Católica ligados ao Ultra-conservadorismo, os mesmos que na sua maioria nem sequer aceitaram até hoje o Concílio Vaticano II.

O artigo mais grave que encontrei foi escrito por Gustavo Souza e foi copiado em diversos outros Blog’s com comentários ainda mais ofensívos à pessoa de um Sacerdote da Igreja Católica.

Fiquei muito feliz ao encontrar esta Resposta à Carta Aberta – Pe. Fábio de Melo no blog Deus Lo Vult  e sei que também deve estar agora em vários outros Blog’s.

Link da fonte:

http://exsurge.wordpress.com/2009/07/20/resposta-a-carta-aberta-pe-fabio-de-melo/

Porém, Fiquei um pouco triste, exatamente porque foi destacado frases sem nada comentar e ao mesmo tempo ressaltando de que as resposta de Padre Fábio continuam sendo um erro de seus ensinamentos, principalmente afirmando indiretamente que estão em desacordo com os ensinamentos da Santa e amada Igreja Católica, que eu acho cinceramente não ser verdade.

Link da Fonte:http://www.deuslovult.org/2009/07/20/resposta-do-pe-fabio-de-melo/

NESTE CASO, TAMBÉM NÃO EMITIREI MINHA OPINIÃO PESSOAL SOBRE O ASSUNTO, ME ATENHO APENAS ÀS RESPOSTAS DE PADRE FÁBIO DE MELO.

http://exsurge.wordpress.com/2009/07/20/resposta-a-carta-aberta-pe-fabio-de-melo/

Segue o texto com fonte no Blog de Gustavo Souza.

………

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Querido Gustavo,

Respondo, finalmente, as questões que me foram apresentadas por você.  Se puder, publique a resposta em seu blog.  Resolvi recortar as questões e respondê-las uma a uma.

“Uma das suas primeiras assertivas, que a mim causou muito espanto e preocupação, foi a de que “precisamos nos despir dessa arrogância de que nós somos proprietários da verdade suprema”. De fato, “donos” da verdade nós não somos. Mas nós a conhecemos! A Verdade é Cristo, e não há outra”.

Gustavo, a Teologia nos ensina que a Plenitude da Revelação é Cristo, mas esta plenitude não significa esgotamento da verdade.  Os desdobramentos desta verdade estão em todos os lugares do mundo. Deus continua se revelando. Plenitude não significa finalização.
O que sabemos do Cristo é processual. É assim que o Espírito Santo trabalha na vida da Igreja. A Teologia está a caminho. A grandeza da Revelação não cabe nos documentos que temos, nem tampouco na Teologia que já sistematizamos. O dogma evolui, pois é verdade santa. Tudo o que é santo, movimenta, porque é vivo. O que alimentou o passado precisa continuar alimentando o presente, e o futuro. Não significa modificar a verdade, mas sim, à luz do Espírito e da autoridade da Igreja, buscar a interpretação que favoreça o conhecimento da verdade que o dogma resguarda. Este exercício eclesial manifesta ao mundo o zelo pela verdade que nos foi confiado cuidar e administrar.
Deus continua se revelando ao mundo. O limite da Revelação é a inteligência humana. Nós o vitimamos constantemente com nossas reflexões, mas mesmo assim, Ele não deixa de se manifestar. Onde houver uma brecha, lá Deus acontecerá. Não podemos nos esquecer que a salvação é oferecida a todos. É interesse amoroso de Deus que a humanidade o conheça.
Nós, enquanto proprietários desta verdade que é Jesus, cuidamos do que recebemos. O cuidado da verdade recebida está sustentado sobre dois pilares. Anúncio e Reconhecimento. Nós anunciamos o Cristo. Nisso consiste a ação evangelizadora da Igreja. Mas nós também reconhecemos a sua presença, indícios do sagrado, em outras religiões. Como reconhecemos? Através dos frutos que produzem.
O amor que temos ao Cristo deve ser suficiente para que saibamos respeitar tudo o que é cristão, mesmo que as pessoas não se reconheçam cristãs. É dialética, meu caro.  É a tensão escatológica que também esbarra na hermenêutica cristã. Já, mas ainda não. É neste ainda não que nos abrimos com humildade para compreender que outras religiões também vivem e perseguem os rastros do sagrado, e que mesmo oculto, lá o Cristo já está sendo vivido. É uma questão de tempo.
Recordo-me de uma frase muito sábia, que um grande professor jesuíta costumava repetir em nossas aulas de mestrado. Ele dizia: “todo mundo tem o direito de viver o seu antigo testamento.” A administração desta verdade só pode ser responsável, à medida que reconhecemos que ela já ultrapassou os limites dos muros, que estão sob nossa custódia.

“E como explicar que, ao falar da condição adâmica do homem, o senhor tenha adotado a interpretação modernista segundo a qual a historicidade das escrituras fica reduzida ao nível das histórias da carochinha?! Dizer que Adão é uma imagem simbólica, metafórica, “fabulesca”, não faz parte da Doutrina Católica! O fato de a linguagem empregada no livro de Gênesis ser recheada de simbolismo não elimina o fato de que os acontecimentos nele narrados tenham se dado no tempo e no espaço tal como foram escritos. A interpretação literal complementa e enriquece a hermenêutica que se pode fazer a partir dos símbolos. Não é assim que ensina a Igreja?”

Não, não é isso que ensina a Igreja. Se você freqüentasse os meios teológicos saberia muito bem que a linguagem metafórica nem sempre está a serviço de um fato concreto, pontuado no tempo e no espaço. Por isso é metáfora.

A linguagem metafórica não é mentirosa. Sou professor universitário e ensinei Antropologia Teológica. É uma clareza que não posso perder de vista. Ao falar da condição adâmica nós precisamos pensar na humanidade como um todo. Não temos a certidão de nascimento de Adão. O que temos é a fé de que Deus criou a humanidade. Não posso pontuar a existência do primeiro homem. A sagrada escritura só que nos ensinar que somos filhos Dele.

Gustavo, toda a Antropologia teológica é construída na perspectiva da Cristologia. A narração das origens está diretamente ligada ao evento crístico. A Teologia da Criação não é uma ciência exata. O que precisa ser assegurado é o fato de que Deus é o criador do Universo. A maneira como tudo isso se deu é metáfora. Isso não significa meia verdade, nem tampouco conto da carochinha. O que não pode ser relativizado é a entrada de Jesus na história.

Há um destino Crístico que nos foi oferecido (Soteriologia).  Jesus é histórico. Está situado no tempo e no espaço. Isso sim é fundamental para a fé. Quando a Sagrada Escritura narra o nascimento do primeiro homem, o grande objetivo não é pontuar o início da vida humana, mesmo porque o escritor sagrado não escrevia com essa finalidade. Volto a dizer. A exegese nos ensina que o escrito tem como principal objetivo salvaguardar que o princípio de todas as realidades criadas está em Deus (Criacionismo). É por isso que a fé não se opõe à ciência no que diz respeito à evolução (Evolucionismo). É simples. O primeiro homem criado não pode ter tido a experiência que a sagrada escritura relata. Ou você pode desconsiderar todos os conhecimentos a respeito da origem do ser humano?

Gustavo, a fé não é um conjunto de certezas, meu caro. Não temos provas concretas para muitos aspectos da fé que professamos. Se as tivéssemos não precisaríamos ter fé. Acreditamos no que não vemos. Nem por isso é “conto da carochinha”, como você sugere.

Não sei se você a conhece, mas se não conhecer, sugiro que tenha contato com a obra do americano Joseph Campbell, que de maneira brilhante e pertinente, fez uma análise da linguagem mitológica nas culturas. Na primeira parte da obra “O poder do mito”, ele fala justamente deste grande equívoco que costuma ser muito comum entre as pessoas que não transcendem a linguagem. Campbell é uma das maiores autoridades no campo da mitologia, pois faz uma abordagem semiótica destas narrações. O mito não é uma mentira, mas também não precisa ser verdade, diz ele. O importante é a fé que ele sugere. O importante é reconhecer que ele está a serviço de uma verdade superior, porque não cabe no tempo. Foi mais ou menos isso que desejou Guimarães Rosa, ao escrever o conto “ A terceira margem do rio”. Onde fica a terceira margem?

O mesmo não se dá com as nossas convicções religiosas? O discurso religioso é o discurso da terceira margem. Guimarães Rosa compreendeu bem esta linguagem. E nós precisamos compreendê-la também.“Depois o senhor falou que durante muito tempo “nós (subentenda-se: Igreja) fomos omissos”. Parece-me que essa omissão se referia às questões ecológicas. Pelo amor de Deus, padre! A missão da Igreja é salvar a Amazônia ou salvar as almas? Que conversa é essa de “cristificação do universo ”? Por que dar atenção a isso quando tantas almas se perdem na imoralidade, na heresia, na inércia espiritual?”

Gustavo, sua visão soteriológica é muito estreita. Salvar almas, somente? Essa visão compartimentada do ser humano é herética. Precisamos salvar a totalidade do humano, meu caro. Esqueceu o postulado fundamental da Antropologia cristã? Somos corpo e alma. Unidade. É só ler Tomás de Aquino, Santo Agostinho.

Fazer uma pregação desencarnada? A alma que quero salvar tem corpo, sente frio, tem fome, medo. A alma que quero salvar está num corpo que morre antes da hora, porque sofre as conseqüências de um meio ambiente marcado pelo pecado da omissão.

Se você fala da inércia espiritual, a Igreja fala da inércia espiritual e corporal. Cuidar do mundo é dar continuidade ao milagre da criação. Somos “co-criadores”. Deus continua criando, e nós correspondemos com a experiência do cuidado. Criar é atributo divino, mas cuidar é atributo humano. A horizontalidade da fé é real, concreta. Isso é Teologia da Criação. Está nos livros fundamentais, no catecismo da Igreja e também nos ensaios teológicos mais arrojados.

Quanto à  essa conversa de “Cristificação do universo”, que você pareceu banalizar, fazer menor, é apenas uma interpretação belíssima da presença de Cristo no mundo, tomando posse de todos os lugares, mediante o movimento sacramental que Igreja celebra e propaga.

Todos os sacramentos que a Igreja celebra nos cristificam. O nosso comprometimento com o Cristo, mediante o processo de conversão, nos cristifica. O gesto de caridade nos cristifica. A oração nos cristifica. Ser cristão é ao Cristo estar configurado. É boba essa conversa?

“Em seguida, veio aquela colocação, esdrúxula e totalmente non sense, de que a Igreja – que se considerava barca de Pedro – após o Concílio Vaticano II passou a se enxergar como Povo de Deus. Devo informar-lhe que a Igreja permanece sendo barca de Pedro, e o povo de Deus é – por assim dizer – a tripulação desta barca. Onde é que houve mudança na compreensão da eclesiologia”?

A colocação esdrúxula não tem outro objetivo senão ensinar a busca que a Igreja tem feito de ser “Católica”. Você bem sabe que o significado de ser católica é ser “universal”.  A expressão “barca de Pedro” não foi banida, Gustavo. Eu falei de superação conceitual. O problema não é a expressão, mas a interpretação que podemos fazer dela. É uma questão hermenêutica. A expressão “Povo de Deus” sugere a universalidade que a Igreja quer e precisa ter.  O concílio Vaticano II compreendeu assim. É orientação da Igreja. Eu não inventei isso. Toda essa aversão que você tem ao Ecumenismo expõe uma fragilidade na sua reflexão. Não é bla, bla, bla, como você costuma dizer. A Igreja trata com muito cuidado esta questão, pois sabe que as questões religiosas estão sendo causas de muito conflito no mundo. Banalizar a dimensão ecumênica da Igreja é, no mínimo, irresponsável.

Há uma vasta literatura na área da Eclesiologia refletindo sobre esse tema. Sugiro que você a conheça. Só vai lhe enriquecer.

Meu filho, o importante é a gente não esquecer, que mesmo estando na barca de Pedro, é sempre cordial e cristão, acenarmos com carinho e respeito aos que estão em barcas diferentes. As grandes guerras atuais são movidas por essa incapacidade de aceno.

“Entre as críticas feitas pelos blogueiros, salientava-se a sua posição – no mínimo, omissa – quando o apresentador Jô Soares comentou que achava um absurdo que a Igreja considerasse que o matrimônio servia apenas à procriação. Pergunto: por que o senhor não afirmou, como ensina a Igreja, que o matrimônio tem duas finalidades: a unitiva e a procriativa? Por que não disse que , sim, o amor dos esposos importa e ele é – ou, pelo menos, deve ser – expresso pela unidade (de pensamento e de vontade) que os cônjuges demonstram em todas e cada uma de suas ações? Era tão simples desfazer a argumentação errônea do entrevistador e, ao mesmo tempo, aproveitar para instruir as pessoas segundo a Sã Doutrina!”

Concordo com você. Eu errei ao não ter usado os termos técnicos. Quis levar a discussão através de outros recursos e acabei não sendo claro como deveria.

Pior que não ter ensinado no momento oportuno, foi o senhor afirmar que “o nosso discurso já mudou”! Diga-me, Pe. Fábio, acaso a doutrina imutável da Igreja perdeu a sua imutabilidade? O senhor crê, convictamente, que a Igreja está, dia após dia, se amoldando à mentalidade atual? Não seria missão da Esposa de Cristo formar na sociedade uma mentalidade cristã, isto é, fomentar um novo modo de pensar e de viver que esteja impregnado do perfume de Cristo? Ou é o contrário: o mundo é que deve catequizar a Igreja?”

Não, não é a Igreja que precisa ser moldada aos formatos do mundo. Em nenhum momento alguém me viu pregar sobre isso. Quando eu disse que o discurso já mudou, eu me referia justamente à visão antiga que ele tinha do “sexo no casamento”. O apresentador desconhecia a reflexão a dimensão unitiva do sexo na vida do casal.

“Em outro momento da entrevista o senhor afirmou que não “conseguia” celebrar a missa todos os dias? Não lhe parece estranho, e prejudicial, que a sua “agenda” não permita que o senhor celebre todos os dias a Eucaristia? Qual deve ser o centro da vida do sacerdote: o altar ou o palco? E quanto ao breviário? A sua “agenda” permite que o senhor o reze diariamente (considerando que não fazê-lo é pecado grave para o sacerdote)?”

Gustavo, quanto ao zelo que tenho pela minha vida de padre, gostaria de lhe tranqüilizar. Não sou um aventureiro. Sou um homem responsável, e se tem uma coisa que não perco de vista é a maturidade humana. Se me conhecesse, talvez não incorreria no julgamento velado de suas palavras.

Deus conhece a vida que tenho, e conhece também minha dedicação aos seus projetos. Se você gosta de quantificar o que faz, este não é o meu caso. Eu sou filho do Novo Testamento. Jesus é o Senhor da minha vida. Com Ele eu aprendi que a salvação não está na obrigação dos ritos, mas na qualidade do coração que temos. Busco cumprir todas as obrigações que a Igreja me pede, mas não coloco nisso a certeza da minha salvação. Não sou rubricista, nem pretendo me tornar. A Igreja nos recomenda muitas coisas. Lutamos para cumprir tudo. O que não conseguimos, deixamos nas mãos de Deus. Só Ele poderá nos julgar.

“Depois veio a pergunta: “o senhor teve experiências sexuais antes de ser padre?” Creio um homem que consagrou (frise-se o termo: consagrou) sua sexualidade a Deus não deveria expor sua intimidade diante do público. Mas, já que a pergunta indecorosa foi feita, a resposta que esperei foi algo no sentido de fazer o interlocutor entender que aquela questão era de ordem privada; que não convinha ser tratada em público. Em resumo: algo como “não é da sua conta!”. Porém, que fez o senhor? Respondeu que teve, sim, experiências sexuais precedentes, mas “às escondidas”! Caro Pe. Fábio, o senhor acha que convém dar uma resposta deste tipo? Isso não induziria as pessoas a pensar que não existem padres castos (considerando que muitos confundem castidade com virgindade)? Isso não estimularia as pessoas a crer na falácia segundo a qual todo jovem já teve, tem ou deve ter experiências sexuais que precedam a sua decisão vocacional?”

Gustavo, a vida é o testemunho que temos.  Não tenho dificuldade alguma de responder às perguntas que me expõem como homem. Não fiquei padre por acaso. Tenho uma história e dela não fujo.  São Paulo não fez o mesmo? Leia as cartas que ele escreveu. Ele sempre fez referência à vida vivida. Em nenhum momento se esquivou de contar sua história, mas fez dela um instrumental para orientar e sugerir vida nova em Cristo. Não gosto da expressão “não é da sua conta”. Se eu me disponho a ser entrevistado por alguém, tenho que saber que a minha vida será a pauta. Só não admitiria o desrespeito, mas isso não ocorreu. Não vou mentir para o povo. Nas minhas pregações eu falo o tempo todo da minha vida.  Não quero bancar o santo. Eu quero é ser santo.

“O senhor comentou, ainda, que “para a gente ser padre, a gente tem que ter amado na vida. É impossível (grifos meus) fazer uma opção pelo celibato, pela vida consagrada, se eu não tiver tido uma experiência de amar alguém de verdade”. O senhor acha, realmente, que o homem que nunca amou uma mulher não sabe amar? Baseado em que o senhor diz isso? Que dizer então do meu pároco que, tendo ido para o seminário aos 11 anos, nunca namorou? Ele é menos feliz por causa disso? Menos decidido pelo sacerdócio? Não creio que isso proceda.”

Digo baseado no fato de ser padre, conviver com padres, morar em seminários desde os 16 anos de idade, ser diretor espiritual de inúmeros seminaristas, padres e freiras.  Digo isso porque vivo os bastidores da Igreja. Sou amigo pessoal de muitos bispos, religiosos, diretores de seminários. Tenho 38 anos e sou profundamente interessado pela vida sacerdotal. A minha experiência, e a de tantos que passaram pela minha vida, mostraram-me que o celibato é ESCOLHA. Para haver escolha é preciso que haja possibilidades. Quanto à felicidade de seu pároco, sobre ela não posso dizer, pois não o conheço.  Minha fala é fruto do que a vida me mostrou, e só.

O que se viu nessa malfadada entrevista à rede globo foi a apresentação de um comunicador, um cantor, um filósofo, um homem qualquer. Pudemos enxergar Fábio de Melo. E só. O padre passou desapercebidamente. De comunicadores, cantores e filósofos, já basta: nós os temos em número suficiente! Precisamos de padres! Padres que são, sim, homens por natureza; mas que tiveram sua dignidade elevada pelo caráter impresso no sacramento da Ordem. Homens que não são “como quaisquer outros” porque receberam a graça e a missão de agir in persona Christi. Temos carência de ver padres que ajam, falem e – até mesmo – se vistam, em conformidade com a sua dignidade sacerdotal.”

Gustavo, se os seus olhos me enxergaram como um “homem qualquer”,perdoe-me. Talvez eu não tenha conseguido revelar a você a sacralidade que move os meus objetivos. Talvez você esteja elevado demais em sua vida espiritual, e necessite de padres mais espiritualizados, menos humanos.  Tenho consciência que ninguém precisa ser unanimidade. O que sei é que na Igreja de Cristo há um lugar para um padre com o meu perfil. Eu vejo a obra que Deus tem realizado na minha vida e na vida de tantas pessoas que se identificam com meu trabalho.

Meu filho, eu tenho encontrado pela vida as dores do mundo, e com elas tenho me ocupado. Demorei responder a sua carta justamente por isso. Tenho gastado o meu sangue nesta proeza de ser e agir “ in persona Christi”. Não tenho outro objetivo senão tentar atualizar a presença de Jesus na vida das pessoas.  Eu o faço como posso. Evangelizo a partir da teologia que amo, mas também a partir da experiência que me guia. Conheci a Deus através do amor ágape. Fiquei fascinado quando me ensinaram que Deus é um pai amoroso que não despreza os filhos que tem, mesmo quando não correspondem ao que Ele espera.

O banquete em sua casa está sempre posto, pronto para receber o filho que tem fome. Adentrei a morada de Deus assim, na condição de homem qualquer, mas o surpreendente é que Ele não me recebeu como homem qualquer. Recebeu-me com festa, com carinho, com misericórdia, pois é capaz de me enxergar para além de minha aparência. É isso que tenho feito, meu caro. Tenho me esmerado para convencer as pessoas de que o mesmo pode acontecer com elas.
Quanto à minha dignidade sacerdotal, esta eu costumo preservar através das minhas atitudes. Minha roupa de padre não me garante muita coisa. O sacerdócio que o povo espera de mim não está no hábito que ostento, mas na sinceridade que preciso ter diante do meu compromisso assumido. Zelo para que Deus não seja transformado numa caricatura qualquer.

“Creio que muitos destes desdobramentos que eu estou expondo não foram sequer imaginados pelo senhor no momento em que concedeu a entrevista, e enquanto respondia às perguntas. Contudo, o ônus de quem se expõe à opinião pública é, exatamente, suportar os possíveis mal-entendidos que se geram quando as palavras são compreendidas de modo diverso da intenção e da mentalidade de quem as proferiu.  Espero que tudo que eu falei aqui tenha sido realmente um grande mal-entendido… Sempre cabe, contudo, esclarecer os desentendimentos mais graves que possam prejudicar não só a sua imagem, mas a da Igreja como um todo. Um ensino errado pode levar uma alma à perdição.”

Querido Gustavo, como professor de Hermenêutica eu não tenho dificuldade com os que pensam diferente de mim. Não é nenhum crime termos diferenças. O problema é quando nós fazemos da diferença um motivo de  pré julgamento e acusação.

“Perdoe-me, sinceramente, a franqueza e, talvez, a dureza em alguns momentos. Mas eu precisava lhe expor as minhas dúvidas, impressões e inquietudes com relação a essa entrevista. Se o senhor se dignar me responder esta carta, ainda que de modo breve, sucinto, ficaria imensamente grato. Despeço-me rogando mais uma vez a sua bênção e garantindo-lhe as minhas orações em favor de seu sacerdócio e de sua alma.
Gustavo Souza,
Indigno filho da Santa Igreja Católica”

Perdôo, é claro que perdôo, afinal, este o meu ofício. Como padre eu sou ministro da reconciliação. Confesso que a ira de seus seguidores, blogueiros que acompanham os seus escritos, me feriu muito mais que suas indignações. E é sobre isso gostaria de dizer, ao final desta resposta.  Não sei quem é você.  Vi a sua foto, aquela em que você diz estar embriagado de Coca Cola, e nada mais. O pouco que sei de você está revelado nos textos do seu blog.  Tenho acompanhado seus constantes combates, esforços para diminuir as heresias e afrontas à Igreja. Admiro o seu zelo. Ele expressa o amor que você tem a Deus. Mas confesso que sinto falta de “misericórdia” em suas falas, meu caro.

Gustavo, não faça do seu amor à Igreja um obstáculo ao seu amor pelos mais fracos, pelos diferentes. Defenda tudo o que quiser defender, mas não permita que o seu discurso seja causa de contenda e inimizades. Há sempre um jeito de discordar sem precisar ofender. A ofensa faz crescer o que é diabólico.

Cuidado com as generalizações. Você tem combatido as CEBS. Cuidado. Há muita gente honesta nestes movimentos. Eu as conheço. Vi de perto o trabalho frutuoso, espiritual, humano, salvação total acontecendo em muitos lugares deste grande Brasil. Vi nomes sendo citados de forma banal, irresponsável.   Irmã Dorothy Stang morreu defendendo o evangelho, meu filho. Gostando você, ou não, ela é foi uma mulher comprometida com as causas de Jesus. É muito triste ver o nome dela citado no seu espaço, como se fosse uma “mulher qualquer”. Chico Mendes foi um homem que defendeu questões nobres. Só por isso já merece o nosso respeito. Frei Beto é um homem fabuloso. Já fez muita gente se aproximar de Deus, por meio de sua inteligência e sabedoria aguçada.

Não limite o seu blog a um lugar de combates. Que seja um lugar de discussões, mas que sejam feitas à luz do princípio fundamental que o evangelho nos sugere: o amor ágape.

Gustavo, aproxime-se cada vez mais do Coração de Jesus. Ele é a interpretação da verdade que tanto buscamos compreender. Deus está inteiro em Jesus. O grande desafio da conversão é aproximar a nossa humanidade de sua divindade.

Do Adão que há em nós ao Cristo que nos foi oferecido.  Mesmo estando em estágios diferentes, uns mais à frente, outros mais atrasados, não importa. O importante é que saibamos ir juntos.  Nossa salvação depende disso. Uma coisa é certa, meu caro. Todos nós estamos desejosos de acertar. Sigamos juntos nesta busca.

Com meu carinho e benção,

Pe. Fabio de Melo.

Querido Gustavo,

Respondo, finalmente, as questões que me foram apresentadas por você.  Se puder, publique a resposta em seu blog.  Resolvi recortar as questões e respondê-las uma a uma.

“Uma das suas primeiras assertivas, que a mim causou muito espanto e preocupação, foi a de que “precisamos nos despir dessa arrogância de que nós somos proprietários da verdade suprema”. De fato, “donos” da verdade nós não somos. Mas nós a conhecemos! A Verdade é Cristo, e não há outra”.

Gustavo, a Teologia nos ensina que a Plenitude da Revelação é Cristo, mas esta plenitude não significa esgotamento da verdade.  Os desdobramentos desta verdade estão em todos os lugares do mundo. Deus continua se revelando. Plenitude não significa finalização.
O que sabemos do Cristo é processual. É assim que o Espírito Santo trabalha na vida da Igreja. A Teologia está a caminho. A grandeza da Revelação não cabe nos documentos que temos, nem tampouco na Teologia que já sistematizamos. O dogma evolui, pois é verdade santa. Tudo o que é santo, movimenta, porque é vivo. O que alimentou o passado precisa continuar alimentando o presente, e o futuro. Não significa modificar a verdade, mas sim, à luz do Espírito e da autoridade da Igreja, buscar a interpretação que favoreça o conhecimento da verdade que o dogma resguarda. Este exercício eclesial manifesta ao mundo o zelo pela verdade que nos foi confiado cuidar e administrar.
Deus continua se revelando ao mundo. O limite da Revelação é a inteligência humana. Nós o vitimamos constantemente com nossas reflexões, mas mesmo assim, Ele não deixa de se manifestar. Onde houver uma brecha, lá Deus acontecerá. Não podemos nos esquecer que a salvação é oferecida a todos. É interesse amoroso de Deus que a humanidade o conheça.
Nós, enquanto proprietários desta verdade que é Jesus, cuidamos do que recebemos. O cuidado da verdade recebida está sustentado sobre dois pilares. Anúncio e Reconhecimento. Nós anunciamos o Cristo. Nisso consiste a ação evangelizadora da Igreja. Mas nós também reconhecemos a sua presença, indícios do sagrado, em outras religiões. Como reconhecemos? Através dos frutos que produzem.
O amor que temos ao Cristo deve ser suficiente para que saibamos respeitar tudo o que é cristão, mesmo que as pessoas não se reconheçam cristãs. É dialética, meu caro.  É a tensão escatológica que também esbarra na hermenêutica cristã. Já, mas ainda não. É neste ainda não que nos abrimos com humildade para compreender que outras religiões também vivem e perseguem os rastros do sagrado, e que mesmo oculto, lá o Cristo já está sendo vivido. É uma questão de tempo.
Recordo-me de uma frase muito sábia, que um grande professor jesuíta costumava repetir em nossas aulas de mestrado. Ele dizia: “todo mundo tem o direito de viver o seu antigo testamento.” A administração desta verdade só pode ser responsável, à medida que reconhecemos que ela já ultrapassou os limites dos muros, que estão sob nossa custódia.

“E como explicar que, ao falar da condição adâmica do homem, o senhor tenha adotado a interpretação modernista segundo a qual a historicidade das escrituras fica reduzida ao nível das histórias da carochinha?! Dizer que Adão é uma imagem simbólica, metafórica, “fabulesca”, não faz parte da Doutrina Católica! O fato de a linguagem empregada no livro de Gênesis ser recheada de simbolismo não elimina o fato de que os acontecimentos nele narrados tenham se dado no tempo e no espaço tal como foram escritos. A interpretação literal complementa e enriquece a hermenêutica que se pode fazer a partir dos símbolos. Não é assim que ensina a Igreja?”

Não, não é isso que ensina a Igreja. Se você freqüentasse os meios teológicos saberia muito bem que a linguagem metafórica nem sempre está a serviço de um fato concreto, pontuado no tempo e no espaço. Por isso é metáfora.
A linguagem metafórica não é mentirosa. Sou professor universitário e ensinei Antropologia Teológica. É uma clareza que não posso perder de vista. Ao falar da condição adâmica nós precisamos pensar na humanidade como um todo. Não temos a certidão de nascimento de Adão. O que temos é a fé de que Deus criou a humanidade. Não posso pontuar a existência do primeiro homem. A sagrada escritura só que nos ensinar que somos filhos Dele.
Gustavo, toda a Antropologia teológica é construída na perspectiva da Cristologia. A narração das origens está diretamente ligada ao evento crístico. A Teologia da Criação não é uma ciência exata. O que precisa ser assegurado é o fato de que Deus é o criador do Universo. A maneira como tudo isso se deu é metáfora. Isso não significa meia verdade, nem tampouco conto da carochinha. O que não pode ser relativizado é a entrada de Jesus na história.
Há um destino Crístico que nos foi oferecido (Soteriologia).  Jesus é histórico. Está situado no tempo e no espaço. Isso sim é fundamental para a fé. Quando a Sagrada Escritura narra o nascimento do primeiro homem, o grande objetivo não é pontuar o início da vida humana, mesmo porque o escritor sagrado não escrevia com essa finalidade. Volto a dizer. A exegese nos ensina que o escrito tem como principal objetivo salvaguardar que o princípio de todas as realidades criadas está em Deus (Criacionismo). É por isso que a fé não se opõe à ciência no que diz respeito à evolução (Evolucionismo). É simples. O primeiro homem criado não pode ter tido a experiência que a sagrada escritura relata. Ou você pode desconsiderar todos os conhecimentos a respeito da origem do ser humano?
Gustavo, a fé não é um conjunto de certezas, meu caro. Não temos provas concretas para muitos aspectos da fé que professamos. Se as tivéssemos não precisaríamos ter fé. Acreditamos no que não vemos. Nem por isso é “conto da carochinha”, como você sugere.
Não sei se você a conhece, mas se não conhecer, sugiro que tenha contato com a obra do americano Joseph Campbell, que de maneira brilhante e pertinente, fez uma análise da linguagem mitológica nas culturas. Na primeira parte da obra “O poder do mito”, ele fala justamente deste grande equívoco que costuma ser muito comum entre as pessoas que não transcendem a linguagem. Campbell é uma das maiores autoridades no campo da mitologia, pois faz uma abordagem semiótica destas narrações. O mito não é uma mentira, mas também não precisa ser verdade, diz ele. O importante é a fé que ele sugere. O importante é reconhecer que ele está a serviço de uma verdade superior, porque não cabe no tempo. Foi mais ou menos isso que desejou Guimarães Rosa, ao escrever o conto “ A terceira margem do rio”. Onde fica a terceira margem?
O mesmo não se dá com as nossas convicções religiosas? O discurso religioso é o discurso da terceira margem. Guimarães Rosa compreendeu bem esta linguagem. E nós precisamos compreendê-la também.

“Depois o senhor falou que durante muito tempo “nós (subentenda-se: Igreja) fomos omissos”. Parece-me que essa omissão se referia às questões ecológicas. Pelo amor de Deus, padre! A missão da Igreja é salvar a Amazônia ou salvar as almas? Que conversa é essa de “cristificação do universo ”? Por que dar atenção a isso quando tantas almas se perdem na imoralidade, na heresia, na inércia espiritual?”

Gustavo, sua visão soteriológica é muito estreita. Salvar almas, somente? Essa visão compartimentada do ser humano é herética. Precisamos salvar a totalidade do humano, meu caro. Esqueceu o postulado fundamental da Antropologia cristã? Somos corpo e alma. Unidade. É só ler Tomás de Aquino, Santo Agostinho.
Fazer uma pregação desencarnada? A alma que quero salvar tem corpo, sente frio, tem fome, medo. A alma que quero salvar está num corpo que morre antes da hora, porque sofre as conseqüências de um meio ambiente marcado pelo pecado da omissão.
Se você fala da inércia espiritual, a Igreja fala da inércia espiritual e corporal. Cuidar do mundo é dar continuidade ao milagre da criação. Somos “co-criadores”. Deus continua criando, e nós correspondemos com a experiência do cuidado. Criar é atributo divino, mas cuidar é atributo humano. A horizontalidade da fé é real, concreta. Isso é Teologia da Criação. Está nos livros fundamentais, no catecismo da Igreja e também nos ensaios teológicos mais arrojados.
Quanto à  essa conversa de “Cristificação do universo”, que você pareceu banalizar, fazer menor, é apenas uma interpretação belíssima da presença de Cristo no mundo, tomando posse de todos os lugares, mediante o movimento sacramental que Igreja celebra e propaga.
Todos os sacramentos que a Igreja celebra nos cristificam. O nosso comprometimento com o Cristo, mediante o processo de conversão, nos cristifica. O gesto de caridade nos cristifica. A oração nos cristifica. Ser cristão é ao Cristo estar configurado. É boba essa conversa?

“Em seguida, veio aquela colocação, esdrúxula e totalmente “non sense”, de que a Igreja – que se considerava barca de Pedro – após o Concílio Vaticano II passou a se enxergar como Povo de Deus. Devo informar-lhe que a Igreja permanece sendo barca de Pedro, e o povo de Deus é – por assim dizer – a tripulação desta barca. Onde é que houve mudança na compreensão da eclesiologia”?

A colocação esdrúxula não tem outro objetivo senão ensinar a busca que a Igreja tem feito de ser “Católica”. Você bem sabe que o significado de ser católica é ser “universal”.  A expressão “barca de Pedro” não foi banida, Gustavo. Eu falei de superação conceitual. O problema não é a expressão, mas a interpretação que podemos fazer dela. É uma questão hermenêutica. A expressão “Povo de Deus” sugere a universalidade que a Igreja quer e precisa ter.  O concílio Vaticano II compreendeu assim. É orientação da Igreja. Eu não inventei isso. Toda essa aversão que você tem ao Ecumenismo expõe uma fragilidade na sua reflexão. Não é bla, bla, bla, como você costuma dizer. A Igreja trata com muito cuidado esta questão, pois sabe que as questões religiosas estão sendo causas de muito conflito no mundo. Banalizar a dimensão ecumênica da Igreja é, no mínimo, irresponsável.
Há uma vasta literatura na área da Eclesiologia refletindo sobre esse tema. Sugiro que você a conheça. Só vai lhe enriquecer.
Meu filho, o importante é a gente não esquecer, que mesmo estando na barca de Pedro, é sempre cordial e cristão, acenarmos com carinho e respeito aos que estão em barcas diferentes. As grandes guerras atuais são movidas por essa incapacidade de aceno.

“Entre as críticas feitas pelos blogueiros, salientava-se a sua posição – no mínimo, omissa – quando o apresentador Jô Soares comentou que achava um absurdo que a Igreja considerasse que o matrimônio servia apenas à procriação. Pergunto: por que o senhor não afirmou, como ensina a Igreja, que o matrimônio tem duas finalidades: a unitiva e a procriativa? Por que não disse que , sim, o amor dos esposos importa e ele é – ou, pelo menos, deve ser – expresso pela unidade (de pensamento e de vontade) que os cônjuges demonstram em todas e cada uma de suas ações? Era tão simples desfazer a argumentação errônea do entrevistador e, ao mesmo tempo, aproveitar para instruir as pessoas segundo a Sã Doutrina!”

Concordo com você. Eu errei ao não ter usado os termos técnicos. Quis levar a discussão através de outros recursos e acabei não sendo claro como deveria.

Pior que não ter ensinado no momento oportuno, foi o senhor afirmar que “o nosso discurso já mudou”! Diga-me, Pe. Fábio, acaso a doutrina imutável da Igreja perdeu a sua imutabilidade? O senhor crê, convictamente, que a Igreja está, dia após dia, se amoldando à mentalidade atual? Não seria missão da Esposa de Cristo formar na sociedade uma mentalidade cristã, isto é, fomentar um novo modo de pensar e de viver que esteja impregnado do perfume de Cristo? Ou é o contrário: o mundo é que deve catequizar a Igreja?”

Não, não é a Igreja que precisa ser moldada aos formatos do mundo. Em nenhum momento alguém me viu pregar sobre isso. Quando eu disse que o discurso já mudou, eu me referia justamente à visão antiga que ele tinha do “sexo no casamento”. O apresentador desconhecia a reflexão a dimensão unitiva do sexo na vida do casal.

“Em outro momento da entrevista o senhor afirmou que não “conseguia” celebrar a missa todos os dias? Não lhe parece estranho, e prejudicial, que a sua “agenda” não permita que o senhor celebre todos os dias a Eucaristia? Qual deve ser o centro da vida do sacerdote: o altar ou o palco? E quanto ao breviário? A sua “agenda” permite que o senhor o reze diariamente (considerando que não fazê-lo é pecado grave para o sacerdote)?”

Gustavo, quanto ao zelo que tenho pela minha vida de padre, gostaria de lhe tranqüilizar. Não sou um aventureiro. Sou um homem responsável, e se tem uma coisa que não perco de vista é a maturidade humana. Se me conhecesse, talvez não incorreria no julgamento velado de suas palavras.
Deus conhece a vida que tenho, e conhece também minha dedicação aos seus projetos. Se você gosta de quantificar o que faz, este não é o meu caso. Eu sou filho do Novo Testamento. Jesus é o Senhor da minha vida. Com Ele eu aprendi que a salvação não está na obrigação dos ritos, mas na qualidade do coração que temos. Busco cumprir todas as obrigações que a Igreja me pede, mas não coloco nisso a certeza da minha salvação. Não sou rubricista, nem pretendo me tornar. A Igreja nos recomenda muitas coisas. Lutamos para cumprir tudo. O que não conseguimos, deixamos nas mãos de Deus. Só Ele poderá nos julgar.

“Depois veio a pergunta: “o senhor teve experiências sexuais antes de ser padre?” Creio um homem que consagrou (frise-se o termo: consagrou) sua sexualidade a Deus não deveria expor sua intimidade diante do público. Mas, já que a pergunta indecorosa foi feita, a resposta que esperei foi algo no sentido de fazer o interlocutor entender que aquela questão era de ordem privada; que não convinha ser tratada em público. Em resumo: algo como “não é da sua conta!”. Porém, que fez o senhor? Respondeu que teve, sim, experiências sexuais precedentes, mas “às escondidas”! Caro Pe. Fábio, o senhor acha que convém dar uma resposta deste tipo? Isso não induziria as pessoas a pensar que não existem padres castos (considerando que muitos confundem castidade com virgindade)? Isso não estimularia as pessoas a crer na falácia segundo a qual todo jovem já teve, tem ou deve ter experiências sexuais que precedam a sua decisão vocacional?”

Gustavo, a vida é o testemunho que temos.  Não tenho dificuldade alguma de responder às perguntas que me expõem como homem. Não fiquei padre por acaso. Tenho uma história e dela não fujo.  São Paulo não fez o mesmo? Leia as cartas que ele escreveu. Ele sempre fez referência à vida vivida. Em nenhum momento se esquivou de contar sua história, mas fez dela um instrumental para orientar e sugerir vida nova em Cristo. Não gosto da expressão “não é da sua conta”. Se eu me disponho a ser entrevistado por alguém, tenho que saber que a minha vida será a pauta. Só não admitiria o desrespeito, mas isso não ocorreu. Não vou mentir para o povo. Nas minhas pregações eu falo o tempo todo da minha vida.  Não quero bancar o santo. Eu quero é ser santo.

“O senhor comentou, ainda, que “para a gente ser padre, a gente tem que ter amado na vida. É impossível (grifos meus) fazer uma opção pelo celibato, pela vida consagrada, se eu não tiver tido uma experiência de amar alguém de verdade”. O senhor acha, realmente, que o homem que nunca amou uma mulher não sabe amar? Baseado em que o senhor diz isso? Que dizer então do meu pároco que, tendo ido para o seminário aos 11 anos, nunca namorou? Ele é menos feliz por causa disso? Menos decidido pelo sacerdócio? Não creio que isso proceda.”

Digo baseado no fato de ser padre, conviver com padres, morar em seminários desde os 16 anos de idade, ser diretor espiritual de inúmeros seminaristas, padres e freiras.  Digo isso porque vivo os bastidores da Igreja. Sou amigo pessoal de muitos bispos, religiosos, diretores de seminários. Tenho 38 anos e sou profundamente interessado pela vida sacerdotal. A minha experiência, e a de tantos que passaram pela minha vida, mostraram-me que o celibato é ESCOLHA. Para haver escolha é preciso que haja possibilidades. Quanto à felicidade de seu pároco, sobre ela não posso dizer, pois não o conheço.  Minha fala é fruto do que a vida me mostrou, e só.

O que se viu nessa malfadada entrevista à rede globo foi a apresentação de um comunicador, um cantor, um filósofo, um homem qualquer. Pudemos enxergar Fábio de Melo. E só. O padre passou desapercebidamente. De comunicadores, cantores e filósofos, já basta: nós os temos em número suficiente! Precisamos de padres! Padres que são, sim, homens por natureza; mas que tiveram sua dignidade elevada pelo caráter impresso no sacramento da Ordem. Homens que não são “como quaisquer outros” porque receberam a graça e a missão de agir in persona Christi. Temos carência de ver padres que ajam, falem e – até mesmo – se vistam, em conformidade com a sua dignidade sacerdotal.”

Gustavo, se os seus olhos me enxergaram como um “homem qualquer”,perdoe-me. Talvez eu não tenha conseguido revelar a você a sacralidade que move os meus objetivos. Talvez você esteja elevado demais em sua vida espiritual, e necessite de padres mais espiritualizados, menos humanos.  Tenho consciência que ninguém precisa ser unanimidade. O que sei é que na Igreja de Cristo há um lugar para um padre com o meu perfil. Eu vejo a obra que Deus tem realizado na minha vida e na vida de tantas pessoas que se identificam com meu trabalho.
Meu filho, eu tenho encontrado pela vida as dores do mundo, e com elas tenho me ocupado. Demorei responder a sua carta justamente por isso. Tenho gastado o meu sangue nesta proeza de ser e agir “ in persona Christi”. Não tenho outro objetivo senão tentar atualizar a presença de Jesus na vida das pessoas.  Eu o faço como posso. Evangelizo a partir da teologia que amo, mas também a partir da experiência que me guia. Conheci a Deus através do amor ágape. Fiquei fascinado quando me ensinaram que Deus é um pai amoroso que não despreza os filhos que tem, mesmo quando não correspondem ao que Ele espera.
O banquete em sua casa está sempre posto, pronto para receber o filho que tem fome. Adentrei a morada de Deus assim, na condição de homem qualquer, mas o surpreendente é que Ele não me recebeu como homem qualquer. Recebeu-me com festa, com carinho, com misericórdia, pois é capaz de me enxergar para além de minha aparência. É isso que tenho feito, meu caro. Tenho me esmerado para convencer as pessoas de que o mesmo pode acontecer com elas.
Quanto à minha dignidade sacerdotal, esta eu costumo preservar através das minhas atitudes. Minha roupa de padre não me garante muita coisa. O sacerdócio que o povo espera de mim não está no hábito que ostento, mas na sinceridade que preciso ter diante do meu compromisso assumido. Zelo para que Deus não seja transformado numa caricatura qualquer.

“Creio que muitos destes desdobramentos que eu estou expondo não foram sequer imaginados pelo senhor no momento em que concedeu a entrevista, e enquanto respondia às perguntas. Contudo, o ônus de quem se expõe à opinião pública é, exatamente, suportar os possíveis mal-entendidos que se geram quando as palavras são compreendidas de modo diverso da intenção e da mentalidade de quem as proferiu.  Espero que tudo que eu falei aqui tenha sido realmente um grande mal-entendido… Sempre cabe, contudo, esclarecer os desentendimentos mais graves que possam prejudicar não só a sua imagem, mas a da Igreja como um todo. Um ensino errado pode levar uma alma à perdição.”

Querido Gustavo, como professor de Hermenêutica eu não tenho dificuldade com os que pensam diferente de mim. Não é nenhum crime termos diferenças. O problema é quando nós fazemos da diferença um motivo de  pré julgamento e acusação.

“Perdoe-me, sinceramente, a franqueza e, talvez, a dureza em alguns momentos. Mas eu precisava lhe expor as minhas dúvidas, impressões e inquietudes com relação a essa entrevista. Se o senhor se dignar me responder esta carta, ainda que de modo breve, sucinto, ficaria imensamente grato. Despeço-me rogando mais uma vez a sua bênção e garantindo-lhe as minhas orações em favor de seu sacerdócio e de sua alma.
Gustavo Souza,
Indigno filho da Santa Igreja Católica”

Perdôo, é claro que perdôo, afinal, este o meu ofício. Como padre eu sou ministro da reconciliação. Confesso que a ira de seus seguidores, blogueiros que acompanham os seus escritos, me feriu muito mais que suas indignações. E é sobre isso gostaria de dizer, ao final desta resposta.  Não sei quem é você.  Vi a sua foto, aquela em que você diz estar embriagado de Coca Cola, e nada mais. O pouco que sei de você está revelado nos textos do seu blog.  Tenho acompanhado seus constantes combates, esforços para diminuir as heresias e afrontas à Igreja. Admiro o seu zelo. Ele expressa o amor que você tem a Deus. Mas confesso que sinto falta de “misericórdia” em suas falas, meu caro.
Gustavo, não faça do seu amor à Igreja um obstáculo ao seu amor pelos mais fracos, pelos diferentes. Defenda tudo o que quiser defender, mas não permita que o seu discurso seja causa de contenda e inimizades. Há sempre um jeito de discordar sem precisar ofender. A ofensa faz crescer o que é diabólico.
Cuidado com as generalizações. Você tem combatido as CEBS. Cuidado. Há muita gente honesta nestes movimentos. Eu as conheço. Vi de perto o trabalho frutuoso, espiritual, humano, salvação total acontecendo em muitos lugares deste grande Brasil. Vi nomes sendo citados de forma banal, irresponsável. irmã Dorothy Stang morreu defendendo o evangelho, meu filho. Gostando você, ou não, ela é foi uma mulher comprometida com as causas de Jesus. É muito triste ver o nome dela citado no seu espaço, como se fosse uma “mulher qualquer”. Chico Mendes foi um homem que defendeu questões nobres. Só por isso já merece o nosso respeito. Frei Beto é um homem fabuloso. Já fez muita gente se aproximar de Deus, por meio de sua inteligência e sabedoria aguçada.
Não limite o seu blog a um lugar de combates. Que seja um lugar de discussões, mas que sejam feitas à luz do princípio fundamental que o evangelho nos sugere: o amor ágape.
Gustavo aproxime-se cada vez mais do Coração de Jesus. Ele é a interpretação da verdade que tanto buscamos compreender. Deus está inteiro em Jesus. O grande desafio da conversão é aproximar a nossa humanidade de sua divindade.
Do Adão que há em nós ao Cristo que nos foi oferecido.  Mesmo estando em estágios diferentes, uns mais à frente, outros mais atrasados, não importa. O importante é que saibamos ir juntos.  Nossa salvação depende disso. Uma coisa é certa, meu caro. Todos nós estamos desejosos de acertar. Sigamos juntos nesta busca.
Com meu carinho e benção,
Pe. Fabio de Melo.

Jesus Precisa de Você!

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Ano Sacerdotal

19/06/2009 a 11/06/2010

Vamos Orar pelas Vocações.

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SIM Não

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https://presentepravoce.files.wordpress.com/2008/05/terco.jpg?w=130&h=120&h=120
https://presentepravoce.files.wordpress.com/2008/03/ostia-043.jpg?w=130&h=120&h=120

Ano Sacerdotal.

annus_logo[1]

Carta para a proclamação

De um Ano Sacerdotal

so_joo_maria_vianney-2[1]São João Maria Vianey Patrono dos Sacerdotes.

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Amados irmãos no sacerdócio,

Na próxima solenidade do Sacratíssimo Coração de Jesus, sexta-feira 19 de Junho de 2009 – dia dedicado tradicionalmente à oração pela santificação do clero – tenho em mente proclamar oficialmente um «Ano Sacerdotal» por ocasião do 150.º aniversário do «dies natalis» de João Maria Vianney, o Santo Patrono de todos os párocos do mundo.[1] Tal ano, que pretende contribuir para fomentar o empenho de renovação interior de todos os sacerdotes para um seu testemunho evangélico mais vigoroso e incisivo, terminará na mesma solenidade de 2010. «O sacerdócio é o amor do Coração de Jesus»: costumava dizer o Santo Cura d’Ars. […]

Texto completoDownload

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Padre Léo no Jô Soares.

Atendendo a pedidos, estou postando a entrevista de Padre Léo no programa do Jô Soares em janeiro de 2007.

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Vinde e Vêde !



Eu só acredito naquilo que vejo, não adianta explicar e nem insistir, quero ver para crer !

“No dia seguinte, estava lá João outra vez com dois dos seus discípulos. E, avistando Jesus que ia passando, disse: Eis o Cordeiro de Deus. Os dois discípulos ouviram-no falar e seguiram Jesus. Voltando-se Jesus e vendo que o seguiam, perguntou-lhes: Que procurais? Disseram-lhe: Rabi (que quer dizer Mestre), onde moras? Vinde e vede, respondeu-lhes Ele.”

Evangelho de Jesus narrado por São João – 1, 35-39.


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Tem que ver pra crer.


Neste mundo materialista em que vivemos hoje poderíamos dizer que esta seria a atitude mais sensata a se tomar.   Uma vez que João Batista havia afirmado que aquele homem era o Filho de Deus, seria preciso comprovar  se realmente isto seria verdade ou não.

Jesus sentiu que curiosos o seguiam, não com o interesse de buscarem alguma coisa mais séria, mas queriam apenas aplacar sua curiosidade, será que seria Ele mesmo este Cordeiro de Deus? Afinal já era uma promessa tão antiga que poucos ainda se lembravam dela e de repente aparece o Cristo  “Messias” assim em nossa frente.

Mas se Ele era realmente o Filho de Deus, Como parecia um homem tão comum?  Com uma aparência tão humilde, por acaso este Filho de Deus não deveria ter nascido em um grande e majestoso Palácio?

Sendo assim, Jesus aceita o desafio e Ele mesmo os convida para experimentarem a verdade, não de longe, mas bem perto, o mais perto possível, em sua própria casa, em seu próprio coração.

Afinal de contas já era hora de se revelar ao mundo anunciando a boa nova do Reino de Deus.    Já era hora de formar o seu grupo de discípulos e prepará-los para formarem a Igreja que levaria este Reino a todos os homens.

Este mesmo convite Jesus fez a outras pessoas, muitos o seguiram, mas também teve alguns que não se interessaram em conhecê-lo de perto, nem por isso Jesus os obrigou ou ameaçou de condenação eterna caso não o seguissem, isto porque a nossa opção deve ser livre, caso contrário não seria a nossa vontade e como se diz, só se entra no céu com seu próprio esforço pessoal.

“Eis que estou a porta e bato, quem abrir a porta entrarei em sua casa e cearei com ele e ele comigo…”

Eu faria uma simples pergunta, se o Papa estivesse em minha cidade e de repente aparecesse batendo em minha porta pedindo para entrar:

O que faria eu ?

Fosse Católico, Evangélico, Cético, Ateu, Muçulmano ou de uma outra religião qualquer:

Sera que eu não o convidaria para entrar ?

Mesmo não sendo de sua Religião, seria uma pessoa conhecida e uma boa visita para se contar aos amigos, ou apenas para se trocar algumas palavras sobre coisas que gostaríamos de saber sobre ele.

E Jesus, não seria uma pessoa muito mais interessante e conhecida hoje?  Eu lhe digo, talvez não, talvez seria da mesma forma de quando Ele andava pelas ruas deste mundo, talvez seja tal como quando Maria e José procuraram um refúgio para passar a noite no dia que Ele nasceu, isto porque, posso dizer com certeza, não o conhecemos como achamos que deveríamos conhecê-lo e por isso este seu convite é sempre atual e aguarda a nossa atitude de resposta.


Vinde e vede !


Vinde e vede



VINDE E VEDE!


           Este post nasceu do exercício prático desta sugestão ou convite de Jesus, nesta ultima quinta feira visitei um grupo de oração para compartilhar com eles a palavra de Deus, mas antes da reunião havia uma celebração da palavra que sempre é efetuada por um dos ministros da Capela, porém lá chegando estava um Frei Franciscano da Paróquia executando a celebração, durante a homilia o Frei se referiu a esta frase “Vinde e Vede” e citou que hoje se fizermos uma busca na internet sobre este tema, não encontraríamos Católicos falando sobre isso, mas encontraríamos vários sites evangélicos pregando em nome de Jesus, enquanto que os Católicos não têm muito costume de pregar a palavra e nem de buscá-la como deveriam.

No fundo eu aceitei o que ele disse, porque eu mesmo já procurei temas para aprofundar ou buscar outras experiências e não encontrei, este foi um dos motivos pelos quais aqui estou, porque encontrei tanta coisa errada e opiniões divergentes à nossa verdade que justificaria realmente uma dedicação maior ao estudo da Palavra e compartilhar as experiências vividas com as pessoas que como eu, estão à procura do conhecimento da palavra de Deus, principalmente no meio Católico que a cada dia cresce mais o interesse por este tipo de busca, tanto é que alguns evangélicos mais exaltados aproveitam da situação e fazem verdadeiras armadilhas com temas como:

“Por amor aos Católicos Romanos”

“O Batismo da Igreja Católica”

“Por amor a Maria Mãe de Jesus”

E outros temas sugestivamente Católicos, usam destes temas de nosso interesse, mas falam diretamente contra a nossa doutrina e muitas vezes até de forma provocativa.

Por outro lado, sei também que existem hoje muitos sites e Blog’s Católicos que buscam compartilhar, debater e aprender as verdades da nossa Igreja, muitos dos quais já conheço e compartilho as experiências vividas a cada dia.   Estes blogs também podem ser encontrados lado a lado com os evangélicos e muitas vezes até mesmo antes dos evangélicos que são muito mais numerosos.

Fiz a pesquisa citada pelo Frei e realmente constatei que ele citou a frase, mas não havia feito uma pesquisa real, que para minha alegria, na primeira página da pesquisa havia somente um site que não era Católico e sei que este texto será o primeiro assim que for publicado, isto porque nós Católicos  começamos a ocupar nosso próprio espaço que já deveríamos ter ocupado a muito tempo, já que somos o maior País Católico do mundo.   Realmente deveríamos estar bem na frente daqueles que dividem o segundo lugar.

Temos mesmo que tomar esta iniciativa dos primeiros discípulos de Jesus, se Jesus passar por nós, temos que segui-lo imediatamente, não tem essa de ficar espreguiçando, enrolando e deixando pra depois.

Temos que ir ao encontro do Mestre e comprovar que Ele é realmente o Filho de Deus, este “vinde e vede” é uma experiência pessoal com Jesus, não basta aceitarmos o que João Batista nos diz, precisamos ver realmente de perto e comprovar que Jesus é o Filho de Deus que foi enviado para nos salvar.

É POR ESTE MOTIVO QUE EU REPITO O MESMO CONVITE FEITO POR JESUS, PARA QUE VOCÊ MESMO POSSA VER COM SEUS OLHOS E COMPROVAR A VERDADE.


VINDE E VEDE !!!


PRESENTEPRAVOCE

Missões, um Projeto de evangelização.



O Projeto das Missões redução-jesuítico guarani, que visava evangelizar e catequizar os índios da Bacia do rio Prata no Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguay, foi um projeto que deu certo e funcionou por mais de 150 anos até que o imperialismo interferiu no crescimento da nova civilização, que até então se formava no centro da América Latina, que já tem por si só, a fama de berço de diversas outras civilizações pre-colombianas, que aqui nasceram e cresceram, mas com a chegada da colonização espanhola praticamente desapareceram do mapa.

Resumo do Resultado das missões no Brasil

E Região da Bacia do Rio Prata.

Texto original Parcial hospedado em:http://www2.uol.com.br/mochilabrasil/missoes.shtml

Missões: as raízes ocultas da América

Por André Campos e Redação Mochila Brasil

….Numa região entrecortada pelos rios Paraná e Uruguai, que inclui territórios do Rio Grande do Sul, Argentina e Paraguai e Uruguai, escondem-se os vestígios de um dos mais importantes – e desconhecidos – capítulos da história da América Latina. Um capítulo que começou em 1603, quando os padres jesuítas, a serviço de um amplo projeto de conversão espiritual dos povos indígenas da Bacia do Prata, fundaram a primeira redução-jesuítico guarani da região. Lá viveram milhares de índios guaranis catequizados, num sistema de cooperação social que combinava o solidarismo e a reciprocidade da cultura guarani às inovações técnicas trazidas da Europa (como a escrita, a imprensa e a metalurgia).

…..O desenvolvimento e a expansão do projeto levaram à formação de 30 povoados do gênero na região. Durante 150 anos, eles formaram uma sociedade interligada que chegou a abrigar mais de 100 mil pessoas, entre guaranis e jesuítas, e que desenvolveu uma arquitetura, um planejamento urbano e um modo de vida considerados únicos em toda a história da humanidade. Disputas pelo controle desse território, envolvendo as coroas portuguesa e espanhola, determinaram a decadência e a gradual dissolução das Missões jesuítico-guarani. Nos locais onde elas floresceram restam hoje apenas as ruínas de uma sociedade dizimada através da força colonialista e do derramamento de sangue indígena.

……Em 1983, as ruínas remanescentes das Missões foram declaradas Patrimônio Histórico da Humanidade, pela Unesco, formando hoje a base do chamado Circuito Internacional das Missões. Além das belezas arquitetônicas restantes, a região oferece ao viajante museus com a arte sacra produzida pelos guaranis evangelizados, muita informação histórica, belos rios e lindas paisagens modeladas pelo clima temperado. Ela também proporciona o contato com um povo e uma cultura única em todo o continente, formados a partir de uma combinação absolutamente singular entre os costumes do homem branco e dos povos guaranis.

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Missões no Brasil. COMO UMA BOMBA


Eu Não disse Sim a Jesus !




Um jovem tinha tudo para ser mais um daqueles que um dia seriam conhecidos como apóstolos e colunas da Santa Igreja, mas a ultima vez que o vimos foi quando se afastava de Jesus demonstrando um olhar muito triste.


Gravuras do Evangelho o novo testamento 244 Cristo e o Jovem Rico


Isto é Vocação ?



Hoje, 02/08/08 a homilia de Pe. Augusto no final do encontro de jovens, me fez lembrar do jovem rico, para quem não conhece esta história, podemos dizer que este jovem foi um daqueles que Jesus chamou para segui-lo, mas que não disse Sim a Jesus, preferiu voltar para sua casa e suas posses.

A história nos diz que ele era um jovem muito religioso e fiel a todos os mandamentos da lei, ou seja era uma pessoa integra e correta, no entanto não disse Sim a Jesus.

Isto quer dizer então que ele não foi salvo e era na verdade um pecador ?

   Não, não podemos afirmar isto, mas podemos dizer que ele perdeu a melhor parte, que afinal de contas, sempre foi estar ao lado de Jesus.    A história de Marta e Maria retrata bem este fato, quem em nossos dias atuais não quereria trocar pelo menos duas palavras com o Mestre, bastaria dizer que Jesus estaria em tal lugar a tal hora para que este local ficasse abarrotado de gente, era assim que acontecia quando Jesus realizava seus prodígios no passado e continua assim quando Ele realiza milagres em nosso meio.

Pe. Augusto nos contava que:

Quando ainda era um seminarista, ele era o motorista da Kombi que levava os outros seminaristas para o local das aulas, e que esta Kombi não estava lá muito boa.   Um certo dia a kombi quebrou e ele ficou na beira do caminho com o carro parado enquanto que os outros seguiram seu destino.    Enquanto aguardava o socorro, chegou um homem aparentando muito doente e fraco e lhe disse:

– Oi Seu Padre.

– Eu Não sou Padre, sou apenas um seminarista.

-Tudo bem seu Padre, mas eu preciso que o Sr. me arrume um dinheiro prá…

-Mas eu já lhe disse, que não sou Padre, sou um seminarista e não tenho dinheiro algum comigo, estou apenas aguardando socorro para a kombi que se quebrou.

Mas o homem tratou de continuar explicando sua necessidade.

-Pois, é, eu preciso de um dinheiro para pagar a prestação do meu plano funerário, que está atrasado, na verdade eu preciso de mais dinheiro para comprar remédio para me tratar da AID’S, mas se pagar o plano funerário já esta bom.

O Seminarista dialogando com ele, tentou compreender o problema daquele homem.

No que ele lhe disse:

– Quando eu tinha mais ou menos a sua idade, quando ainda participava de grupos de jovens na Igreja, um  dia eu senti o chamado de Jesus bem forte em meu coração para um comprometimento maior e mais sério com Ele, no entanto, eu tinha um sonho de ser caminhoneiro e acabei optando por seguir este meu sonho.   Cresci e me tornei um motorista que vivia na estrada, sem compromissos fixos com a Igreja, isto me afastou de Deus e a estrada me aproximou de situações inesperadas que me levaram a me envolver com o pecado pesado.   Diversas Mulheres, prostituição, bebida, drogas e etc.     O pecado já era comum em minha vida e eu nem percebia o que estava acontecendo comigo, até que  um certo dia descobri que estava com AID’s, então perdi a saúde, a alegria, o emprego e a minha vida agora é apenas uma contagem regressiva, por isso, como eu não tenho mais nenhuma esperança nesta vida que ainda me resta, preciso pelo menos manter o meu carnê em dia, para garantir que eu seja enterrado com dignidade.

– Esta história realmente foi uma surpresa para o seminarista, que tanto sofreu para estar ali tentando seguir seu caminho até o Sacerdócio.

Por mais difícil que pareça para um Jovem dizer sim a Jesus, afinal de contas serão muitos sonhos a serem abandonados para que este novo sonho seja realizado plenamente, mesmo assim dizer Sim não seria uma opção tão ruim ou até talvez seja a melhor opção.

Na verdade era isto que este homem estava dizendo ao afirmar que sua escolha não fora afinal de contas uma opção acertada, e que, quem sabe, se ele tivesse ouvido o chamado de Jesus naquele dia, hoje pelo menos ainda estaria vivo e com uma boa esperança de vida eterna.

Quando o chamado de Jesus é verdadeiro, não há como fugir, não há como fingir que não escutou e mesmo que você diga não, seu coração sempre baterá mais forte quando se lembrar daquele momento decisivo.

Como se chamava mesmo o Jovem rico ?

Porque será que ninguém sabe o seu nome ?

Se ele tivesse aceitado o chamado de Jesus, certamente seu nome estaria escrito na Bíblia, quem sabe até sendo o autor de um dos 5 evangelhos.

Esta mesma voz de Cristo ainda hoje ressoa em nossos ouvidos:


Ordenação em Roma, no Centro de Estudos Superiores da Legião de Cristo, pelo Cardeal Rivera, da Cidade do México. http://blog.veritatis.com.br/2007_03_01_archive.html


Quanto a Você, deixe tudo, venha e siga-me…

Vocação na verdade é assumir uma decisão de seguir a Jesus e viver a sua vida e não mais a minha, esta decisão não implica que eu me torne um Sacerdote ou uma Freira, nem mesmo um monge enclausurado no alto de uma montanha.   Dizer Sim a Jesus implica em deixar que Ele conduza a sua vida, de forma que ela gere mais vida e mais amor para aqueles que morrem no desespero porque não encontram mais sentido em suas vidas medíocres.

Da mesma forma que Deus precisa de Sacerdotes como pastores para as ovelhas de seu rebanho, ele também precisa de ovelhas que gerem outras ovelhas para este mesmo Rebanho, afinal de contas por melhor que seja o Pastor e salve suas ovelhas retirando-as da boca do Leão e do Lobo feroz “Como fez o Rei Davi” ele jamais poderá gerar ovelhinhas para o seu rebanho crescer, por isso um bom cristão deve gerar outros bons Cristãos que caminham e vivam na presença de Jesus e não gerar lobos e leões que vivam à espreita nos caminhos escuros deste mundo prontos para devorar as ovelhinhas perdidas.

É nisto que se resume o nosso Sim a Jesus, um sim perfeitamente plausível, que na verdade nada mais é do que um Não ao pecado que nos afasta de Deus nos levando a morte eterna.

O homem donte seguiu sua história e certamente hoje não está mais entre os vivos e o Seminarista continuou seu caminho e hoje é um Sacerdote que nos ajuda a seguir nossos caminhos na presença de Deus dizendo Não a todo pecado que nos afasta da fonte da água viva que é Jesus.


Quer Saber Mais sobre Vocação?

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O que é Vocação ?



As Vocações Específicas


1. Origem:


Há uma só vocação, que vem de Cristo, convocado e convocante. A vocação especifica-se em vários graus correspondentes aos diversos momentos existenciais da experiência cristã. E estas experiências têm em Cristo sua fonte, seu sentido, sua referência e unidade.



Jesus convida a segui-lo, cada um da própria situação em que se encontra. Vinde comigo (Mc 1,17). Pede confiança nele (Mc 2,14). Confiança plena em sua pessoa e não a uma causa. A resposta obediente deve ser vivida no abandono do lugar do trabalho, do status, da casa, da família. Não se trata só de adesão interna, mas de unir-se a ele em seu projeto de vida. Chama Doze para estarem com ele e para enviá-los a pregar. O centro da eleição é para que estivessem com ele. Não é pura adesão intelectual, mas adesão ao seu modo de viver. Os discípulos prolongam a presença e a obra de Jesus.

A escolha de um estado de vida na Igreja é a encarnação concreta da vocação fundamental.Deus chama através de mediações, não se trata de uma vocação nova, mas o desenvolvimento da vocação fundamental. O chamado é algo original.


2. O motivo da vocação particular:


Cada vocação é original, é fruto da liberdade, é um acontecimento pessoal, único e incomunicável. Tem como finalidade primeira a humanização da pessoa e o serviço do Reino. Quando uma pessoa se diz chamada é preciso acreditar nela. A experiência vocacional é pessoal, pode acontecer mesmo em quem não se espera.

A certeza não vem de imediato, a vocação está submetida a tentações e inquietudes. Uma pessoa pode se sentir atraída por um sistema de valores, mas isto não quer dizer que não se sinta atraído por outros valores. Existe a dúvida.

A eleição é dolorosa, a escolha custa: ser padre; religioso(a); casar. Dói rejeitar aquilo que não escolhi. Não porque não é bom, mas, porque eu não escolhi.

A entrega a um valor envolve um sacrifício. SACRIFÍCIO E SEDUÇÃO. Sacrifício: deixar para trás tudo aquilo que eu não escolhi. Sedução: atração divina.

A pessoa é convidada a escutar e receber, colaborar com docilidade. Iniciar-se em Cristo é descobri-lo, é deixar que ele nos encontre, nos agarre incondicionalmente, é recebê-lo. É um estado de permanente conversão. A pessoa é como ovelha extraviada, dracma perdida, filho fugido (Lc 15) que entrega nas mãos do Pai e se deixa encontrar qual tesouro no campo ou pérola preciosa. Vai vende tudo, renuncia sua vida e recebe um novo ser. É sair de si mesmo, distanciar-se daquilo que até agora era segurança, o bem estar, o poder, o consumo e, ao mesmo tempo, é entrega total e incondicional a Cristo.


3. As várias Vocações


3.1 Vocação leiga
(A identidade de vocação laical na Igreja)

O carisma da vocação laical ocupa um lugar central na Igreja, define a Igreja para o mundo. Outra vocações não têm essa centralidade. Através desse carisma a Igreja se faz presente no mundo.

O mundo e não a Igreja é a meta dos caminhos de Deus. A Igreja precisa se abrir para o mundo, por isso precisa de leigos. O leigo tem carisma e função para libertar a secularidade do mundo, mediante o anúncio de Jesus Cristo. Fazer com que o mundo tenha autonomia. O leigo tem a missão de fazer com que o mundo entre em comunhão com o mistério que a Igreja representa (Reino de Deus).

A vocação laical tem sua origem nos sacramentos do batismo e da crisma. Ela ocupa um lugar central na Igreja, define a igreja para o mundo. O fiel cristão leigo tem o papel de libertar o mundo da secularidade, dos falsos ídolos e de todas as prisões que oprimem e destroem a pessoa humana. Vivendo no mundo como solteiro, casado ou consagrado (de maneira individual ou
num instinto secular), os leigos são fermento na massa, sal e luz do mundo.

Na vocação laical temos o estado de vida matrimonial. Chamados a ser pai, a ser mãe, a gerar vida, a constituir família. A família é chamada a constituir a Igreja doméstica. É a expressão visível do amor de Cristo pela sua igreja, sacramento de Cristo. É na família que é possível expressar as mais variadas formas de amor.

Amor conjugal: é na entrega mútua, no relacionamento fecundo e construtivo que esposa e esposo desenvolvem sua potencialidade e se realizam plenamente como pessoa.

Amor paternal e maternal: agradecidos a Deus pela continuidade do seu amor que se encarna no dom dos filhos, os pais retribuem esta dádiva amando, protegendo e educando seus filhos para se integrarem na comunidade e na sociedade.

Amor filial: é como se fosse uma ação de graças, isto é, devolver aos pais a graça da vida que um dia lhe deram. Os filhos desenvolvem um amor aos pais como gratidão por tudo que lhes concederam.

Amor fraternal: é o amor entre os irmãos e a experiência do amor oblativo e caritativo, sair do seu convívio familiar, perceber que há um círculo maior de pessoas e começar a compreender que somos todos irmãos. É aí que se desenvolve a sensibilidade aos problemas do mundo.

Além de constituir família, a grande missão da maioria dos leigos, sabemos que eles têm um importante papel na transformação da sociedade. Vejamos algumas de suas principais características: estar inserido no meios da sociedade como fermento na massa, sal que dá sabor e luz que ilumina os difíceis caminhos.

Colocar em prática as possibilidades cristãs escondidas no meio do mundo. Valorizar os sinais do reino presentes de maneira latente no meio da sociedade e – combater as tantas forças do anti-reino, ou seja, forças que promovem a injustiça e a morte.

Ser sinais visíveis de Jesus Cristo na família, no trabalho, na política, na economia, na educação, na saúde pública, nos Meios de Comunicação Social, nos órgãos públicos, nos esportes, no serviço liberal e em tantos outros espaços no meio da sociedade.

Praticar a sua fé e seu amor a Deus em todos os lugares e em quaisquer necessidades.

Participar com fidelidade e criatividade na construção de um mundo novo.

Os cristãos leigos vivem o Evangelho que leem, que rezam e que celebram, não apenas entre paredes de uma igreja, mas em todos os lugares. São aqueles que fazem do seu trabalho a liturgia diária e prolongam a Missa Dominical em todos os dias da semana.



LG 31 – Leigo que não é ministro ordenado, nem religioso. A índole secular caracteriza o leigo. É específico para ele procurar o Reino de Deus, exercendo funções temporais (em suas atividades), vivem na secularidade, e devem fazer-se presentes nos ofícios e trabalhos do mundo. O leigo na Igreja faz presente o mundo, e no mundo faz presente a Igreja. Todo leigo tem uma função na Igreja, o leigo manifesta o dinamismo extrovertido da Igreja.

3.2 Vocação consagrada
(Identidade da Vocação consagrada e religiosa na Igreja)

O carisma da vida religiosa está orientado também para o mundo. É por causa do mundo. Demonstra o contraste, não é fuga, mas compromisso.

A vocação religiosa é assumida por homens e mulheres que foram chamados a testemunhar Jesus Cristo de uma maneira radical. É a entrega da própria vida a Deus. Essa vocação existe desde o início do Cristianismo: vida eremítica, monástica e religiosa. Nesses dois mil anos de história surgiram inúmeras ordens, congregações, institutos seculares e sociedades de vida apostólica.

Os religiosos vivem: como testemunha radical de Jesus Cristo, como sinal visível de Cristo libertador, a total disponibilidade a Deus, à Igreja e aos irmãos e irmãs, a total partilha dos bens, o amor sem exclusividades, a consagração a um carisma específico, numa comunidade fraterna, a dimensão profética no meio da sociedade, assumem uma missão específica.

Um religioso vive em primeiro lugar a sua consagração nos votos, depois, por carisma congregacional, por vocação e necessidade da Igreja, se ordena padre.

3.3 Vocação Presbiteral O carisma da Vocação Presbiteral.

Vamos falar aqui do sacerdócio ministerial específico. O Sacerdócio fundamental é comum a todo cristão leigo. Cristo fez do novo povo um reino de Sacerdotes para Deus-Pai (cf. Ap 1,6).

Pelo Batismo todos participam da dimensão sacerdotal de Cristo (LG 27).

O sacerdócio ministerial pelo poder conferido, forma e rege o povo sacerdotal, realiza o sacrifício eucarístico na pessoa de Cristo e o oferece a Deus em nome de todo o povo (LG 28).

O ministério ordenado (carisma próprio do diácono, presbítero e bispo) é uma vocação carismática particular.

O Espírito Santo – concede esta vocação a alguém e esta vocação converte-se em função.

Um carisma que se converte em ministério. Ratifica-se após a imposição das mãos do bispo.

O presbítero é chamado a assumir o ministério hierárquico na Igreja como serviço aos irmãos. É convocado a fazer parte do presbitério (clero de uma diocese chefiado por um Epíscopo).

A Pastoral Vocacional deve trabalhar incansavelmente pela diocesaneidade de uma Igreja. Uma Igreja diocesana sem clero diocesano não pode existir. Toda Igreja deve ter um corpo presbiteral.

Esse ministério surgiu na geração apostólica quando os apóstolos se preocuparam pela continuidade das comunidades. Assim como não poderia existir comunidade primitiva sem apóstolo, da mesma forma não pode existir comunidade cristã sem padre.

O texto base para o oitavo encontro nacional de Presbíteros apresenta aquilo que é essencial de seu ministério pastoral:

1. A ordenação episcopal ou presbiteral confere um carisma para guiar a Igreja. A ordenação não é um mero reconhecimento de um carisma pré-existente ou a mera instalação num cargo. A ordenação confere sacramentalmente um carisma e um cargo: não há carisma sem cargo e nem cargo sem carisma! Evidentemente, no processo formativo e nos escrutínios, haverá de verificar-se as aptidões prévias para a recepção plena e frutuosa de ambos.

2. Os pastores – pela ordenação – tornam-se vínculos da Igreja, cabendo-lhes operar pela comunhão dentro da comunidade eclesial sob sua responsabilidade, entre ela e as demais, entre a Igreja e a humanidade. Sua função de guias desenvolve-se em três direções fundamentais: a evangelização (dentro e fora da comunidade), a comunhão recíproca das Igrejas, a unidade interna de cada comunidade.

3. Os pastores presidem à edificação da Igreja numa sociedade e numa cultura determinada (cf. At 2,1-11; 1 Tm 3,7). Essa formulação ajuda a evitar as concepções unilaterais do ministério pastoral, que o definiam ou pela Eucaristia (tradição medieval) ou pelos sacramentos (tradição pós-tridentina) ou pela palavra (K. Rahner) ou pela missão. Na verdade, o presbítero preside à edificação da comunidade cristã, que se faz pela missão (envio), pela palavra, pela ação pastoral, pelos sacramentos, especialmente a Eucaristia. Naturalmente, quem preside não assume todas as funções; pelo contrário, anima e coordena uma comunidade dotada de inúmeros outros carismas, serviços e ministérios.

4. Sua posição à frente da Igreja identifica os pastores, porém a Igreja também necessita dessa presidência para sua própria identidade. Com efeito, a Igreja precisa perceber-se como “convocação” por uma palavra que não vem dela, mas do Outro; precisa perceber-se como “enviada em missão” nos apóstolos, por Cristo, pelo Pai; precisa fazer a experiência do “ministério de Cristo”, na palavra revelada e nos sacramentos, sobretudo a Eucaristia, cuja presidência cabe a quem preside à comunidade e, para isso, foi devidamente ordenado; precisa perceber sua dimensão “escatológica” antecipada nos múltiplos sinais do Reino, mormente na palavra e nos sacramentos.

5. O ministério ordenado tem uma tríplice dimensão: profética, sacerdotal e régia. Para a Tradição Apostólica>, de Hipólito Romano, a tarefa pastoral (real-régia) é a primeira: “Concede a teu servo, a quem escolheste para o episcopado, que apascente teu santo rebanho” (TA 3). O conteúdo desta tarefa está explicitado pelo dom do “pneuma heghemonikón”/”spiritus principalis”, que tem uma dupla dimensão: espírito de profecia e espírito para conduzir a Igreja em virtude deste carisma. Segundo a Tradição Apostólica, esta tarefa pastoral e profética implica o exercício do sumo sacerdócio (archihierateuein). Nesta perspectiva, a presidência da Eucaristia e dos outros sacramentos apresenta-se como uma dimensão da tarefa pastoral!

6. O cargo de bispo e de presbítero é sempre colegial: ninguém é bispo sozinho, mas num colégio episcopal; ninguém é presbítero sozinho, mas num presbitério!

Numa eclesiologia de comunhão, podemos concluir, os cristãos e seus pastores são irmãos iguais em dignidade (cf. Mt 23,8-12; Mc 3,31-35; LG 32); diferentes quanto aos carismas, serviços e ministérios, entre os quais e à frente dos quais está o ministério pastoral, responsável pela unidade, santidade, catolicidade e apostolicidade da Igreja; solidários na responsabilidade de evangelizar o mundo e de edificar a Igreja sobre o único fundamento que é Jesus Cristo (cf. 1 Cor 3,11).



Fonte: Past. Vocacional – http://www.sav.org.br/

http://www.abeas.org/sav_ago2007.php