Aquele que vem a mim não terá fome.



“Jesus disse: Eu sou o pão da vida;

aquele que vem a mim não terá fome.”

( São João 6, 35)



Cinco_paes


Esta frase nos faz lembrar que Jesus multiplicou cinco pães e dois peixes para alimentar uma multidão e que todos comeram até se fartar, também nos faz lembrar que durante quarenta anos o povo Judeu vagou pelo deserto, mas jamais lhes faltaram pão e água, pois o maná caia do céu todo santo dia e até mesmo a rocha sólida vertia água fresca para saciar a sede do povo de Deus.   Sabemos que na presença de Jesus ninguém poderia reclamar da falta de pão, porém, Hoje queremos falar de outro tipo de fome, que na verdade é bem mais comum do que parece. 


Todos nós, em alguma fase de nossas vidas, percebemos que existe um grande vazio dentro de nós. Uma sensação, comparativamente falando, de uma fome insaciável.

As soluções escolhidas para suprir essa necessidade que, quase sempre não entendemos o que realmente é, são diversas.

Algumas pessoas escolhem a caridade, outras apostam suas fichas em busca da saciedade em relacionamentos fúteis, realização profissional, posses, drogas. Enfim, as opções são as mais variadas.



Vazio_interior


Mas por que esse sentimento surge dentro de nós?

Segundo o que está escrito em (Gn 1, 26):  “Deus nos fez a Sua imagem e semelhança,” Ele colocou a Sua essência dentro de mim e de nós. O vazio que sentimos nada mais é que o resultado do afastamento entre Deus e o Homem, a separação que foi causada pelo pecado de cada um. (Rm 3, 23). É por Ele que, mesmo sem entender, ansiamos e buscamos.

Como disse o Salmista no Cap. 41:

2. Como a corça anseia pelas águas vivas, assim minha alma suspira por vós, ó meu Deus. 3. Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando irei contemplar a face de Deus?

Também foi escrito pelo Profeta Amós 8, 11 e 12:

11. Virão dias – oráculo do Senhor Javé – em que enviarei fome sobre a terra, não uma fome de pão, nem uma sede de água, mas (fome e sede) de ouvir a palavra do Senhor. 12. Andarão errantes de um mar a outro, vaguearão do norte ao oriente; correrão por toda parte buscando a palavra do Senhor, e não a encontrarão.

Mesmo sem entender a razão desta fome insaciável, é  fato que a palavra de Deus já havia declarado isto a muitos anos atrás e é bem certo de que quanto mais o homem se afasta de Deus e quanto mais nos se aproxima a segunda vinda do Senhor Jesus, esta fome só ficará cada vez mais evidente, no entanto a palavra também prevê que nos últimos tempos sobrevirão dias difíceis e que encontrar o verdadeiro alimento sólido capaz de saciar a nossa fome será uma missão impossível.  Em alguns lugares será por impedimento político, em outros por apostasia da Fé e já em outros por pura prática de mercenarismo mesmo e assim as pequeninas ovelhas do Senhor não encontrarão as pastagens verdejantes que antes eram tão abundantes e frescas.

Quando estas coisas começarem a acontecer, então compreenderemos o que Jesus realmente quis nos dizer quando proclamou estas palavras:

 “Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome.”



Meu Pastor


“Quem come a minha carne e bebe o meu sangue

Permanece em mim e eu nele.”



Naquele mesmo dia muitos dos discípulos de Jesus preferiram abandonar o discipulado e se afastaram do Mestre, foi aí então que Jesus proferiu o seu mais duro discurso finalizando com a pior de todas as propostas que já havia feito aos seus amados seguidores;  “Vós também quereis me abandonar?”, mas Jesus ouviu de Pedro a melhor de todas as respostas que se poderia ouvir; Senhor, a quem iríamos nós? Tu tens as palavras da vida eterna. Esta resposta confirma exatamente que reconhecemos que somente Jesus pode nos dar o alimento que sacia a nossa fome e tira o nosso vazio.

Como São Pedro, um dia também reconheceremos que Jesus é o único que pode nos saciar, dia após dia tirando o nosso vazio e então nos rendemos inteiramente diante aos seus pés como a mulher adultera.

No entanto, ao longo do tempo, muitos de nós já não sentiremos mais essa fome.

Podemos então perguntar, Seria isso normal ou não?

A verdade é que todas as vezes que fazemos uma refeição completa saciaremos provisoriamente a nossa fome e não definitivamente como alguns poderiam pensar, mas no caso de Jesus, muitas pessoas pensam que basta buscar esta plenitude uma única vez e depois deixam de procurar o Mestre e acabam se afastando ainda mais do verdadeiro caminho.

Talvez você discorde de mim e tenha pensado, “Nós só seremos completos e teremos nossa fome totalmente saciada no dia que estivermos com Jesus!”. E você está certo. Em I João 3, 2 lemos que só seremos plenamente semelhantes a Jesus quando Ele se manifestar. Então provavelmente você está se perguntando:

“Como então perdemos a nossa fome por Jesus?”.

Geralmente em festas e recepções os anfitriões servem petiscos antes do prato principal para que os convidados não fiquem com fome e muitos comem tanto que acabam ficando sem fome e não conseguem nem experimentar o prato principal da noite. Nós temos sido como esses convidados. Nos alimentamos de tantas outras coisas e acabamos não sentido fome pelo prato principal que é o próprio CRISTO ! Olha que eu não estou me referindo somente ao pecado, pois existem muitas outras coisas que podem, aparentemente, preencher o vazio e saciar a fome da nossa alma na hora errada nos impedindo de receber a melhor parte. A vida ministerial é um bom exemplo. O nosso chamado é algo de Deus, mas muitas vezes ocupa o lugar que era pra ser de Jesus. Passamos a acreditar que as coisas acontecem por nossa causa e, muitas vezes, nos tornamos independentes de Deus.

Um dia Jesus disse: “Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome.” (São João 6, 35). Ir até Jesus remete-nos a uma idéia de prática contínua, ininterrupta. Se não buscarmos ao Senhor todos os dias passaremos a saciar a nossa fome com aquilo que a nossa carne deseja e não com o que Jesus nos oferece. Como o Padre Léo nos relembra sempre, “Buscai as coisas do Alto… e não às da terra .” e assim como São Paulo já nos ensinava, o nosso objetivo é alcançar o céu e não apenas uma simples coroa corruptível aqui na terra, mas muitos de nós tem trocado o céu prometido por Jesus por coroas, dinheiro, posição hierárquica, honras e glórias terrenas que não passarão de sete palmos abaixo da planta de nossos pés.

Se essa tem sido a sua realidade, faça todos os seus apetites se submeterem a vontade de Deus. Esforce-se ao Maximo como São Paulo descreve a rotina da vida de um atleta se preparando para uma grande maratona, pois precisamos estar preparados todos os dias para vencer todas as barreiras que batem à nossa porta.

A oração e o jejum são a melhor dupla para que façamos isso! A Bíblia diz que o pecado não terá domínio sobre nós (Rm 6,14), então você pode escolher aquilo que irá te alimentar e aquilo que saciará a sua fome.

Qual tem sido o tamanho da sua fome por Jesus?

Ele realmente é o pão da vida para você?

Ele é aquele que possui palavras de vida eterna?

Você pretende seguir Jesus até a morte de Cruz ou esta palavra é dura demais para suportar?

Sabemos pelas escrituras sagradas que somente quatro pessoas próximas a Jesus estavam com Ele no momento de sua morte na Cruz; sua mãe, sua tia, Maria Madalena e São João o discípulo mais jovem.  Os outros estavam com medo e não foram capazes de segui-lo nem mesmo até à cruz como poderiam assumir esta cruz como Ele assumiu por amor a nós?

Toda essa história mudou quando todos os Discípulos saciaram a sua sede de Deus ao receberam a plenitude da promessa do Pai em Pentecostes (Atos 2, 1) e assim como a Samaritana receberam a água viva que se tornou uma fonte a jorrar pela vida eterna sendo totalmente transformados em novas criaturas conforme a imagem do Cristo filho do Deus vivo.


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Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão, que eu hei de dar, é a minha carne para a salvação do mundo.     (São João 6,51)


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Bem Aventurado sois vós…



O Sermão da Montanha

“As Bem Aventuranças”

A verdadeira Santidade





ENTREGUES NAS MÃOS DO SENHOR

A santidade não é um artigo de luxo reservado a um grupo de privilegiados. É um ideal para o qual todos os cristãos devem tender, independentemente de sua condição social ou eclesial. Como ninguém é excluído, também ninguém pode eximir-se de dar sua resposta a este apelo divino. O importante é ter uma visão correta da santidade, para se evitar esmorecimentos diante de concepções falsas, e também para não ir atrás de um projeto de santidade incompatível com a proposta de Jesus.
O Evangelho entende a santidade como a capacidade de entregar-se totalmente nas mãos do Pai, de quem tudo se espera e em nome de quem se age em favor do semelhante. Neste caso, santidade e bem-aventurança identificam-se.


O sermão da montanha

5 Vendo as multidões, Jesus subiu à montanha e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, e, abrindo sua boca, ele começou a ensinar: “Felizes os pobres no espírito, porque deles é o Reino dos Céus. Felizes os que choram, porque serão consolados. Felizes os mansos, porque receberão a terra em herança. Felizes os que têm fome e sede da justiça, porque serão saciados. Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Felizes os puros de coração, porque verão a Deus. Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. Felizes os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus. Felizes sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque é grande a vossa recompensa nos céus. Pois foi deste modo que perseguiram os profetas que vieram antes de vós. apartamentos para alugar em santos


Fundamentação Bíblica:  Mateus 5,1-12



Jesus Professor e provedor da verdadeira felicidade.

“Não pode existir alguém que não deseje ser feliz. Mas, oxalá os homens que tão vivamente desejam a recompensa não fugissem dos trabalhos que conduzem a ela!” – Assim começava Santo Agostinho o sermão sobre as bem-aventuranças no ano 415 em Cartago. Impressiona-nos vivamente que o Senhor relacione a felicidade daquelas multidões (cfr. Mt 5,1) com a pobreza, o choro, a mansidão, a fome e a sede de justiça, a misericórdia, a pureza de coração, a pacificidade, a perseguição sofrida e a calúnia padecida. Para os ouvidos mundanos, essas expressões não podem causar mais que rejeição! E, não obstante, são esses os trabalhos que conduzem a felicidade, como dizia o bispo de Hipona. Sem dúvida, é importante entender que Jesus não está pregando uma vida miserável, triste, sem nenhum prazer, sem garra e sem perspectiva. Vou ser sincero: eu também rejeitaria um cristianismo assim! Se o mártir visse somente os sofrimentos e a morte, não seria feliz. Para a testemunha da fé, os tormentos são suportados por amor a Deus e também por causa da recompensa, do prêmio, do céu!

Há outras palavras de Cristo que nos ajudam a compreender melhor as das bem-aventuranças: “ninguém há que tenha deixado casa ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou filhos, ou terras por causa de mim e por causa do Evangelho que não receba, já neste século, cem vezes mais, com perseguições – e no século vindouro a vida eterna” (Mc 10,29-30). Neste século: deixar pai e ter cem pais, deixar mãe ter cem mães, deixar terras e ter cem vezes mais a quantidade de terra que se tinha… é ou não é rentável? E, depois: a vida eterna! E nem precisa ser bom comerciante para dizer que negócio é ouro!

A felicidade é uma realidade que vai mais além da pobreza, do choro, da mansidão e, não obstante, está presente em todas essas realidades, não por causa delas mesmas, mas por causa do espírito com o qual as vivemos e por causa das grandes coisas que nos aportam tão pouca renúncia. Em resumo: os que não conhecem a Deus estão perdendo tempo!

Realmente, o que faz feliz o coração humano não são as coisas desse mundo, mas o sentido na vivencia e na utilização dessas coisas. A mulher que vai ao salão de beleza e espera durante algumas horas para que a deixem bem bonita, é feliz; ela se submete a esse pequeno sacrifício por um bem maior. Quem sabe as consequências prejudiciais de uma noite de álcool e mesmo assim “toma todas”, é feliz; essa pessoa não busca as consequências, mas a alienação na qual encontra a felicidade por algumas horas. Inclusive quando pecamos, as ações por nós realizadas tem como fim a busca da felicidade, ainda que de maneira errada.

Com esses poucos exemplos é fácil ver e afirmar que há coisas que levam à autêntica felicidade e outras que levam a uma aparente felicidade. Como chamar felicidade aquilo que vai acabando conosco? Somente um louco buscaria a felicidade no encontro violentamente físico entre a sua cabeça e um poste.

Existe também uma “educação para a felicidade”, para buscar a felicidade. Há fases árduas nesse aprendizado. Além do mais, há coisas consideradas “chatas” que nos fazem felizes, como tomar um remédio amargo ou ir à escola. No momento não se percebe que é assim, mas com o passar do tempo estamos felizes e agradecidos por estar sadios e por não sermos burros.

Um bom professor da matéria chamada “felicidade” é Jesus. Que grande pedagogo! Afirma, para atrair os seus discípulos, que terão cem vezes mais aquilo que eles renunciarem. Com essa perspectiva, fica até fácil pedir a renúncia ao próprio eu (pobreza de espírito), pois seremos cem vezes mais nós mesmos, realmente viveremos de acordo com a nossa dignidade; o choro do esforço, pois assim não viveremos como seres adocicados e moles cuja felicidade se encontra na posição horizontal sobre um sofá macio (que pobreza de perspectiva!); a fome e a sede de justiça que nos faz ter uma vontade cem vezes mais firme para lutar pela felicidade dos outros, caminho de liberdade interior; a misericórdia que nos dá uma coragem centuplicada; a pureza de coração que nos faz cem vezes mais nobres porque dizemos “não” ao animal que está dentro de nós, preferimos viver como seres humanos; os pacíficos que estão dispostos a lutar cem vezes porque sabem que a paz é resultado da guerra que nos fazemos a nós mesmos contra as nossas más inclinações; a perseguição que nos faz cem vezes mais perspicazes para saber viver nesse mundo com a esperteza dos filhos de Deus e não ser bobos de ficar para trás em coisas nas quais deveríamos ser os primeiros; na calúnia sofrida que nos enterrará no húmus da humildade e nos fará andar centuplicadamente em verdade. E, depois, o descanso, a vida eterna, a vida sem fim, sempre, para sempre.

Pe. Françoá Costa

http://www.presbiteros.com.br/site/homilia-do-padre-francoa-costa-%E2%80%93-todos-os-santos/


Nos Revezes

da Vida (ECC)



O SENTIDO DA VIDA É RESTAURADO



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Sou_tua_ovelha_Senhor

Ministros da nova aliança do Espírito.

1. A serviço do Espírito

Texto de Frei Raniero Cantalamessa, o preegador do Papa.

Convento Santo Antônio

Na pregação passada, havíamos comentado a definição que Paulo dá dos sacerdotes  como “servos de Cristo”. Na Segunda Carta aos Coríntios, encontra-se uma afirmação aparentemente diferente. Ele escreve: “que nos tornou capazes de exercer o ministério da nova aliança, não da letra, mas do Espírito. A letra mata, o Espírito é que dá a vida. Se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, foi cercado de tanta glória que os israelitas não podiam fitar o rosto de Moisés, por causa do seu fulgor, ainda que passageiro, quanto mais glorioso não será o ministério do Espírito?” (2 Cor 3, 6-8).

Paulo define a si mesmo e seus colaboradores como “ministros do Espírito” e o ministério apostólico como um “serviço do Espírito”. A comparação com Moisés e com o culto da Antiga Aliança não deixa nenhuma dúvida de que nessa passagem, como em muitas outras dessa mesma carta, ele fala do papel dos guias da comunidade cristã, ou seja, dos apóstolos e seus colaboradores.

Quem conhece a relação que existe para Paulo entre Cristo e o Espírito sabe que não há contradição entre ser servos de Cristo e ministros do Espírito, mas uma perfeita continuidade. O Espírito de que se fala aqui é de fato o Espírito de Cristo. O próprio Jesus explica o papel do Paráclito a respeito dele mesmo, quando diz aos apóstolos: ele tomará do meu e vos anunciará, ele vos fará recordar aquilo que eu disse, ele dará testemunho de mim…

A definição completa do ministério apostólico e sacerdotal é: servos de Cristo no Espírito Santo. O Espírito indica a qualidade ou a natureza de nosso serviço, que é um serviço “espiritual” no sentido forte do termo; não só no sentido de que se relaciona com o espírito do homem, sua alma, mas no sentido de que tem por sujeito, ou “agente principal”, como dizia Paulo VI, o Espírito Santo. Santo Irineu diz que o Espírito Santo é “a nossa própria comunhão com Cristo” [1].

Logo acima, na mesma Segunda Carta aos Coríntios, o apóstolo havia ilustrado a ação do Espírito Santo nos ministros da nova aliança com o símbolo da unção: “É Deus que nos confirma, a nós e a vós, em nossa adesão a Cristo, como também é Deus que nos ungiu. Foi ele que imprimiu em nós a sua marca e nos deu como garantia o Espírito derramado em nossos corações” (2 Cor 1, 21 s.).

Santo Atanásio comenta sobre este texto: “o Espírito é chamado para ungir e selar… A unção é o sopro do Filho para que todo aquele que possui o Espírito possa dizer: ‘nós somos o perfume de Cristo’. O selo é o Cristo, de modo que aquele que é marcado pelo selo possa assumir a forma de Cristo” [2]. Quanto à unção, o Espírito Santo nos transmite o perfume de Cristo; quanto ao selo, a sua forma ou imagem. Portanto, não há dicotomia entre o serviço de Cristo e o serviço do Espírito, mas unidade profunda.

Todos os cristãos são “ungido”; o próprio nome não significa outra coisa que isso: “ungido”, à semelhança de Cristo, que é o Ungido por excelência (cf. 1 Jo 2, 20. 27). Mas Paulo está falando aqui de sua obra e de Timóteo (“nós”) na comunidade (“vós”); é evidente que se refere especificamente à unção e ao selo do Espírito recebidos no momento de ser consagrados ao ministério apostólico, para Timóteo mediante a imposição das mãos do Apóstolo (cf. 2 Tim 1, 6).

Temos de redescobrir a importância da unção do Espírito, porque nela, creio, está contido o segredo da eficácia do ministério episcopal e presbiteral. Os sacerdotes são essencialmente consagrados, isto é, ungidos. “Nosso Senhor Jesus – lê-se na Presbyterorum ordinis – que o Pai santificou e enviou ao mundo (Jo 10, 36), tornou participante todo o seu Corpo místico da unção do Espírito com que Ele mesmo tinha sido ungido”. O mesmo decreto conciliar lança luz sobre a especificidade da unção conferida pelo sacramento da Ordem. Por isso, diz, “os presbíteros ficam assinalados com um caráter particular e, dessa maneira, configurados a Cristo sacerdote, de tal modo que possam agir em nome de Cristo cabeça” [3].

Sacramento e presença de Deus.

Este é o Oleo preciosodo Senhor.

2. A Unção:

figura, acontecimento e sacramento.


A unção, como a Eucaristia e a Páscoa, é uma daquelas realidades que se fazem presentes em todas as fases da história da salvação. De fato, está presente no Antigo Testamento como figura, no Novo Testamento como acontecimento e no tempo da Igreja como sacramento. No nosso caso, a figura advém das várias unções praticadas no Antigo Testamento; o acontecimento é constituído pela unção de Cristo, o Messias, o Ungido, a quem todas as figuras tendiam como que ao seu cumprimento; o sacramento é representado por aquele conjunto de sinais sacramentais que provêm da unção como rito principal ou complementar.

No Antigo Testamento se fala em três tipos de unção: a unção real, a sacerdotal e a profética, isto é, a unção dos reis, dos sacerdotes e dos profetas, ainda que no caso dos profetas se trate de uma unção espiritual ou metafórica, sem a presença de um óleo material. Em cada uma destas três unções, é delineado um horizonte messiânico, ou seja, a expectativa de um rei, um sacerdote ou um profeta, que será o Ungido por antonomásia, o Messias

Junto com a investidura oficial e jurídica, pela qual o rei converte-se no Ungido do Senhor, a unção confere também, segundo a Bíblia, um poder interior, comporta uma transformação que vem de Deus e este poder, esta realidade vem cada vez mais identificados com o Espírito Santo. Ao ungir a Saul como rei, Samuel disse: “Não é o Senhor quem te ungiu como chefe de seu povo Israel? Tu governarás o povo do Senhor… Te invadirá então o Espírito do Senhor, entrarás em transe com eles e ficarás mudado em outro homem” (1 Samuel 10, 1-6).

O Novo Testamento não hesita em apresentar Jesus como o Ungido de Deus, no qual todas as unções do passado encontraram seu cumprimento. O título de Messias, Cristo, que significa justamente Ungido, é a prova mais clara disso.

O momento ou evento histórico que remete a essa conclusão é o batismo de Jesus no Jordão. O efeito desta unção é o Espírito Santo: “Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder” (At 10, 38); o próprio Jesus, após seu batismo, declarará na sinagoga de Nazaré: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pois me ungiu (Lc 4, 18).

Jesus era certamente pleno do Espírito Santo desde o momento da Encarnação, mas tratava-se de uma graça pessoal, ligada à união hipostática, e portanto incomunicável. Ora, na unção, recebe aquela plenitude do Espírito Santo que, como cabeça, poderá transmitir para o corpo. A Igreja vive desta graça capital (gratia capitis).

Os efeitos da tríplice unção – real, profética e sacerdotal – são grandiosos e imediatos no ministério de Jesus. Pela força da unção real, Ele abate o reino de Satanás e instaura o Reino de Deus: “se expulso, no entanto, pelo Espírito de Deus, é porque já chegou até vós o Reino de Deus” (Mt 12, 28); pela força da unção profética, “anuncia a boa nova aos pobres”; e pela força da unção sacerdotal, oferece orações e lágrimas durante sua vida terrena e, ao fim, oferece a si mesmo na cruz.

Após ter estado presente no Antigo Testamento como figura e no Noto Testamento como acontecimento, a unção está presente agora na Igreja como sacramento. O sacramento toma da figura o sinal e do acontecimento o significado; toma das unções do Antigo Testamento o elemento – o óleo, o crisma ou unguento perfumado – e de Cristo a eficácia salvífica. Cristo nunca foi ungido com óleo físico (à parte da unção de Betânia), nem nunca ungiu a ninguém com óleo físico. Nele o símbolo foi substituído pela realidade, pelo “óleo da alegria” que é o Espírito Santo.

Mais que um sacramento isolado, a unção está presente na Igreja como um conjunto de ritos sacramentais. Como sacramentos em si mesmos, temos a confirmação (que através de todas as transformações sofridas remete, como testemunha seu nome, ao rito antigo da unção com o crisma) e a unção dos enfermos; como parte de outros sacramentos, temos a unção batismal e a unção nos sacramento da Ordem. Na unção crismal que se segue ao batismo, faz-se menção explícita à tríplice unção de Cristo: “Ele próprio vos consagra com o crisma da salvação; inseridos em Cristo sacerdote, rei e profeta, sejais sempre membro de Seu corpo para a vida eterna”.

De todas estas unções, interessa-nos neste momento a que acompanha ao momento em que se confere a Ordem sagrada. No momento em que unge com o sagrado crisma as palmas de cada ordenando ajoelhado ante ele, o bispo pronuncia estas palavras: “O Senhor Jesus Cristo, que o Pai consagrou no Espírito Santo, e revestiu de poder, te guarde para a santificação de seu povo e para oferecer o sacrifício”.

Obra do Espírito Santo no Homem.

3. A unção espiritual

Existe um risco comum a todos os sacramentos: o de ficar no aspecto ritualístico e canônico da ordenação, em sua validade e legitimidade, sem dar a devida importância ao res sacramenti, ao efeito espiritual, à graça própria do sacramento, no caso o fruto da unção na vida do sacerdote. A unção sacramental nos habilita a cumprir certas tarefas sacras, como orientar, pregar, instruir; nos dá, por assim dizer, a autorização para fazer certas coisas, não necessariamente a autoridade para fazê-las; assegura a sucessão apostólica, mas não necessariamente o sucesso apostólico!

A unção sacramental, com o caráter indelével (o “selo”) que imprime no sacerdote, é um recurso ao qual podemos recorrer a qualquer momento, sempre que sentirmos necessidade, que podemos, por assim dizer, ativar a qualquer momento de nosso ministério. Também aqui atua aquilo que a teologia chama de “revivescência” do sacramento. O sacramento, uma vez recebido no passado, reviviscit, volta a reviver e a conferir sua graça: em casos extremos, porque remove o obstáculo do pecado (o obex), em outros casos porque remove o verniz do costume, intensificando a fé no sacramento. É como se fosse um frasco de perfume; pode-se mantê-lo no bolso ou nas mãos indefinidamente, mas enquanto não o abrirmos, o perfume não se manifesta, é como se não estivesse lá.

Como nasceu essa ideia de uma unção atual? Um passo importante foi dado, mais uma vez, por Agostinho. Ele interpreta o texto da primeira Carta de João: “Quanto a vós, a unção que recebestes de Jesus permanece convosco…”  (1 Jo 2, 27), no sentido de uma unção perene, por meio da qual o Espírito Santo, professor interior, permite-nos compreender interiormente aquilo que ouvimos de fora. É atribuída a ele a expressão “unção espiritual”, spiritalis unctio, que consta no hino Veni Creator [4]. São Gregório Magno ajudou, entre muitas outras coisas, a popularizar, ao longo da Idade Média, esse ponto de vista agostiniano [5].

Uma nova fase no desenvolvimento do tema da unção se inicia com São Bernardo e São Boaventura. Com eles, se define o novo sentido, de caráter espiritual, da unção, já não tanto relacionado ao tema do conhecimento da verdade, mas sobre a experiência da realidade divina. Comentando o Cântico dos Cânticos, São Bernardo diz: “um tal cântico, só a unção ensina, só a experiência nos faz compreender” [6]. São Boaventura identifica a unção com a devoção, concebida por ele como “um suave sentimento de amor a Deus despertado pela lembrança das bênçãos de Cristo” [7]. Esta não depende da natureza ou do conhecimento, nem das palavras ou dos livros, mas “do dom de Deus que é o Espírito Santo” [8].

Nos dias de hoje, são cada vez mais comuns as expressões ungido e unção (anointed, anointing) para referir-se à ação de uma pessoa, à qualidade de um discurso ou pregação, mas com um sentido diferente. Na linguagem tradicional, a palavra unção sugere, como vimos, uma ideia de suavidade e doçura, a ponto de dar lugar, em seu uso profano, a acepções pejorativas, “untuoso” como “bajulador”, referindo-se a uma pessoa “desagradavelmente cerimoniosa e servil”.

Em seu uso moderno, mais próximo do bíblico, a palavra sugere muito mais uma ideia de poder e de força de persuasão. Um sermão carregado de unção é um sermão em que percebemos, por assim dizer, o entusiasmo provindo do Espírito; um discurso que abala, que fala ao coração das pessoas. Trata-se de um componente genuinamente bíblico do termo, presente por exemplo no texto dos Atos, onde se diz que Jesus “foi ungido com o Espírito Santo e com poder”  (At 10, 38).

A unção, nesse sentido, parece mais um ato do que estado. É algo que a pessoa não possui de maneira constante, mas que se “investe” sobre ela no momento do exercício do ministério ou da oração.

Se a unção se dá pela presença do Espírito, sendo um dom dele proveniente, o que podemos fazer para obtê-la? Antes de mais nada, orar. Há uma promessa explícita de Jesus: “Pai do céu dará o Espírito Santo aos que lhe pedirem!” (Lucas 11:13). Cumpre pois, também a nós, quebrar o vaso de alabastro, como a pecadora na casa de Simão. O vaso é o nosso eu, e talvez nosso intelectualismo árido. Quebrá-lo significa renunciar a nós mesmos, ceder a Deus, com um ato explícito, as rédeas de nossa vida. Deus não pode doar Seu Espírito a quem não se doa inteiramente a Ele.

Orar pedindo o poder de Deus.

4. Como obter a unção do Espírito

Apliquemos à vida do sacerdote este rico conteúdo bíblico e teológico relacionado ao tema da unção. São Basílio diz que o Espírito Santo “estava sempre presente na vida do Senhor, tornando-se a unção e o companheiro inseparável”, de modo que “toda atividade de Cristo envolve-se no Espírito” [9]. Receber a unção significa, portanto, receber o Espírito Santo como “companheiro inseparável” na vida, fazer tudo “no Espírito”, à sua presença, com sua guia. Isso implica uma certa passividade, docilidade, ou como diz Paulo, um “deixar-se guiar pelo Espírito” (Gl 5, 18).

Tudo isso se traduz, externamente, ora em suavidade, calma, paz, doçura, devoção, comoção, ora em autoridade, força, poder, credibilidade, dependendo das circunstâncias, do caráter de cada um e também da atividade que exerce. O exemplo de vida é Jesus, que, movido pelo Espírito, manifesta-se como manso e humilde de coração, mas também, quando necessário, pleno de autoridade sobrenatural. É uma condição caracterizada por um certo brilho interior, que torna fácil e credível no fazer as coisas. Um pouco de como é a “forma” para o atleta e a inspiração para o poeta: um estado em que se pode dar o melhor de si.

Nós, sacerdotes, precisamos nos acostumar a buscar a unção do Espírito antes de desempenhar uma ação importante no serviço do Reino: uma decisão a tomar, uma nomeação a fazer, um documento a escrever, uma comissão a presidir, uma pregação a preparar. Eu aprendi de maneira dura. Encontrei-me, por vezes, ter de falar a um público amplo, em uma língua estrangeira, muitas vezes tendo acabado de chegar de uma longa viagem. Escuridão total. A língua em que deveria falar parecia-me escapar, a incapacidade de me concentrar sobre um esquema, um tema. E a música de abertura estava prestes a terminar… Então me lembrei da unção e logo fiz uma breve oração: “Pai, em nome de Cristo, peço a unção do Espírito!”

Às vezes, o efeito é imediato. Experimenta-se quase fisicamente a unção vindo sobre si. Uma certa comoção atravessa o corpo, ilumina a mente, serenidade na alma; desaparece a fadiga, o nervosismo, cada medo e cada timidez; experimenta-se algo da própria calma e autoridade de Deus.

Muitas das minhas orações, como imagino com todo cristão, não foram escutadas, no entanto, quase nunca fica sem ser escutada esta oração pela unção. Parece que diante de Deus, temos uma espécie de direito de reclamá-la. Mais tarde, especulei um pouco sobre essa possibilidade. Por exemplo, se devo falar de Jesus Cristo, faço uma aliança secreta com Deus Pai, sem fazer Jesus saber, e digo: “Pai, devo falar de teu Filho Jesus, que tanto amas: dê-me a unção de Seu Espírito para alcançar o coração das pessoas. Se eu tiver que falar de Deus, o Pai, o oposto: faço um acordo secreto com Jesus… A doutrina da Trindade é maravilhoso também para isso.

Bento XVI incensando o Altar - Perfume de Jesus.

Bento XVI incensando o Altar - Perfume de Jesus.

5. Ungido para espalhar no mundo

O bom odor de Cristo.

No mesmo contexto de 2 Coríntios, o apóstolo, sempre referindo-se ao ministério apostólico, desenvolve a metáfora da unção com o perfume, escreve: “Graças sejam dadas a Deus que nos faz sempre triunfar em Cristo e que, por meio de nós, vai espalhando por toda a parte o perfume do seu conhecimento. De fato, nós somos o bom odor de Cristo para Deus” (2 Cor 2, 14-15).

Este deve ser o sacerdote: o perfume de Cristo no mundo! Mas o apóstolo nos adverte, acrescentando de imediato: “trazemos esse tesouro em vasos de barro” (2 Cor 4, 7). Sabemos muito bem, pela experiência dolorosa e humilhante recente, o que tudo isso significa. Jesus disse aos apóstolos: “Vós sois o sal da terra. Ora, se o sal perde seu sabor, com que se salgará? Não servirá para mais nada, senão para ser jogado fora e pisado pelas pessoas.” (Mt 5, 13). A verdade desta palavra de Cristo é dolorosa aos nossos olhos. Se o unguento perde o odor e se gasta, transforma-se no seu contrário, em mau cheiro e, em vez aproximar de Cristo, afasta dele. Em parte para responder a esta situação, o Santo Padre convocou este Ano Sacerdotal. O disse abertamente na carta de convocação: “há situações, nunca bastante deploradas, em que a Igreja sofre pela infidelidade de alguns de seus ministros. Nestes casos, é o mundo que sofre o escândalo e o abandono”.

A carta do Papa não se limita a esta constatação; de fato, acrescenta: “O máximo que a Igreja pode recavar de tais casos não é tanto a acintosa revelação das fraquezas dos seus ministros, como sobretudo uma renovada e consoladora consciência da grandeza do dom de Deus, concretizado em figuras esplêndidas de generosos pastores, de religiosos inflamados de amor por Deus e pelas almas”.

A revelação das fraquezas também deve ser feita para fazer justiça às vítimas e a Igreja agora o reconhece e a aplica da melhor forma que pode, mas deve fazer-se em outra sede e, em todo caso, não virá de lá o estímulo para uma renovação do ministério sacerdotal. Eu pensei neste ciclo de meditações sobre o sacerdócio precisamente como uma pequena contribuição na direção desejada pelo Santo Padre. Eu gostaria de deixar que o seráfico padre, São Francisco, falasse no meu lugar. Em um momento em que a situação moral do clero era sem comparação mais triste que a de hoje, em seu testamento, ele escreve: “O Senhor me deu e ainda me dá tanta fé nos sacerdotes que vivem segundo a forma da santa Igreja Romana, por causa de suas ordens, que, mesmo que me perseguissem, quero recorrer a eles. E se tivesse tanta sabedoria quanto teve Salomão e encontrasse míseros sacerdotes deste mundo, nas paróquias em que eles moram não quero pregar contra a vontade deles. E hei de respeitar, amar e honrar a eles e a todos os outros como a meus senhores. Nem quero olhar para o pecado deles porque neles reconheço o Filho de Deus e eles são os meus senhores. E procedo assim porque do mesmo altíssimo Filho de Deus nada enxergo corporalmente neste mundo senão o seu santíssimo corpo e sangue, que eles consagram e somente eles administram aos outros”.

No texto citado no começo, Paulo fala da “glória” dos ministros da Nova Aliança no Espírito, imensamente mais elevada que a antiga. Esta glória não procede dos homens e não pode ser destruída pelos homens. O santo Cura de Ars difundia certamente ao seu redor o bom odor de Cristo e, por este motivo, as multidões iam a Ars; mais perto de nós, o Padre Pio de Pietrelcina difundia o odor de Cristo, às vezes inclusive com um perfume físico, como testemunham inúmeras pessoas dignas de fé. Muitos sacerdotes, ignorados pelo mundo, são em seu ambiente o bom odor de Cristo e do Evangelho. O “padre rural” de Bernanos tem muitos companheiros espalhados pelo mundo, na cidade e no campo.

O Pe. Lacordaire traçou um perfil do sacerdote católico, que hoje em dia pode parecer muito otimista e idealizado, mas voltar a encontrar o ideal e o entusiasmo pelo ministério sacerdotal é precisamente o que está faltando neste momento e, por esta razão, voltamos a escutar, ao concluir esta meditação: “Viver no meio do mundo sem nenhum desejo pelos próprios prazeres; ser membro de toda família, sem pertencer a nenhuma delas; compartilhar todo sofrimento; ficar à margem de todo segredo; curar toda ferida; ir todos os dias dos homens a Deus para oferecer-lhe sua devoção e sua oração, e voltar de Deus aos homens para levar-lhes seu perdão e sua esperança; ter um coração de ferro pela castidade e um coração de carne para a caridade; ensinar e perdoar, consolar e abençoar e ser abençoado para sempre. Ó Deus, que tipo de vida é esta? É a tua vida, sacerdote de Jesus Cristo! [10]

* * *

[Notas originais em italiano]

1) S. Ireneo, Adv. Haer. III, 24, 1.

2) S. Atanasio, Lettere a Serapione, III, 3 (PG 26, 628 s.).

3) PO, 1,2.

4) S. Agostino, Sulla prima lettera di Giovanni, 3,5 (PL 35, 2000); cf. 3, 12 (PL 35, 2004).

5) Cf. S. Agostino, Sulla prima lettera di Giovanni, 3,13 (PL 35, 2004 s.); cf. S. Gregorio Magno, Omelie sui Vangeli 30, 3 (PL 76, 1222).

6) S. Bernardo, Sul Cantico, I, 6, 11 (ed. Cistercense, I, Roma 1957, p.7).

7) S. Bonaventura, IV, d.23,a.1,q.1 (ed. Quaracchi, IV, p.589); Sermone III su S. Maria Maddalena (ed. Quaracchi, IX, p. 561).

8) Ibidem, VII, 5.

9) S. Basilio, Sullo Spirito Santo, XVI, 39 (PG 32, 140C).

10) H. Lacordaire, cit. da D.Rice, Shattered Vows, The Blackstaff Press, Belfast 1990, p.137.

Site Oficial do Frei Cantalamessa - http://www.cantalamessa.org/pt/index.php

Fontes:

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A reprodução dos serviços de Zenit requer a permissão expressa do editor.

ZP09121105 – 11-12-2009
Permalink: http://www.zenit.org/article-23540?l=portuguese

Pregador do Papa:

Ministros da nova aliança do Espírito

Segunda meditação de Advento do padre Cantalamessa ao Papa e à Cúria

CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 11 de dezembro de 2009 (ZENIT.org).- Publicamos a segunda meditação de Advento dirigida na manhã desta sexta-feira pelo padre Raniero Cantalamessa, O.F.M. Cap., a Bento XVI e a seus colaboradores da Cúria Romana, na capela “Redemptoris Mater”, do Vaticano.


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Na próxima solenidade do Sacratíssimo Coração de Jesus, sexta-feira 19 de Junho de 2009 – dia dedicado tradicionalmente à oração pela santificação do clero – tenho em mente proclamar oficialmente um «Ano Sacerdotal» por ocasião do 150.º aniversário do «dies natalis» de João Maria Vianney, o Santo Patrono de todos os párocos do mundo.[1] Tal ano, que pretende contribuir para fomentar o empenho de renovação interior de todos os sacerdotes para um seu testemunho evangélico mais vigoroso e incisivo, terminará na mesma solenidade de 2010. «O sacerdócio é o amor do Coração de Jesus»: costumava dizer o Santo Cura d’Ars. […]

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