
Não temos como avaliar coisas e fatos se não conhecermos um exemplo prático por isso gostaria de lhes contar a História que se segue que é um fato verídico ocorrido anos atrás na Índia e serve como um perfeito exemplo para que possamos entender o que Jesus quis dizer quando contou esta parábola a seus discípulos.
“O Reino dos céus é ainda semelhante a um negociante que procura pérolas preciosas. Encontrando uma de grande valor, vai, vende tudo o que possui e a compra.”

Não lanceis aos cães as coisas santas, não atireis aos porcos as vossas pérolas, para que não as calquem com os seus pés, e, voltando-se contra vós, vos despedacem.
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Pérola:
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“Era muito caro aos antigos o simbolismo da pérola, pois ela é algo de misterioso: muito bela, mas escondida no mar, dentro de uma ostra. Os antigos eram levados a crer que tal realidade resultava de um portento,… portento que ocorre quando um raio de sol consegue penetrar na água do oceano e a torna fecunda. A pérola assim seria o fruto do casamento do fogo com a água; aí estaria a explicação do seu valor.”
Transpondo este simbolismo para a esfera cristã, verificamos que tem muitos significados. Antes do mais, diremos que Cristo é a pérola preciosa por excelência, pois tem origem na união de Deus Filho todo-poderoso com a frágil natureza humana, união na qual ele é o Esposo e ela a esposa. O Reino dos céus – que tem início no coração de cada cristão – prolonga o portento, apresentando dois aspectos:”
Há muitos anos, um americano chamado David Morse, vivia e trabalhava na Índia, onde fez grandes amizades, sobretudo com Rambhau, um mergulhador que retirava pérolas no mar.
Muitas foram às vezes em que Morse passou o final do dia na casinha de Rambhau, lendo a Bíblia para ele e explicando-lhe a essência das palavras de Jesus: o amor de Deus e a salvação.
Rambhau gostava de ouvir a Palavra de Deus. Mas, sempre que Morse lhe perguntava sobre aceitar Jesus como Salvador, ele balançava a cabeça negativamente dizendo: “Não consigo aceitar a maneira cristã de chegar ao Céu. Para mim ela é fácil demais! Se eu ganhasse o direito de entrar no Céu dessa forma, me sentiria um pobretão, um mendigo que entrou por causa da compaixão de alguém. Talvez seja orgulho da minha parte, mas quero fazer por merecer o meu lugar no Céu. Quero conquistá-lo com esforço próprio, e é o que vou fazer.”
Nada que Morse dizia fazia Rambhau mudar a sua decisão.
Os anos se passaram, e uma noite Rambhau bateu à porta de Morse.
– Seja bem-vindo, meu amigo – saudou-o Morse.
– Não. – respondeu o mergulhador. – Quero que você venha à minha casa um pouquinho. Preciso lhe mostrar algo. Por favor, aceite este convite.”
– Com certeza irei. – disse Morse.
Chegando à casinha, Rambhau afirmou:
– Daqui a uma semana começarei a trabalhar para conquistar o meu lugar no Céu. Estou mudando para Nova Déli, e irei engatinhando.
– Isso é loucura! – exclamou Morse. – São 1.600 quilômetros! Você vai machucar os joelhos e, se conseguir chegar lá, já estará com o sangue contaminado!
– Mas eu preciso ir para Nova Déli – reafirmou Rambhau. – E os imortais me recompensarão por este ato! O sofrimento será tranqüilo, porque com ele adquirirei o direito de ir para o Céu!
– Rambhau, meu amigo, não faça isso. Como posso deixá-lo partir assim sabendo que Jesus Cristo já sofreu e morreu justamente para você ter o direito de ir para o Céu?
Mas o indiano permaneceu firme na sua decisão.
– Você é o meu melhor amigo na Terra, e quem me ajudou todos estes anos, na doença e nas horas de necessidade. Houve ocasiões em que você foi o meu único amigo. Mas nem por isso vai conseguir me dissuadir de conquistar o êxtase eterno. Eu tenho que ir para Nova Déli!
Morse estava sentado numa cadeira que Rambhau fizera para ele logo após sua chegada à Índia. Era a mesma cadeira onde sentara-se tantas vezes lendo a Bíblia para o amigo.
Saindo da sala por um instante, Rambhau retornou com um cofre nas mãos.
– Há anos eu tenho este cofre, – ele disse. – Só guardo uma coisa dentro dele e vou lhe contar algo. Eu tive um filho…
Um filho! – mas Rambhau, você nunca tocou nesse assunto!
– É porque não podia. – disse o mergulhador com os olhos cheios de lágrimas. – Mas como vou partir em breve e não sei se voltarei, preciso lhe contar o que aconteceu.
– O meu filho também era mergulhador, o melhor no litoral indiano. Era rápido, tinha olhos de águia, braços fortes e o melhor fôlego dentre todos os mergulhadores. Ele me trazia muita alegria!
– Como você sabe, – continuou Rambhau, a maioria das pérolas tem algum defeitinho ou mancha que só um perito consegue detectar. O meu filho sempre sonhou encontrar a pérola perfeita, a melhor de todas, e um dia a encontrou! Mas ficou muito tempo debaixo d’água e logo que veio à tona morreu. Ele deu a vida por aquela pérola.
Abaixando a cabeça e com o corpo tremendo por um momento, o velho mergulhador ficou então em silêncio.
– Guardei esta pérola todos estes anos. Como agora vou partir e talvez não volte mais, quero dá-la a você, o meu melhor amigo.
Girando o segredo do pequeno cofre, retirou um embrulho muito bem feito. Abrindo-o e retirando o algodão delicadamente, revelou uma pérola gigantesca que colocou na mão de Morse.
Morse observou a pérola por um momento, e até perdeu a fala, de tão admirado que ficou. Depois exclamou:
– Rambhau! Que pérola!
– Esta pérola, amigo, é perfeita. – Respondeu o indiano tranquilamente.
Foi quando Morse teve uma revelação: Aquele seria o momento perfeito que ele tanto pedira a Deus, para ajudar Rambhau a entender o sacrifício de Jesus.
– Rambhau – ele disse. – É uma pérola maravilhosa, deslumbrante! Quero comprá-la. Eu lhe dou dez mil dólares por ela.
– O quê? Não estou entendendo! Declarou Rambhau.
– Então eu lhe dou quinze mil dólares por ela. Se valer mais, vou trabalhar até conseguir adquiri-la.
Rambhau aprumou-se na cadeira.
– O valor desta pérola é incomparável. Ninguém neste mundo tem dinheiro suficiente para pagar o que esta pérola vale para mim. No mercado ela seria vendida por mais de um milhão de dólares. Não vou vendê-la para você. Eu quero lhe dar esta pérola.
– Não, Rambhau, não posso aceitar esse presente. Por mais que queira essa pérola, não posso aceitá-la assim. Talvez seja orgulho, mas é fácil demais. Preciso fazer por merecê-la, trabalhar para conquistá-la por esforço próprio.
O velho mergulhador estava abismado.
– Você não entendeu nada, amigo. Não está vendo que esta pérola custou a vida de meu filho? Eu jamais a venderei! Ela vale o sangue do meu filho. Não posso vendê-la, mas posso dá-la. Simplesmente a aceite como um sinal do meu amor por você.
Morse, contendo as lágrimas e sem conseguir dizer nada por um momento, segurou a mão do velho.
– Rambhau, – disse ele baixinho. – Não está vendo que o que eu estou lhe dizendo é exatamente o que você tem dito a Deus este tempo todo?
O mergulhador olhou demoradamente para Morse, como se estivesse tentando decifrar o que ele afirmara. E aos poucos começou a entender.
– Deus está lhe oferecendo a salvação de graça. Ela é de um valor incomparável. Ninguém jamais poderia comprá-la. Milhões de dólares são insignificantes. Não existe pessoa na Terra que poderia fazer por merecê-la. Se alguém fosse trabalhar para adquiri-la, teria que trabalhar por milhões de anos, e mesmo assim não seria suficiente. Ninguém merece a salvação. Custou o sangue do único filho de Deus. É o único caminho para o Céu. Nem fazendo centenas de peregrinações, e esperando um milhão de anos, você conseguiria obtê-la. Só precisa aceitá-la como um sinal do amor de Deus por você, que é um pecador.
– Rambhau, é claro que eu humildemente aceito esta pérola, pedindo a Deus que eu seja digno desse amor que você tem por mim. Mas por que você também não aceita, humildemente, o maravilhoso presente que Deus quer lhe dar, o Céu, que Lhe custou a vida do Seu filho?
As lágrimas começaram a rolar pelo rosto do velho. A nuvem que encobria o seu entendimento começou a se desvanecer.
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– Agora entendo. Eu não podia acreditar que a salvação fosse de graça, mas agora entendo. Algumas coisas são valiosas demais para serem compradas ou para alguém ser digno delas. Eu aceito a salvação que Jesus me oferece, amigo!
Figuras: Revista Sementinha Kid’s, revistas com estorias contadas para crianças, visite o Blog, click no Link
A bondade divina é riquíssima, como é revelado em tudo quanto Ele fez por nós por intermédio de Jesus Cristo.
A salvação não é uma recompensa pelo bem que fizemos, portanto nenhum de nós pode obter qualquer mérito por isto.
Foi o próprio Deus quem fez de nós o que somos e nos deu uma vida nova da parte de Cristo Jesus; e muitos séculos atrás, Ele planejou que gastássemos essa vida auxiliando aos outros.
“Para mostrar aos séculos vindouros a suprema riqueza da sua graça em bondade para conosco em Cristo Jesus, porque pela graça sois salvos mediante a fé; e isto não vem de voz é dom de Deus” (Ef. 2:7-9).
A Salvação que temos em Jesus é a coisa mais preciosa que podemos ter em nossas vidas, mesmo assim não é necessário pagar pedágio para chegar ao céu.
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