O cartão mágico para o dia dos Pais é a coisa mais legal de todas!
Você pode ter visto muitos outros modelos de cartão antes, mas nós inventamos um modelo único e diferente que dirá ao seu pai que você o ama de uma maneira muito inteligente, afinal de contas ele é o seu herói verdadeiro e insubstituível.
Quem não gostaria de ouvir isso?
Este cartão mágico pode parecer um pouco difícil de fazer, mas uma vez que você fizer o sua primeiro, você não poderá parar nunca mais! Pode ser ainda mais fácil, já que você pode pegar um modelo imprimível no final deste tutorial, porém, este modelo é em inglês, mas não é muito difícil criar um modelo em Português.
Mostraremos o projeto de artesanato mais maravilhoso para o dia dos pais.
Então, qual é a mágica? Vamos dar uma olhada…
Quando a carta de herói é inserida, tudo o que você pode ver é a silhueta de um homem junto com a palavra “meu pai” ou pode ser o modelo que você criar, desde que você leve em conta que a parte superior não pode conter muitos detalhes. Outras frases podem ser incluídas em outras páginas abaixo da capa superior.
Se você for um Professor(a) e deseja passar a ideia para seus alunos, crie um modelo exclusivo seu antes de oferecer aos seus alunos.
Acompanhe o passo a passo no vídeo ABAIXO e verás que realmente é muito simples e fácil.
Caso você necessite de mais detalhes, poderás acompanhar o passo a passo com fotos na fonte original em inglês onde você poderá também obter e baixar os modelos via PDF para facilitar o seu trabalho.
Click no banner abaixo e siga para o site original onde encontrarás vários outros modelos.
No tempo antigo, quando o meu pai foi criado, as coisas eram muito diferentes.
12 anos:
Ah, é claro que o papai não sabe nada sobre isso. É muito velho para se lembrar da sua infância.
14 anos:
Não ligue para o que meu pai diz. Ele é tão antiquado!
21 anos:
Ele? Meu Deus, ele está totalmente desatualizado!
25 anos:
Meu pai entende um pouco disso, mas pudera! É tão velho!
30 anos:
Talvez devessemos pedir a opinião do papai. Afinal de contas, ele tem muita experiência.
35 anos:
Não vou fazer coisa alguma antes de falar com o papai.
40 anos:
Eu me pergunto como o papai teria lidado com isso. Ele tem tanto bom senso, e tanta experiência!
50 anos:
Eu daria tudo para que o papai estivesse aqui agora e eu pudesse falar com ele sobre isso. É uma pena que eu não tivesse percebido o quanto era inteligente. Teria aprendido muito com ele.
Esta é uma frase que ficou famosa no filme “O Mentiroso” estrelado por “Jim Carrey” quando seu filho ao tentar responder uma pergunta para a professora sobre qual seria a profissão de seu Pai confunde a pronuncia em inglês da palavra “Advogado” e da palavra “mentiroso”, isso porque seu pai era mesmo um grande mentiroso além de advogado é claro colocando em evidência que para exercer tal profissão e se dar bem nela deveria mesmo ser um exímio e discreto mentiroso.
No filme acaba por dar uma boa lição naquele pai “Mentiroso” o levando a aprender a lição de que não se deve nunca mais faltar com seu filho, nem mesmo mentir mais para ele.
O vídeo abaixo parte da mesma premissa, quando uma criança escreve uma pequena cartinha de elogios a seu Pai parabenizando-o por seu grande dia, mas lá no meio da cartinha aparece a frase “MEU PAI MENTE”, O que deixa seu Pai bem destruído por dentro, mas na sequencia podemos ver que uma VERDADE vale muito mais que mil mentiras e que uma “MENTIRA” por mais bem contada que seja pode ser descoberta.
Vale a pena ver o vídeo:
Comercial da empresa de seguros Metlife que emocionou muita gente e se tornou viral. Conta a história de menina que descobre que o pai esconde um segredo.
Ser Pai é uma das experiências mais fantásticas e maravilhosas que um homem pode ter na vida …
Ser Pai é tornar-se instrumento nas mãos de Deus para que a vida germine e floresça.
“Existe algo ilimitado no amor de um Pai, algo que não pode falhar, algo no qual acreditar mesmo que seja contra o mundo inteiro.
Nos dias da nossa infância, gostamos de pensar que nosso Pai pode tudo; mais tarde, acreditaremos que seu amor pode compreender tudo.”
PAI, A certeza de um amigo para sempre!
Ser Pai é torcer para que seu filho faça um gol de placa; É vibrar ao ver a cesta no basquete que ele marca; Ser pai é segurar a mão; É ter força para levantá-lo se ele cair ao chão; Ser pai é ajudar no dever de matemática; Auxiliar na gramática, é fazer parte da temática em que você usa capa; Tem super poderes e da terra é a salvação. É não ter vergonha de chorar na apresentação da escola; E saber dar um puxão de orelha quando ele cola; Enfim, para ser pai é preciso ter muito preparo para pura emoção; É com grande carinho que hoje levamos a você esta felicitação.
PARABÉNS PELO SEU DIA, GRANDE PAIZÃO!
Ser Pai é vencer o cansaço de um dia de trabalho e com o coração em festa estar com seu filho …
“Semeie um ato, e você colhe um hábito. Semeie um hábito e você colhe um caráter. Semeie um caráter e você colhe um destino, Meu Pai o semeador de minha vida.” Charles Reade
PAI!
Pai nosso de todos os dias, Imagem e semelhança Daquele lá do céu. Um ser especial, um companheiro fiel…
Fonte de amor, de esperança e de sabedoria! Tudo que sabemos e somos, aprendemos contigo. Ensinaste-nos dando exemplos, fazendo! Assim crescemos, fazendo e aprendendo, sempre vendo em ti um modelo, um amigo.
De ti, trazemos no sangue e nos nomes, gotas e pedacinhos, verdadeiros símbolos de amor e de carinho, que se integraram à nossa vida, fazem parte do nosso ser.
Peço ao bom Deus que também é Pai que o acompanhe e abençoe em todos os momentos de sua vida lhe concedendo luz, paz e alegrias. Pai, obrigado pela VIDA.
Papai, Louvo a Deus todos os dias por ser sua filha(o). Por que tu és para mim um exemplo! Que coisa maravilhosa é poder contar com você e estar ao seu lado nos dias tristes e também nos mais felizes de minha vida. Te desejo hoje um Feliz Dia dos Pais!
Papai…
Eu tirei seu sono, fiz você sorrir e aprontei bastante.
Mesmo assim você contou histórias para eu dormir.
Às vezes perto, às vezes longe, mas sempre preocupado.
Por tudo isso, papai, Muito Obrigado!!!
Feliz Dia dos Pais!
Existem lugares que realmente nos sentimos seguros, pois o Amor e o Carinho estão sempre presentes, até mesmo quando não existem palavras.
Pai … Uma palavra pequena, ma de um valor inquestionável! Um grande herói, um homem de muita garra, um grande vencedor! Parabéns pelo seu dia.
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Neste dia especial gostaríamos de homenagear todos os pais que conseguem ser, sinônimos de amor, proteção, força e orientação para seus filhos.
Recebam nosso reconhecimento pela nobre missão que lhe foi confiada.
“Existe algo ilimitado no amor de um Pai, algo que não pode falhar, algo no qual acreditar mesmo que seja contra o mundo inteiro. Nos dias de nossa infância, gostamos de pensar que nosso Pai tudo pode; mais tarde acreditamos que seu amor pode compreender tudo.”
Frederick Faber
“Um Pai é…
Alguém para se orgulhar,
Alguém para se agradecer,
e especialmente alguém para se amar.
Ser Pai… é o que você nos ensina com sua presença amiga, sua maneira de caminhar com a gente, orientar, exigir e consentir… Ser Pai é ser como Você… Te Amo !!
“Honra teu pai e tua mãe, para que teus dias se prolonguem sobre a terra que te dá o Senhor, teu Deus.” (Êxodo 20,12)
AMAR PAI E MÃE:
Em uma primeira análise não parece assim tão difícil, afinal todos nós amamos nossos Pais, principalmente quando somos crianças e dependentes, mas a coisa muda de figura exatamente quando deixamos de ser crianças…
Caros Filhos, amai vossos Pais, porque isto agrada ao Senhor. Isto significa que o melhor presente que alguém pode receber em vida é ter bons ‘Pais’. Eles trabalham duro de sol a sol só para nós. Portanto, seja sempre grato a eles por seu amor e cuidados.
“Pais” – Deus precisa desses “heróis”!
Vou compartilhar alguns pontos de vista em relação às pessoas mais importantes de nossa vida que já poderíamos ter falado antes! Eles são nada mais, nada menos que nossos “pais” !!!
Nós estamos tão ocupados com nossas tarefas diárias, correndo para lá e para cá na competição da vida e alcançar o sucesso, investindo em nossa carreira profissional, divertindo com os amigos, em busca da alma gêmea etc. Às vezes ficamos tão aficionados que até esquecemos da presença de nossos Pais !! Sim, nós os amamos muito, mas é triste que não sobre alguns minutos para expressar este amor e carinho para com eles.
Cada um de nós teve uma infância maravilhosa graças à presença deles, quantas crianças abandonadas nas ruas, tristes, famintas, abatidas e sem uma perspectiva de felicidade na vida? Porque por um motivo ou outro os Pais lhe faltaram na vida. Lembre-se de como o mundo parecia tão pequeno quando seu pai se esforçava para levantá-lo sobre seus ombros! Você costumava brincar o dia todo e ficar exausto ao anoitecer; e, em seguida sua Mamãe fazia você cair no sono com uma linda canção de ninar! Mesmo se um dia você adormeceu sem cobertor no sofá da sala, na manhã seguinte, você acordou bem quentinho em sua caminha! Todos aqueles passeios, férias e presentes de Natal foram inesquecíveis. Uma última lembrancinha, todas aquelas deliciosas e tentadoras refeições e lanches que a mamãe preparava, Hummm!!! Nada pode substituir aqueles momentos especiais que vivemos em nossa infância com nossa Família …
Mas agora não temos mais tempo para eles. Tornamo-nos ‘Verdadeiros Robôs’! Nossos pais precisam do nosso tempo e nossa atenção; mas eles não demonstram essa necessidade e nem exigem nada de nós, em vez disso eles também se mantém ocupados em sua programação diária apenas porque nossos pais são “compreensivos”! Você já notou os seus cabelos brancos, suas rugas, sua fragilidade? (essas realidades não podem ser escondidas ..). Eles podem não dizer, mas eles estão esgotados. Ainda se preocupam com você, ficam acordados durante horas até você voltar para casa, procuram disponibilizar recursos financeiros para atender suas necessidades de adolescentes e faculdade.
Os pais são os únicos que enfrentam noites escuras com tempestades tenebrosas para construir um amanhã lindo e duradouro para você!
“Honra teu pai e tua mãe, para que teus dias se prolonguem sobre a terra que te dá o Senhor, teu Deus.” (Êxodo 20,12)
Amai a vossos pais não pelo que eles são, mas pelo que você é hoje!
Dê-lhes o seu tempo, sua atenção, acompanhe-os, respeite-os, Ame-os. Os mandamentos de Deus não são apenas regras a serem seguidas cegamente, mas cada um deles tem o seu valor de reciprocidade, principalmente porque prevê que cada um de nós seria mais prejudicado quando as outras pessoas não observassem esses mandamentos e nos mostram que obedecendo os mandamentos de Deus estamos também nos beneficiando e resguardando a nossa dignidade e proteção no futuro.
Fique sempre ciente do fato de que as “Amizades são temporárias”, mas a Família permanece para sempre! Algumas pessoas chegam realmente a compreender o valor de seus pais apenas quando encontram uma cadeira vazia na mesa de jantar e contemplam um retrato antigo e desbotado na parede. Se você tem seus pais ainda vivos hoje, você tem muitas bênçãos de Deus com você. Depois de perder seus pais, você perde o Mapa de seu tesouro!
Algum dia você também se tornara pai, mãe se já não for o caso, assim entenderá como precisa ser pais responsáveis e amorosos para que tenha filhos também muito amorosos que lhe retribua todo este afeto quando você precisar!
Na vida a dois, tudo pode e deve ser importante, pois a felicidade nasce das pequenas coisas.
Uma equipe de psicólogos e especialistas americanos, que trabalhava em terapia conjugal, elaborou “Os Dez Mandamentos do Casal”. Gostaria de analisá-los aqui, já que trazem muita sabedoria para a vida e felicidade dos casais. É mais fácil aprender com o erro dos outros do que com os próprios.
1. Nunca se irritar ao mesmo tempo
A todo custo evitar a explosão. Quanto mais a situação é complicada, tanto mais a calma é necessária. Então, será preciso que um dos dois acione o mecanismo que assegure a calma de ambos diante da situação conflitante. É preciso nos convencermos de que na explosão nada será feito de bom. Todos sabemos bem quais são os frutos de uma explosão: apenas destroços, morte e tristeza. Portanto, jamais permitir que a explosão chegue a acontecer. Dom Hélder Câmara tem um belo pensamento que diz:
“Há criaturas que são como a cana, mesmo postas na moenda, esmagadas de todo, reduzidas a bagaço, só sabem dar doçura…”.
2. Nunca gritar um com o outro
A não ser que a casa esteja pegando fogo. Quem tem bons argumentos não precisa gritar. Quanto mais alguém grita, tanto menos é ouvido. Alguém me disse, certa vez, que se gritar resolvesse alguma coisa, porco nenhum morreria. Gritar é próprio daquele que é fraco moralmente, e precisa impor pelos gritos aquilo que não consegue pelos argumentos e pela razão.
3. Se alguém tiver de ganhar na discussão, deixar que seja o outro
Perder uma discussão pode ser um ato de inteligência e de amor. Dialogar jamais será discutir, pela simples razão de que a discussão pressupõe um vencedor e um derrotado, e no diálogo não. Portanto, se por descuido nosso, o diálogo se transformar em discussão, permita que o outro “vença”, para que mais rapidamente ela termine. Discussão no casamento é sinônimo de “guerra”; uma luta inglória.
“A vitória na guerra deveria ser comemorada com um funeral”,
dizia Lao Tsé. Que vantagem há em se ganhar uma disputa contra aquele que é a nossa própria carne? É preciso que o casal tenha a determinação de não provocar brigas; não podemos nos esquecer de que basta uma pequena nuvem para esconder o sol. Muitas vezes, uma pequena discussão esconde por muitos dias o sol da alegria no lar.
4. Se for inevitável chamar a atenção, fazê-lo com amor
A outra parte tem de entender que a crítica tem o objetivo de somar e não de dividir. Só tem sentido a crítica que for construtiva; e essa é amorosa, sem acusações e condenações. Antes de apontarmos um defeito, é sempre aconselhável apresentar duas qualidades do outro. Isso funciona como um anestésico para que se possa fazer o curativo sem dor. E reze pelo outro antes de abordá-lo em um problema difícil. Peça ao Senhor e a Nossa Senhora que preparem o coração dele para receber bem o que você precisa dizer-lhe. Deus é o primeiro interessado na harmonia do casal.
Discussion Between Guy And Girl Over Gray Background
5. Nunca jogar no rosto do outro os erros do passado
A pessoa é sempre maior que seus erros, e ninguém gosta de ser caracterizado por seus defeitos. Toda as vezes em que acusamos a pessoa por seus erros passados, estamos trazendo-os de volta e dificultando que ela se livre deles. Certamente não é isso que queremos para a pessoa amada. É preciso todo o cuidado para que isso não ocorra nos momentos de discussão. Nessas horas o melhor é manter a boca fechada.
Aquele que estiver mais calmo, que for mais controlado, deverá ficar quieto e deixar o outro falar até que se acalme. Não revidar em palavras, senão a discussão aumenta e tudo de mau pode acontecer em termos de ressentimentos, mágoas e dolorosas feridas.
Nos tempos horríveis da “Guerra Fria”, quando pairava sobre o mundo todo o perigo de uma guerra nuclear, como uma espada de Dâmocles sobre as nossas cabeças, o Papa Paulo VI avisou o mundo: “A paz se impõe” somente com a paz, pela clemência, pela misericórdia, pela caridade. Ora, se isso é válido para o mundo encontrar a paz, muito mais é válido para todos os casais viverem bem. Portanto, como ensina Thomás de Kemphis, na Imitação de Cristo:“Primeiro conserva-te em paz, depois poderás pacificar os outros“. E Paulo VI, ardoroso defensor da paz, dizia: “Se a guerra é o outro nome da morte, a vida é o outro nome da paz”. Portanto, para haver vida no casamento é preciso haver a paz; e ela tem um preço: a nossa maturidade.
6. A displicência com qualquer pessoa é tolerável, menos com o cônjuge
Na vida a dois tudo pode e deve ser importante, pois a felicidade nasce das pequenas coisas. A falta de atenção para com o cônjuge é triste na vida do casal e demonstra desprezo para com o outro. Seja atento ao que ele diz, aos seus problemas e aspirações.
7. Nunca ir dormir sem ter chegado a um acordo
Se isso não acontecer, no dia seguinte o problema poderá ser bem maior. Não se pode deixar acumular problema sobre problema sem solução. Já pensou se você usasse a mesma leiteira que já usou no dia anterior, para ferver o leite, sem antes lavá-la? O leite certamente azedaria. O mesmo acontece quando acordamos sem resolver os conflitos de ontem. Os problemas da vida conjugal são normais e exigem de nós atenção e coragem para enfrentá-los, até que sejam solucionados, com o nosso trabalho e com a graça de Deus. A atitude da avestruz, da fuga, é a pior que existe. Com paz e perseverança busquemos a solução.
8. Pelo menos uma vez ao dia, dizer ao outro uma palavra carinhosa
Muitos têm reservas enormes de ternura, mas se esquecem de expressá-las em voz alta. Não basta amar o outro, é preciso dizer isso também com palavras. Especialmente para as mulheres, isso tem um efeito quase mágico. É um tônico que muda completamente o seu estado de ânimo, humor e bem-estar. Muitos homens têm dificuldade nesse ponto; alguns por problemas de educação, mas a maioria porque ainda não se deu conta da sua importância. Como são importantes essas expressões de carinho que fazem o outro crescer: “Eu te amo!”; “Você é muito importante para mim”; “Sem você eu não teria conseguido vencer este problema”; “A sua presença é importante para mim”; “Suas palavras me ajudam a viver”… Diga isso ao outro com toda sinceridade, todas as vezes em que experimentar o auxílio edificante dele.
9. Cometendo um erro, saber admiti-lo e pedir desculpas
Admitir um erro não é humilhação. A pessoa que admite o seu erro demonstra ser honesta consigo mesma e com o outro. Quando erramos não temos duas alternativas honestas, apenas uma: reconhecer o erro, pedir perdão e procurar remediar o que fizemos de errado, com o propósito de não repeti-lo. Isso é ser humilde. Agindo assim, mesmo os nossos erros e quedas serão alavancas para o nosso amadurecimento e crescimento. Quando temos a coragem de pedir perdão, vencendo o nosso orgulho, eliminamos quase de vez o motivo do conflito no relacionamento e a paz retorna aos corações. É nobre pedir perdão!
10. Quando um não quer, dois não brigam
É a sabedoria popular que ensina isso. Será preciso então que alguém tome a iniciativa de quebrar o ciclo pernicioso que leva à briga. Tomar essa iniciativa será sempre um gesto de grandeza, maturidade e amor. E a melhor maneira será não “pôr lenha na fogueira”, isto é, não alimentar a discussão. Muitas vezes é pelo silêncio de um que a calma retorna ao coração do outro.Outras vezes, será por um abraço carinhoso ou por uma palavra amiga.
Todos nós temos a necessidade de um “bode expiatório” quando algo adverso nos ocorre. Quase que inconscientemente queremos, como se diz, “pegar alguém para Cristo” a fim de desabafar as nossas mágoas e tensões. Isso é um mecanismo de compensação psicológica que age em todos nós nas horas amargas, mas é um grande perigo na vida familiar. Quantas e quantas vezes acabam “pagando o pato” as pessoas que nada têm a ver com o problema que nos afetou. Algumas vezes são os filhos que apanham do pai que chega em casa nervoso e cansado; outras vezes é a esposa ou o marido que recebe do outro uma enxurrada de lamentações, reclamações e ofensas, sem quase nada ter a ver com o problema em si.
Temos que nos vigiar e policiar nessas horas para não permitir que o sangue quente nas veias gere uma série de injustiças com os outros. E temos de tomar redobrada atenção com os familiares, pois, normalmente são eles que sofrem as consequências de nossos desatinos. No serviço, e fora de casa, respeitamos as pessoas, o chefe, a secretária, etc., mas, em casa, onde somos “familiares”, o desrespeito acaba acontecendo. Exatamente onde estão os nossos entes mais queridos, no lar, é ali que, injustamente, descarregamos as paixões e o nervosismo. É preciso toda a atenção e vigilância para que isso não aconteça.
Os filhos, a esposa, o esposo, são aqueles que merecem o nosso primeiro amor e tudo de bom que trazemos no coração. Portanto, antes de entrarmos no recinto sagrado do lar, é preciso deixar lá fora as mágoas, os problemas e as tensões. Estas, até podem ser tratadas na família, buscando-se uma solução para os problemas, mas, com delicadeza, diálogo, fé e otimismo. É o amor dos esposos que gera o amor da família e que produz o “alimento” e o “oxigênio” mais importante para os filhos.
Na Encíclica Redemptor Hominis, o saudoso Papa João Paulo II afirma algo marcante: “O homem não pode viver sem amor. Ele permanece para si próprio um ser incompreensível e a sua vida é destituída de sentido, se não lhe for revelado o amor, se ele não se encontra com o amor, se não o experimenta e se não o torna algo próprio, se nele não participa vivamente” (RH,10). Sem o amor a família nunca poderá atingir a sua identidade, isto é, ser uma comunidade de pessoas.
O amor é mais forte do que a morte e é capaz de superar todos os obstáculos para construir o outro. Assim se expressa o autor do Cântico dos Cânticos: “O amor é forte como a morte… Suas centelhas são centelhas de fogo, uma chama divina. As torrentes não poderiam extinguir o amor, nem os rios o poderiam submergir.” (Ct 8,6-7).
Há alguns casais que dizem que vão se separar porque acabou o amor entre eles. Será verdade? Seria mais coerente dizer que o “verdadeiro” amor não existiu entre eles. Não cresceu e não amadureceu; foi queimado pelo sol forte do egoísmo e sufocado pelo amor-próprio de cada um. Não seria mais coerente dizer: “Nós matamos o nosso amor?”
Opoeta cristão Paul Claudel resumiu, de maneira bela, a grandeza da vida do casal: “O amor verdadeiro é dom recíproco que dois seres felizes fazem livremente de si próprios, de tudo o que são e têm. Isto pareceu a Deus algo de tão grande que Ele o tornou sacramento.”
PALESTRA MINISTRADA EM ANÁPOLIS – GOIÁS
(Trecho extraído do livro: “Família, santuário da vida”).
Bibliografia: AQUINO, Felipe. Família, Santuário da vida. Canção Nova, 2006 – Teologia do Matrimônio. Santuário, 2009.
BENTO XVI, Papa. Carta Encíclica: Deus Caritas Est. Paulus, 2009.
PAULO II, Papa João. Encíclica: Sexualidade, Verdade e Significado. Paulinas, 1998.
Catecismo da Igreja Católica. Paulinas, 1998.
Felipe Aquino
Professor Felipe Aquino é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
SUGESTÃO DE PROGRAMAÇÃO PARA ENCONTRO DE CASAIS 3 DIAS OU UM DIA APENAS.
Link’s Abaixo
SUGESTÃO DE TEMAS CLICK ABAIXO
SUGESTÃO DE PROGRAMAÇÃO
Obs: a programação pode e deve ser modificada para atender as necessidades locais de cada encontro em particular, como horário de missa, início, final e etc. alguns temas também podem ser modificados, abreviados e outros incluídos, nos encontros de um só dia não tem como abranger os principais temas e assim então se faz um encontro com um certo objetivo ou apenas se toca de leve em cada palestra.
OS TEXTOS ABAIXO ESTÃO EM DOCUMENTO WORLD É SÓ CLICAR NO TEXTO E BAIXAR.
Você sabia que a rebeldia dos filhos começa na adolescência?
E como contornar tudo isso com MUITA sabedoria e amor sem criar atritos irreparáveis na educação de seus filhos?
Texto escrito por um Sacerdote.
Hoje que estou aprofundando meus estudos teológicos na Família, seus valores, seus princípios, suas riquezas, seus conflitos, recordo-me de uma ocasião em que escutei um jovem gritar para seu pai e sua mãe:
NÃO TE METAS NA MINHA VIDA!
Essa frase tocou-me profundamente.
Tanto que, freqüentemente, a recordo e comento nas minhas conferências com pais e filhos. Se, em vez de sacerdote, tivesse optado por ser pai de família, o que diria ante essa exclamação impertinente de meu(minha) filho(a)?
“FILHO, UM MOMENTO, NÃO SOU EU QUE ME METO NA SUA VIDA, FOI VOCÊ QUE SE METEU NA MINHA!”
6. Faz muitos anos que pelo amor que tua mãe e eu sentimos, você chegou em nossas vidas e ocupaste todo nosso tempo.
7. Tua mamãe e eu ficamos aguardando os nove meses. Ela tinha que ficar de repouso para ter uma gravidez tranquila e eu tive que me dividir entre as tarefas do meu trabalho e as da casa para ajudá-la.
8. Os gastos aumentaram incrivelmente, eram despesas com um bom pediatra, com ginecologista, em medicamentos, na maternidade, para comprar todo o seu guarda-roupa etc.
9. Tua mãe não podia ver nada de bebê, que não o quisesse para ti. Compramos tudo o que podíamos, contando que você estivesse bem e tivesse o melhor possível.
10. Chegou o dia em que nasceste! Compramos lembrancinhas de recordação para dar aos que te vieram conhecer. Desde a primeira noite não dormimos.
11. A cada três horas, como um alarme de relógio, despertavas para te darmos de comer. Outras poucas vezes, até chorávamos contigo porque não sabíamos o motivo e o que fazer quando você chorava.
12. Quando você começou a andar ou quando pensou que já sabias, tive que andar mais atrás de “você”.
13. Já não podia sentar-me tranquilo para ler o jornal, ver um filme ou o jogo do meu time favorito, porque bastava você estar acordado, e tinha que sair atrás de você para evitar que se machucasse.
14. Você foi crescendo e já não querias que te levássemos às festas em casa de teus amiguinhos.
15. Porque já eras “crescido”, não querias chegar cedo em casa.
16. Você se incomodava por impormos regras. Não podíamos fazer comentários sobre os teus amigos, sem que você se voltasse contra nós, como se os conhecesse por toda a tua vida e fôssemos “desconhecidos“ para ti.
17. Cada vez sei menos de você por você mesmo. Já quase não quer falar comigo. Diz que apenas sei reclamar, e tudo o que faço está mal,
18. ou é razão para que rias de mim, e pergunto: como, com esses defeitos, pude dar-lhe o que até agora tens tido?
19. Eu e, com certeza, a sua mãe só dormirmos tranquilos quando vemos que você está conectado nos sites de relacionamento, sinal que já estas em casa.
20. Já quase não falamos, não me contas as tuas coisas. Agora só me procuras quando tens que pagar algo ou necessitas de dinheiro para a universidade, ou para se divertir. Ou pior ainda, procuro-te, quando tenho que chamar-te a atenção.
21. Mas estou seguro que diante destas palavras: “NÃO TE METAS NA MINHA VIDA”, podemos responder juntos:
22. FILHO(A), NÃO ME METO NA TUA VIDA, POIS FOI VOCÊ QUE SE METEU NA MINHA, MAS TE ASSEGURO QUE DESDE O PRIMEIRO DIA ATÉ O DIA DE HOJE, NÃO ME ARREPENDO QUE TENHAS SE METIDO NELA E A TENHAS TRANSFORMADO PARA SEMPRE!
23. Por se meterem na vida dos seus filhos. Ah, melhor ainda, corrijo por terem deixado que os seus filhos se metam nas suas vidas!
24. E para vocês filhos: VALORIZEM SEUS PAIS. NÃO SÃO PERFEITOS, MAS AMAM VOCÊS E TUDO O QUE DESEJAM É QUE VOCÊS SEJAM CAPAZES DE ENFRENTAR A VIDA E TRIUNFAR COMO HOMENS(MULHERES) DE BEM !
25. A vida dá muitas voltas, e, em menos tempo do que vocês imaginam, alguém lhes dirá: “NÃO TE METAS NA MINHA VIDA!” A paternidade não é um capricho ou um acidente, é um dom de Deus, que nasce do Amor! Deus os abençoe a todos!
Meditando na forma de educar os filhos nos dias de hoje, muitas vezes os Pais se acomodam e não educam como deveriam e assim os filhos sem limites acabam se perdendo no mundo, pois o mal não perdoa. Aquilo que as crianças consideram como maldade no momento depois quando crescem agradecem os Pais por terem agido daquela forma, pois é a boa educação quando criança que forma o homem para o futuro.
1. Pais Maus
2. O texto abaixo foi entregue pelo professor de Ética e Cidadania da escola Objetivo/Americana, Sr. Roberto Candelori, a todos os alunos da sala de aula, para que entregassem a seus pais. A única condição solicitada pelo mesmo foi de que cada aluno ficasse ao lado dos pais até que terminassem a leitura.
3. O texto, a seguir transcrito, foi publicado recentemente por ocasião da morte estúpida de Tarcila Gusmão e Maria Eduarda Dourado, ambas de 16 anos, Em Maracaípe – Porto de Galinhas. Depois de 13 dias desaparecidas, as mães revelaram desconhecer os proprietários da casa onde as filhas tinham ido curtir o fim de semana. A tragédia abalou a opinião pública e o crime permanece sem resposta.
4. PAIS MAUS (Dr. Carlos Hecktheuer, Médico Psiquiatra)
“Um dia quando os meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães, eu hei de dizer-lhes:
5. O – Eu amei-vos o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem vão e a que horas regressarão.
6. – Eu amei-vos o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.
7. -Eu amei-vos o suficiente para vos fazer pagar os rebuçados que tiraram do supermercado ou revistas do jornaleiro, e vos fazer dizer ao dono: “Nós tiramos isto ontem e queríamos pagar”.
8. – Eu amei-vos o suficiente para ter ficado em pé, junto de vocês, duas horas, enquanto limpavam o vosso quarto, tarefa que eu teria feito em 15 minutos.
9. -Eu amei-vos o suficiente para vos deixar ver além do amor que eu sentia por vocês, o desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos.
10. – Eu amei-vos o suficiente para vos deixar assumir a responsabilidade das vossas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.
11. -Mais do que tudo, eu amei-vos o suficiente para vos dizer , quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso (e em alguns momentos até odiaram).
12. Estas eram as mais difíceis batalhas de todas. Estou contente, venci… Porque no final vocês venceram também!
13. E qualquer dia, quando os meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães; quando eles lhes perguntarem se os seus pais eram maus, os meus filhos vão lhes dizer:
14. “Sim, os nossos Pais eram maus. Eram os piores Pais do mundo…
15. As outras crianças comiam doces no café da manhã …
16. Nós só tínhamos que comer cereais, ovos, torradas.
17. As outras crianças bebiam refrigerante e comiam batatas fritas e sorvetes ao almoço 18. Nós tínhamos que comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas. 19. Nossos pais tinham que saber quem eram os nossos amigos e o que nós fazíamos com eles.
20. “Insistiam que lhes disséssemos com quem íamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos. Nossos pais insistiam sempre conosco para que lhes disséssemos sempre a verdade e apenas a verdade.
21. “E quando éramos adolescentes, eles conseguiam até ler os nossos pensamentos. A nossa vida era mesmo chata”!
22. “Por causa dos nossos pais, nós perdemos imensas experiências na adolescência.”
23. – Nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubo, em atos de vandalismo, em violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime”.
24. O “FOI TUDO POR CAUSA DOS NOSSOS PAIS!” Agora que já somos adultos, honestos e educados, estamos fazendo o melhor para sermos “PAIS MAUS”, como eles foram. EU ACHO QUE ESTE É UM DOS MALES DO MUNDO DE HOJE: NÃO HÁ PAIS MAUS SUFICIENTES”!
25. Música: Ernesto Cortazar Child wings.wav texto: Dr. Carlos Hecktheuer Formatação atual: Presentepravoce
26. “Aquele que ama o filho castiga-o com frequência; aquele que educa o seu filho terá motivo de satisfação”
(Eclo 30, 1-2).
Esse “castiga-o com frequência” deve ser entendido como “corrige-o com frequência”. E São Paulo lembra que os pais não podem humilhar e magoar os filhos ao corrigi-los:
“E vós, pais, não deis a vossos filhos motivo de revolta contra vós, mas criai-os na disciplina e na correção do Senhor” (Ef 6,4).
É direito de todo cristão manter um relacionamento com Deus, inclusive os casais em segunda união.
Durante muitos anos a Igreja lutou ardorosamente contra a separação das Famílias enquanto o mundo infundia cada vez mais um costume desfavorável à união Matrimonial perpétua, apesar desta situação não trazer felicidade e nem harmonia aos casais separados este numero tem crescido muito além do que era esperado. Estes casais de segunda união que se formaram se mantiveram presentes na Igreja, pois mesmo em pecado a Fé permanece e precisa ser alimentada, mas com a discriminação dos demais casais e de pessoas mais influentes na vida pastoral muitos casais se sentem indesejados se afastando da mãe Igreja e buscando outras opções de mante uma comunhão com Deus e alguns até abandonando a fé enquanto que os que permaneciam fieis sentiam uma imensa fome espiritual buscando alimento sem o encontrar.
HOJE A IGREJA CATÓLICA QUER MUDAR ESTA ANTIGA ATITUDE DE ALGUMAS PESSOAS, JÁ EXISTEM DOCUMENTOS QUE PROMOVEM O ACOLHIMENTO TAMBÉM DESTES CASAIS E OS REINTEGRA NA VIDA E NA COMUNHÃO PAROQUIAL COM ALGUMAS RESSALVAS QUE NÃO AFETAM SIGNIFICATIVAMENTE A PERSEVERANÇA NA FÉ E A SALVAÇÃO PESSOAL.
A Igreja não quer discriminar nem punir os casais em segunda união, mas lhes oferecer um caminho espiritual-pastoral adaptado à sua situação, o qual é apontado claramente pela Familiaris Consortio. Esse caminho pode ser chamado e é de fato um caminho espiritual-pastoral, muito rico de frutos de vida cristã, mesmo que o status permanente de segunda união seja uma situação irregular.
A Exortação Apostólica Familiaris Consortio, 1981, de João Paulo II, no n. 84, exorta os casais divorciados a participar de um caminho de vida cristã que deve consistir em:
Ouvir a Palavra de Deus, frequentar o sacrifício da Missa, perseverar na oração, incrementar as obras de caridade e as iniciativas da comunidade em favor da justiça, educar os filhos na fé cristã, cultivar o espírito e as obras de penitência, que se resume em “perseverarem na oração, na penitência e na caridade”.
A Exortação Apostólica Sacramentum caritatis, 2007, de Bento XVI, no n.29, reafirma o convite de cultivar, quanto possível, um estilo cristão de vida por meio da participação da Santa Missa, ainda que sem receber a comunhão, da escuta da Palavra de Deus, da adoração Eucarística, da oração, da cooperação na vida comunitária, do diálogo franco com um sacerdote ou mestre de vida espiritual, da dedicação ao serviço da caridade, das obras de penitência, do empenho na educação dos filhos.
A comunhão com a Palavra de Deus
Escutar é mais que ouvir, é atender o que se diz. É ir assimilando e tornando pessoal o que foi dito. É algo ativo, não passivo. É uma abertura a Deus que a eles dirige a Sua Palavra. Por intermédio de Isaías ou de Paulo fala-lhes aqui e agora. Algumas vezes, esta Palavra os consola e os anima. Outras julga suas atitudes e desautoriza seu estilo de vida, convidando-os para a conversão. Sempre os ilumina, os estimula e os alimenta.
A Palavra que Deus lhes dirige é, sobretudo uma Pessoa: o Seu Verbo, a Sua Palavra, Jesus Cristo. Ele não se dá somente no Pão e no Vinho, mas está realmente presente na Palavra que nos é proclamada e que escutamos. Também a nós o Pai continua a dizer: Este é o meu Filho muito amado: escutai-O.
A leitura da Sagrada Escritura, acompanhada pela oração, estabelece um colóquio de familiaridade entre Deus e o homem, pois a Ele falamos quando rezamos, a Ele ouvimos quando lemos os divinos oráculos (DV 25). Este colóquio torna-se mais intenso pela Lectio Divina, ou seja, pela leitura meditada da Bíblia, que se prolonga na oração contemplativa. A Lectio é divina, porque se lê a Deus na Sua Palavra e com o Seu Espírito, pode ajudar os casais em segunda união na consecução de uma grande familiaridade não só com a Palavra, mas com o mesmo Deus.
A visita e a adoração ao Santíssimo Sacramento:
Jesus, sendo vivo e presente no Sacrário, pode ser visitado e adorado. Ele espera, ouve, conforta, anima, sustenta e cura. Por conseguinte, a visita e a adoração ao Santíssimo é um verdadeiro e íntimo encontro entre o visitante e o Visitado, que é Jesus. A visita e a adoração são uma escolha pessoal do visitante, e, acima de tudo, um ato de amor para com o Visitado. A simples visita ao Santíssimo transforma-se em adoração, que é o ponto mais alto desse encontro.
Os casais em segunda união são chamados e convidados para serem os adoradores do Santíssimo pela prática tradicional da hora santa, que muito os ajudará na espiritualidade, seja do grupo como também do próprio casal. A prática freqüente da hora santa não é um opcional, por isso não se pode deixá-la facilmente de lado, pois ela é necessária para a perseverança.
A visita a Maria Santíssima: um conforto para o seu povo
Se o próprio Jesus, moribundo na cruz, deu Maria como Mãe ao discípulo: ’Mulher, eis aí teu filho’; e a você discípulo como Mãe: ‘Eis aí, tua mãe!’ (João 19, 26-27), é bom e recomendável que o casal em segunda união não tenha medo em fazer esta visita de carinho para receber conforto, força e consolação de sua Mãe. Essa visita pode ser feita numa capela dedicada a Virgem Maria ou em casa junto com a família ou na intimidade do seu quarto. Pensando nisso, é bom e confortável que o casal em segunda união não se esqueça de visitar, quantas vezes puder, Maria Santíssima.
Visitar Maria, a Mãe de Jesus, é ir ao seu encontro sem reservas, é entregar-se de coração a um coração que não tem limites para amar. Nossa Senhora em Medjugorie disse aos videntes e a nós seus filhos: ”Se soubésseis quanto vos amo, choraríeis de alegria”. Maria nos ama muito, como filhos queridos. O que ela mais deseja é ver seus filhos deixarem-se amar por ela. O seu desejo é o de seu Filho: salvar a todos. A Santíssima Virgem nos espera, todos os dias, e ela sabe que quanto mais perto estivermos dela, mais perto ficaremos de Jesus, pois a sua meta é a de nos levar a Ele.
Perseverança na Oração
O casal em segunda união é convidado para perseverar na oração. A oração pode ser pessoal, pode ser como casal, com a família e os filhos ou oração comunitária com os outros casais ou com outros fiéis.
Participação da Santa Missa: um encontro de amor
O casal de segunda união, como todo bom cristão, considerando este amor infinito de Jesus, deve participar da Santa Missa com amor fervoroso, de modo a particular do momento da consagração, pois é nesse momento que Jesus é vivo e presente.
Bento XVI, em recente discurso ao clero de Aosta, valoriza a participação dos casais recasados na Santa Missa mesmo sem a comunhão eucarística. A esse respeito o Papa fez este lindo e confortável comentário:
“Uma Eucaristia sem a comunhão eucarística não é certamente completa, pois lhe falta algo essencial. Todavia, é também verdade que participar na Eucaristia sem a comunhão eucarística não é igual a nada, é sempre um estar envolvido no mistério da cruz e da ressurreição de Cristo. É sempre uma participação no grande sacramento, na dimensão espiritual, pneumática e também eclesial, se não estreitamente sacramental.
E dado que é o sacramento da Paixão do Senhor, é Cristo sofredor que abraça de modo particular essas pessoas e comunica-se com elas de outra forma; portanto, elas podem sentir-se abraçadas pelo Senhor crucificado que cai por terra e sofre por elas e com elas.
Por conseguinte, é necessário fazer compreender que mesmo que, infelizmente, falte uma dimensão fundamental, todavia tais pessoas não devem ser excluídas do grande mistério da Eucaristia, do amor de Cristo aqui presente. Isso parece-me importante, como é importante que o pároco e a comunidade paroquial levem tais pessoas a sentir que, se por um lado, devemos respeitar a indissolubilidade do sacramento e, por outro, amamos as pessoas que sofrem também por nós. “E devemos também sofrer juntamente com elas, porque dão um testemunho importante, a fim de que saibam que no momento em que se cede por amor, se comete injustiça ao próprio sacramento, e a indissolubilidade parece cada vez mais menos verdadeira”.
O ‘’ter” é importante e indispensável para a nossa sobrevivência. Alguns contudo, só pensam no “ter” se esquecem de “ser”. Dificilmente alguém nos fala que fulano é virtuoso, é um santo, é caridoso, mas muitos nos falam que sicrano é rico, tem muitas casas, fazendas, e ganha milhões por mês!
Se de um lado é bom ter, mais importante é ser um cidadão correto, solidário, educado. O cidadão que “é” que possui os predicados atrás, é preferível ao que “tem” posses, mas desvestido de valores morais.
Quando a família inverte essas prioridades e só pensa em acumular, embora esteja solida materialmente falando, sua estrutura poderá estar sendo corroída, seus membros corrompidos, seu caráter fragilizado, pois não exercitou a solidariedade e a partilha. Podendo, contudo, aliar posse de bens com posse de virtudes, e partilha de ambas (posses e virtudes), essa família passara, então, a ser exemplo.
2- Egoísmo
Quem só pensa em “ter”, deixando se “ser”, acaba se isolando, torna-se avarento e egoísta. O egoísmo é um dos piores pecados, visto que a pessoa enrosca-se em si mesma, patina e não sai da crosta que ela formou. Procurou proteger-se tanto que se perdeu na atribuição e distribuição de valores perenes.
O próximo, para o egoísta, esta muito distante. Ele não sente e nem pressente a necessidade alheia. Interessa-lhe tão somente o seu bem estar. Uma família, onde medra o egoísmo, não pode subsistir, e o seu esfacelamento é iminente.
3- A falta de dialogo
Aquele que não privilegiou o “ser”, que se atola no egoísmo, emudece-se, visto que evita dialogar, já que o dialogo para ele representa alguma perda. Fechando, assim, os canais de comunicação, que lhe poderiam abrir a mente e o coração, não lhe resta outra alternativa senão falar consigo mesmo.
Vitima de um monologo indecifrável, sua família é pré-falimentar material e espiritualmente falando, pois não havendo troca de ideias, não se trocam e nem se eliminam as dificuldades, que tendem a aumentar causando a ruína da família.
4- Dificuldades financeiras
A família também se esboroa por causa de dificuldades financeiras. Casa em que falta pão, todos gritam e ninguém tem razão. É preciso que todos colaborem para o sustento do lar e não somente o pai ou a mãe. Os filhos não podem se acomodar e sim se incomodar, estudando, economizando e participando das despesas do lar, sob pena de retrocesso e ruptura dos laços familiares.
Falta de Deus em sua casa.
5- A falta de DEUS, e de oração
Esta é a principal causa de esfacelamento da família, pois, casa sem oração e sem Deus, e vitima inevitável dos poderes do mal. E quais são esses poderes? Egoísmo, consumismo, falta de respeito e de amor, decadência moral e perda de princípios éticos e idolatria do mercado.
Quando mais ostentação e consumo supérfluo, menos família se é, mais distante de Deus se torna. Os valores do espirito já não são prioritários para o consumista, e Deus, para ele é uma entidade distante, ou talvez entidade nenhuma. A família sem fé e sem obras é uma família falida e infeliz.
A família bem constituída, sem os vícios ora abordados, é o sustentáculo da fé. A fé sustentável é alicerçada em valores familiares elevados. A fé sustenta a família, que por sua vez sustenta a fé. Uma engendra e solidifica a outra. Sem fé e sem obras, a família paradigma que estamos comentando não medra, não viceja. Com fé, rompe barreiras, aprimora o caráter, gerando paz, amor e harmonia familiar.
O Cardeal dividiu este documento que introduz os trabalhos do Sínodo em quatro partes: O Evangelho da Família no Contexto da Nova Evangelização, o Evangelho da família e a pastoral familiar, as situações pastorais difíceis, e a família e o Evangelho da vida.
Do mesmo modo, na conferência de imprensa de ontem, 6 de outubro, o Cardeal indicou que foram levadas em consideração as respostas dadas ao questionário preliminar que foi enviado às conferências episcopais, assim como as intervenções enviadas pelos padres sinodais.
O Arcebispo de Budapeste (Hungria) também compartilhou com os jornalistas que a renovação da metodologia do sínodo se expressa também no fato de que já está sendo elaborada “a relação posterior à discussão, sobre a base das intervenções escritas dos padres sinodais, embora ainda temos que considerar o que sai do debate”.
Por sua parte, o Secretário Geral do Sínodo, Dom Bruno Forte, explicou aos jornalistas que “houve uma maturação no caminho sinodal ao longo dos anos”. Acrescentou que “como os temas mais importantes do Concílio Vaticano II foram discutidos no meio das sessões, as não formais, espero que os resultados mais importantes do sínodo dos bispos cheguem das discussões livres, que o Papa Francisco quer que sejam francas”.
O texto, lido pelo Cardeal Erdo, ofereceu também alguns dos temas a serem tratados durante estas duas semanas:
Educação
O documento indica que “a família certamente hoje encontra muitas dificuldades; mas não é um modelo antiquado, pelo contrário, entre os jovens em geral se constata um novo desejo de família”.
De acordo com o Cardeal “entre os cristãos católicos a substância do ensinamento do Novo Testamento e do Catecismo da Igreja Católica sobre o matrimônio parece ser bastante conhecida. Entretanto, os aspectos específicos da doutrina e do Magistério da Igreja sobre o matrimônio e a família nem sempre são suficientemente conhecidos entre os fiéis”.
Nesse sentido, destacou muitas vezes a necessidade de uma educação mais integral no ensino católico, fazendo-se eco das observações do “Documento de trabalho do sínodo dos bispos”. “Resulta especialmente útil oferecer aos pastores das comunidades locais diretrizes claras para ajudar todos aqueles que vivem em situações difíceis”, adiciona o documento.
Do mesmo modo, alerta as comunidades locais para que evitem “as improvisações de uma ‘pastoral caseira’, que acaba fazendo mais difícil que se aceite do Evangelho da família”.
O documento também assinala que “é preciso acompanhar os noivos prometidos para que tenham uma clara consciência do que é o matrimônio no intuito do Criador, aliança que entre os batizados sempre tem a dignidade sacramental”.
A misericórdia não se anula com a verdade
Dado que “o tema da misericórdia está cada vez mais em primeiro plano como um ponto de vista importante no anúncio do Evangelho”, a relação destacou que a misericórdia “não elimina a verdade e não a relativiza, mas leva a interpretá-la corretamente no contexto da hierarquia das verdades”.
“A misericórdia, portanto, tampouco anula os compromissos que nascem das exigências do vínculo matrimonial. Estes continuam subsistindo inclusive quando o amor humano se debilitou ou cessou”, assinala o texto.
Divorciados em nova união, coabitação e matrimônios civis
Além disso, o documento aborda situações como a coabitação, os matrimônios civis, assim como os divorciados em nova união.
As duas primeiras, indicou, representam uma nova dimensão de cuidado pastoral e “a Igreja não pode não reconhecer inclusive em situações a primeira vista afastadas de critérios que respondam ao Evangelho, uma oportunidade para acompanhar as pessoas, para que cheguem a uma decisão consciente, verdadeira e justa a respeito de sua relação”.
No que diz respeito aos divorciados em nova união, o documento indica que a resposta a estas questões mostra que este tema tem diferentes matizes em diversas partes do mundo, mas que não põem em questionamento “a palavra de Cristo e a verdade da indissolubilidade do matrimônio, nem faz com que já não estejam em vigor”.
“Os divorciados recasados civilmente pertencem à Igreja” e têm direito a receber o cuidado de seus pastores, afirmou o Cardeal. “Por isso a necessidade de ter em cada Igreja particular pelo menos um sacerdote, devidamente preparado, que possa prévia e gratuitamente aconselhar as partes sobre a validez de seu matrimônio”, acrescentou.
“Com efeito, muitos esposos não são conscientes dos critérios de validez do matrimônio e menos ainda da possibilidade da invalidez. Depois do divórcio, é preciso realizar esta verificação, em um contexto de diálogo pastoral sobre as causas do fracasso do matrimônio anterior, averiguando as possíveis causas de nulidade. Ao mesmo tempo, evitando a aparência de um simples cumprimento burocrático ou de interesses econômicos. Se tudo isso for realizado com seriedade e buscando a verdade, a declaração de nulidade produzirá uma libertação das consciências das partes”, indicou.
As instâncias de uma “mentalidade do divórcio” na celebração do sacramento do matrimônio faz acreditar que muitos casamentos celebrados na Igreja poderiam ser inválidos.
“Para verificar a possível nulidade do vínculo de maneira eficaz e ágil”, indicou, muitos sentem que os procedimentos precisam ser revisados. Para isso, o Papa Francisco nomeou uma comissão especial que reforme o processo de nulidade de matrimônios.
Homossexualidade
O documento também aborda o tema da homossexualidade e assinala que há “um amplo consenso em relação ao fato que as pessoas de tendência homossexual não devem ser discriminadas”, mas ao mesmo tempo emerge “com igual clareza que de parte da maioria dos batizados —e da totalidade das Conferências episcopais— não se espera uma equiparação destas relações com o matrimônio entre homem e mulher”.
“As formas ideológicas das teorias de gênero tampouco geram um consenso entre a grande maioria dos católicos”, acrescenta.
“Muitos querem, em contrapartida, superar os tradicionais róis sociais, condicionados culturalmente, e a discriminação das mulheres, que continua presente, sem negar com isso a diferença natural e criatural entre os sexos e sua reciprocidade e complementariedade”.
O Evangelho da vida
Em conclusão, a relação assinala a importância do Evangelho da vida. Quer dizer a abertura à vida não alheia ao amor conjugal. “O amor esponsal, e mais em geral a relação, nunca deve construir-se como um círculo fechado”, além disso, “a acolhida da vida não se pode pensar como limitada unicamente à concepção e ao nascimento. Se completa na educação dos filhos, no sustento que se oferece ao seu crescimento”.
O documento também recorda que “a acolhida da vida, assumir as responsabilidades em ordem à geração da vida e ao cuidado que esta requer, só é possível se a família não for concebida como um fragmento isolado, mas se perceber inserida em uma trama de relações”.
Nesse sentido, a Igreja está chamada a proclamar e ser testemunha da dignidade suprema da pessoa humana, “por isso, é preciso cuidar de modo particular da educação da afetividade e da sexualidade”.
Para isso, a relação aponta à necessidade de propor novamente a mensagem de Paulo VI em sua encíclica Humanae Vitae sobre o controle da natalidade.
Conclusão
Finalmente, o texto conclui que o desafio do Sínodo é “propor de novo ao mundo de hoje, em certos aspectos tão parecido ao dos primeiros tempos da Igreja, o atrativo da mensagem cristã em relação ao matrimônio e à família, destacando a alegria que dá, mas ao mesmo tempo dar respostas reais e impregnadas de caridade aos numerosos problemas que especialmente hoje tocam a existência da família. Destacando que a autêntica liberdade moral não consiste em fazer o que se sente, não vive só de emoções, mas se realiza somente adquirindo o verdadeiro bem”.
“Em concreto nos pede acima de tudo nos colocar ao lado dos nossas irmãs e irmãos com o espírito do bom Samaritano: estar atentos a sua vida, em particular estar perto daqueles aos que a vida feriu’ e esperam uma palavra de esperança, que nós sabemos que só Cristo pode nos dar. O mundo necessita a Cristo. O mundo também nos necessita, porque pertencemos a Cristo”, concluiu.
“O que você diria ou faria se um dia seu filho pequeno lhe respondesse desta forma logo após receber um conselho ou uma advertência?”
QUANDO O TEU (TUA) FILHO(A) LHE DISSER:
PAI, MÃE NÃO SE METAM NA MINHA VIDA!
Hoje que estou aprofundando meus estudos teológicos na Família, seus valores, seus princípios, suas riquezas, seus conflitos, recordo-me de uma ocasião em que escutei um jovem gritar para seu pai:
NÃO TE METAS NA MINHA VIDA!
Essa frase tocou-me profundamente.
Texto escrito por um Sacerdote.
Essa frase tocou-me profundamente.
Tanto que, freqüentemente, a recordo e comento nas minhas conferências com pais e filhos. Se, em vez de sacerdote, tivesse optado por ser pai de família, o que diria ante essa exclamação impertinente de meu(minha) filho(a)?
Esta poderia ser a minha resposta:
FILHO, UM MOMENTO, NÃO SOU EU QUE ME METO NA TUA VIDA, FOSTE TU QUE TE METESTE NA MINHA!
Faz muitos anos, graças a Deus, e pelo amor que tua mãe e eu sentimos, chegaste às nossas vidas e ocupaste todo nosso tempo.
Ainda antes de nasceres, tua mamãe sentia-se mal, não conseguia comer, tudo o que comia, vomitava.
E tinha que ficar de repouso.
Tive que me dividir entre as tarefas do meu trabalho e as da casa para ajudá-la.
Nos últimos meses, antes que chegasses, tua mãe não dormia e não me deixava dormir.
Os gastos aumentaram incrivelmente, tanto que grande parte do que ganhava era gasto contigo, para pagar um bom médico que atendesse tua mamãe e a ajudasse a ter uma gravidez saudável, em medicamentos, na maternidade, em comprar-te todo um guarda-roupa etc.
Tua mãe não podia ver nada de bebê, que não o quisesse para ti, compramos tudo o que podíamos, contando que tu estivesses bem e tivesses o melhor possível.
(COMO NÃO METER-ME NA TUA VIDA?!!!!!)
Chegou o dia em que nasceste:
Tivemos que comprar algo para dar de recordação aos que te vieram conhecer, Tivemos que adaptar um quarto para você.
Desde a primeira noite não dormimos. A cada três horas, como se fosses um alarme de relógio, despertavas para te darmos de comer.
Outras, porque te sentias mal e choravas e choravas, sem que nós soubéssemos o que fazer, pois não sabíamos o que te tinhas, até chorávamos contigo.
(NÃO METER-ME NA TUA VIDA?!!!!!)
Começaste a andar e não sei quando foi que tive que andar mais atrás de “ti”, se quando começaste a andar ou quando pensaste que já sabias. Já não podia sentar-me tranqüilo lendo jornal, vendo um filme ou o jogo do meu time favorito, porque quando acordavas, te perdias da minha vista e tinha que sair atrás de ti para evitar que te machucasses.
(NÃO METER-ME NA TUA VIDA?!!!!!)
Ainda me lembro do primeiro dia de aula. Quando tive que telefonar para o serviço e dizer que não podia ir. Já que tu, na porta do colégio, não querias soltar-me a mão e entrar.
Choravas e pedias-me que não fosse embora.
Tive que entrar contigo na escola, e pedir à professora que me deixasse estar ao teu lado, algum tempo, na sala, para que te fosses acostumando.
Depois de algumas semanas, já não me pedias que ficasse e até esquecias de se despedir quando saías do carro correndo para te encontrares com os teus amiguinhos.
(NÃO METER-ME NA TUA VIDA?!!!!!)
Foste crescendo, já não querias que te levássemos às festas em casa de teus amiguinhos, pedias-nos que parássemos numa rua antes de te deixarmos e que te fôssemos buscar numa rua depois.
Porque já eras “cool“, top, não querias chegar cedo em casa.
Incomodava-te que te impuséssemos regras.
Não podíamos fazer comentários sobre os teus amigos, sem que te voltasses contra nós, como se os conhecesses a eles toda a tua vida e nós fôssemos uns perfeitos “desconhecidos” para ti.
(NÃO METER-ME NA TUA VIDA?!!!!!)
Cada vez sei menos de ti por ti mesmo, sei mais pelo que ouço dos demais.
Já quase não queres falar comigo, dizes que apenas sei reclamar, e tudo o que faço está mal, ou é razão para que te rias de mim, pergunto:
como, com esses defeitos, pude dar-te o que até agora tens tido?
Tua mãe passa noites em claro e, conseqüentemente, não me deixa dormir dizendo-me que ainda não chegaste e que já é madrugada, que o teu celular está desligado, que já são 3h e não chegas.
Até que, por fim, podemos dormir quando acabas de chegar.
(NÃO METER-ME NA TUA VIDA?!!!!!)
Já quase não falamos, não me contas as tuas coisas, aborrece-te falar com velhos que não entendem o mundo de hoje.
Agora só me procuras quando tens que pagar algo ou necessitas de dinheiro para a universidade, ou para se divertir.
Ou pior ainda, procuro-te eu, quando tenho que chamar-te a atenção.
(NÃO METER-ME NA TUA VIDA?!!!!!)
Mas estou seguro que diante destas palavras:
“NÃO TE METAS NA MINHA VIDA”, podemos responder juntos:
FILHO(A), NÃO ME METO NA TUA VIDA
POIS FOSTE TU QUE TE METESTE NA MINHA.
TE ASSEGURO QUE DESDE O PRIMEIRO DIA ATÉ O DIA DE HOJE, NÃO ME ARREPENDO QUE TE TENHAS METIDO NELA E A TENHAS TRANSFORMADO PARA SEMPRE!
ENQUANTO FOR VIVO, VOU METER-ME NA TUA VIDA, ASSIM COMO TU TE METESTE NA MINHA, PARA AJUDAR-TE, PARA FORMAR-TE, PARA AMAR-TE E PARA FAZER DE TI UM HOMEM OU UMA MULHER DE BEM!
SÓ OS PAIS QUE SABEM METER-SE NA VIDA DE SEUS FILHOS CONSEGUEM FAZER DELES, HOMENS E MULHERES QUE TRIUNFAM NA VIDA E SÃO CAPAZES DE AMAR!
(NÃO METER-ME NA TUA VIDA?!!!!!)
PAIS: MUITO OBRIGADO!
Por se meterem na vida dos seus filhos.
Ah, melhor ainda, corrijo, por terem deixado que os seus filhos se metam nas suas vidas!
E para vocês filhos:
VALORIZEM SEUS PAIS. NÃO SÃO PERFEITOS, MAS AMAM VOCÊS E TUDO O QUE DESEJAM É QUE VOCÊS SEJAM CAPAZES DE ENFRENTAR A VIDA E TRIUNFAR COMO HOMENS DE BEM !
A vida dá muitas voltas, e, em menos tempo do que vocês imaginam, alguém lhes dirá:
“NÃO TE METAS NA MINHA VIDA!”
A paternidade não é um capricho ou um acidente, é um dom de Deus, que nasce do Amor!
Tema preparado para apresentação em encontro de Casais.
Trabalhar a vivência do Matrimônio é muito importante para o fortalecimento do convívio do casal ajudando no aperfeiçoamento do Amor e a superação de todas os desentendimentos, intrigas, problemas e dificuldades do casamento no dia a dia.
A nossa preparação deve ser planejada para um futuro distante e não apenas para uns dias de férias da minha vida antiga, é um passo sem retorno e que o nosso futuro dependerá de cada atitude que tomarmos a partir de agora.
(C.I.C. 1614). Na sua pregação, Jesus ensinou sem equívocos o sentido original da união do homem e da mulher, tal como o Criador a quis no princípio: a permissão de repudiar a sua mulher, dada por Moisés, era uma concessão à dureza do coração (119): a união matrimonial do homem e da mulher é indissolúvel: foi o próprio Deus que a estabeleceu: «Não separe, pois, o homem o que Deus uniu» (Mt 19, 6).
– 21. Sujeitai-vos uns aos outros no temor de Cristo.
22. As mulheres sejam submissas a seus maridos, como ao Senhor, 23. pois o marido é o chefe da mulher, como Cristo é o chefe da Igreja, seu corpo, da qual ele é o Salvador. 24.Ora, assim como a Igreja é submissa a Cristo, assim também o sejam em tudo as mulheres a seus maridos. 25.Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela, 26. para santificá-la, purificando-a pela água do batismo com a palavra, 27. para apresentá-la a si mesmo toda gloriosa, sem mácula, sem ruga, sem qualquer outro defeito semelhante, mas santa e irrepreensível. 28. Assim os maridos devem amar as suas mulheres, como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo. 29. Certamente, ninguém jamais aborreceu a sua própria carne; ao contrário, cada qual a alimenta e a trata, como Cristo faz à sua Igreja 30. porque somos membros de seu corpo. 31. Por isso, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois constituirão uma só carne (Gn 2,24). 32. Este mistério é grande, quero dizer, com referência a Cristo e à Igreja. 33. Em resumo, o que importa é que cada um de vós ame a sua mulher como a si mesmo, e a mulher respeite o seu marido. (Efésios 5, 21 a 33)
O Sacramento do Matrimônio começa no altar na solenidade do Casamento da Igreja.
É quando dizemos “SIM” um ao outro.
É quando livremente declaramos que desejamos viver um com o outro por toda a vida, na alegria e na tristeza, nos momentos bons e nos momentos difíceis. Naquele momento solene, revestido de muita pompa se dá o começo de nosso casamento. Ele vai durar a vida toda, pois é indissolúvel e sua continuidade é fundamental.
É neste ambiente que surge o casal, não mais homem e mulher, mas um casal, uma só carne que deve crescer e multiplicar-se. O crescimento pertence aos dois, ambos devem cooperar um com o outro para que atinjam uma maturidade capaz de produzir de maneira estável a felicidade um do outro.
A vida humana surge como de uma nascente sagrada e é cultivada e formada.
Tem continuidade ao longo do futuro através das sucessões familiares.
O Concílio Vaticano II, na constituição Dogmática sobre a Igreja, começa dizendo no N. 11 que Ela é o povo de Deus, e declara que a Família é a Igreja Doméstica.
ISTO SIGNIFICA:
“LUGAR ONDE DEUS RESIDE, É ADORADO, AMADO E SERVIDO.”
“A Salvação da pessoa e da sociedade humana estão intimamente ligadas à condição da feliz comunidade conjugal e Familiar”.
A FAMÍLIA SE CONSTITUI O FUNDAMENTO DA SOCIEDADE.
Jesus habita de maneira muito especial na Família Cristã nascida e vivenciada no Sacramento do Matrimônio. Ele revela muito bem sua presença no evangelho das Bodas de Caná da Galileia. Quer estar com a Família ajudando-a a vencer todos os desafios de falta de vinho, isto é, o que faltar para a alegria e a felicidade plena de um casal.
Deus quando os criou homem e mulher à sua imagem e semelhança Ele os quis em Família onde impera o amor.
O ser humano é semelhante a deus na medida em que desenvolve a capacidade de amar seu semelhante, a começar pelo seu próximo mais próximo que no Matrimônio Cristão é o seu cônjuge.
Criou todos os seres dotados de tudo, somente o homem, no sexto dia Ele afirmou, “CRESCEI E MULTIPLICAI, DOMINAI A TERRA.” Homem e mulher são chamados a continuar a obra de Deus, a construção mútua e do universo.
O ser humano possui a capacidade de criar, não só de seus filhos, mas de si mesmos.
Ao final deste encontro já teremos uma consciência nítida que temos uma tarefa nova e gostosa pela frente. Devemos cultivar nosso amor e construir o Reino de Deus em nosso lar.
Temos um campo bem definido de atuação, que é nossa casa no âmbito familiar, se cada lar for um jardim de felicidade, o mundo seria exuberante, a beleza e a paz alimentarão todos os corações. esta tarefa deve ser feita por uma livre escolha de cada um.
Nossas obrigações conjugais e familiares instintivamente devem ser prazerosas e plenas de realização.
O catecismo da Igreja Católica diz que a Família é “O VESTÍGIO E IMAGEM DA COMUNHÃO DO PAI DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO. SUA ATIVIDADE PROCRIADORA E EDUCADORA É O REFLEXO DA OBRA CRIADORA DO PAI”.
Isto mostra que a Família é a unica imagem de Deus Trindade esculpida por Ele. Não é uma imagem estática, mas dinâmica e viva como Deus é VIVO e Dinâmico. DEUS não criou e abandonou sua obra, Ele continua agindo e nos faz seus cooperadores, responsáveis pela continuação de sua obra pelo seu aperfeiçoamento. Desde o começo da humanidade existe a família e ninguém jamais pode ou poderá destruir, pelo fato de que ela é Divina e foi instituída por Deus. Como ensina o catecismo da Igreja Católica, “A FAMÍLIA É A CÉLULA ORIGINÁRIA DA VIDA SOCIAL.” É a sociedade natural na qual o homem e a mulher são chamados ao dom de si no amor e no dom da vida”.
A Família é o eixo da humanidade, é a sua pedra angular.
É na família que as crianças devem aprender a amar a Deus, a respeitar a seus pais, a usar sua liberdade de dentro dos limites da disciplina familiar.
É na família que os filhos aprendem a se valorizar por ter uma obrigação, um dever a cumprir, exercícios escolares a realizar.
Quando os filhos crescem nunca se esquecem dos preceitos familiares nem dos conselhos de seus pais, mesmo que os testem na adolescência e se afastem deles por algum tempo.
Os valores humanos e evangélicos plantados uma vez no coração das crianças, não morrem, mesmo que eles aparentemente os reneguem, uma força interior os conduz para a justiça e para o desejo de amar e ser amados.
A nossa espiritualidade de casados, não é a de Padres e freiras celibatários. nossa espiritualidade própria envolve os dois, não pode ser individual. deus nos confiou uma tarefa comum, que devemos cumprir a dois.
Precisamos cimentar o nosso amor no AMOR de DEUS. Quanto mais nos amarmos um ao outro mais estamos amando a Deus e nossas brigas, desentendimentos, rancores e falta de perdão com toda certeza são ofensas a Deus. Nossa infidelidade conjugal é também infidelidade a deus. Somos encarregados de fazer com que o mandamento do amor seja posto em pratica, a partir da nossa casa.
A experiência que temos com casais mostra que eles tem uma profunda dificuldade para rezar juntos. Alguns rezam até demais, individualmente. Há casais que rezam cada um para o seu lado.
Todos os dias precisamos oferecer a Deus nosso trabalho diário, nossos filhos, nossos problemas e pedir que Ele nos ajude a cumprir sua vontade ao longo do dia.
Há muita gente que procura por uma oração forte, mas asseguro a você que não existe uma oração mais forte do que o casal que reza junto, sabem porque? É Jesus que reza ao Pai unido ao casal e pede ao Pai juntamente com os dois, conforme prometeu em (São Mateus 18, 19-20) “ONDE DOIS OU MAIS ESTIVEREM REUNIDOS EM MEU NOME EU ESTAREI NO MEIO DELES”.
Nosso amor conjugal precisa crescer cada dia e o caminho para que isso aconteça consiste no dialogo e perdão. Sem dialogo meus amigos não conheceremos um ao outro E NINGUÉM AMA A QUEM NÃO CONHECE, ficamos imaginando cousas que não são verdadeiras e nos afastam mais um do outro. O diálogo precisa ser humilde, verdadeiro, construtor. Temos um belo exemplo de diálogo na Bíblia em (São João 4) quando Jesus fala com a Samaritana no poço de Jacó.
O amor definha na medida em que não oferecemos o perdão do mesmo modo como as plantas secam por falta d’água.
Quantas vezes perdoar, minhas amigas e meus amigos?
Qual foi a resposta de Jesus a São pedro?
Pedro perguntou ao Mestre se poderia perdoar até sete vezes.
Jesus respondeu enfaticamente, não apenas sete vezes apenas, mas setenta vezes sete todos os dias. isto significa: SEMPRE, SEMPRE SEMPRE.
Há, já perdoei duas vezes, agora ele vai ver o que é bom, vou me vingar.
As vezes dizemos isso. sem deixar de rezar o Pai nosso “
PERDOAI AS NOSSAS OFENSAS ASSIM COMO NÓS PERDOAMOS …
Amigas e amigos se há algo muito importante para a espiritualidade conjugal, são os nossos corpos. Saíram das mãos de Deus que nos fez homem e mulher, atraídos um pelo outro e desejosos de se darem um ao outro.
A felicidade mais parecida com a do céu é a do orgasmo.
Deus quer que experimentemos uma amostra grátis da felicidade celestial. Como é bom estarmos junto, como faz bem nos doarmos um ao outro sem reservas e sem pensar em outro ou outra.
Nós precisamos aperfeiçoar nossa relação sexual. Ela não começa na hora que a gente entra no quarto e inicia a se despir.
Ela começa pela manhã quando acordamos e damos um bom dia bem alegre ao nosso cônjuge.
Devemos agradecer a Deus por termos ao nosso lado a fonte de nossa alegria e felicidade que é o nosso cônjuge e manifestar um ao outro toda ternura, respeito e atenção.
A mulher é fisiologicamente diferente do homem, seu sexo é mais difuso em todo o corpo e é mais lento nas relações. NAS REAÇÕES. Enquanto que o homem tem um processo mais rápido, por esta razão ele deve procurar sintonizar com as relações dela para que sejam bem sucedidos.
Faz parte de nossa espiritualidade conjugal nosso bom desempenho no sexo, fazendo seu parceiro e parceira felizes.
Como dizia um certo Padre com experiência com casais, depois de uma noite bem sucedida vocês têm mais ânimo e coragem para a labuta, sofrimentos e canseiras do dia a dia.
Amigos e amigas, certamente levamos muitos bons propósitos deste Encontro com Cristo.
Nossa lua de mel mais consciente de nosso matrimônio vai recomeçar a partir de hoje melhor do que da primeira vez.
Mas queremos alertar a vocês de uma coisa verdadeira que nos poderá atrapalhar logo mais e nos decepcionar um com o outro.
É que somos pecadores e como tais precisamos da ajuda dos irmãos. precisamos de uma equipe de casais para nos ajudarem na caminhada a refazer nosso entusiasmo e nossos bons propósitos.
Falamos disto com muita experiência pois há muitos anos nos reunimos com a mesma equipe de espiritualidade conjugal e caminhamos para Deus todos juntos.
Não abandonem sua equipe. Ela é a garantia de seu sucesso daqui para frente. Na sua equipe você vai viver em comunidade, sendo uma célula viva da Igreja de Cristo.
“Superar os momentos difíceis é sabedoria…Viver os momentos felizes é uma arte.Que a felicidade a dois continue sendo o objetivo principal de suas vidas. Que a caminhada seja longa repleta de amor e compreensão. ”Que Jesus continue sempre presente realizando o milagre do vinho novo nos momentos mais Difíceis da Vida.Nossos Votos de Muitas felicidades.
A Espiritualidade é um componente Permanente na vida do Cristão, Seja ele um Jovem solteiro, Casado ou Consagrado ao Sacerdócio. Foi escolhido para meditar na campanha Nacional da Família deste ano de 2014 o tema:
Quer dizer, ser santo não é um privilégio dos monges ou de uma elite, mas é algo destinado a todo e qualquer batizado e a tantos outros que nem são cristãos.
“Todos os que, movidos pelo Espírito de Deus, obedecem a voz do Pai e adoram a Deus Pai em espírito e verdade, cultivam nos vários gêneros de vida e ofícios uma única santidade”. (Lumen gentium, 41)
No nº 56 da “Familiaris consortio” lê-se:
“Cumprindo à energia do sacramento, a própria missão conjugal e familiar, penetrados do espírito de Cristo que impregna toda a sua vida de fé, esperança e caridade avançam sempre mais na própria perfeição e mútua santificação e cooperam assim juntos para a glória de Deus”.
Jesus falou: “sede perfeitos, assim como vosso Pai celeste é perfeito” (Mt. 5,48) e são Paulo lembra-nos o seguinte: “esta é a vontade de Deus: Vossa santificação” (Ts. 4,3). Também escreveu que Cristo amou a Igreja como se fosse sua esposa, a fim de santificá-la. Todos os fiéis cristãos são chamados à santidade e à perfeição da caridade. A passagem de imperfeitos para perfeitos se dá sempre a partir do amor (Fl. 3,12).
Durante muitos séculos foi pensado que só os consagrados e os religiosos estivessem obrigados a seguirem e a viverem os preceitos evangélicos, mas o Evangelho é para ser vivido por todos os cristãos. Devemos testemunhar Cristo pobre, humilde, carregado com a cruz.
Os casados não imitam um estilo de santidade que funciona para os monges e religiosos. Os casados devem se ajudar mutuamente a conservar a graça no decurso de sua vida.
O marido tem a responsabilidade de ajudar a sua esposa a se salvar e vice-versa. Cada cônjuge tem o direito de receber o apoio, a inspiração e a motivação necessários para alcançar a vida eterna.
Assim, todos os cristãos, nas condições, ofícios ou circunstâncias de sua vida, e através desse tudo, dia a dia mais se santificarão se, com fé, tudo aceitam da mão do Pai.
Os cristãos, diz o Concílio Vaticano II são convidados e obrigados a procurar a santidade e a perfeição no seu próprio estado de vida.
O amor é o que dá sentido à vida, o que dá sentido ao casamento. A maior garantia para que o amor dos cônjuges não desapareça mas ainda se torne mais profundo, mais verdadeiro através dos anos é estar o casal constantemente em busca da sintonia entre seu projeto fundamental de vida e o projeto de Deus, fonte de toda a vida para nós.
Como agente de Pastoral somos missionários. O que sustenta esse nosso trabalho missionário é a experiência de Deus, ou seja, a espiritualidade.
A oração, esse relacionamento do ser humano com o seu Deus, está profundamente inscrita no coração de cada um, na forma de um desejo da criatura de encontrar-se com seu Criador, do filho querendo comunicar-se com o Pai. O batizado, à medida que vai crescendo na Igreja, recebe o apoio da comunidade nessa busca, por meio das liturgias, dos sacramentos, dos momentos reservados para esse encontro com Deus.
Uma das dificuldades que o cristão encontra quando casa, é a insegurança que sente diante dessa nova criatura de Deus que é o casal. Ao mesmo tempo em que cada um é chamado a conservar uma profunda identidade individual, o matrimônio busca fundir numa nova personalidade, numa nova espiritualidade, num novo ser muitas características e atitudes que passam a ser dois.
Assim, além do encontro individual do marido e da mulher com Deus, a nova criatura – o “ser-casal” – também tem necessidade de comunicar-se com Ele. E isso também será levado mais tarde, quando os filhos virão complementar essa unidade de amor e vida que é a família.
O QUE É ESPIRITUALIDADE?
Como estar em sintonia com Deus nosso Criador, fonte de Amor, num mundo de tanta violência, tão agitado, de tantas exigências? Busca-se a resposta nas diversas maneiras de expressão da fé, às quais damos o nome de espiritualidade.
A palavra espiritualidade vem do latim spiritus (espírito, alma, vida, sopro de vida).
Por espiritualidade entendemos ao mesmo tempo um determinado tipo de experiência e santidade cristãs, piedade ou vida espiritual.
Cada cristão é chamado a unir-se a Cristo, à configurar-se com Cristo. Neste sentido pode se dizer que existe uma única espiritualidade cristã. Mas como são diferentes os estilos de vida, há conseqüentemente diversas formas de espiritualidade. Os casados não se santificam do mesmo modo que os religiosos.
É sentida por todos a necessidade de uma força interior para sustentar nossas lutas do dia a dia. Nossa única tarefa será abrir nosso coração, nossa mente, para que Deus possa agir livremente em nós. Quando se dá espaço para Deus, Ele realiza infinitamente mais do que se pode imaginar.
Sabemos que estar em sintonia com Deus é graça, é dom, mas criar espaço para Ele em nós, é desafio e depende unicamente de nós.
O tempo que dedicamos a uma determinada coisa, nos mostra, em geral, o quanto ela nos vale. Achar tempo para Deus. De tanto nos entregarmos a preocupações deste mundo, deixamos cada vez menos espaço para Deus.
Tirar os entulhos do nosso coração, da nossa mente, para que Deus possa agir, é tarefa de cada dia, é uma tarefa constante.
O conhecimento pessoal é fundamental para uma espiritualidade sólida. Como edificar o Templo de Deus em nós se as bases humanas estão doentes, frágeis, estragadas por tantas preocupações inúteis.
É preciso reconstruir a base humana, o “eu” profundo, e só assim, será possível estar disponível para Deus e os irmãos.
Espiritualidade é o modo pelo qual buscamos conhecer, interpretar, discernir a vontade de Deus em nós, em nossa vida e a nossa resposta no caminho da santificação. No caminho para a santidade vamos nos transformando e toda transformação é evolutiva e muito lenta. Não há saltos, há passos…
Espiritualidade é viver sob a ação do Espírito Santo acolhendo suas inspirações e colocando-as em prática.
Às vezes se cria um quadro mental e se diz que Deus quer isso… È preciso trabalhar… Se eu não fizer, Deus não vai fazer em meu lugar.
A vida espiritual autêntica não dispensa o bom senso, a racionalidade, a coerência de comportamento e se harmoniza com as exigências fundamentais do ser humano considerado em suas situações concretas.
A verdadeira espiritualidade engloba todos os aspectos da vida. Ela integra na própria vida espiritual todos os elementos que compõem a trajetória humana.
A VIDA ESPIRITUAL EVOLUI
A vida evolui, isto é, não se fixa em um momento, não se repete. Ela se renova e gera novas conseqüências. Estagnar é condenar a vida e condenar a espiritualidade.
Evoluir significa variar conservando o mesmo sentido, permanecendo na mesma direção e mantendo os objetivos. Essa evolução passa por diferentes etapas em que diversificadas são as expectativas, novos os compromissos, outras são as solicitações internas, a distribuição do tempo varia, o lazer de ontem não mais satisfaz, o trabalho adquire um novo sentido; as satisfações, as frustrações, os conflitos e os desafios de amanhã serão diferentes dos de hoje.
Tudo isso conta na espiritualidade.
Essa evolução não é uniforme e nem sempre previsível. Há muitas surpresas no caminho, por mais que estejamos preparados e as tenhamos previsto como prováveis.
Uma verdadeira espiritualidade ajuda a família a viver o imprevisível e juntos, confiantes, caminhar para frente. O cristão não pode ficar parado na etapa infantil de sua fé. Ele é chamado a tornar-se adulto em Cristo e crescer na sabedoria divina (1Cor 13,11).
PRINCÍPIOS E ATITUDES
Apresentaremos aqui não um modelo teórico de espiritualidade familiar a ser seguido, mas ofereceremos uma pequena pedagogia para ajudar o casal e a família a viver, na realidade, às vezes difícil, o seu dia a dia no Espírito.
Trata-se de buscarem juntos, em família, uma convergência profunda, deixando-se todos eles, conjuntamente, levar-se pelo Espírito de Deus.
A espiritualidade sendo o caminho para Cristo que cada cristão inicia a partir de seu batismo vamos tratar de conhecer Jesus intimamente. Vamos conhecê-lo através da Palavra e fazer uma experiência com Ele.
Pode-se criar uma cena de nossa vida que temos certeza de que Deus falou conosco. Recompor a cena. Coloque Jesus nessa cena.
Estando com Jesus, capte as atitudes de Jesus e imagine o seu dia como Jesus estivesse vivendo a cena com você. Vá copiando os seus traços, suas atitudes. Contemplar Jesus para depois fazer como Ele.
Não se deve esperar resultado imediato, este virá com o tempo. A configuração de Jesus leva tempo.
A pergunta: “Que faria Jesus no meu lugar”? pode nos ajudar muito em nossas atitudes para enfrentar um problema, dar um conselho, ou repreender um filho.
Na espiritualidade conjugal, o homem e a mulher decidem copiar os traços de Jesus juntos.
Pode um casal ampliar sua espiritualidade conjugal e vivê-la em espírito de família? Pode uma família composta de tantas pessoas diferentes dar à sua vida uma mesma orientação ter um mesmo “espírito” deixando-se todos guiar juntos pelo Espírito de Cristo?
Como uma pessoa é única e irrepetível, cada membro da família pode ser completamente diferente dos outros membros, e assim não há um padrão. Cada família cristã pode e será provavelmente diferente das outras famílias cristãs. Cada família será única e irrepetível. Porém a espiritualidade não pretende oferecer um modelo, fazer viver a partir de um espírito, do Espírito. E isso sim pode ser comum, ainda que as opções de vida, o caminhar de cada um, as metas propostas em cada etapa sejam diferentes.
Todos nós conhecemos famílias, onde os filhos são, às vezes, completamente opostos, porém nas quais se nota um certo “ar de família”. Existe uma certa pedagogia básica de sua vida de família que os marcou para sempre e que irá marcar também uma nova família se eles mais tarde virem a formar.
Quando falamos de filhos, não relegamos os casais sem filhos que também são fecundos, que também são família, pois criam
algo novo com o seu amor recíproco e podem viver o seu amor conjugal com um coração de família aberto aos outros.
O projeto de uma espiritualidade familiar, tropeça em nossas fraquezas pessoais, no peso de nossa incoerência, na inércia do mundo. E não pode ser mais do que uma meta para a qual tendemos, um caminho que nunca percorremos totalmente.
O que Deus nos pede é que o desejemos e tentemos, que oremos e esperemos. É necessário ter muita paciência, perseverança e esperança.
Hoje se semeia, amanhã germina e só depois de muitos meses se colhe. Lembremos da obstinada perseverança que a criança tem para aprender a andar. Não desiste porque cai, não uma, mas muitas vezes.
Só a paciência dá a dimensão do profundo sentido da esperança. A caminhada para a glória e a santidade se faz com paciência.
Todos sabemos que o grande sacrifício que domina a história da humanidade é o sacrifício de Cristo na cruz. Na cruz Cristo não se contentou em oferecer seu corpo em seu nome, mas fê-lo em nome de todos os homens, ainda que, naquele momento, nem todos os homens estivessem ali.
Em cada Eucaristia, Cristo nos pede para ratificar o que Ele ofereceu naquele momento, seu corpo seu sangue. E cada um de nós associa-se a esse sacrifício, dizendo em nosso interior: “Deus meu eu te ofereço o corpo e o sangue do teu Filho em sinal da oferta de mim mesmo”. Essa oferta de si mesmo não termina quando a missa acaba. É uma oferta de si mesmo na vida; na vida pessoal, na vida conjugal, na vida de família e lembre-se:
“JESUS CRISTO RESSUSCITADO É NOSSA ÚNICA ESPERANÇA”
Urge que tentemos descobrir na vida os sinais de esperança, que nos indica que o Espírito de Deus acompanha a história.
Ele não pode deixar que apenas o mal triunfe. Sabemos que existe corrupção, um grande relativismo quanto aos valores morais, individualismo, materialismo e intolerância, etc; porém não queremos ser como os cegos e os surdos de que fala o evangelho que “olharam mais não viram” e não chegaram a reconhecer os sinais da Boa Nova, não souberam ver o Cristo que atravessou suas vidas.
Em muitos setores da sociedade, em muitos jovens há atitudes de solidariedade incríveis. Em casais mais idosos, entre pais e filhos, entre irmãos, entre amigos, há relações de grande fraternidade, de grande abnegação e de grande fidelidade.
Há um desejo crescente de preservar a natureza. Em todos os lugares há pessoas extraordinárias que vivem simplesmente com base na bondade. Em tantos lugares obscuros há pessoas de Igreja entregando suas vidas pelos outros.
Há tantas coisas boas para ver e imitar.
Aprendamos a escutar o nosso coração para podermos falar de nossas opções de fé, não a partir da teoria ou de princípios abstratos, mas a partir de nossa experiência feita reflexão.
Lembre-se como discípulos de Cristo o fruto é o Amor.
Jesus não quer uma adesão de servos que obedecem a um senhor mas quer uma adesão de amigos. Jesus é o amigo que dá a vida pelos amigos.
Temos que dar razão a nossa esperança.
Dizer o bem é saber dar razão a nossa esperança, em primeiro lugar perante nossos filhos, e depois perante os demais.
Saber dar a razão do porquê agimos de determinada maneira e não de outra, porque escolhemos essa ou aquela atitude e nos negamos a seguir outra, porque somos fiéis, porque continuamos a ser crentes praticantes. Não porque assim manda a Igreja, nem porque sempre foi assim. Temos que escutar o coração para podermos falar de nossas opções de fé, não a partir de teoria ou de princípios abstratos, mas a partir de nossas experiência com Jesus Cristo.
Temos que aprender a pensar nossa vida, a olhar para trás e a ver as mãos do Senhor sobre nossa vida.
Acolher com o coração ao filho cuja atitude desaprovamos a partir da fé, com humildade, com simplicidade e não aceitando qualquer coisa. Calar-se, pensar inclusive que talvez estejamos errados e deixar-nos arrastar pelas últimas correntes de opinião, não é atitude correta de pais cristãos. A partir da fé, devemos também escutar. Os filhos nos educam, nos revelam nossas incoerências. Nos dão razão para termos esperanças, embora a vida esteja repleta de momentos e circunstâncias nas quais nos sentimos partidos.
• A CURA
Descobriremos nossas feridas e as de nossa família ao deixar que os verdadeiros sentimentos, inclusive os negativos aflorem Se só falarmos com frases feitas, com lugares comuns, se dizemos coisas, porém não nos dizemos, será difícil que o casal cresça, que nossos filhos nos falem de sua verdade mais íntima, de suas feridas e de seus medos.
Reconhecer o que se passa, defini-lo, já é um primeiro passo para se curar. Descobriremos nossas feridas, as de nossos filhos, as de nossa família e as curaremos com o carinho e a valorização, sabendo no entanto, que seremos curados mais profunda e realmente pelo sacramento do perdão.
Há muitas coisas dolorosas que atingem a muitas famílias cristãs, tais como:
– Os filhos vão viver com seus parceiros, sem casar-se, incomodam-nos porém não vamos cortar
relações.
– Separam-se e nos deprimem, porém estamos a seu lado.
– Saem de casa e os esperamos.
– Caem na droga e nos dilaceram de dor, porém não os abandonamos.
Temos que perdoar para sermos perdoados, curar para sermos curados e encontrar novas formas e modos de amar.
Sem amor a família não pode viver, crescer e aperfeiçoar-se como comunidade de pessoas. Deus é amor, Deus e seu Filho formam uma unidade. Aprendamos, pois, a amar com Jesus Cristo, com sua vida com seu Evangelho.
• A COMPAIXÃO
Que o sofrimento não nos separe, não nos empobreça, não destrua nossa família. Se a dor não nos encerrar em nós mesmos, se conseguirmos vivê-la unidos à cruz de Cristo, se não apagar em nós a ternura, surge dela uma maturidade misteriosa, uma solidariedade mais humana e uma compreensão mais profunda.
Em vez de, simplesmente justapor nossas solidões, nossas angustias, nossas penas, ficarmos em silêncio, fechar as portas dos nossos quartos, isolarmo-nos, podemos viver nosso sofrimento unido ao sofrimento dos outros membros da família, solidários com aquele que passa por momentos difíceis.
Em tempo de crise deve prevalecer o espírito de oração. A crise não deve interromper o diálogo com Deus, pelo contrário, intensificar mais a vida de oração, os sacramentos e a contemplação de Palavra de Deus.
É muito mais cômodo não ver, não pensar “isto não pode acontecer com os nossos filhos”.
Independentemente dos sentimentos agradáveis ou desagradáveis, o que importa é nossa decisão de amar. Isso se manifesta nas ações concretas e não nos sentimentos.
• A FORÇA INTERIOR
A vida de família exige muita energia, muita disponibilidade para a abnegação. A vida de família é o reino do imprevisto, e rompe qualquer acomodação, qualquer rotina. É preciso estarmos sempre dispostos a mudar os nossos planos. É preciso estarmos dispostos a saber acolher o inesperado. Não é possível fazer tudo isso com ânimo, com fortaleza, se não recorremos a nossa força interior que somente Deus pode nos dar.
Quando bebemos dessa fonte na oração, quando nos deixamos inundar por ela, quando deixamos que trabalhe o Espírito de Deus que habita no mais profundo de nós, o quebra cabeça de nossa vida ordena-se em clareza e confiança. Continuará partindo-se o coração e esgotando-se o corpo, porém no mais profundo haverá um espaço de calma que manterá firme o leme de nossas opções.
Faremos, talvez, as mesmas tarefas intermináveis e incansáveis, enfrentaremos os mesmos sofrimentos, porém a segurança de nos sentirmos habitados nos sustentará.
• A ORAÇÃO EM FAMÍLIA
A fé é um dom de Deus. O que podemos fazer é criar as condições necessárias para que esse encontro se produza. Não se trata de transmitir aos filhos a ideia de Deus, mas sim de realizar juntos a experiência da presença do amor de Deus. Somente podemos conhecer a Deus a partir do coração, a partir da relação interpessoal profunda com Cristo, através da oração, da escuta de sua Palavra, dos sacramentos.
Para a oração em família são importantes:
– Que em nossa família o “diálogo” seja uma realidade.
– Que Deus seja suficientemente importante para nós, não só em palavras, mas de fato, para que deixemos para Ele um vazio que Ele possa ocupar, um tempo em nossa vida.
– Encontrar um método e propô-lo. Se partilharmos, com simplicidade, em família, na presença de Deus, o que somos e sentimos, o que falamos e o que desejamos, se escutamos e partilhamos a Palavra de Deus, se temos alguns momentos de silêncio, nos quais a presença de Deus nos palpita, se aprendemos a contemplar juntos as maravilhas da natureza, se a compaixão pelos outros, além de sentimentalismos, compromete-nos em gestos concretos, pouco a pouco, nos descobriremos realizada um mesmo caminho de fé, diferente para cada membro da família, porém que nos convoca a uma mesma meta.
A oração em família é um grande fator de graça e de formação para os filhos. Desperta vocações.
Elemento fundamental da educação para a oração é o exemplo concreto, testemunho vivo dos pais: só rezando em conjunto com os filhos o pai e a mãe entram na profundidade do coração dos filhos, deixando marcas que os acontecimentos futuros da vida não conseguirão fazer desaparecer.
EFEITO DO SACRAMENTO DO MATRIMÔNIO NA IGREJA E NO MUNDO
Quando Paulo nos fala, na epístola aos Efésios (Ef 5,21 – 33), que os maridos têm de “amar as mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela” e as mulheres devem estar sujeitas a seus maridos, como a Igreja está sujeita a Cristo, ele define claramente nosso papel perante a Igreja e a sociedade em geral. O casal é sinal do amor de Cristo pela Igreja. Mostra ao mundo a dimensão do amor que se doa e, ao fazer isso, cria uma nova vida.
Se analisarmos o mundo de hoje, e dentro dele a Igreja, veremos que a maior carência existente é desse amor misericordioso, vivificante e generoso (que inclui até doar a própria vida) mostrado por Jesus e que o casal sacramentado luta por viver. Somente esse testemunho da luta pela unidade, através de um amor que eleva e dá vida, é suficiente como influência em um mundo que, como todos sabemos, precisa experimentar a civilização do amor.
A sociedade de hoje é o fruto da ausência desse amor evangélico. Em grande medida, as tremendas injustiças sociais, a corrupção e os contra valores que se vêem na sociedade devem-se fundamentalmente à ausência da formação, que poderia ser recebida numa família que se assume como sinal de amor. As grandes manifestações de desequilíbrio, presentes em parte importante de nossa juventude, como o uso de drogas e a falta de significado para a vida, em muitos casos, vêm da desestruturação familiar em que os jovens têm sido criados.
A família possui vínculos vitais e orgânicos com a sociedade, porque constitui seu fundamento e seu alimento contínuo, por meio de sua função de servir à vida. De fato, dela nascem os cidadãos, que encontram nela mesma a primeira escola das virtudes sociais, que são a alma da vida e do desenvolvimento da própria sociedade.
Assim, a família por sua natureza e vocação, ao invés de se fechar em sí mesma, numa atitude de egoísmo, alienação e descompromisso, deve abrir-se às demais famílias e à sociedade, assumindo sua função social. Porém, nada disso será possível como experiência profunda e real, sem a presença marcante e coerente de um sinal sacramentado, que tenha as graças e a força da espiritualidade.
O sacramento dá ao casal a persistência e a solidez de que precisa sua luta pela unidade. É através do exemplo dos pais que os filhos aprendem os valores que depois levarão para a sociedade, na qual haverão de se empenhar, para produzir transformação.
Na família, pelo exemplo dos pais, as crianças aprendem o verdadeiro sentido da comunhão e da participação. O compromisso total do casal sacramentado ensina-lhes o compromisso para com os outros: a doação, da qual tanto carece nossa sociedade atual. A “Familiaris consortio” lembra: “A família constitui-se no lugar natural e no instrumento mais eficaz de humanização e de personalização da sociedade: colabora de maneira original e profunda na construção do mundo, fazendo possível uma vida propriamente humana e, em particular, transmitindo as virtudes e os valores” (FC 43).
É possível pretender (respeitando o jeito particular de cada um e procurando se organizar e formar uma vida própria) que o exemplo e os resultados reconhecidos da família cristã, originada e baseada numa relação sacramental, possam novamente ser paradigmas e referências. Lembramos, por exemplo, quantos casais não sacramentados existem, cujas vidas matrimoniais
se destroem, enquanto outros, com as graças do sacramento, conseguem, perante problemas iguais, não só superar-se, como também crescer em seu relacionamento. Esse tipo de exemplo transmitido às crianças cria pessoas mais estáveis e comprometidas.
Nada é mais motivador que um casal vivendo uma espiritualidade forte. Sua capacidade para enfrentar problemas e sua fé ajudam outros casais a lutar e a acreditar que é possível vencer.
DIFICULDADES E OBSTÁCULOS PARA UMA VIDA DE ORAÇÃO EM FAMÍLIA
Em primeiro lugar, o que dificulta uma vida de oração para os casais é o problema de horário, ou melhor dizendo, a falta de um horário.
Rezar bem pede um horário fixo cada dia. E é exatamente em cima deste princípio que a maior parte dos casais diz que não é possível organizar a vida como um monge solteiro no seu mosteiro. Existem tantos apelos que se torna difícil marcar um horário certo para rezar.
As ocupações e preocupações de um lar nunca terminam. Uma mãe está de plantão vinte e quatro horas por dia. Sempre tem mais alguma coisa para fazer. Como criar um ritmo de oração, quando não existem dois dias consecutivos iguais?
O pai está atento aos apelos da família, disponível para atender as necessidades das pessoas na hora que precisam. Talvez queira rezar, mas logo vem algo imprevisto que lhe tira seu tempo.
A vida familiar exige que cada um esteja pronto a atender os pedidos dos outros membros da família ou dos amigos. Como orar, quando existe alguém doente? Um jovem a ser orientado? Um serviço na cozinha? Uma roupa a ser lavada? Uma mesa ou cadeira a ser consertada?
A formação intelectual e cultural pode criar barreiras na hora de planejar uma oração familiar. O outro está em outra fase de crescimento. Nem todos pensam igual, nem enxergam do mesmo jeito. Parece que quando já tem idade e maturidade para rezar juntos, já está na hora de irem embora ou para continuar seus estudos ou para formar sua própria família Oração conjugal e familiar pressupõe uma vida de oração pessoal da parte de cada membro da família. Se cada um chega pobre e vazio, como enriquecerá o outro? Não tem nada a oferecer. Se cada um não se abastece antes, com que vai contribuir para o crescimento do outro? Ninguém pode dar aquilo que não tem.
Quando falamos em oração, não pensamos em apenas em fórmulas mais ou menos fixas. Antes e por detrás do exercício da oração, precisa existir uma atitude de oração. Isso é fundamental. Oração tem muito a ver com vida e com o amor.
Oração, amor e vida se interligam.
Outro obstáculo ou dificuldade é que um membro não se interessa por oração ou santidade. Não quer acompanhar o outro nesta busca. Será que para a maioria não faltou motivação suficiente? Ou será que o projeto de uma espiritualidade conjugal não foi explicitado com clareza suficiente?
É fundamental que um desejo forte os motive, que acreditemos no valor de uma união cada vez mais íntima com o Senhor. Posso ter todo o tempo disponível do mundo, mas não se quer rezar e conversar com Deus, nada acontecerá.
Outro obstáculo para a família e para a espiritualidade conjugal é a miséria e a pobreza existentes na América Latina.
Como organizar uma vida de oração, quando é necessário levantar às cinco horas da manhã para trabalhar, às vezes chegando às dez da noite? A luta pela sobrevivência não deixa muitas energias sobrando no fim do dia ou da semana.
Existem muitas outras barreiras: falta de uma fé mais atuante; medo de mudanças, sabendo que oração pede conversão.
Será que estou disposto a largar certos velhos hábitos? Espiritualidade gera ação, e certas pessoas estão acomodadas.
Começando a rezar descobriremos que vale a pena descobrir tempo e criar condições para rezar cada vez mais e melhor.
ESPIRITUALIDADE CONJUGAL E FAMILIAR. COMO VIVÊ-LA?
A vivência da espiritualidade conjugal e familiar se constitui numa busca que perdura o tempo de vida do casal, e do casal junto com os filhos.
E como realizar essa busca? Quais os esforços a serem feitos? Como ordená-los?
Esses esforços podem ser ordenados em três direções.
6.1 – Conhecimento da vontade de Deus.
Importa estar constantemente à procura do conhecimento da vontade de Deus sobre nós mesmos, sobre nossa vida. Para isso é preciso:
• Estar atentos às manifestações de Deus em nossa vida, atentos a nós mesmos, ao cônjuge, aos nossos filhos, atentos à realidade que nos cerca.
• Saber escutar, saber calar o nosso “eu”, saber fazer silêncio interior, saber esvaziar-se de si mesmo para poder ouvir o que Deus lhe fala , principalmente através de sua Palavra (a Bíblia), mas também através da liturgia, das pessoas, dos acontecimentos. Deus anuncia sua presença e seu cuidado nos acontecimentos corriqueiros.
• Reservar com assiduidade, se possível todos os dias, um tempo para um encontro com o Senhor na oração individual.
Essa prioridade à oração, esse reservar um tempo de nosso dia, essas pequenas paradas dentro de nossa habitual agitação, irão pouco a pouco nos colocando em maior sintonia com o essencial: a vontade de Deus que nos vai sendo desvelada.
Deus vai sendo cada vez mais Deus em nós e consequentemente em nossas famílias.
É importante que esses momentos sejam vividos também em casal e algumas vezes em família. Assim cada membro da família vai, ao mesmo tempo, conhecendo a vontade de Deus para si próprio, para o outro e para a família. Os membros da família vão se ajudando mutuamente e ao mesmo tempo vão se conhecendo melhor.
Falamos da importância da oração. Vejamos agora algumas orientações para a oração individual.
6.1.1. – Santa Teresa d’Avila disse: a oração é um “diálogo” de amor e intimidade com Alguém que sabemos que nos ama.
– A oração é um encontro pessoal e amigo com o Senhor. Ele está presente, o conhece e o ama.
– Quanto mais íntimo ficamos, mais aprendemos sobre o outro, mas também mais aprendemos sobre nós mesmo e parte do que aprendemos não é agradável.
– Em um relacionamento em processo, experimentamos tanto atração como repulsa. Pode ser que tenhamos receio de sofrer uma rejeição, de sermos considerados inferiores.
– No que diz respeito a Deus o que mais receamos é ser consumidos em sua imensidão , é perder nossa identidade, bem como as exigências que ele poderá nos fazer.
– A revelação não acontece de repente. Também nós só nos revelaremos ao Senhor gradativamente e precisamos ser pacientes conosco mesmos.
– Os relacionamentos se aprofundam à medida que as pessoas se tornam mais transparentes umas às outras.
– Os relacionamentos se deterioram quando se ocultam da outra pessoa alguns afetos intensos, consciente ou inconscientemente.
– Um dos maiores impecilhos ao progresso na oração é o desejo de parecer “bom” diante do Senhor. Nosso relacionamento com Deus se expandirá quanto mais pudermos simplesmente admitir quem somos, embora desejando ser diferentes.
– Trate com Deus com simplicidade e sobre o assunto que lhe interesse e toca sua vida ou a dos irmãos.
– Em determinados momentos, sua oração será de louvor, de agradecimento, de busca, em outros momentos você se questionará, silenciará … Dois amigos tem muito a se dizer e partilhar.
6.1.2. – Condições prévias que podem ajudar a rezar
– Escolha uma postura que o ajude a refletir.
– Coloque-se na presença de Deus e peça a sua luz e sabedoria.
– Concentre-se no assunto com paz e tranqüilidade.
6.1.3. – Indicações para interiorizar a Palavra
– O que o texto diz?
– Tome um texto bíblico. Faça uma leitura pausada, lenta.. Leia mais de uma vez, até entender o seu sentido.
– O que o texto me diz?
– Assimile o que leu e traga-o para dentro de sua vida, de sua família, de sua comunidade.
– O que o texto me faz dizer a Deus?
– É a oração. Oração de louvor, de súplica, etc.
– Tome consciência das ressonâncias que o texto suscita em você: sentimentos, questionamentos, interpelações, dúvidas, desejos.
– O que vejo melhor e vou fazer?
É o compromisso. É a ação nova que surge da oração.
Pode-se questionar sempre uma oração que não leve a uma mudança de vida. A oração questiona a vida e a vida questiona a oração.
Tome nota no seu caderno espiritual seguindo o roteiro para a revisão.
6.1.4. – Revisão da oração
a) Quais os sentimentos que você experimentou na sua oração?
Consolação: paz, alegria, confiança, ânimo, coragem, proximidade de Deus, experiência do sentido da vida.
Desolação: angustia, tristeza, desconfiança, desânimo, obscuridade, confusão, silêncio de Deus.
b) Quais versículos da Palavra de Deus que mais lhe impressionaram? (anotar)
c) Quais os apelos, impulsos e desejos que você percebeu na oração? (anotar)
d) Sentiu resistência ou medo, diante desses apelos, impulsos e desejos? Por que?
e) A partir desta revisão, o que ficou mais claro para o seu discernimento, sobretudo com relação a vocação que você deseja realizar? Por que?
6.2 – Conhecimento de nós mesmos
Tomar conhecimento de nós mesmos, ter consciência de nossa realidade, de nossa verdade para podermos trabalhar e construir a partir dela e não a partir de meias verdades, da imaginação, da imagem que construímos de nós mesmos é um fator fundamental da espiritualidade.
Muitas vezes é difícil deixar que Deus nos veja com certos sentimentos e atitudes. Relutamos em deixar alguém que amamos nos ver ciumentos, enraivecidos ou rancorosos.
Nossas imagens de nós mesmos e de Deus estão enraizadas dentro de nós e não mudam facilmente. Elas são fontes de resistência ao desenvolvimento de nosso relacionamento com Deus.
Se mantivermos o relacionamento com Deus, gradativamente deixando-o conhecer quem somos realmente e permitindo que Ele nos deixe saber quem ele é realmente, veremos mudanças em nós mesmos e também em nossa imagem de Deus. A medida que percebermos que Deus é tolerante, seremos mais tolerantes com nossas fraquezas e limitações; mas também seremos mais capazes de evitar nossos piores pecados, mais clementes conosco e com os outros. Aos poucos acreditamos na verdade fundamental do cristianismo, que Deus ama o mundo, sim, mas que este mundo inclui a mim com todas as minhas imperfeições e muitas outras pessoas, mesmo aquelas com quem não me importo à primeira vista.
No processo, minha imagem de Deus fica cada vez mais parecida com a imagem de Deus que Jesus parece ter tido. Esses desenvolvimentos são outro sinal de que nossa oração está indo na direção certa.
É necessário sermos mais transparentes com esse nossos aspectos vitais e fundamentais.
Precisamos nos conhecer para podermos crescer, para podermos nos santificar. E como podemos nos conhecer?
Conhecemo-nos estando muito atentos a nós mesmos, à nossa vida. Mas nos conhecemos verdadeiramente através do outro, perguntando àqueles que nos conhecem bem: Deus, a família, a comunidade…
Deus nos revela a nós mesmos, principalmente naqueles momentos de oração em que nos colocamos diante d`Ele numa postura de escuta.
Nosso cônjuge nos ajuda a nos conhecermos melhor, principalmente nos momentos de verdadeiro “diálogo conjugal” sem máscaras e subterfúgios.
Nossos filhos nos ajudam a nos conhecermos melhor, se temos o hábito de pelo menos uma vez por semana , ou pelo menos uma vez por mês sentarmos e fazermos uma revisão de nossa caminhada num verdadeiro diálogo familiar. Devem se permitir esse tempo para se ajudarem mutuamente a se construir como pessoas. A comunidade nos propicia um maior conhecimento de nós mesmos, através da troca de idéias, da confrontação dos pensamentos, de opiniões e no trabalho em conjunto.
À medida que vamos nos conhecendo melhor, vamos aprendendo a superar nossas limitações, a valorizar nossos dons, nossas virtudes e vamos crescendo.
Podemos fixar algumas metas a atingir. Alguns pontos sobre os quais julgamos ser mais urgente fazer incidir nosso
esforços, uma fraqueza a superar, uma aptidão a cultivar, um dom a tomar consciência e passar a utilizá-lo.
6.3 – Vivência do encontro e da comunhão
– Viver a comunhão com o outro é viver a plenitude do amor, imagem do amor que existe entre o Pai e o Filho; é ser um como o pai e o Filho são um.
– Tudo o que lembramos aqui converge para essa comunhão.
– Temos que ter um ideal longínquo a perseguir para crescermos sempre em direção a Ele. Se nosso ideal é pequeno, nos tornamos medíocres.
– Necessitamos porém de metas atingíveis e de meta em meta vamos caminhando rumo ao nosso ideal.
– Como já dissemos não há saltos e sim passos. Toda transformação é evolutiva, porém muito lenta.
SUGESTÕES PRÁTICAS
Para que os pais possam manter em casa um clima de vida espiritual, eis algumas sugestões práticas.
Mais importantes do que palavras ditas ou conteúdos transmitidos serão as atitudes e o comportamento dos pais no campo da fé. É importante que os pais criem em casa um clima religioso.
• Fazer, uma vez por mês, uma revisão de como vai a família. Para isso os pais invocam a presença de Deus e com tranqüilidade analisam o que está bem e o que precisam melhorar. Trocam opiniões sobre a educação, o caráter e as atitudes dos filhos. Em nosso diálogo familiar aconselha-se a começar sempre pelos pontos positivos. Que tal apontar o que cada um vê de bom, o que mais admira no outro.
• Organizar momentos de oração em família e mostrar que é importante a participação de todos os membros da casa.
• Fazer sua oração pessoal baseada na Palavra de Deus, conforme sugestão feita no item 6.1, e incentivar os filhos a fazer o mesmo.
• Participar ativamente da celebração Eucarística ou da celebração da Palavra e colaborar nos serviços da comunidade. A família cristã gosta de participar juntos da mesa da Eucaristia. Seus membros sabem que ali são particularmente convidados para o banquete nupcial do Cordeiro
• Instruir-se no conhecimento da religião e falar sem medo de sua fé.
Estas sugestões, são apenas alguns meios, mas certamente vão ajudar as famílias a fixarem seus alicerces em valores
verdadeiros, isto é, no amor de Deus e na fraternidade humana.
A dignidade e a responsabilidade da família cristã como “igreja doméstica” só podem pois ser vividas com a ajuda incessante de Deus, que não faltará, se implorada com humildade e confiança na oração.
A família que descuida da dimensão espiritual de seus membros está mais exposta à degradação.
O homem é um ser social, como disse o Senhor Deus ao nos criar:
“NÃO É BOM QUE O HOMEM ESTEJA SÓ”
Ou seja, Nossa criação e formação é indiscutivelmente social e sem a sua formação mínima que seria um casal da mesma espécie e sexos diferentes não há como manter a continuidade da espécie, logo, esta formação mínima é insubstituível mesmo que a ciência venha criar seres humanos em laboratório.
“A família é a célula Máter da Sociedade,
sem a convivência Familiar não existe convivência social.”
O homem é um ser social, que nasce e vive em sociedade. Ao nascer, já é parte de uma família, principal meio social humano, que costumamos chamar de célula máter da sociedade – o espaço primeiro e mais importante para o estudo e desenvolvimento de sociedades.
A primeira vivência do ser humano acontece em família, independentemente de sua vontade ou da constituição desta. É a família que lhe dá nome e sobrenome, que determina sua estratificação social, que lhe concede o biótipo específico de sua raça, e que o faz sentir, ou não, membro aceito pela mesma. Portanto, a família é o primeiro espaço para a formação psíquica, moral, social e espiritual da criança.
A criança é muito dependente ao nascer. Dentre todas as espécies é o homem que tem o mais longo período de imaturidade e dependência física. Cabe à família o cuidado com a saúde e segurança de seus membros, seja com o bebê ou com o idoso.
Há o papel desempenhado pela família, mesmo que muitas vezes ela não o perceba, que é o de educadores. À família cabe a formação do caráter, dos valores, das regras morais – que posteriormente serão internalizadas pelos indivíduos como um código pessoal de conduta e ética. A chamada “educação de berço” continua sendo de suma importância e jamais pode ser conseguida em outros espaços sociais como colégio ou até mesmo igrejas.
Na esfera psíquica, o homem só pode conhecer e reconhecer adequadamente o mundo e a si mesmo a partir de suas relações com os demais. Ele apreende o mundo imitando os outros, desde os primeiros sorrisos até regras sociais externas e maios elaboradas, como usar adequadamente os talheres à mesa. Mais do que isto, moldamos nossa personalidade por volta de seis anos de idade, e é especialmente através de vivências em família que formamos, ou não, a auto estima, o senso de responsabilidade e segurança, o respeito pelo outro e pelas regras sociais estabelecidas, a capacidade de acreditar em nosso potencial e conhecer nossos defeitos e limitações, entre tantos outros aspectos de nossa vida intimista.
Em nossa sociedade, a família é que introduz a criança no meio social; é a família que escolhe – ou em parte seleciona, a partir de seus próprios referenciais – as pessoas com as quais a criança vai relacionar-se, bem como dirige o modo e onde esta relação se dará. Assim, como instituição social, a família reflete as transformações culturais dos povos: valores, usos e costumes, hábitos, pensamento religioso e político, etc. Consequentemente, os problemas sociais serão sempre frutos de uma desestruturação familiar.
Isto fica evidente quando olhamos para os grandes problemas sociais que enfrentamos hoje. Assistimos crianças abandonadas por pais que não souberam planejar sua família ou administrar os conflitos, maiores ou menores, mas sempre existentes na vida a dois. Vemos adolescentes mergulhados em drogas ou prostituição, na sua maioria frutos de lares frios, carentes de afeto e de diálogo. Sofremos ao assistir fatos como as revoltas em abrigos para menores, ou o uso de armas de fogo por jovens instigados pela violência, que nos mostram o quanto nossas famílias têm deixado de trabalhar o respeito pelo próximo e a aquisição de padrões morais rígidos para uma boa consciência pessoal e vivência social.
Não pode haver dúvidas: se queremos mudanças sociais, devemos começar a investir mais no cerne da sociedade, na sua célula máter. Precisamos nos voltar às famílias, num esforço conjunto entre o Estado e a Igreja. Esta é também um espaço social, portanto possui o poder de formar opiniões, onde famílias se reúnem e podem ter seus valores pessoais transformados.
Precisamos nos lembrar que, mais do que ir `a igreja, freqüentando templos caríssimos ou simples, nós somos Igreja, e estamos Igreja especialmente em nossos lares, onde somos mais íntimos e singulares. É por esta razão que a Igreja começa em casa – cuidar da família é mais importante do que cuidar de não familiares ou da obra de Deus. É exatamente isto que Paulo enfatiza quando escreve o capítulo 5 de sua primeira carta a Timóteo, especialmente o versículo 8: Se alguém não cuida de seus parentes, e especialmente dos de sua própria família, negou a fé e é pior que um descrente.
A família é a célula máter da sociedade – e saber isto implica entender que famílias abençoadas implicam em igrejas abençoadas, que famílias equilibradas implicam em uma sociedade sadia.
Gênesis 1 26,29; 18,25; 3, 14-15; 5, 28-30; Mateus 5, 27-32; 12, 34-37; 19, 3-13; Marcos 7, 31-37; João 11, 41-46; I Corintios 7, 1-11; 13, 1-13; Efésios 5, 25-33 – E Outros
Formação: Harmonia conjugal e sexual do casal cristão
4. Respondeu-lhes Jesus: Não lestes que o Criador, no começo, fez o homem e a mulher e disse: 5. Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher; e os dois formarão uma só carne? 6. Assim, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, não separe o homem o que Deus uniu.
O casamento é dois que se tornam um – Harmonia 100% perfeita (IDEAL)
Meditamos sobre as ameaças que pairam sobre esta instituição sagrada que é a família e sabemos que se a família é ameaçada, toda a humanidade está ameaçada. Em 1994 houve uma conferência na China sobre a mulher, que foi patrocinada pela ONU e o Vaticano enviou uma delegação para participar, nessa delegação havia uma mulher como chefe, a Doutora Mary Ann Glendon, já em 1997 no Rio de Janeiro houve um congresso sobre a família e essa mesma doutora esteve presente e nos contou como ficou horrorizada com tudo o que viu e ouviu na conferência em que participou na China, e nos disse que há um movimento para destruição das famílias.
Ela falava do documento que lhe foi dado neste evento, onde haviam muitos fatores apontando a família como algo negativo, não havia nada que valorizasse a família. Então hoje nós vemos um movimento orquestrado para destruir a família, pois a família traz os valores cristãos e isso não agrada ao mundo de hoje, por isso estamos vivendo essa tentativa de destruição das famílias.
O papa Bento XVI diz bem claro, que o homem de hoje construiu um mundo que não há mais lugar para Deus, então essa cultura anti – família esta descendo sobre nós nos dias atuais, por isso torna-se cada vez mais importante que as famílias vivam bem e dêem seu testemunho. Também o papa João Paulo II quando pregou para as famílias em 2000, disse: “Casais cristãos, sejam para o mundo um sinal do amor de Deus”, o mundo deve olhar para os casais cristãos e dizer é possível viver o amor.
Hoje nós precisamos, como casais cristãos, ser para o mundo o sinal do amor de Deus, talvez você não possa falar em uma rádio ou em uma televisão, mas que você diga com a sua vida que é possível ser esse sinal do amor de Deus. O papa João Paulo II também disse para que os casais não tivessem medo da vida e que pudessem ter seus filhos, filho não é maldição ao contrário do que alguns pregam, os filhos são uma benção para um casal. Nós não podemos deixar que o secularismo tome conta de nossa mentalidade, de nosso conduta, é preciso agir contra essa mentalidade para que sejamos de fato cristãos. Precisamos imitar a Cristo, obedecer a Igreja!
Quero falar sobre a vida do casal, sobre a harmonia conjugal e sexual dos casais, um casal não tem harmonia sexual se não tiver harmonia conjugal. Eu escrevi alguns livros sobre estes temas para ajudar os casais, para que possam viver como Deus quer que vivam. A vontade de Deus para cada casal é que sejam uma só carne, de tal forma que tenham uma unidade profunda e que nada e nem ninguém tenham como separá-los. Vocês casais estão juntos ou estão unidos? Vocês tem os mesmos projetos de vida, os mesmos objetivos, ou cada um tem seus próprios projetos? O casal quando é unido não tem dois planos, dois projetos, mas eles caminham juntos, decidem juntos, um não mente para o outro, tudo é vivido as claras, não há tapeação, dissimulação, porque se houver, não é casamento.
O casamento deve ser como um parafuso e uma porca, que se encaixam direitinho, mesmo sendo diferentes. O casal não deve ser um igual ao outro, porém eles devem se complementar, formando assim uma unidade, é como o café quando misturado com o leite, não há como separar, eles são um novo produto quando unidos, não há como separar, é assim que o casal devem ser de tal forma que ninguém consiga separar os dois após a união.
Como conseguir essa união? Primeiro é preciso entender que há duas dimensões no casamento, a natural e a sobrenatural. Em primeiro lugar é preciso ter Deus nessa união, um casal que caminha junto na sua espiritualidade, vai a igreja, rezam juntos, esse casal não se separa, acontece a separação de um casal deste tipo entre mil, porém porque Deus os uniu, Ele mesmo se encarrega de ajudar este casal a caminharem juntos.
O papa João Paulo II em uma das vezes que veio ao Brasil disse que a passagem das Bodas de Caná quer nos dizer que onde há um casal, também esta ali Jesus e Maria ajudando para que vivam seu casamento. Quem dará o suplemento de graça a vocês casais é Deus por isso estejam em Deus, pois assim serão sinais do amor de Deus no mundo e não terão medo da vida.
Em segundo lugar o casal é a mais profunda realidade natural, não há nesta vida algo mais profundo do que a unidade entre o marido e a mulher. O Papa João Paulo II fez 127 catequeses falando sobre a teologia do corpo, e entre muitas coisas que ele disse, uma delas foi que no amor do marido e mulher nós temos a expressão do amor de Deus. Assim como na Santíssima Trindade há um amor tão profundo que a torna uma só pessoa, assim também Deus quis fazer com o casamento, com os casais.
A aliança no dedo significa também essa aliança de Deus com o povo do antigo testamento e também a nova aliança com o povo do novo testamento, por isso no livro do cântico dos cânticos Deus fala desse amor entre a pastora que é nossa alma e Deus, um amor muito forte. São Paulo diz: “maridos amai as vossas esposas como Cristo amou a Igreja”, é assim que deve ser o amor, um amor doação, onde estou voltado para o outro e não vivendo um egoísmo. Se um casal não viver de forma harmônica sua relação, não há como ter harmonia na vida sexual.
Quero dar um exemplo, o olho é algo maravilhoso, há olhos de vários tipos e cores, mas o olho fora do lugar é algo horroroso, o sexo também é assim, é algo lindo, mas o sexo vivido fora do lugar é uma desgraça, é adultério, é causa de doença, é causa de filhos órfãos de pais vivos, ninguém viverá a castidade enquanto não estiver convencido de que o sexo é para ser vivido no lugar dele, no casamento.
Muitos trazem dúvidas sobre o que é possível se viver na sexualidade do casal, e eu não encontrei algo que pudesse tirar todas as dúvidas, então fui atrás de seis padres e de Dom Beni, nosso bispo, e escrevi um livro e todos eles que leram me ajudaram a colocar neste livro um conteúdo que tira muitas dúvidas dos casais.
Primeiro é preciso entender o sentido da vida sexual do casal. Quem deu esse prazer intenso ao sexo? Foi Deus! E Deus colocou o prazer no sexo para que o casal pudesse sentir uma pontinha daquilo que é o amor pleno de Deus. O ato sexual de um casal é a intimidade mais profunda que um ser humano pode viver aqui na terra, e Deus quis que nessa celebração de amor, naquele prazer estonteante, fosse gerada a vida.
Infelizmente muitos trazem uma mentalidade errada sobre o sexo, pensam que mesmo no casamento o sexo é algo sujo, mas não, quando o casal casado, unido pelo sacramento do matrimônio se une em um ato sexual ali acontece uma oração. Mas o ato sexual de um casal deve ser feito com amor, pois sem o amor é impossível que o casal tenha uma harmonia sexual, o prazer sexual deve ser fruto do amor que o casal vive.
O ato sexual é um vitalizante para o casal, mas se não houver o amor é diferente, se compara há um ato de prostituição. E como viver bem a harmonia conjugal para se viver bem a harmonia sexual? Um grupo de terapeutas conjugais listaram dez pontos importantes na vida do casal, vou citar este pontos.
Nunca irritar-se os dois ao mesmo tempo, assim como quando cultivamos uma flor devemos cultivar o amor conjugal. E será que eu não estou tratando mal essa flor do amor conjugal? Quando estiver irritado, o outro deve manter a calma.
E eles dizem: Nunca gritem um com outro, pois gritar machuca, ofende, e como você vai se relacionar bem com quem você gritou?
Se alguém deve ganhar em uma discussão, que seja o outro, o casal não deve discutir, mas sim dialogar, pois na discussão surge a briga e alguém sempre sai ferido. Na discussão cada um defende o seu ponto de vista, no diálogo os dois buscam o melhor para os dois, lembre-se que uma vitória na briga pode ser uma derrota no amor.
Se for inevitável chamar a atenção do outro faça com amor, este também é um ponto crítico. Chamar atenção com amor é ter sabedoria, é rezar pela pessoa pedindo a Deus para fazer da melhor forma, escolha o momento certo, não chame atenção do outro enquanto ele ainda está agitado, cuidado com as palavras que você utiliza, muito depende do jeito com que você fala, nossas palavras ferem mais que uma espada, e nunca jogue no rosto do outro os erros do passado, pois assim você retira a casca da ferida que estava cicatrizando.
A displicência com os outros é tolerável, mas não com o cônjuge, você não pode ter a falta de atenção com outro, isso fere demais ao casal, quando um chegar em casa o outro deve deixar o que for para recebê-lo, pois se não for assim você vai matar a planta do amor. Os casais chegam a uma vida insuportável porque se tratam indiferente um ao outro.
Pelo menos uma vez ao dia diga uma palavra carinhosa ao outro, diga algo que possa fazer o outro se sentir bem, pois todos nós nos sentimos bem quando elogiados. Antes de chamar atenção do outro diga de suas qualidades, faça um elogio, não chegue falando somente do negativo, isso não é ser fingido, mas é saber como lidar com o outro, é psicologia.
Nunca durmam brigados, pois se fizerem isso no outro dia o problema se tornará maior e por último, quando um não quer os dois não brigam. E vivendo isso o casal terá uma harmonia conjugal que os levará a uma harmonia sexual. Dessa forma o casal será feliz em sua vida conjugal e sexual.
Um Casal em Harmonia só terá Alegrias mesmo nas Dificuldades
e muitos motivos para comemorar a Felicidade da sua Família.
Palestra Ministrada por Profº Felipe Aquino no Acampamento para Casais na Canção NovaTranscrição e adaptação: Flávio Pinheiro
Catequeses preparatórias para o V Encontro Mundial das Famílias
PRIMEIRA CATEQUESE
A FAMÍLIA, PRIMEIRA E PRINCIPAL TRANSMISSORA DA FÉ
1. Cântico inicial.
2. Oração do Pai Nosso.
3. Leitura bíblica: Mt 11, 25-30.
4. Leitura do Ensino da Igreja:
1. O eterno desígnio de salvar os homens, em e por Cristo, foi revelado e realizado plenamente pelo Verbo Encarnado, especialmente pelo mistério pascal de sua morte, ressurreição, ascensão e envio do Espírito Santo. Em Cristo, portanto, a revelação do mistério de Deus foi tornada perfeita e definitiva, de maneira que já não haverá nenhuma outra revelação. “Porque ao dar-nos, como nos deu, o seu Filho, que é uma Palavra sua, que não tem outra, tudo nos disse de uma só vez nesta única Palavra”
(São João da Cruz).
2. Esta revelação foi entregue à Igreja, que é sempre assistida pelo Espírito Santo a fim de levar, de modo verdadeiro e indefectível, a salvação de Deus a todos os
homens de todos os tempos e culturas. A Igreja não deixou — nem nunca deixará — de anunciar este mistério, sobretudo pelo ministério do Papa e dos Bispos, como principais responsáveis. Desta responsabilidade participam também todos os fiéis cristãos, em virtude da missão profética que receberam de Cristo no Batismo.
3. Quando este anúncio é acolhido, provoca a conversão e a fé. Esta é sempre um dom gratuito de Deus, mas requer a resposta e a colaboração humana de abertura e acolhimento. De um modo geral, a fé não é possível sem um anúncio explícito dos conteúdos revelados; só em casos excepcionais é que Deus infunde num adulto a fé diretamente sem anúncio prévio de seu mistério. O normal é que se dê esta sequência: anúncio explícito do mistério de Deus, acolhimento do mesmo, conversão,
Profissão de fé o Batismo.
4. A família cristã, pelo sacramento do matrimônio e pelo batismo dos pais e dos
filhos, é “Igreja doméstica” e participa dessa missão. Enquanto geradora dos filhos converte-se na primeira e principal instituição encarregada de transmitir aos filhos o mistério salvífico de Deus. Assim, os pais são para os filhos os autênticos transmissores da fé que professam. De um modo geral, os grandes santos nasceram no seio de famílias profundamente cristãs. É um facto que, nos países onde a fé foi perseguida durante muito tempo, esta foi conservada e transmitida pelo ministério dos pais.
5. Na transmissão da fé aos filhos, a família não é uma instituição auto-suficiente nem autônoma; precisa de estar em íntima relação com a paróquia e a escola, sobretudo se for católica, que os filhos frequentam. O modo informal (por vezes também deve ser formal) da catequese familiar é complementado com a catequese paroquial e as aulas de religião da escola.
6. Já no início do cristianismo, a família cristã aparece como lugar de transmissão da fé dos pais, como mostra a prática de levar as crianças a receber o batismo e o acolhimento dessa proposta por parte do Bispo, responsável da comunidade. O testemunho dos pais desempenhou um papel decisivo, a ponto de a família se tornar o lugar por excelência onde a Igreja transmitia a fé. Assim acontece nos países de missão, enquanto em outros países de grande tradição cristã a família perdeu muitas vezes este protagonismo, com a consequente deterioração da fé e da prática religiosa.
7. A recuperação de uma Igreja pujante e evangelizadora passa pela restauração da família como instituição de base para a transmissão da fé. Por isso, nesses países, a família cristã tem hoje um campo de ação especial, sobretudo para com outras famílias não cristãs ou afastadas da prática religiosa. Os avós, os filhos e outros familiares cristãos são instados a transmitir a fé aos pais e parentes.
5. Reflexão do orientador.
6. Diálogo:
• Percebem os esposos de hoje que a família é a primeira e principal transmissora da
fé? Ou desconhecem essa missão e abdicam dela?
• As famílias cristãs estão conscientes de que o cumprimento da sua missão precisa de um contínuo contacto e diálogo com os formadores e a paróquia? Em que consiste esse diálogo?
• Como pode a família de hoje anunciar Jesus Cristo a seus filhos?
7. Compromissos.
8. Oração da Ave Maria e invocação: Rainha da família – Rogai por nós.
9. Oração pela família: Ó Deus, que deste à família cristã a honra e a responsabilidade de transmitir a fé a seus filhos: concede-lhe a tua fortaleza para que realize com fidelidade a tarefa que lhe confiaste. Por Jesus Cristo Nosso Senhor…
Filme realizado para introduzir o tema do primeiro bloco do DVD Iluminar do Padre Fábio de Melo.
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Direção, Produção, Edição e Finalização: Tiago Espindola Direção de Fotografia: Roberto Saúde Roteiro: Padré Fábio de Melo Elenco: Eriberto Leão Pedro Bicalho
Padre Fábio de Melo veio a Anápolis Goiás, onde realizou um show lançando o CD VIDA, Deixou esta mensagen, fotos e Links para os outros post’s de Padre Fábio.