– Ter ao invés do Ser
O ‘’ter” é importante e indispensável para a nossa sobrevivência. Alguns contudo, só pensam no “ter” se esquecem de “ser”. Dificilmente alguém nos fala que fulano é virtuoso, é um santo, é caridoso, mas muitos nos falam que sicrano é rico, tem muitas casas, fazendas, e ganha milhões por mês!
Se de um lado é bom ter, mais importante é ser um cidadão correto, solidário, educado. O cidadão que “é” que possui os predicados atrás, é preferível ao que “tem” posses, mas desvestido de valores morais.
Quando a família inverte essas prioridades e só pensa em acumular, embora esteja solida materialmente falando, sua estrutura poderá estar sendo corroída, seus membros corrompidos, seu caráter fragilizado, pois não exercitou a solidariedade e a partilha. Podendo, contudo, aliar posse de bens com posse de virtudes, e partilha de ambas (posses e virtudes), essa família passara, então, a ser exemplo.

2- Egoísmo
Quem só pensa em “ter”, deixando se “ser”, acaba se isolando, torna-se avarento e egoísta. O egoísmo é um dos piores pecados, visto que a pessoa enrosca-se em si mesma, patina e não sai da crosta que ela formou. Procurou proteger-se tanto que se perdeu na atribuição e distribuição de valores perenes.
O próximo, para o egoísta, esta muito distante. Ele não sente e nem pressente a necessidade alheia. Interessa-lhe tão somente o seu bem estar. Uma família, onde medra o egoísmo, não pode subsistir, e o seu esfacelamento é iminente.

3- A falta de dialogo
Aquele que não privilegiou o “ser”, que se atola no egoísmo, emudece-se, visto que evita dialogar, já que o dialogo para ele representa alguma perda. Fechando, assim, os canais de comunicação, que lhe poderiam abrir a mente e o coração, não lhe resta outra alternativa senão falar consigo mesmo.
Vitima de um monologo indecifrável, sua família é pré-falimentar material e espiritualmente falando, pois não havendo troca de ideias, não se trocam e nem se eliminam as dificuldades, que tendem a aumentar causando a ruína da família.

4- Dificuldades financeiras
A família também se esboroa por causa de dificuldades financeiras. Casa em que falta pão, todos gritam e ninguém tem razão. É preciso que todos colaborem para o sustento do lar e não somente o pai ou a mãe. Os filhos não podem se acomodar e sim se incomodar, estudando, economizando e participando das despesas do lar, sob pena de retrocesso e ruptura dos laços familiares.
 Falta de Deus em sua casa.
5- A falta de DEUS, e de oração
Esta é a principal causa de esfacelamento da família, pois, casa sem oração e sem Deus, e vitima inevitável dos poderes do mal. E quais são esses poderes? Egoísmo, consumismo, falta de respeito e de amor, decadência moral e perda de princípios éticos e idolatria do mercado.
Quando mais ostentação e consumo supérfluo, menos família se é, mais distante de Deus se torna. Os valores do espirito já não são prioritários para o consumista, e Deus, para ele é uma entidade distante, ou talvez entidade nenhuma. A família sem fé e sem obras é uma família falida e infeliz.
A família bem constituída, sem os vícios ora abordados, é o sustentáculo da fé. A fé sustentável é alicerçada em valores familiares elevados. A fé sustenta a família, que por sua vez sustenta a fé. Uma engendra e solidifica a outra. Sem fé e sem obras, a família paradigma que estamos comentando não medra, não viceja. Com fé, rompe barreiras, aprimora o caráter, gerando paz, amor e harmonia familiar.

|