“Honra teu pai e tua mãe, para que teus dias se prolonguem sobre a terra que te dá o Senhor, teu Deus.” (Êxodo 20,12)
AMAR PAI E MÃE:
Em uma primeira análise não parece assim tão difícil, afinal todos nós amamos nossos Pais, principalmente quando somos crianças e dependentes, mas a coisa muda de figura exatamente quando deixamos de ser crianças…
Caros Filhos, amai vossos Pais, porque isto agrada ao Senhor. Isto significa que o melhor presente que alguém pode receber em vida é ter bons ‘Pais’. Eles trabalham duro de sol a sol só para nós. Portanto, seja sempre grato a eles por seu amor e cuidados.
“Pais” – Deus precisa desses “heróis”!
Vou compartilhar alguns pontos de vista em relação às pessoas mais importantes de nossa vida que já poderíamos ter falado antes! Eles são nada mais, nada menos que nossos “pais” !!!
Nós estamos tão ocupados com nossas tarefas diárias, correndo para lá e para cá na competição da vida e alcançar o sucesso, investindo em nossa carreira profissional, divertindo com os amigos, em busca da alma gêmea etc. Às vezes ficamos tão aficionados que até esquecemos da presença de nossos Pais !! Sim, nós os amamos muito, mas é triste que não sobre alguns minutos para expressar este amor e carinho para com eles.
Cada um de nós teve uma infância maravilhosa graças à presença deles, quantas crianças abandonadas nas ruas, tristes, famintas, abatidas e sem uma perspectiva de felicidade na vida? Porque por um motivo ou outro os Pais lhe faltaram na vida. Lembre-se de como o mundo parecia tão pequeno quando seu pai se esforçava para levantá-lo sobre seus ombros! Você costumava brincar o dia todo e ficar exausto ao anoitecer; e, em seguida sua Mamãe fazia você cair no sono com uma linda canção de ninar! Mesmo se um dia você adormeceu sem cobertor no sofá da sala, na manhã seguinte, você acordou bem quentinho em sua caminha! Todos aqueles passeios, férias e presentes de Natal foram inesquecíveis. Uma última lembrancinha, todas aquelas deliciosas e tentadoras refeições e lanches que a mamãe preparava, Hummm!!! Nada pode substituir aqueles momentos especiais que vivemos em nossa infância com nossa Família …
Mas agora não temos mais tempo para eles. Tornamo-nos ‘Verdadeiros Robôs’! Nossos pais precisam do nosso tempo e nossa atenção; mas eles não demonstram essa necessidade e nem exigem nada de nós, em vez disso eles também se mantém ocupados em sua programação diária apenas porque nossos pais são “compreensivos”! Você já notou os seus cabelos brancos, suas rugas, sua fragilidade? (essas realidades não podem ser escondidas ..). Eles podem não dizer, mas eles estão esgotados. Ainda se preocupam com você, ficam acordados durante horas até você voltar para casa, procuram disponibilizar recursos financeiros para atender suas necessidades de adolescentes e faculdade.
Os pais são os únicos que enfrentam noites escuras com tempestades tenebrosas para construir um amanhã lindo e duradouro para você!
“Honra teu pai e tua mãe, para que teus dias se prolonguem sobre a terra que te dá o Senhor, teu Deus.” (Êxodo 20,12)
Amai a vossos pais não pelo que eles são, mas pelo que você é hoje!
Dê-lhes o seu tempo, sua atenção, acompanhe-os, respeite-os, Ame-os. Os mandamentos de Deus não são apenas regras a serem seguidas cegamente, mas cada um deles tem o seu valor de reciprocidade, principalmente porque prevê que cada um de nós seria mais prejudicado quando as outras pessoas não observassem esses mandamentos e nos mostram que obedecendo os mandamentos de Deus estamos também nos beneficiando e resguardando a nossa dignidade e proteção no futuro.
Fique sempre ciente do fato de que as “Amizades são temporárias”, mas a Família permanece para sempre! Algumas pessoas chegam realmente a compreender o valor de seus pais apenas quando encontram uma cadeira vazia na mesa de jantar e contemplam um retrato antigo e desbotado na parede. Se você tem seus pais ainda vivos hoje, você tem muitas bênçãos de Deus com você. Depois de perder seus pais, você perde o Mapa de seu tesouro!
Algum dia você também se tornara pai, mãe se já não for o caso, assim entenderá como precisa ser pais responsáveis e amorosos para que tenha filhos também muito amorosos que lhe retribua todo este afeto quando você precisar!
Na vida a dois, tudo pode e deve ser importante, pois a felicidade nasce das pequenas coisas.
Uma equipe de psicólogos e especialistas americanos, que trabalhava em terapia conjugal, elaborou “Os Dez Mandamentos do Casal”. Gostaria de analisá-los aqui, já que trazem muita sabedoria para a vida e felicidade dos casais. É mais fácil aprender com o erro dos outros do que com os próprios.
1. Nunca se irritar ao mesmo tempo
A todo custo evitar a explosão. Quanto mais a situação é complicada, tanto mais a calma é necessária. Então, será preciso que um dos dois acione o mecanismo que assegure a calma de ambos diante da situação conflitante. É preciso nos convencermos de que na explosão nada será feito de bom. Todos sabemos bem quais são os frutos de uma explosão: apenas destroços, morte e tristeza. Portanto, jamais permitir que a explosão chegue a acontecer. Dom Hélder Câmara tem um belo pensamento que diz:
“Há criaturas que são como a cana, mesmo postas na moenda, esmagadas de todo, reduzidas a bagaço, só sabem dar doçura…”.
2. Nunca gritar um com o outro
A não ser que a casa esteja pegando fogo. Quem tem bons argumentos não precisa gritar. Quanto mais alguém grita, tanto menos é ouvido. Alguém me disse, certa vez, que se gritar resolvesse alguma coisa, porco nenhum morreria. Gritar é próprio daquele que é fraco moralmente, e precisa impor pelos gritos aquilo que não consegue pelos argumentos e pela razão.
3. Se alguém tiver de ganhar na discussão, deixar que seja o outro
Perder uma discussão pode ser um ato de inteligência e de amor. Dialogar jamais será discutir, pela simples razão de que a discussão pressupõe um vencedor e um derrotado, e no diálogo não. Portanto, se por descuido nosso, o diálogo se transformar em discussão, permita que o outro “vença”, para que mais rapidamente ela termine. Discussão no casamento é sinônimo de “guerra”; uma luta inglória.
“A vitória na guerra deveria ser comemorada com um funeral”,
dizia Lao Tsé. Que vantagem há em se ganhar uma disputa contra aquele que é a nossa própria carne? É preciso que o casal tenha a determinação de não provocar brigas; não podemos nos esquecer de que basta uma pequena nuvem para esconder o sol. Muitas vezes, uma pequena discussão esconde por muitos dias o sol da alegria no lar.
4. Se for inevitável chamar a atenção, fazê-lo com amor
A outra parte tem de entender que a crítica tem o objetivo de somar e não de dividir. Só tem sentido a crítica que for construtiva; e essa é amorosa, sem acusações e condenações. Antes de apontarmos um defeito, é sempre aconselhável apresentar duas qualidades do outro. Isso funciona como um anestésico para que se possa fazer o curativo sem dor. E reze pelo outro antes de abordá-lo em um problema difícil. Peça ao Senhor e a Nossa Senhora que preparem o coração dele para receber bem o que você precisa dizer-lhe. Deus é o primeiro interessado na harmonia do casal.
Discussion Between Guy And Girl Over Gray Background
5. Nunca jogar no rosto do outro os erros do passado
A pessoa é sempre maior que seus erros, e ninguém gosta de ser caracterizado por seus defeitos. Toda as vezes em que acusamos a pessoa por seus erros passados, estamos trazendo-os de volta e dificultando que ela se livre deles. Certamente não é isso que queremos para a pessoa amada. É preciso todo o cuidado para que isso não ocorra nos momentos de discussão. Nessas horas o melhor é manter a boca fechada.
Aquele que estiver mais calmo, que for mais controlado, deverá ficar quieto e deixar o outro falar até que se acalme. Não revidar em palavras, senão a discussão aumenta e tudo de mau pode acontecer em termos de ressentimentos, mágoas e dolorosas feridas.
Nos tempos horríveis da “Guerra Fria”, quando pairava sobre o mundo todo o perigo de uma guerra nuclear, como uma espada de Dâmocles sobre as nossas cabeças, o Papa Paulo VI avisou o mundo: “A paz se impõe” somente com a paz, pela clemência, pela misericórdia, pela caridade. Ora, se isso é válido para o mundo encontrar a paz, muito mais é válido para todos os casais viverem bem. Portanto, como ensina Thomás de Kemphis, na Imitação de Cristo:“Primeiro conserva-te em paz, depois poderás pacificar os outros“. E Paulo VI, ardoroso defensor da paz, dizia: “Se a guerra é o outro nome da morte, a vida é o outro nome da paz”. Portanto, para haver vida no casamento é preciso haver a paz; e ela tem um preço: a nossa maturidade.
6. A displicência com qualquer pessoa é tolerável, menos com o cônjuge
Na vida a dois tudo pode e deve ser importante, pois a felicidade nasce das pequenas coisas. A falta de atenção para com o cônjuge é triste na vida do casal e demonstra desprezo para com o outro. Seja atento ao que ele diz, aos seus problemas e aspirações.
7. Nunca ir dormir sem ter chegado a um acordo
Se isso não acontecer, no dia seguinte o problema poderá ser bem maior. Não se pode deixar acumular problema sobre problema sem solução. Já pensou se você usasse a mesma leiteira que já usou no dia anterior, para ferver o leite, sem antes lavá-la? O leite certamente azedaria. O mesmo acontece quando acordamos sem resolver os conflitos de ontem. Os problemas da vida conjugal são normais e exigem de nós atenção e coragem para enfrentá-los, até que sejam solucionados, com o nosso trabalho e com a graça de Deus. A atitude da avestruz, da fuga, é a pior que existe. Com paz e perseverança busquemos a solução.
8. Pelo menos uma vez ao dia, dizer ao outro uma palavra carinhosa
Muitos têm reservas enormes de ternura, mas se esquecem de expressá-las em voz alta. Não basta amar o outro, é preciso dizer isso também com palavras. Especialmente para as mulheres, isso tem um efeito quase mágico. É um tônico que muda completamente o seu estado de ânimo, humor e bem-estar. Muitos homens têm dificuldade nesse ponto; alguns por problemas de educação, mas a maioria porque ainda não se deu conta da sua importância. Como são importantes essas expressões de carinho que fazem o outro crescer: “Eu te amo!”; “Você é muito importante para mim”; “Sem você eu não teria conseguido vencer este problema”; “A sua presença é importante para mim”; “Suas palavras me ajudam a viver”… Diga isso ao outro com toda sinceridade, todas as vezes em que experimentar o auxílio edificante dele.
9. Cometendo um erro, saber admiti-lo e pedir desculpas
Admitir um erro não é humilhação. A pessoa que admite o seu erro demonstra ser honesta consigo mesma e com o outro. Quando erramos não temos duas alternativas honestas, apenas uma: reconhecer o erro, pedir perdão e procurar remediar o que fizemos de errado, com o propósito de não repeti-lo. Isso é ser humilde. Agindo assim, mesmo os nossos erros e quedas serão alavancas para o nosso amadurecimento e crescimento. Quando temos a coragem de pedir perdão, vencendo o nosso orgulho, eliminamos quase de vez o motivo do conflito no relacionamento e a paz retorna aos corações. É nobre pedir perdão!
10. Quando um não quer, dois não brigam
É a sabedoria popular que ensina isso. Será preciso então que alguém tome a iniciativa de quebrar o ciclo pernicioso que leva à briga. Tomar essa iniciativa será sempre um gesto de grandeza, maturidade e amor. E a melhor maneira será não “pôr lenha na fogueira”, isto é, não alimentar a discussão. Muitas vezes é pelo silêncio de um que a calma retorna ao coração do outro.Outras vezes, será por um abraço carinhoso ou por uma palavra amiga.
Todos nós temos a necessidade de um “bode expiatório” quando algo adverso nos ocorre. Quase que inconscientemente queremos, como se diz, “pegar alguém para Cristo” a fim de desabafar as nossas mágoas e tensões. Isso é um mecanismo de compensação psicológica que age em todos nós nas horas amargas, mas é um grande perigo na vida familiar. Quantas e quantas vezes acabam “pagando o pato” as pessoas que nada têm a ver com o problema que nos afetou. Algumas vezes são os filhos que apanham do pai que chega em casa nervoso e cansado; outras vezes é a esposa ou o marido que recebe do outro uma enxurrada de lamentações, reclamações e ofensas, sem quase nada ter a ver com o problema em si.
Temos que nos vigiar e policiar nessas horas para não permitir que o sangue quente nas veias gere uma série de injustiças com os outros. E temos de tomar redobrada atenção com os familiares, pois, normalmente são eles que sofrem as consequências de nossos desatinos. No serviço, e fora de casa, respeitamos as pessoas, o chefe, a secretária, etc., mas, em casa, onde somos “familiares”, o desrespeito acaba acontecendo. Exatamente onde estão os nossos entes mais queridos, no lar, é ali que, injustamente, descarregamos as paixões e o nervosismo. É preciso toda a atenção e vigilância para que isso não aconteça.
Os filhos, a esposa, o esposo, são aqueles que merecem o nosso primeiro amor e tudo de bom que trazemos no coração. Portanto, antes de entrarmos no recinto sagrado do lar, é preciso deixar lá fora as mágoas, os problemas e as tensões. Estas, até podem ser tratadas na família, buscando-se uma solução para os problemas, mas, com delicadeza, diálogo, fé e otimismo. É o amor dos esposos que gera o amor da família e que produz o “alimento” e o “oxigênio” mais importante para os filhos.
Na Encíclica Redemptor Hominis, o saudoso Papa João Paulo II afirma algo marcante: “O homem não pode viver sem amor. Ele permanece para si próprio um ser incompreensível e a sua vida é destituída de sentido, se não lhe for revelado o amor, se ele não se encontra com o amor, se não o experimenta e se não o torna algo próprio, se nele não participa vivamente” (RH,10). Sem o amor a família nunca poderá atingir a sua identidade, isto é, ser uma comunidade de pessoas.
O amor é mais forte do que a morte e é capaz de superar todos os obstáculos para construir o outro. Assim se expressa o autor do Cântico dos Cânticos: “O amor é forte como a morte… Suas centelhas são centelhas de fogo, uma chama divina. As torrentes não poderiam extinguir o amor, nem os rios o poderiam submergir.” (Ct 8,6-7).
Há alguns casais que dizem que vão se separar porque acabou o amor entre eles. Será verdade? Seria mais coerente dizer que o “verdadeiro” amor não existiu entre eles. Não cresceu e não amadureceu; foi queimado pelo sol forte do egoísmo e sufocado pelo amor-próprio de cada um. Não seria mais coerente dizer: “Nós matamos o nosso amor?”
Opoeta cristão Paul Claudel resumiu, de maneira bela, a grandeza da vida do casal: “O amor verdadeiro é dom recíproco que dois seres felizes fazem livremente de si próprios, de tudo o que são e têm. Isto pareceu a Deus algo de tão grande que Ele o tornou sacramento.”
PALESTRA MINISTRADA EM ANÁPOLIS – GOIÁS
(Trecho extraído do livro: “Família, santuário da vida”).
Bibliografia: AQUINO, Felipe. Família, Santuário da vida. Canção Nova, 2006 – Teologia do Matrimônio. Santuário, 2009.
BENTO XVI, Papa. Carta Encíclica: Deus Caritas Est. Paulus, 2009.
PAULO II, Papa João. Encíclica: Sexualidade, Verdade e Significado. Paulinas, 1998.
Catecismo da Igreja Católica. Paulinas, 1998.
Felipe Aquino
Professor Felipe Aquino é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
SUGESTÃO DE PROGRAMAÇÃO PARA ENCONTRO DE CASAIS 3 DIAS OU UM DIA APENAS.
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SUGESTÃO DE PROGRAMAÇÃO
Obs: a programação pode e deve ser modificada para atender as necessidades locais de cada encontro em particular, como horário de missa, início, final e etc. alguns temas também podem ser modificados, abreviados e outros incluídos, nos encontros de um só dia não tem como abranger os principais temas e assim então se faz um encontro com um certo objetivo ou apenas se toca de leve em cada palestra.
OS TEXTOS ABAIXO ESTÃO EM DOCUMENTO WORLD É SÓ CLICAR NO TEXTO E BAIXAR.
Você sabia que a rebeldia dos filhos começa na adolescência?
E como contornar tudo isso com MUITA sabedoria e amor sem criar atritos irreparáveis na educação de seus filhos?
Texto escrito por um Sacerdote.
Hoje que estou aprofundando meus estudos teológicos na Família, seus valores, seus princípios, suas riquezas, seus conflitos, recordo-me de uma ocasião em que escutei um jovem gritar para seu pai e sua mãe:
NÃO TE METAS NA MINHA VIDA!
Essa frase tocou-me profundamente.
Tanto que, freqüentemente, a recordo e comento nas minhas conferências com pais e filhos. Se, em vez de sacerdote, tivesse optado por ser pai de família, o que diria ante essa exclamação impertinente de meu(minha) filho(a)?
“FILHO, UM MOMENTO, NÃO SOU EU QUE ME METO NA SUA VIDA, FOI VOCÊ QUE SE METEU NA MINHA!”
6. Faz muitos anos que pelo amor que tua mãe e eu sentimos, você chegou em nossas vidas e ocupaste todo nosso tempo.
7. Tua mamãe e eu ficamos aguardando os nove meses. Ela tinha que ficar de repouso para ter uma gravidez tranquila e eu tive que me dividir entre as tarefas do meu trabalho e as da casa para ajudá-la.
8. Os gastos aumentaram incrivelmente, eram despesas com um bom pediatra, com ginecologista, em medicamentos, na maternidade, para comprar todo o seu guarda-roupa etc.
9. Tua mãe não podia ver nada de bebê, que não o quisesse para ti. Compramos tudo o que podíamos, contando que você estivesse bem e tivesse o melhor possível.
10. Chegou o dia em que nasceste! Compramos lembrancinhas de recordação para dar aos que te vieram conhecer. Desde a primeira noite não dormimos.
11. A cada três horas, como um alarme de relógio, despertavas para te darmos de comer. Outras poucas vezes, até chorávamos contigo porque não sabíamos o motivo e o que fazer quando você chorava.
12. Quando você começou a andar ou quando pensou que já sabias, tive que andar mais atrás de “você”.
13. Já não podia sentar-me tranquilo para ler o jornal, ver um filme ou o jogo do meu time favorito, porque bastava você estar acordado, e tinha que sair atrás de você para evitar que se machucasse.
14. Você foi crescendo e já não querias que te levássemos às festas em casa de teus amiguinhos.
15. Porque já eras “crescido”, não querias chegar cedo em casa.
16. Você se incomodava por impormos regras. Não podíamos fazer comentários sobre os teus amigos, sem que você se voltasse contra nós, como se os conhecesse por toda a tua vida e fôssemos “desconhecidos“ para ti.
17. Cada vez sei menos de você por você mesmo. Já quase não quer falar comigo. Diz que apenas sei reclamar, e tudo o que faço está mal,
18. ou é razão para que rias de mim, e pergunto: como, com esses defeitos, pude dar-lhe o que até agora tens tido?
19. Eu e, com certeza, a sua mãe só dormirmos tranquilos quando vemos que você está conectado nos sites de relacionamento, sinal que já estas em casa.
20. Já quase não falamos, não me contas as tuas coisas. Agora só me procuras quando tens que pagar algo ou necessitas de dinheiro para a universidade, ou para se divertir. Ou pior ainda, procuro-te, quando tenho que chamar-te a atenção.
21. Mas estou seguro que diante destas palavras: “NÃO TE METAS NA MINHA VIDA”, podemos responder juntos:
22. FILHO(A), NÃO ME METO NA TUA VIDA, POIS FOI VOCÊ QUE SE METEU NA MINHA, MAS TE ASSEGURO QUE DESDE O PRIMEIRO DIA ATÉ O DIA DE HOJE, NÃO ME ARREPENDO QUE TENHAS SE METIDO NELA E A TENHAS TRANSFORMADO PARA SEMPRE!
23. Por se meterem na vida dos seus filhos. Ah, melhor ainda, corrijo por terem deixado que os seus filhos se metam nas suas vidas!
24. E para vocês filhos: VALORIZEM SEUS PAIS. NÃO SÃO PERFEITOS, MAS AMAM VOCÊS E TUDO O QUE DESEJAM É QUE VOCÊS SEJAM CAPAZES DE ENFRENTAR A VIDA E TRIUNFAR COMO HOMENS(MULHERES) DE BEM !
25. A vida dá muitas voltas, e, em menos tempo do que vocês imaginam, alguém lhes dirá: “NÃO TE METAS NA MINHA VIDA!” A paternidade não é um capricho ou um acidente, é um dom de Deus, que nasce do Amor! Deus os abençoe a todos!
Não existe diferenças entre Filhos educados por Pais héteros e homonexuais?
Hoje repetimos esta frase como uma interrogação depois de alguns estudos direcionados realizados nos EUA terem apresentado este resultado como definitivo à duas décadas atrás incentivando a adoção e formação de famílias compostas por Pais de mesmo sexo e hoje ainda utilizados por políticos de outros países inclusive o Brasil para proporcionar e promover a deturpação de que as FAMÍLIAS TRADICIONAIS não conseguem melhores resultados do que as “NOVAS” formações familiares que por estarem sendo incentivadas se multiplicam mais a cada dia.
Mas novas pesquisas realizadas de forma aleatórias e não direcionadas seguem o princípio da “VERDADE” e não são influenciadas pelo efeito Howthorne: (*1) (nota do tradutor: “Efeito Howthorne” ou “Efeito observador”), para entender melhor como a pesquisa demonstrou que a frase que antes era divulgada como a mais profunda verdade, agora não somente se colocou uma grande (?) interrogação, como já existem movimentos contrários a este tipo alternativo de formação familiar e favoráveis à valorização e fortalecimento da Família Tradicional, Leia o texto completo abaixo:
(*1) nota do tradutor: (“Efeito Howthorne” ou “Efeito observador”), é uma resposta de comportamento da pessoa por estar sendo observada. O estudo original, nas Indústrias Hawthorne, sugeriu que os operários, por serem o alvo da pesquisa e desfrutarem de mais atenção por causa disso, aumentariam temporariamente a sua produtividade.
Por Mark Regnerus
Muito além do debate sobre o casamento de pessoas do mesmo sexo, é fundamental a preocupação que devemos ter com as crianças. Os próprios pais e os defensores de certos tipos de igualdade se perguntam (e alguns se preocupam) sobre a possibilidade de que filhos de pais do mesmo sexo possam vir a se tornar “diferentes”. E as diferenças poderiam ser substanciais, não mero sinônimo de algo incomum ou estranho. Os acadêmicos que se dedicam a estudar a família, em particular, têm dado uma atenção às específicas dinâmicas familiares que podem afetar essas crianças, tais como o número de pais no ambiente familiar, o sexo dos pais, suas relações genéticas com as crianças, bem como quaisquer “transições domésticas” que as crianças tenham sofrido.
Até recentemente, a maioria dos estudiosos confirmava de maneira constante(e publica) a maior estabilidade e os benefícios sociais advindos das famílias compostas por pais e mães biológicos, casados e heterossexuais, em comparação com as mães solteiras, casais em união estável, pais adotivos, divorciados e, implicitamente, pais homossexuais. Por exemplo, no livro publicado em 1994 denominado “Growing Up With a Single Parent”(não publicado no Brasil: “Crescer com um único pai”, em tradução livre), os sociólogos Sara Mc Lanahan e Gary Sandefur escreveram: “Se fôssemos convidados a projetar um sistema para certificar que as necessidades básicas das crianças seriam atendidas, provavelmente chegaríamos a algo bastante semelhante ao modelo de pai e mãe”. Outras estruturas familiares foram amplamente vistas como insuficientes — às vezes muito aquém — em uma variedade de domínios do desenvolvimento, tais como desempenho escolar, problemas de comportamento e bem-estar emocional. Ainda que muitos de nós já tenhamos visto casos esporádicos ou tivemos experiências em contrário, a ciência que estuda o assunto permaneceu clara a respeito de um ponto: quando a mãe e o pai permanecem juntos, seus filhos tendem a ser “acima da média”, nas palavras de Garrison Keillor (autor de “Ainda Estamos Casados”). Pais e mães em segunda união e mães solteiras sempre ouviram o coro de vozes que lhes alertavam do desafio que seria, para eles, educar uma criança. O mesmo foi dito para os casais homossexuais.
Para este último grupo, no entanto, as coisas começaram a mudar em 2001, com a publicação de um artigo na revista American Sociological Review, em que estudiosos observaram que, embora pudesse haver disparidade de resultados nas crianças de famílias do mesmo sexo em comparação com filhos de pais heterossexuais, as diferenças não seriam tão profundas como acreditavam os estudiosos, e algumas delas — como a inclinação para experiências homossexuais — não deveriam mais ser interpretadas como deficiências, em uma sociedade esclarecida como a nossa. Desde então, o consenso tem sido de que “não há diferenças” relevantes nos resultados de crianças de pais homossexuais. Esta expressão, “não há diferenças”, já apareceu em dezenas de estudos, relatórios, depoimentos e artigos — e em incontáveis debates pelo Facebook ou por e-mail, desde então.
Dez anos depois, o discurso foi além, sugerindo que pais do mesmo sexo aparentemente seriam mais competentes do que pais heterossexuais. A segunda revisão da pesquisa afirma que pais “não-heterossexuais”, em média, desfrutariam de relacionamentos significativamente melhores com os seus filhos do que os pais heterossexuais e que as crianças de famílias do mesmo sexo não apresentam diferenças nos domínios do desenvolvimento cognitivo, bem-estar psicológico e identidade de gênero.Em outras pesquisas, teria sido verificada a inexistência total de abusos sexuais em famílias compostas de mulheres homossexuais, notícia esta que foi amplamente divulgada. Essa linha de argumentação resultou em um artigo, dessa vez sobre gênero e parentesco, publicado em 2010, em que os sociólogos Judith Stacey e Tim Biblarz afirmam abertamente que:
“Baseado estritamente na ciência atual, pode-se argumentar que duas mulheres são melhores pais, em média, do que uma mulher e um homem, ou pelo menos do que uma mulher e um homem com uma divisão de funções familiares tradicional. Duas lésbicas parecem superar a performance de pais e mães biológicos, heterossexuais e casados em diversas situações, mesmo que a elas tenham sido negados os privilégios substanciais de um casamento”.
O assunto foi considerado encerrado. Na verdade, já não era novidade para os psicólogos, uma vez que em 2005, a APA (Associação Americana de Psicólogos) havia emitido um texto sobre pais do mesmo sexo em que se afirmou que “em nem um único estudo foram encontrados filhos de pais homossexuais que estivessem em desvantagem, sob qualquer aspecto, em comparação com filhos de pais heterossexuais”.
É notável — e, francamente, um pouco suspeita, a rapidez com que mudou o discurso acadêmico sobre a competência dos pais homossexuais em comparação com os heterossexuais: do amplo reconhecimento dos desafios e dificuldades para o argumento de que “não há diferenças”, e em seguida para o consenso de que seriam até mais capazes do que famílias compostas de pais e mães. Verdades científicas raramente são revertidas em uma década.
Em comparação, os estudos sobre a adoção — um método comum em que pessoas do mesmo sexo (e mais ainda de sexos opostos) se tornam pais — têm revelado de maneira reiterada e firme a existência de diferenças importantes e abrangentes, em média, entre filhos adotivos e filhos biológicos. As diferenças são tão profundas e consistentes que especialistas em adoção agora enfatizam que o “reconhecimento da diferença” é fundamental para ambos os pais e também para os profissionais de saúde que trabalham com crianças e adolescentes adotados. Isto deveria dar aos cientistas sociais que estudam os resultados de uma família de pais homossexuais uma pausa para reflexões — ao invés de uma unanimidade incondicional. Afinal, muitos filhos de casais gays são adotados.
Muito mais numerosos, entretanto, são os filhos de pais e mães solteiros, concebidos pelo método tradicional. Foi o que concluiu o Estudo Sobre as Novas Estruturas Familiares (New Family Structures Study), um artigo que analisa a edição de julho da revista Social Science Research. Em vez de confiar em pequenas amostragens, ou nos desafios de se identificar a orientação sexual das pessoas analisando dados do censo, meus colegas e eu selecionamos aleatoriamente mais de 15.000 americanos com idades entre 18 e 39 anos e perguntamos a eles se seus pais ou mães biológicos já tiveram, alguma vez na vida, um relacionamento com uma pessoa do mesmo sexo. Compreendo que um único relacionamento desses não faz uma pessoa ser necessariamente lésbica, por exemplo. Mas nossa equipe de pesquisa estava mais preocupada com o comportamento em si do que com as complicadas políticas de identidade sexual.
Os resultados básicos põem em xeque as conclusões simplistas de que “não há diferenças”, ao menos entre a geração que já se tornou independente e saiu da casa dos pais. Em 25 das 40 situações analisadas, os filhos de mulheres que tiveram relacionamentos homossexuais alcançaram resultados bem diferentes daqueles criados por famílias estáveis, biologicamente intactas, compostas de pais e mães, atingindo resultados muito aproximados das crianças com pais em segunda união e das que têm pais ou mães solteiros. Mesmo após analisarmos os resultados levando em conta a idade, raça, gênero, e situações adversas, como ter sofrido bullying na juventude, ou a forma com que o estado americano em que o entrevistado reside costuma lidar com a questão homossexual, ainda assim foi maior a proporção de filhos de casais homossexuais que relataram estar desempregados, menos saudáveis, mais deprimidos, com mais probabilidade de terem traído um cônjuge ou parceiro, mais propensos a usar maconha e a ter problemas com a lei penal, além de terem mais parceiros sexuais, estarem mais sujeitos à violência sexual e terem mais lembranças negativas a respeito da sua vida familiar na infância, dentre outras coisas.
Por que essas diferenças tão dramáticas? Só posso especular, já que os dados não estão preparados para identificar as causas. Uma situação constante entre os filhos adultos de pais homossexuais, no entanto, é a instabilidade das famílias, muito grande, por sinal. Os filhos de homens que tiveram relacionamentos com pessoas do mesmo sexo se saíram um pouco melhor, mas ainda assim, relataram com menos frequência terem vivido com seus pais por muito tempo e, em nenhuma vez nesta pesquisa, afirmaram que viveram com seus parceiros por um período que fosse superior a três anos.
Então por que este estudo surgiu com resultados tão diferentes dos anteriores? E por que um único estudo seria suficiente para alterar todos os anteriores? Basicamente, por ter usado melhores métodos. Quando se trata de avaliar como os filhos de pais gays estão se saindo, os métodos cuidadosos e com abordagem aleatória encontrados nos estudos populacionais não têm sido empregados frequentemente por estudiosos desse tema, devido, em parte — certamente — aos desafios em localizar e entrevistar as minorias aleatoriamente. Em seu lugar, a comunidade acadêmica tem frequentemente considerado estudos pequenos e “convenientemente” direcionados a mães lésbicas, brancas e com boa educação, incluindo grande esforço de coleta de dados nos quais os participantes sabiam que estavam contribuindo para estudos importantes, que possuíam potenciais consequências políticas, elevando a probabilidade de algo similar ao Efeito Hawthorne (nota do tradutor: “Efeito Howthorne” ou “Efeito observador” é uma resposta de comportamento da pessoa por estar sendo observada. O estudo original, nas Indústrias Hawthorne, sugeriu que os operários, por serem o alvo da pesquisa e desfrutarem de mais atenção por causa disso, aumentariam temporariamente a sua produtividade).
Dificilmente esse seria um ambiente ideal para a coleta de dados imparciais (e para dar crédito, vários dos próprios pesquisadores admitem esses desafios). Eu não estou alegando que toda a pesquisa anterior sobre esse tema não é verdadeira. Mas estudos pequenos ou direcionados não deveriam ser o padrão máximo de referência em pesquisa, ainda mais quando se trata de um tópico tão carregado de interesse público e importância.
Para avançar na ciência e testar a teoria da “não existência de diferenças”, o Estudo Sobre as Novas Estruturas Familiares coletou dados de uma larga e aleatória parcela de jovens adultos americanos — além do censo, o maior conjunto de dados de base populacional organizado para responder a pesquisas sobre famílias em que mães ou pais tiveram relações do mesmo sexo — e perguntou-lhes sobre a vida deles agora e à época em que estavam crescendo. Ao perguntarem breve e diretamente se suas mães e/ou seus pais haviam tido um relacionamento romântico do mesmo sexo, 175 disseram que suas mães o haviam tido e 73 disseram o mesmo sobre seus pais — números muito maiores do que tem caracterizado os estudos nesta área. Perguntamos a todos esses entrevistados (e a uma amostra aleatória de outros) sobre as suas próprias vidas e relacionamentos, como também lhes pedimos para refletir sobre sua vida familiar enquanto cresciam. As diferenças, ao que parece, eram inúmeras. Por exemplo, 28% dos filhos adultos de mulheres que tiveram relações do mesmo sexo estão atualmente desempregados, em comparação com os 8% das pessoas casadas de famílias tradicionais. 40% daqueles admitiam ter tido um caso enquanto casados ou em coabitação, em comparação com 13% destes últimos. 19% do primeiro grupo disse que esteve recentemente, ou ainda está, em psicoterapia por problemas relacionados com ansiedade, depressão, ou relacionamentos, em comparação com os 8% do último grupo. E essas são apenas três das 25 diferenças que notei.
Apesar de sabermos que as coisas boas tendem a acontecer, tanto no curto prazo quanto no longo prazo, quando as pessoas criam famílias que duram, pais no Estudo Sobre as Novas Estruturas Familiares que tiveram relações do mesmo sexo foram os menos propensos a apresentar essa estabilidade. Os filhos jovens de mulheres em relações lésbicas relataram maior incidência de tempo gasto na assistência social (14% do total), em comparação aos 2% para o restante da amostra. 40% passou um tempo morando com os avós (em comparação com 10% dos demais); 19% passou um tempo vivendo por conta própria antes dos 18 anos (em comparação com 4% entre todos os outros). Na verdade, menos de 2% de todos os entrevistados que disseram que suas mães tiveram um relacionamento homossexual relataram viver com sua mãe e seu parceiro durante os 18 anos de sua juventude.
Cabem elogios para aqueles pais homossexuais, como os de Zach Wahls, (nota do tradutor: Wahls tem duas mães, e se opôs a uma lei que acabaria com as uniões civis entre pessoas do mesmo sexo no seu Estado), que têm feito um trabalho notável na criação dos filhos, agora jovens adultos. Tenho certeza de que os desafios foram significativos e o apoio social, muitas vezes, modesto. Há casos como os de Zach, mas não muitos. A estabilidade é crucial, mas incomum.
Existem limitações neste estudo, é claro. Nós não tivemos tantas famílias de lésbicas e gays intactas como gostaríamos para as avaliar, mesmo que elas sejam o modelo adotado nas deliberações públicas sobre a igualdade no casamento. Mas não foi por falta de esforço.
Deixe-me ser claro: não estou afirmando que a orientação sexual é a culpada aqui, ou que eu saiba tudo sobre as crianças que estão sendo criadas neste momento por pais gays ou lésbicas. Seus pais podem estar estabelecendo relações estáveis em uma época em que a união de casais de mesmo sexo é mais aceita e apoiada. Mas esse não é o caso da geração anterior, e, assim, os cientistas sociais, os pais, e os defensores da causa fariam bem daqui para frente, se evitassem simplesmente assumir que as crianças estão bem.
Este estudo surge em meio a uma temporada de grandes debates incisivos envolvendo o casamento de pessoas do mesmo sexo: 1) o DOMA (Defense of Marriage Act, um projeto de lei pró-casamento tradicional), 2) a perspectiva do presidente Obama sobre o assunto (nota do tradutor: antigamente o presidente se opunha a esse tipo de casamento, mas mudou de ideia e afirmou que a sua visão sobre o tema “evoluiu”), 3) a Prop 8 (Proposition 8, uma proposta de emenda constitucional elaborada na Califórnia, por grupos contrários ao casamento gay) e 4) iniciativas eleitorais estaduais encerradas ou que em breve serão postas em votação.
No entanto, a mensagem política para se levar em conta neste estudo não está clara. Por um lado, a instabilidade detectada poderia se traduzir num apelo para se estender a relativa segurança oferecida pelo casamento para os casais de gays e lésbicas. Por outro lado, pode sugerir que a instabilidade familiar revelada é excessivamente comum entre os casais do mesmo sexo para que se faça uma aposta social em que haja significativos gastos políticos e econômicos, que estimem e apoiem esta nova (mas pequena) forma de família, enquanto os americanos continuam a fugir da estável família tradicional, o carro-chefe da família americana, e pelo menos de acordo com os dados, o lugar mais seguro para uma criança.
Mark Regnerus, PhD, professor de sociologia associado na Universidade do Texas (Austin), pesquisador associado no Centro de Pesquisa Populacional da mesma instituição e co-autor do livro “Sexo Antes do Casamento nos EUA: Como os jovens americanos se conhecem, se relacionam e o que pensam sobre casamento”.
“Quem se descuida dos seus, e principalmente dos de sua própria família, é um renegado, pior que um infiel.” (1Tm 5,8)
Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua família (casa). (Atos 16, 31)
“Quem se descuida dos seus, e principalmente dos de sua própria família, é um renegado, pior que um infiel.” (1Tm 5,8)
A realidade que mais nos aproxima da ideia do paraíso é nosso lar, disse alguém. Aos homens, como aos pássaros, o mundo oferece mil lugares para pousar, mas somente o seu lar é o seu verdadeiro ninho.
Podemos percorrer o mundo à procura do que desejamos ver e conhecer, mas nada é como o nosso lar; os filhos e netos nos mantém agarrados à vida. Há um provérbio persa que diz que “quem não tem irmão, tem as pernas fracas”. A criança é o amor visível. Cada criança, ao nascer, nos traz a mensagem de que Deus não perdeu ainda a esperança nos homens, disse Tagore.
Uma infância feliz é o maior presente que os pais podem dar aos filhos.
A maior alegria é colhida na família, a cada dia. Eu não trocaria por nada toda a vida que vivi em família.
A alegria de gerar e educar os filhos, de conviver com eles, faz a nossa maior felicidade. Infelizmente muitos estão enganados pensando que podem buscar a felicidade fora do lar, ou sem construir um lar. O egoísmo e o medo estão fazendo muita gente rejeitar o casamento e a família. Não faça isso. Faça a sua vida girar em torno da família. Nada nos faz tão felizes como aquilo que construímos com a nossa vida, com a nossa luta e com a nossa dedicação.
Até quando nos deixaremos enganar, querendo ir buscar a felicidade tão longe, se ela está bem junto de nós?
A família é o complemento de nós mesmos. Ela é a base da sociedade. Nela somos um indivíduo reconhecido e amado, e não apenas um número, um RG, um CPF.
É no seio da família que cada pessoa faz a experiência própria do que seja amar e ser amado, sem o que jamais será feliz. Quando a família se destrói a sociedade toda corre sério risco; e é por isso que temos hoje tantos jovens delinquentes, envolvidos nas drogas, na bebida e na violência. Muitos estão no mundo do crime porque não tiveram um lar.
Sem dúvida a maior tragédia do mundo moderno é a destruição da família. O divórcio arrasa com os casamentos e, consequentemente com as famílias. Os filhos pagam o preço da separação dos pais; e eles mesmos sofrem com isto. Quando as famílias eram bem constituídas, não havia tantos jovens envolvidos com drogas e com a violência, com o homossexualismo e com a depressão.
Mais do que nunca o mundo precisa de homens e mulheres dispostos a constituir famílias sólidas, edificadas pelo matrimônio, onde os esposos vivam a fidelidade conjugal e se dediquem de corpo e alma ao bem dos filhos. E é isto que dá felicidade ao homem e à mulher.
Infelizmente uma mentalidade consumista, egoísta e comodista toma conta do mundo e das pessoas cada vez mais, impedindo-as de terem filhos.
Não há na face da terra algo mais nobre e belo que um homem e uma mulher possam fazer do que gerar e educar um filho. Nada pode ser nem de longe, comparado à vida humana. Nem toda riqueza que há debaixo da terra vale uma só vida humana, porque esta é criada a imagem de semelhança de Deus, dotada de inteligência, liberdade, vontade, consciência, capacidade de amar, cantar, sorrir e chorar. O que pode ser comparado a isto?
Nada pode nos dar tanta satisfação do que ver o filho nascer, ensiná-lo a andar, falar, escrever, e seguir o seu caminho neste mundo.
A felicidade do lar está também no relacionamento saudável, fiel e amoroso dos esposos. Sem fidelidade conjugal a família não se sustenta. E esta fidelidade tem um alto preço de renuncia às tentações do mundo, mas produz a verdadeira felicidade. Marido e mulher precisam se amar de verdade, e viver um para o outro, absolutamente, sem se darem ao direito da menor aventura fora do lar. Isto seria traição ao outro, aos filhos e a Deus.
Não permita que o seu lar se dissolva por causa de uma infidelidade de sua parte. A felicidade tem um preço; temos de pagar o preço da renúncia ao que é proibido. Não se permita a menor intimidade com outra pessoa que não seja o seu esposo ou sua esposa.
Não brinque com fogo, para não queimar a sua felicidade e a dos seus caros.
A grande ameaça à família hoje é a infidelidade conjugal; muitos maridos, e também esposas, traem os seus cônjuges e trazem para dentro do lar a infelicidade própria e dos filhos. Saiba que isto não compensa jamais; não destrua em pouco tempo aquilo que foi construído em anos de luta.
Marido e mulher precisam viver um para o outro e ambos para os filhos. O casal precisa conversar se perdoar; se um não perdoa o outro em suas pequenas falhas, jamais desfrutará de suas grandes virtudes. A felicidade do casal pode ser muito grande, mas isto depende de que ambos vivam a promessa do amor conjugal. Amar é construir o outro; é ajudá-lo a crescer; é ajudá-lo a vencer os seus problemas. Amar é construir alguém querido, com o preço da própria renúncia. Quem não está disposto a este sacrifício nunca saberá o que é a felicidade de um lar. O homem não precisa trocar de mulher para ser feliz. É tão absurdo dizer que um homem não pode amar a mesma mulher toda a sua vida quanto dizer que um violonista precisa de diversos violinos para tocar a mesma música. Se alguém não sabe tocar violino não adianta ficar trocando de violino.
Na sagrada missão de educar bem os filhos, o casal encontra a felicidade. Viva para os filhos e você será feliz.
Os pais precisam antes de tudo ter tempo para eles, e saber conquistá-los; sem isto, os filhos não os ouvirão e não seguirão os seus conselhos. Mas o filho deve ser conquistado por aquilo que você é para ele, e não por aquilo que você dá para ele.
Cada filho é como um diamante que Deus nos entrega para ser lapidado com carinho. Não há alegria maior para um homem do que encontrar alegria em seu filho bem formado e educado. Cada filho é a nossa imagem; “filho de peixe é peixinho”. O filho é educado muito mais pelo exemplo dos pais do que por suas palavras.
São Tomás de Aquino dizia que a família constitui para os filhos “um útero espiritual”. Os pais devem ser amigos e confidentes e não os tiranos dos filhos.
Na medida em que os casamentos vão se desfazendo, as famílias vão se destruindo, por falta de Deus, a felicidade dos homens vai aumentando. Fuja desta rota se quiser ser feliz e ter paz na alma.
A família é a “igreja doméstica”; é nela que os filhos devem aprender com os pais a maravilha da fé; é ali, no colo da mãe que a criança deve aprender a rezar e viver os mandamentos da lei de Deus para ser feliz.
O casal cristão se deseja ser feliz precisa cultivar uma vida de oração em casa e na igreja, de freqüência aos sacramentos, de meditação da Palavra de Deus, etc.
Mas, mesmo que sua casa já esteja desmoronada, você a pode reconstruir com Deus, porque para Ele nada é impossível. Não olhe para o passado, não fique pisando e culpando a sua alma; olhe para Jesus, crê no Senhor, e Ele abrirá um caminho novo em sua vida; creia nisso.
Mesmo que seu marido a tenha abandonado; mesmo que sua esposa o tenha traído, mesmo que seus filhos o tenham decepcionado… olhe para Jesus, creia Nele, e Ele lhe dará uma nova alternativa de vida. Jesus disse: “Se creres verás a glória de Deus”. (Jo 11,40) Não há uma vida na terra que esteja a tal ponto destruída que Deus não possa restaurá-la.
É direito de todo cristão manter um relacionamento com Deus, inclusive os casais em segunda união.
Durante muitos anos a Igreja lutou ardorosamente contra a separação das Famílias enquanto o mundo infundia cada vez mais um costume desfavorável à união Matrimonial perpétua, apesar desta situação não trazer felicidade e nem harmonia aos casais separados este numero tem crescido muito além do que era esperado. Estes casais de segunda união que se formaram se mantiveram presentes na Igreja, pois mesmo em pecado a Fé permanece e precisa ser alimentada, mas com a discriminação dos demais casais e de pessoas mais influentes na vida pastoral muitos casais se sentem indesejados se afastando da mãe Igreja e buscando outras opções de mante uma comunhão com Deus e alguns até abandonando a fé enquanto que os que permaneciam fieis sentiam uma imensa fome espiritual buscando alimento sem o encontrar.
HOJE A IGREJA CATÓLICA QUER MUDAR ESTA ANTIGA ATITUDE DE ALGUMAS PESSOAS, JÁ EXISTEM DOCUMENTOS QUE PROMOVEM O ACOLHIMENTO TAMBÉM DESTES CASAIS E OS REINTEGRA NA VIDA E NA COMUNHÃO PAROQUIAL COM ALGUMAS RESSALVAS QUE NÃO AFETAM SIGNIFICATIVAMENTE A PERSEVERANÇA NA FÉ E A SALVAÇÃO PESSOAL.
A Igreja não quer discriminar nem punir os casais em segunda união, mas lhes oferecer um caminho espiritual-pastoral adaptado à sua situação, o qual é apontado claramente pela Familiaris Consortio. Esse caminho pode ser chamado e é de fato um caminho espiritual-pastoral, muito rico de frutos de vida cristã, mesmo que o status permanente de segunda união seja uma situação irregular.
A Exortação Apostólica Familiaris Consortio, 1981, de João Paulo II, no n. 84, exorta os casais divorciados a participar de um caminho de vida cristã que deve consistir em:
Ouvir a Palavra de Deus, frequentar o sacrifício da Missa, perseverar na oração, incrementar as obras de caridade e as iniciativas da comunidade em favor da justiça, educar os filhos na fé cristã, cultivar o espírito e as obras de penitência, que se resume em “perseverarem na oração, na penitência e na caridade”.
A Exortação Apostólica Sacramentum caritatis, 2007, de Bento XVI, no n.29, reafirma o convite de cultivar, quanto possível, um estilo cristão de vida por meio da participação da Santa Missa, ainda que sem receber a comunhão, da escuta da Palavra de Deus, da adoração Eucarística, da oração, da cooperação na vida comunitária, do diálogo franco com um sacerdote ou mestre de vida espiritual, da dedicação ao serviço da caridade, das obras de penitência, do empenho na educação dos filhos.
A comunhão com a Palavra de Deus
Escutar é mais que ouvir, é atender o que se diz. É ir assimilando e tornando pessoal o que foi dito. É algo ativo, não passivo. É uma abertura a Deus que a eles dirige a Sua Palavra. Por intermédio de Isaías ou de Paulo fala-lhes aqui e agora. Algumas vezes, esta Palavra os consola e os anima. Outras julga suas atitudes e desautoriza seu estilo de vida, convidando-os para a conversão. Sempre os ilumina, os estimula e os alimenta.
A Palavra que Deus lhes dirige é, sobretudo uma Pessoa: o Seu Verbo, a Sua Palavra, Jesus Cristo. Ele não se dá somente no Pão e no Vinho, mas está realmente presente na Palavra que nos é proclamada e que escutamos. Também a nós o Pai continua a dizer: Este é o meu Filho muito amado: escutai-O.
A leitura da Sagrada Escritura, acompanhada pela oração, estabelece um colóquio de familiaridade entre Deus e o homem, pois a Ele falamos quando rezamos, a Ele ouvimos quando lemos os divinos oráculos (DV 25). Este colóquio torna-se mais intenso pela Lectio Divina, ou seja, pela leitura meditada da Bíblia, que se prolonga na oração contemplativa. A Lectio é divina, porque se lê a Deus na Sua Palavra e com o Seu Espírito, pode ajudar os casais em segunda união na consecução de uma grande familiaridade não só com a Palavra, mas com o mesmo Deus.
A visita e a adoração ao Santíssimo Sacramento:
Jesus, sendo vivo e presente no Sacrário, pode ser visitado e adorado. Ele espera, ouve, conforta, anima, sustenta e cura. Por conseguinte, a visita e a adoração ao Santíssimo é um verdadeiro e íntimo encontro entre o visitante e o Visitado, que é Jesus. A visita e a adoração são uma escolha pessoal do visitante, e, acima de tudo, um ato de amor para com o Visitado. A simples visita ao Santíssimo transforma-se em adoração, que é o ponto mais alto desse encontro.
Os casais em segunda união são chamados e convidados para serem os adoradores do Santíssimo pela prática tradicional da hora santa, que muito os ajudará na espiritualidade, seja do grupo como também do próprio casal. A prática freqüente da hora santa não é um opcional, por isso não se pode deixá-la facilmente de lado, pois ela é necessária para a perseverança.
A visita a Maria Santíssima: um conforto para o seu povo
Se o próprio Jesus, moribundo na cruz, deu Maria como Mãe ao discípulo: ’Mulher, eis aí teu filho’; e a você discípulo como Mãe: ‘Eis aí, tua mãe!’ (João 19, 26-27), é bom e recomendável que o casal em segunda união não tenha medo em fazer esta visita de carinho para receber conforto, força e consolação de sua Mãe. Essa visita pode ser feita numa capela dedicada a Virgem Maria ou em casa junto com a família ou na intimidade do seu quarto. Pensando nisso, é bom e confortável que o casal em segunda união não se esqueça de visitar, quantas vezes puder, Maria Santíssima.
Visitar Maria, a Mãe de Jesus, é ir ao seu encontro sem reservas, é entregar-se de coração a um coração que não tem limites para amar. Nossa Senhora em Medjugorie disse aos videntes e a nós seus filhos: ”Se soubésseis quanto vos amo, choraríeis de alegria”. Maria nos ama muito, como filhos queridos. O que ela mais deseja é ver seus filhos deixarem-se amar por ela. O seu desejo é o de seu Filho: salvar a todos. A Santíssima Virgem nos espera, todos os dias, e ela sabe que quanto mais perto estivermos dela, mais perto ficaremos de Jesus, pois a sua meta é a de nos levar a Ele.
Perseverança na Oração
O casal em segunda união é convidado para perseverar na oração. A oração pode ser pessoal, pode ser como casal, com a família e os filhos ou oração comunitária com os outros casais ou com outros fiéis.
Participação da Santa Missa: um encontro de amor
O casal de segunda união, como todo bom cristão, considerando este amor infinito de Jesus, deve participar da Santa Missa com amor fervoroso, de modo a particular do momento da consagração, pois é nesse momento que Jesus é vivo e presente.
Bento XVI, em recente discurso ao clero de Aosta, valoriza a participação dos casais recasados na Santa Missa mesmo sem a comunhão eucarística. A esse respeito o Papa fez este lindo e confortável comentário:
“Uma Eucaristia sem a comunhão eucarística não é certamente completa, pois lhe falta algo essencial. Todavia, é também verdade que participar na Eucaristia sem a comunhão eucarística não é igual a nada, é sempre um estar envolvido no mistério da cruz e da ressurreição de Cristo. É sempre uma participação no grande sacramento, na dimensão espiritual, pneumática e também eclesial, se não estreitamente sacramental.
E dado que é o sacramento da Paixão do Senhor, é Cristo sofredor que abraça de modo particular essas pessoas e comunica-se com elas de outra forma; portanto, elas podem sentir-se abraçadas pelo Senhor crucificado que cai por terra e sofre por elas e com elas.
Por conseguinte, é necessário fazer compreender que mesmo que, infelizmente, falte uma dimensão fundamental, todavia tais pessoas não devem ser excluídas do grande mistério da Eucaristia, do amor de Cristo aqui presente. Isso parece-me importante, como é importante que o pároco e a comunidade paroquial levem tais pessoas a sentir que, se por um lado, devemos respeitar a indissolubilidade do sacramento e, por outro, amamos as pessoas que sofrem também por nós. “E devemos também sofrer juntamente com elas, porque dão um testemunho importante, a fim de que saibam que no momento em que se cede por amor, se comete injustiça ao próprio sacramento, e a indissolubilidade parece cada vez mais menos verdadeira”.
O ‘’ter” é importante e indispensável para a nossa sobrevivência. Alguns contudo, só pensam no “ter” se esquecem de “ser”. Dificilmente alguém nos fala que fulano é virtuoso, é um santo, é caridoso, mas muitos nos falam que sicrano é rico, tem muitas casas, fazendas, e ganha milhões por mês!
Se de um lado é bom ter, mais importante é ser um cidadão correto, solidário, educado. O cidadão que “é” que possui os predicados atrás, é preferível ao que “tem” posses, mas desvestido de valores morais.
Quando a família inverte essas prioridades e só pensa em acumular, embora esteja solida materialmente falando, sua estrutura poderá estar sendo corroída, seus membros corrompidos, seu caráter fragilizado, pois não exercitou a solidariedade e a partilha. Podendo, contudo, aliar posse de bens com posse de virtudes, e partilha de ambas (posses e virtudes), essa família passara, então, a ser exemplo.
2- Egoísmo
Quem só pensa em “ter”, deixando se “ser”, acaba se isolando, torna-se avarento e egoísta. O egoísmo é um dos piores pecados, visto que a pessoa enrosca-se em si mesma, patina e não sai da crosta que ela formou. Procurou proteger-se tanto que se perdeu na atribuição e distribuição de valores perenes.
O próximo, para o egoísta, esta muito distante. Ele não sente e nem pressente a necessidade alheia. Interessa-lhe tão somente o seu bem estar. Uma família, onde medra o egoísmo, não pode subsistir, e o seu esfacelamento é iminente.
3- A falta de dialogo
Aquele que não privilegiou o “ser”, que se atola no egoísmo, emudece-se, visto que evita dialogar, já que o dialogo para ele representa alguma perda. Fechando, assim, os canais de comunicação, que lhe poderiam abrir a mente e o coração, não lhe resta outra alternativa senão falar consigo mesmo.
Vitima de um monologo indecifrável, sua família é pré-falimentar material e espiritualmente falando, pois não havendo troca de ideias, não se trocam e nem se eliminam as dificuldades, que tendem a aumentar causando a ruína da família.
4- Dificuldades financeiras
A família também se esboroa por causa de dificuldades financeiras. Casa em que falta pão, todos gritam e ninguém tem razão. É preciso que todos colaborem para o sustento do lar e não somente o pai ou a mãe. Os filhos não podem se acomodar e sim se incomodar, estudando, economizando e participando das despesas do lar, sob pena de retrocesso e ruptura dos laços familiares.
Falta de Deus em sua casa.
5- A falta de DEUS, e de oração
Esta é a principal causa de esfacelamento da família, pois, casa sem oração e sem Deus, e vitima inevitável dos poderes do mal. E quais são esses poderes? Egoísmo, consumismo, falta de respeito e de amor, decadência moral e perda de princípios éticos e idolatria do mercado.
Quando mais ostentação e consumo supérfluo, menos família se é, mais distante de Deus se torna. Os valores do espirito já não são prioritários para o consumista, e Deus, para ele é uma entidade distante, ou talvez entidade nenhuma. A família sem fé e sem obras é uma família falida e infeliz.
A família bem constituída, sem os vícios ora abordados, é o sustentáculo da fé. A fé sustentável é alicerçada em valores familiares elevados. A fé sustenta a família, que por sua vez sustenta a fé. Uma engendra e solidifica a outra. Sem fé e sem obras, a família paradigma que estamos comentando não medra, não viceja. Com fé, rompe barreiras, aprimora o caráter, gerando paz, amor e harmonia familiar.
O fator mais importante na educação é conquistar os filhos.
Há alguns anos a polícia de Houston, no Texas, Estados Unidos, publicou o que chamou de “Dez Regras Fáceis de Como Criar um Delinquente”. É interessante refletir sobre elas, especialmente os pais e os educadores. Para isso, vamos transcrevê-las:
Comece na infância a dar ao seu filho tudo o que ele quiser. Assim, quando crescer, ele acreditará que o mundo tem obrigação de lhe dar tudo o que ele deseja.
Quando ele disser nomes feios, ache graça. Isso o fará considerar-se interessante.
Nunca lhe dê qualquer orientação religiosa. Espere até que ele chegue aos 21 anos, e “decida por si mesmo”.
Apanhe tudo o que ele deixar jogado: livros, sapatos, roupas. Faça tudo para ele, para que aprenda a jogar sobre os outros toda a sua responsabilidade.
Discuta com freqüência na presença dele. Assim não ficará muito chocado quando o lar se desfizer mais tarde.
Dê-lhe todo o dinheiro que ele quiser.
Satisfaça todos os seus desejos de comida, bebida e conforto. Negar pode acarretar frustrações prejudiciais.
Tome partido dele contra vizinhos, professores, policiais (Todos têm má vontade para com o seu filho).
Quando ele se meter em alguma encrenca séria, dê esta desculpa: Nunca consegui dominá-lo.
Prepare-se para uma vida de desgosto.
Sem dúvida, esta é uma lista, fruto da experiência de quem trata com jovens “problemáticos” e que não pode ser desprezada. Fica cada vez mais claro que o aumento da delinquência juvenil é diretamente proporcional à destruição dos lares e das famílias. É muito fácil verificar que, na grande maioria dos casos, o “jovem problema” tem atrás de si “pais problemas”.
A vida familiar é o “arquétipo” que Deus instituiu para o homem viver e ser feliz na face da terra.
Quanto mais, portanto, as santas leis de Deus, em relação à família, forem desrespeitadas e pisadas pelos homens, tanto mais famílias destroçadas teremos, e tanto mais lágrimas rolarão dos olhos dos pais e dos filhos. Ninguém será feliz sem obedecer às leis de Deus. Antes de serem leis divinas elas são leis naturais. E a natureza não sabe perdoar quem se põe contra ela.
No capítulo 30 do Eclesiástico, a Palavra de Deus fala aos pais sobre a sua enorme responsabilidade na educação dos filhos. Ele diz: “Aquele que ama o seu filho corrige-o com frequência, para que se alegre com isso mais tarde” ( 30,1).
Infelizmente são muitos os pais que não corrigem os seus filhos: ou porque são relapsos como pais ou porque também precisam de correção, já que também não foram educados.
(*) É preciso abrir um parentese nesta questão porque as pessoas entendem como (correção) uma surra bem dada ou um castigo bem doloroso e na verdade para se fazer uma correção bem executada não precisa nem de surra e nem de castigo e sim uma questão de respeito e autoridade e é claro que os Pais devem demonstrar que estão dispostos a dar “punições” mais severas caso seja necessário, mesmo que não seja preciso tal aplicação prática no futuro.
Mais à frente esse mesmo livro diz: “Aquele que estraga seus filhos com mimos terá que lhes curar as feridas” (30,7). Essa palavra é pesada: “estraga com mimos”. A criança mimada torna-se problema; pensa que o mundo é dela e que todos devem servi-la. Não há coisa pior para um filho. Isso ocorre muito com o filho único, objeto de “todas” as atenções e cuidados dos pais, avós e tios. Aí é preciso uma atenção especial!
“Um cavalo indômito torna-se intratável, a criança entregue a si mesma torna-se temerária” (idem 30,8).
Não pode haver mal maior do que deixar uma criança abandonada, materialmente, mas principalmente na sua educação.
“Adula o teu filho e ele te causará medo”, diz o Eclesiástico (30,9).
“Não lhes dê toda a liberdade na juventude, não feches os olhos sobre as suas extravagâncias” (idem, 30,11).
Muitos pais, vendo os filhos errarem, não os corrigem. Temos que ensiná-los a usar a liberdade com responsabilidade. E não lhes dar “toda” liberdade.
Vi certa vez uma frase, em um adesivo de automóvel, que dizia: “Adote o seu filho, antes que o traficante o faça”. De fato, se não conquistarmos os nossos filhos com amor, carinho e correção sadia, eles poderão ir buscar isso nos braços de alguém que não convém. É preciso que cada lar seja acolhedor para o jovem, para que ele não seja levado a buscar consolo na rua, na droga, na violência… fora de casa.
O fator mais importante na educação é que os pais saibam conquistar os filhos; não com dinheiro, roupa da moda, tênis de marca, etc, mas com aquilo que eles são; isto é, a sua conduta, a sua moral íntegra, a sua vida honrada e responsável.
O filho precisa ter “orgulho” do pai, ter “admiração” pela mãe, ter prazer de estar com eles, ser amigo deles. Assim ele ouvirá os seus conselhos e as suas correções com facilidade.
Sobretudo é primordial o respeito para com o filho; levá-lo a sério, respeitar os seus amigos, as suas iniciativas boas, etc. Se você quer ser amigo do seu filho, então deve tornar-se amigo dos seus amigos e nunca rejeitá-los. Acolha-os em sua casa.
Diante dos filhos os pais não devem ser super-heróis que nunca erram. Ao contrário, os filhos devem saber que os seus pais também erram e que também têm o direito de ser perdoados. E, para isso, os genitores precisam aprender a pedir perdão para os filhos quando erram. Não há fraqueza nisso, e muito menos isso enfraquecerá a autoridade deles de pais. Ao contrário, diante da humildade e da sinceridade dos pais, a admiração do filho por eles crescerá. Tudo isso faz o pai “conquistar” o filho.
O educador francês André Bergè diz que os defeitos dos pais são os pais dos defeitos dos filhos. Parafraseando-o podemos afirmar também que as virtudes dos pais são os pais das virtudes dos filhos. Não é sem razão que o povo afirma que filho de peixe é peixinho. Isso faz crescer a nossa responsabilidade.
É importante que os pais saibam corrigir os filhos adequadamente, com firmeza é certo, mas sem os humilhar. Não se pode bater no filho, não se pode repreendê-lo com nervosismo nem o ofender na frente dos amigos e irmãos. Isso tudo humilha o filho e o faz odiar os pais. Conquiste o filho, não com dinheiro, mas com amor, vida honrada e presença na sua vida. E, sobretudo, leve-o para Deus, com você! São Paulo diz aos pais cristãos:
“Pais, não deis a vossos filhos motivo de revolta contra vós, mas criai-os na disciplina e correção do Senhor” (Efésios 6,4).
Autor: Felipe Aquino
fonte: felipeaquino@cancaonova.com
Prof. Felipe Aquino, casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de Aprofundamentos no país e no exterior, já escreveu 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: “Escola da Fé” e “Trocando Idéias”.
O Cardeal dividiu este documento que introduz os trabalhos do Sínodo em quatro partes: O Evangelho da Família no Contexto da Nova Evangelização, o Evangelho da família e a pastoral familiar, as situações pastorais difíceis, e a família e o Evangelho da vida.
Do mesmo modo, na conferência de imprensa de ontem, 6 de outubro, o Cardeal indicou que foram levadas em consideração as respostas dadas ao questionário preliminar que foi enviado às conferências episcopais, assim como as intervenções enviadas pelos padres sinodais.
O Arcebispo de Budapeste (Hungria) também compartilhou com os jornalistas que a renovação da metodologia do sínodo se expressa também no fato de que já está sendo elaborada “a relação posterior à discussão, sobre a base das intervenções escritas dos padres sinodais, embora ainda temos que considerar o que sai do debate”.
Por sua parte, o Secretário Geral do Sínodo, Dom Bruno Forte, explicou aos jornalistas que “houve uma maturação no caminho sinodal ao longo dos anos”. Acrescentou que “como os temas mais importantes do Concílio Vaticano II foram discutidos no meio das sessões, as não formais, espero que os resultados mais importantes do sínodo dos bispos cheguem das discussões livres, que o Papa Francisco quer que sejam francas”.
O texto, lido pelo Cardeal Erdo, ofereceu também alguns dos temas a serem tratados durante estas duas semanas:
Educação
O documento indica que “a família certamente hoje encontra muitas dificuldades; mas não é um modelo antiquado, pelo contrário, entre os jovens em geral se constata um novo desejo de família”.
De acordo com o Cardeal “entre os cristãos católicos a substância do ensinamento do Novo Testamento e do Catecismo da Igreja Católica sobre o matrimônio parece ser bastante conhecida. Entretanto, os aspectos específicos da doutrina e do Magistério da Igreja sobre o matrimônio e a família nem sempre são suficientemente conhecidos entre os fiéis”.
Nesse sentido, destacou muitas vezes a necessidade de uma educação mais integral no ensino católico, fazendo-se eco das observações do “Documento de trabalho do sínodo dos bispos”. “Resulta especialmente útil oferecer aos pastores das comunidades locais diretrizes claras para ajudar todos aqueles que vivem em situações difíceis”, adiciona o documento.
Do mesmo modo, alerta as comunidades locais para que evitem “as improvisações de uma ‘pastoral caseira’, que acaba fazendo mais difícil que se aceite do Evangelho da família”.
O documento também assinala que “é preciso acompanhar os noivos prometidos para que tenham uma clara consciência do que é o matrimônio no intuito do Criador, aliança que entre os batizados sempre tem a dignidade sacramental”.
A misericórdia não se anula com a verdade
Dado que “o tema da misericórdia está cada vez mais em primeiro plano como um ponto de vista importante no anúncio do Evangelho”, a relação destacou que a misericórdia “não elimina a verdade e não a relativiza, mas leva a interpretá-la corretamente no contexto da hierarquia das verdades”.
“A misericórdia, portanto, tampouco anula os compromissos que nascem das exigências do vínculo matrimonial. Estes continuam subsistindo inclusive quando o amor humano se debilitou ou cessou”, assinala o texto.
Divorciados em nova união, coabitação e matrimônios civis
Além disso, o documento aborda situações como a coabitação, os matrimônios civis, assim como os divorciados em nova união.
As duas primeiras, indicou, representam uma nova dimensão de cuidado pastoral e “a Igreja não pode não reconhecer inclusive em situações a primeira vista afastadas de critérios que respondam ao Evangelho, uma oportunidade para acompanhar as pessoas, para que cheguem a uma decisão consciente, verdadeira e justa a respeito de sua relação”.
No que diz respeito aos divorciados em nova união, o documento indica que a resposta a estas questões mostra que este tema tem diferentes matizes em diversas partes do mundo, mas que não põem em questionamento “a palavra de Cristo e a verdade da indissolubilidade do matrimônio, nem faz com que já não estejam em vigor”.
“Os divorciados recasados civilmente pertencem à Igreja” e têm direito a receber o cuidado de seus pastores, afirmou o Cardeal. “Por isso a necessidade de ter em cada Igreja particular pelo menos um sacerdote, devidamente preparado, que possa prévia e gratuitamente aconselhar as partes sobre a validez de seu matrimônio”, acrescentou.
“Com efeito, muitos esposos não são conscientes dos critérios de validez do matrimônio e menos ainda da possibilidade da invalidez. Depois do divórcio, é preciso realizar esta verificação, em um contexto de diálogo pastoral sobre as causas do fracasso do matrimônio anterior, averiguando as possíveis causas de nulidade. Ao mesmo tempo, evitando a aparência de um simples cumprimento burocrático ou de interesses econômicos. Se tudo isso for realizado com seriedade e buscando a verdade, a declaração de nulidade produzirá uma libertação das consciências das partes”, indicou.
As instâncias de uma “mentalidade do divórcio” na celebração do sacramento do matrimônio faz acreditar que muitos casamentos celebrados na Igreja poderiam ser inválidos.
“Para verificar a possível nulidade do vínculo de maneira eficaz e ágil”, indicou, muitos sentem que os procedimentos precisam ser revisados. Para isso, o Papa Francisco nomeou uma comissão especial que reforme o processo de nulidade de matrimônios.
Homossexualidade
O documento também aborda o tema da homossexualidade e assinala que há “um amplo consenso em relação ao fato que as pessoas de tendência homossexual não devem ser discriminadas”, mas ao mesmo tempo emerge “com igual clareza que de parte da maioria dos batizados —e da totalidade das Conferências episcopais— não se espera uma equiparação destas relações com o matrimônio entre homem e mulher”.
“As formas ideológicas das teorias de gênero tampouco geram um consenso entre a grande maioria dos católicos”, acrescenta.
“Muitos querem, em contrapartida, superar os tradicionais róis sociais, condicionados culturalmente, e a discriminação das mulheres, que continua presente, sem negar com isso a diferença natural e criatural entre os sexos e sua reciprocidade e complementariedade”.
O Evangelho da vida
Em conclusão, a relação assinala a importância do Evangelho da vida. Quer dizer a abertura à vida não alheia ao amor conjugal. “O amor esponsal, e mais em geral a relação, nunca deve construir-se como um círculo fechado”, além disso, “a acolhida da vida não se pode pensar como limitada unicamente à concepção e ao nascimento. Se completa na educação dos filhos, no sustento que se oferece ao seu crescimento”.
O documento também recorda que “a acolhida da vida, assumir as responsabilidades em ordem à geração da vida e ao cuidado que esta requer, só é possível se a família não for concebida como um fragmento isolado, mas se perceber inserida em uma trama de relações”.
Nesse sentido, a Igreja está chamada a proclamar e ser testemunha da dignidade suprema da pessoa humana, “por isso, é preciso cuidar de modo particular da educação da afetividade e da sexualidade”.
Para isso, a relação aponta à necessidade de propor novamente a mensagem de Paulo VI em sua encíclica Humanae Vitae sobre o controle da natalidade.
Conclusão
Finalmente, o texto conclui que o desafio do Sínodo é “propor de novo ao mundo de hoje, em certos aspectos tão parecido ao dos primeiros tempos da Igreja, o atrativo da mensagem cristã em relação ao matrimônio e à família, destacando a alegria que dá, mas ao mesmo tempo dar respostas reais e impregnadas de caridade aos numerosos problemas que especialmente hoje tocam a existência da família. Destacando que a autêntica liberdade moral não consiste em fazer o que se sente, não vive só de emoções, mas se realiza somente adquirindo o verdadeiro bem”.
“Em concreto nos pede acima de tudo nos colocar ao lado dos nossas irmãs e irmãos com o espírito do bom Samaritano: estar atentos a sua vida, em particular estar perto daqueles aos que a vida feriu’ e esperam uma palavra de esperança, que nós sabemos que só Cristo pode nos dar. O mundo necessita a Cristo. O mundo também nos necessita, porque pertencemos a Cristo”, concluiu.
Até poderia parecer um exagero por parte dos defensores da Família tradicional, mas resta nos saber por que existem pessoas interessadas em mudar os conceitos básicos de família?
Por que mudar o conceito de sexo CONCEBIDO ANTES DO nascimento e colocar como algo que se poderia escolher e alterar num determinado momento de sua vida?
O registro civil pode escrever uma mentira a seu respeito e fazer com que os outros sejam enganados sobre isso, a medicina pode até mudar a aparência externa de uma pessoa, mas isso não mudará a sua identidade genética, não lhe dará fertilidade nem futuro e ainda não deixará de ser uma mentira. O que seria mais fácil e mais barato não seria aceitar a verdade e o natural? Por que pessoas mentem que seria possível enganar a si mesmo e aos outros e mesmo assim conseguir ser feliz?
A resposta para essas perguntas é muito simples… Alguém ganha muito dinheiro com tudo isso e financia essa baboseira toda e os outros simplesmente acham que são obrigados a aceitar tudo isso silenciosamente.
Depois ainda tem gente que critica a sena da serpente mentindo para Eva no paraíso lhe oferecendo veneno dizendo que era sabedoria, a prova da verdade está nos acontecimentos que ocorreram apos o fato. Há quem diga que a famosa serpente falante na verdade inventou o moderno “MARKETING” e fez uma propaganda tão bem feita de seu produto que vendeu gato por lebre sem muita dificuldade, mas foi por isso que Moisés nos contou esta estória sórdida, para abrismos os olhos frente essas falsidades que nos apresentam por aí neste mundo de hoje.
“FICA ESPERTO, NÃO COMA QUALQUER FRUTO PODRE QUE LHE OFEREÇAM POR AÍ…”
PARA NÃO SER ENGANADO NOVAMENTE…
LEIA O TEXTO ABAIXO:
Lamentavelmente querem mesmo o fim da família:
O Estatuto da Destruição da Família.
Existem algumas situações com as quais nos deparamos na sociedade atual que, a bem da verdade, enchem-nos de uma profunda e justificada indignação. Para nós, que assumimos publicamente e defendemos sem medo que aos homens não é possível nenhuma auto-afirmação legítima, sólida e saudável que seja divorciada da ordem moral, testemunhar as barbaridades perpetradas por aqueles que se encontram a diuturno serviço do espírito revolucionário é ultrajante. A multiplicidade de aspectos da nossa realidade, que tem sido minuciosamente seviciada há muito tempo, provocam em nós os mais díspares efeitos, da raiva mais inflamada ao pessimismo mais melancólico. Recorrer às letras, às imagens e ao som é sempre uma forma produtiva não apenas de extravasar esses sentimentos, mas de reagir ao que se passa, de alertar os circundantes sobre a gravidade dos acontecimentos.
Óbvio que nem todos são positivamente obrigados a indignar-se dessa forma. Aralé ralante – para usar uma expressão de Baltasar Gracián – a serviço da Revolução é matreira e sabe como fazer seu trabalho de um modo sutil, à surdina – o que torna nosso trabalho muito necessário. Entretanto, há algumas coisas que ultrapassam em tão larga medida o limite do meramente intolerável que, a bem da verdade, parecem ter a proeza de roubar-nos até mesmo a capacidade de articulação para o alerta e a denúncia. Essas coisas são tão absurdamente explícitas, tão ululantemente óbvias, que o que mais nos indigna não é tanto a sua natureza brutal, mas a pusilanimidade e a pasmaceira gerais diante delas.
Confesso que escrever essas linhas está sendo como tirar leite de pedra, pois estou justamente num desses momentos de estupefação – e, para quem combate o espírito revolucionário e seus sicários, impressionar-se com alguma coisa é algo cada vez mais difícil com o passar do tempo. A Comissão Especial da Diversidade Sexual da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em conjunto com a Frente Parlamentar Mista pela Cidadania LGBT, entregaram ao presidente do senado, José Sarney, em 23 de agosto, o anteprojeto do Estatuto da Diversidade Sexual (EDS). Composto de 111 artigos, o EDS é uma das peças mais grotescas e aviltantes já concebidas na história brasileira.
Maria Berenice Dias (E), da OAB, entrega a Sarney o anteprojeto do EDS com Marta Suplicy.
Este artigo tratará dos pontos mais absurdos do texto feito pela OAB. Os trechos em negrito são grifos nossos.
Art. 13 – Todas as pessoas têm direito à constituição da família esão livres para escolher o modelo de entidade familiar que lhes aprouver, independente de sua orientação sexual ou identidade de gênero.
A Constituição Brasileira estabelece no § 3º do art. 266 que “é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento”. Se o STF, cujos ministros certamente foram vítimas de profunda crise coletiva de diverticulite encefálica, atropelou a Carta Magna ao estabelecer que, de acordo com o “espírito Constituinte”, a união homoafetiva é equivalente ao casamento entre homem e mulher, esse artigo do EDS esmigalha a letra constitucional sem piedade. Notem que o “modelo de entidade familiar que lhes aprouver” pode ser qualquer coisa: dois homens, duas mulheres, três homens, três mulheres, um homem e duas mulheres, uma mulher e dois homens… Não há limites – mesmo porque o EDS deixa implícito que a própria existência de limites seria um empecilho a esse suposto direito. Assim sendo, qualquer coisa poderá ser considerada união estável. Emblemática e ironicamente, no mesmo dia em que o anteprojeto do EDS foi apresentado a Sarney, um cartório de Tupã, interior paulista, lavrou uma escritura pública de união poliafetiva (sic) entre um homem e duas mulheres.
Art. 14 – A união homoafetiva deve ser respeitada em sua dignidade e merece a especial proteção do Estado como entidade familiar.
O anteprojeto não defende que a família, seja de que tipo for, mereça especial proteção do Estado, mas apenas a união homoafetiva. Não é fornecido nenhum argumento que justifique esse posicionamento, o que deixa margem a muitas especulações. A mais óbvia é de que o modelo tradicional de família – um homem e uma mulher unidos em matrimônio – não é digno da mesma proteção que a união homoafetiva merece. De duas, uma: ou a família tradicional é mais forte e demanda menos tutela do Estado, ou a ela é menos desejável para a sociedade em que vivemos.
Art. 32 – Nos registros de nascimento e em todos os demais documentos identificatórios, tais como carteira de identidade, título de eleitor, passaporte, carteira de habilitação, não haverá menção às expressões “pai” e “mãe”, que devem ser substituídas por “filiação”.
Esse é, certamente, um dos artigos mais estapafúrdios do EDS. A OAB parece demonstrar, nesse trecho, que qualquer menção à existência da família tradicional em documentos identificatórios deve ser suprimida por representar um símbolo anacrônico, lembrança de um modelo ultrapassado de organização humana que deve ser superada.
FAMÍLIA TRADICIONAL CRISTÃ.
Art. 39 – É reconhecido aos transexuais, travestis e intersexuais odireito à retificação do nome e da identidade sexual, para adequá-los à sua identidade psíquica e social, independentemente de realização da cirurgia de transgenitalização.
Art. 40 – A sentença de alteração do nome e sexo dos transexuais, travestis e intersexuais será averbada no Livro de Registro Civil de Pessoas Naturais.
Parágrafo único – Nas certidões não podem constar quaisquer referências à mudança levada a efeito, a não ser a requerimento da parte ou por determinação judicial.
A vedação de toda e qualquer referência à mudança de nome da pessoa, considerada pelo EDS uma “retificação” – ou seja, a correção de um erro –, apenas reforça a ideia de que a identidade sexual da pessoa é algo construído socialmente. A OAB, autora do anteprojeto, demonstra considerar o ser humano uma tabula rasa, um objeto que pode ser modificado de qualquer maneira a depender das circunstâncias. Não deixa de ser uma ideia que, no fundo, remete à engenharia social.
Art. 62 – Ao programarem atividades escolares referentes a datas comemorativas, as escolas devem atentar à multiplicidade de formações familiares, de modo a evitar qualquer constrangimento dos alunos filhos de famílias homoafetivas.
O que isso significa na prática? As escolas terão de evitar a comemoração de efemérides como Dia dos Pais, Dia das Mães, Dia dos Avôs e das Avós, ou fazê-las de modo que a família tradicional não receba o relevo e a atenção que merece – afinal, isso seria considerado preconceito indireto contra as uniões homoafetivas ou poliafetivas.
Art. 67 – É vedado inibir o ingresso, proibir a admissão ou a promoção no serviço privado ou público, em função da orientação sexual ou identidade de gênero do profissional.
Art. 68 – Quando da seleção de candidatos, não pode ser feita qualquer distinção ou exclusão com base na sua orientação sexual ou identidade de gênero.
Esses dois artigos lembram analogamente uma situação que está ocorrendo nos Estados Unidos. O governo de Barack Hussein Obama sancionou uma lei que obriga todos os empregadores americanos – empresas públicas e privadas, com fins lucrativos ou não – a fornecerem medicamentos contraceptivos e abortivos a quaisquer funcionárias que os requisitem. Diversas organizações católicas que atuam na área educacional e no terceiro setor acionaram judicialmente a administração Obama, uma vez que isso fere a filosofia das entidades mantenedoras dessas organizações e representa uma afronta à liberdade religiosa nos Estados Unidos.
«A família americana “tradicional”: mãe, filha, pai, filho e o Grande Irmão (governo).»
Com base nos dois artigos acima, organizações religiosas ficariam impedidas de escolher seus funcionários com base em critérios éticos congruentes com suas convicções religiosas, sendo virtualmente obrigadas a contar com um quadro de funcionários que não seja integralmente montado de acordo com seus próprios critérios.
Art. 106 – A participação em condição de igualdade de oportunidade, na vida econômica, social, política e cultural do País será promovida, prioritariamente, por meio de:
I – inclusão nas políticas públicas de desenvolvimento econômico e social;
II – modificação das estruturas institucionais do Estado para o adequado enfrentamento e a superação das desigualdades decorrentes do preconceito e da discriminação por orientação sexual ou identidade de gênero;
III – promoção de ajustes normativos para aperfeiçoar o combate à discriminação e às desigualdades em todas as manifestações individuais, institucionais e estruturais;
IV – eliminação dos obstáculos históricos, socioculturais e institucionais que impedem a representação da diversidade sexual nas esferas pública e privada;
V – estímulo, apoio e fortalecimento de iniciativas oriundas da sociedade civil direcionadas à promoção da igualdade de oportunidades e ao combate às desigualdades, inclusive mediante a implementação de incentivos e critérios de condicionamento e prioridade no acesso aos recursos públicos;
VII – implementação de programas de ação afirmativa destinados ao enfrentamento das desigualdades no tocante à educação, cultura, esporte e lazer, saúde, segurança, trabalho, moradia, meios de comunicação de massa, financiamentos públicos, acesso à terra, à Justiça, e outros.
Se existem sistemas de cotas raciais para acesso ao ensino superior público e concursos públicos, por que não estabelecer cotas sexuais? É justamente isso que esse artigo do EDS propõe. Não apenas isso: também estabelece acesso privilegiado a recursos públicos tendo como único critério a identidade sexual.
Isto, caríssimos leitores, é o que a Ordem dos Advogados do Brasil e uma boa porção de nossos parlamentares, bem como a totalidade das organizações paragovernamentais LGBT, desejam para nosso País: a desconstrução da família, o alicerce da sociedade. Caso o Estatuto da Diversidade Sexual, esse folhetim de natureza inegavelmente inconstitucional e imoral, chegar a ser aprovado, o potencial efeito desagregador que isso terá no Brasil será algo inimaginável. Se a situação está crítica agora, ela será um sonho idílico comparado com o que está por vir.
Querem acabar com a família: Escolas de São Paulo acabam com “O Dia das Mães” e instituem o “Dia dos Cuidadores” segue matéria abaixo:
Usando como pano de fundo a defesa dos Direitos humanos em favor das Minorias iremos desconstruir o correto e tradicional institucionalizando o paliativo, incompleto, genérico, substitutivo diminuindo a dignidade de uma criança que sente orgulho de fazer parte de uma Família bem construída e feliz. Não que todos sejam assim tão felizes, mas que todos tenham o direito de sonhar e desejar aquilo que realmente é bom e faz bem para si mesmo.
A solução de problemas na sociedade não consiste em se acomodar com o problema e acochambrar novos valores e sim de recuperar os verdadeiros valores que deveriam ser preservados a qualquer custo, mas bem se vê que o desejo dos inimigos da FAMÍLIA não é a sua preservação e sim a sua destruição total até que a pessoa humana perca totalmente a sua dignidade e se torne apenas um robô programável e descartável segundo a vontade de seu dono, que neste caso seria o governo e não os Pais que já foram descartados da vida de seus filhos.
Lamentavelmente querem mesmo o fim da família:
Família Tradicional
Segundo a revista Veja, de 16.5.2014, este ano algumas escolas municipais da cidade de São Paulo deixaram de comemorar o tradicional “Dia das Mães”. No seu lugar celebraram o que denominaram de “Dia de quem cuida de mim”.
Em nota, afirma a Secretaria de Educação:A razão apresentada por uma coordenadora pedagógica foi que “a família tradicional não existe mais”. Isto quer dizer que, para ela, família com pai, mãe e filhos acabou. É coisa do passado.
Hoje em dia, a família é composta por diferentes núcleos de convívio e, por isso, algumas escolas da Rede Municipal de Ensino decidiram transformar o tradicional Dia dos Pais e das Mães no Dia de quem cuida de mim.”
A alegação é de que o fato de se criar “o dia de quem cuida de mim” permite que as crianças criadas por parentes ou por “casais” homossexuais não se sintam excluídas em datas como o “Dia das Mães” ou o “Dia dos Pais”.
É uma falsa alegação pois é evidente que não se deve transformar excessão em regra geral. O normal é as crianças terem e conviverem com os pais e com as mães. Para as situações de exceção criam-se soluções e não extinguindo os costumes habituais.
Na realidade trata-se de mais uma etapa nas ações que visam destruir a instituição da família.
Nesse caso servindo-se do falacioso argumento do “direito” das minorias. Ora, o critério do direito não é se se trata de “maioria” ou de “minoria”, mas sim se aquilo é correto (“direito”) ou não.
O erro não tem direito, seja ele de “minoria” ou de “maioria”. Sendo um erro, aquilo deve sofrer a devida “exclusão”. Do contrário, passa-se a praticar a mais abominável das situações de amoralidade, como aquela descrita pelo Profeta Sofonias, que anuncia terríveis castigos de Deus para aqueles que dizem consigo mesmos: “O senhor não faz bem nem o mal”.
A destruição da família terá, como uma de suas consequências, o terrível prognóstico do Profeta Sofonias, da parte de Deus Nosso Senhor: “Mergulharei os homens na aflição, e eles andarão como cegos, porque pecaram contra o Senhor”.
É o que já se começa a observar em todo o mundo: as pessoas estão aflitas e não vêem solução no horizonte tanto religioso quanto político.
Entretanto, para os que verdadeiramente têm Fé há a esperança nas promessas de Nossa Senhora de Fátima:
“Por fim Meu Imaculado Coração Triunfará”.
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Não julgue o conteúdo de uma Embalagem de presente apenas pelo seu exterior!
Esta estória nos revela que um presente pode ser muito mais do que aquilo que imaginamos em nossa primeira impressão.
Um jovem estava para se formar.
Já há muitos meses ele vinha admirando um lindo carro esporte.
Sabendo que seu pai podia muito bem arcar com aquela despesa, ele disse ao pai que o carro era tudo o que ele desejava.
Como o dia da formatura estava próximo, o jovem esperava sinais de que seu pai tivesse comprado o carro.
Finalmente, na manhã da formatura, o pai o chamou e disse quão orgulhoso se sentia por ter um filho tão bom e disse a ele o quanto o amava.
Então entregou ao filho uma caixa de presente, lindamente embalada.
Curioso e, de certa forma desapontado, o jovem abriu a caixa e encontrou uma Bíblia de capa de couro com o nome dele gravado em ouro.
Irado, ele levantou a sua voz para o pai e disse: “Com todo o dinheiro que você tem, você me dá uma Bíblia?” E violentamente saiu de casa.
Muitos anos se passaram, e o jovem tornou-se um homem de sucesso nos negócios.
Ele tinha uma linda casa e uma família bonita, mas certo dia percebeu que seu pai já estava idoso e resolveu visitá-lo.
Ele não via o pai desde o dia da formatura.
Antes de terminar os preparativos para a viagem, recebeu um telegrama informando que seu pai havia falecido e deixado todas as suas posses em testamento para o filho.
Ele precisava imediatamente ir à casa do pai e cuidar de tudo.
Quando lá chegou, sentiu um misto de tristeza e arrependimento preencher o seu coração.
Estava remexendo os documentos e papéis do pai quando viu a Bíblia, ainda nova, exatamente como ele havia deixado anos atrás.
Com lágrimas, ele abriu a Bíblia e começou a virar as páginas.
Seu pai havia sublinhado cuidadosamente o versículo de (Mateus 7.11):
“Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhes pedirem?”
Enquanto lia, uma chave de carro caiu da Bíblia.
Ela tinha uma etiqueta com o nome da revendedora, a mesma que tinha o carro esporte que ele tanto desejava.
Na etiqueta constava a data da formatura, e as palavras:
“Totalmente pago.”
Quantas vezes nós perdemos as bênçãos de Deus porque elas não vêm “embaladas” como nós esperamos!
Que possamos dar valor as coisas boas, mesmo que a “embalagem” seja um pouco diferente!!
Precisamos prestar atenção as coisas boas que recebemos e às vezes não são como imaginávamos, muitas vezes a “embalagem” pode ser diferente mas no fundo é o que realmente gostaríamos de ter.
Hoje trago uma mensagem que nos faz refletir e agradecer a Deus pelas coisas boas que recebemos e muitas vezes não somos gratos .
“O que você diria ou faria se um dia seu filho pequeno lhe respondesse desta forma logo após receber um conselho ou uma advertência?”
QUANDO O TEU (TUA) FILHO(A) LHE DISSER:
PAI, MÃE NÃO SE METAM NA MINHA VIDA!
Hoje que estou aprofundando meus estudos teológicos na Família, seus valores, seus princípios, suas riquezas, seus conflitos, recordo-me de uma ocasião em que escutei um jovem gritar para seu pai:
NÃO TE METAS NA MINHA VIDA!
Essa frase tocou-me profundamente.
Texto escrito por um Sacerdote.
Essa frase tocou-me profundamente.
Tanto que, freqüentemente, a recordo e comento nas minhas conferências com pais e filhos. Se, em vez de sacerdote, tivesse optado por ser pai de família, o que diria ante essa exclamação impertinente de meu(minha) filho(a)?
Esta poderia ser a minha resposta:
FILHO, UM MOMENTO, NÃO SOU EU QUE ME METO NA TUA VIDA, FOSTE TU QUE TE METESTE NA MINHA!
Faz muitos anos, graças a Deus, e pelo amor que tua mãe e eu sentimos, chegaste às nossas vidas e ocupaste todo nosso tempo.
Ainda antes de nasceres, tua mamãe sentia-se mal, não conseguia comer, tudo o que comia, vomitava.
E tinha que ficar de repouso.
Tive que me dividir entre as tarefas do meu trabalho e as da casa para ajudá-la.
Nos últimos meses, antes que chegasses, tua mãe não dormia e não me deixava dormir.
Os gastos aumentaram incrivelmente, tanto que grande parte do que ganhava era gasto contigo, para pagar um bom médico que atendesse tua mamãe e a ajudasse a ter uma gravidez saudável, em medicamentos, na maternidade, em comprar-te todo um guarda-roupa etc.
Tua mãe não podia ver nada de bebê, que não o quisesse para ti, compramos tudo o que podíamos, contando que tu estivesses bem e tivesses o melhor possível.
(COMO NÃO METER-ME NA TUA VIDA?!!!!!)
Chegou o dia em que nasceste:
Tivemos que comprar algo para dar de recordação aos que te vieram conhecer, Tivemos que adaptar um quarto para você.
Desde a primeira noite não dormimos. A cada três horas, como se fosses um alarme de relógio, despertavas para te darmos de comer.
Outras, porque te sentias mal e choravas e choravas, sem que nós soubéssemos o que fazer, pois não sabíamos o que te tinhas, até chorávamos contigo.
(NÃO METER-ME NA TUA VIDA?!!!!!)
Começaste a andar e não sei quando foi que tive que andar mais atrás de “ti”, se quando começaste a andar ou quando pensaste que já sabias. Já não podia sentar-me tranqüilo lendo jornal, vendo um filme ou o jogo do meu time favorito, porque quando acordavas, te perdias da minha vista e tinha que sair atrás de ti para evitar que te machucasses.
(NÃO METER-ME NA TUA VIDA?!!!!!)
Ainda me lembro do primeiro dia de aula. Quando tive que telefonar para o serviço e dizer que não podia ir. Já que tu, na porta do colégio, não querias soltar-me a mão e entrar.
Choravas e pedias-me que não fosse embora.
Tive que entrar contigo na escola, e pedir à professora que me deixasse estar ao teu lado, algum tempo, na sala, para que te fosses acostumando.
Depois de algumas semanas, já não me pedias que ficasse e até esquecias de se despedir quando saías do carro correndo para te encontrares com os teus amiguinhos.
(NÃO METER-ME NA TUA VIDA?!!!!!)
Foste crescendo, já não querias que te levássemos às festas em casa de teus amiguinhos, pedias-nos que parássemos numa rua antes de te deixarmos e que te fôssemos buscar numa rua depois.
Porque já eras “cool“, top, não querias chegar cedo em casa.
Incomodava-te que te impuséssemos regras.
Não podíamos fazer comentários sobre os teus amigos, sem que te voltasses contra nós, como se os conhecesses a eles toda a tua vida e nós fôssemos uns perfeitos “desconhecidos” para ti.
(NÃO METER-ME NA TUA VIDA?!!!!!)
Cada vez sei menos de ti por ti mesmo, sei mais pelo que ouço dos demais.
Já quase não queres falar comigo, dizes que apenas sei reclamar, e tudo o que faço está mal, ou é razão para que te rias de mim, pergunto:
como, com esses defeitos, pude dar-te o que até agora tens tido?
Tua mãe passa noites em claro e, conseqüentemente, não me deixa dormir dizendo-me que ainda não chegaste e que já é madrugada, que o teu celular está desligado, que já são 3h e não chegas.
Até que, por fim, podemos dormir quando acabas de chegar.
(NÃO METER-ME NA TUA VIDA?!!!!!)
Já quase não falamos, não me contas as tuas coisas, aborrece-te falar com velhos que não entendem o mundo de hoje.
Agora só me procuras quando tens que pagar algo ou necessitas de dinheiro para a universidade, ou para se divertir.
Ou pior ainda, procuro-te eu, quando tenho que chamar-te a atenção.
(NÃO METER-ME NA TUA VIDA?!!!!!)
Mas estou seguro que diante destas palavras:
“NÃO TE METAS NA MINHA VIDA”, podemos responder juntos:
FILHO(A), NÃO ME METO NA TUA VIDA
POIS FOSTE TU QUE TE METESTE NA MINHA.
TE ASSEGURO QUE DESDE O PRIMEIRO DIA ATÉ O DIA DE HOJE, NÃO ME ARREPENDO QUE TE TENHAS METIDO NELA E A TENHAS TRANSFORMADO PARA SEMPRE!
ENQUANTO FOR VIVO, VOU METER-ME NA TUA VIDA, ASSIM COMO TU TE METESTE NA MINHA, PARA AJUDAR-TE, PARA FORMAR-TE, PARA AMAR-TE E PARA FAZER DE TI UM HOMEM OU UMA MULHER DE BEM!
SÓ OS PAIS QUE SABEM METER-SE NA VIDA DE SEUS FILHOS CONSEGUEM FAZER DELES, HOMENS E MULHERES QUE TRIUNFAM NA VIDA E SÃO CAPAZES DE AMAR!
(NÃO METER-ME NA TUA VIDA?!!!!!)
PAIS: MUITO OBRIGADO!
Por se meterem na vida dos seus filhos.
Ah, melhor ainda, corrijo, por terem deixado que os seus filhos se metam nas suas vidas!
E para vocês filhos:
VALORIZEM SEUS PAIS. NÃO SÃO PERFEITOS, MAS AMAM VOCÊS E TUDO O QUE DESEJAM É QUE VOCÊS SEJAM CAPAZES DE ENFRENTAR A VIDA E TRIUNFAR COMO HOMENS DE BEM !
A vida dá muitas voltas, e, em menos tempo do que vocês imaginam, alguém lhes dirá:
“NÃO TE METAS NA MINHA VIDA!”
A paternidade não é um capricho ou um acidente, é um dom de Deus, que nasce do Amor!
Tema preparado para apresentação em encontro de Casais.
Trabalhar a vivência do Matrimônio é muito importante para o fortalecimento do convívio do casal ajudando no aperfeiçoamento do Amor e a superação de todas os desentendimentos, intrigas, problemas e dificuldades do casamento no dia a dia.
A nossa preparação deve ser planejada para um futuro distante e não apenas para uns dias de férias da minha vida antiga, é um passo sem retorno e que o nosso futuro dependerá de cada atitude que tomarmos a partir de agora.
(C.I.C. 1614). Na sua pregação, Jesus ensinou sem equívocos o sentido original da união do homem e da mulher, tal como o Criador a quis no princípio: a permissão de repudiar a sua mulher, dada por Moisés, era uma concessão à dureza do coração (119): a união matrimonial do homem e da mulher é indissolúvel: foi o próprio Deus que a estabeleceu: «Não separe, pois, o homem o que Deus uniu» (Mt 19, 6).
– 21. Sujeitai-vos uns aos outros no temor de Cristo.
22. As mulheres sejam submissas a seus maridos, como ao Senhor, 23. pois o marido é o chefe da mulher, como Cristo é o chefe da Igreja, seu corpo, da qual ele é o Salvador. 24.Ora, assim como a Igreja é submissa a Cristo, assim também o sejam em tudo as mulheres a seus maridos. 25.Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela, 26. para santificá-la, purificando-a pela água do batismo com a palavra, 27. para apresentá-la a si mesmo toda gloriosa, sem mácula, sem ruga, sem qualquer outro defeito semelhante, mas santa e irrepreensível. 28. Assim os maridos devem amar as suas mulheres, como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo. 29. Certamente, ninguém jamais aborreceu a sua própria carne; ao contrário, cada qual a alimenta e a trata, como Cristo faz à sua Igreja 30. porque somos membros de seu corpo. 31. Por isso, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois constituirão uma só carne (Gn 2,24). 32. Este mistério é grande, quero dizer, com referência a Cristo e à Igreja. 33. Em resumo, o que importa é que cada um de vós ame a sua mulher como a si mesmo, e a mulher respeite o seu marido. (Efésios 5, 21 a 33)
O Sacramento do Matrimônio começa no altar na solenidade do Casamento da Igreja.
É quando dizemos “SIM” um ao outro.
É quando livremente declaramos que desejamos viver um com o outro por toda a vida, na alegria e na tristeza, nos momentos bons e nos momentos difíceis. Naquele momento solene, revestido de muita pompa se dá o começo de nosso casamento. Ele vai durar a vida toda, pois é indissolúvel e sua continuidade é fundamental.
É neste ambiente que surge o casal, não mais homem e mulher, mas um casal, uma só carne que deve crescer e multiplicar-se. O crescimento pertence aos dois, ambos devem cooperar um com o outro para que atinjam uma maturidade capaz de produzir de maneira estável a felicidade um do outro.
A vida humana surge como de uma nascente sagrada e é cultivada e formada.
Tem continuidade ao longo do futuro através das sucessões familiares.
O Concílio Vaticano II, na constituição Dogmática sobre a Igreja, começa dizendo no N. 11 que Ela é o povo de Deus, e declara que a Família é a Igreja Doméstica.
ISTO SIGNIFICA:
“LUGAR ONDE DEUS RESIDE, É ADORADO, AMADO E SERVIDO.”
“A Salvação da pessoa e da sociedade humana estão intimamente ligadas à condição da feliz comunidade conjugal e Familiar”.
A FAMÍLIA SE CONSTITUI O FUNDAMENTO DA SOCIEDADE.
Jesus habita de maneira muito especial na Família Cristã nascida e vivenciada no Sacramento do Matrimônio. Ele revela muito bem sua presença no evangelho das Bodas de Caná da Galileia. Quer estar com a Família ajudando-a a vencer todos os desafios de falta de vinho, isto é, o que faltar para a alegria e a felicidade plena de um casal.
Deus quando os criou homem e mulher à sua imagem e semelhança Ele os quis em Família onde impera o amor.
O ser humano é semelhante a deus na medida em que desenvolve a capacidade de amar seu semelhante, a começar pelo seu próximo mais próximo que no Matrimônio Cristão é o seu cônjuge.
Criou todos os seres dotados de tudo, somente o homem, no sexto dia Ele afirmou, “CRESCEI E MULTIPLICAI, DOMINAI A TERRA.” Homem e mulher são chamados a continuar a obra de Deus, a construção mútua e do universo.
O ser humano possui a capacidade de criar, não só de seus filhos, mas de si mesmos.
Ao final deste encontro já teremos uma consciência nítida que temos uma tarefa nova e gostosa pela frente. Devemos cultivar nosso amor e construir o Reino de Deus em nosso lar.
Temos um campo bem definido de atuação, que é nossa casa no âmbito familiar, se cada lar for um jardim de felicidade, o mundo seria exuberante, a beleza e a paz alimentarão todos os corações. esta tarefa deve ser feita por uma livre escolha de cada um.
Nossas obrigações conjugais e familiares instintivamente devem ser prazerosas e plenas de realização.
O catecismo da Igreja Católica diz que a Família é “O VESTÍGIO E IMAGEM DA COMUNHÃO DO PAI DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO. SUA ATIVIDADE PROCRIADORA E EDUCADORA É O REFLEXO DA OBRA CRIADORA DO PAI”.
Isto mostra que a Família é a unica imagem de Deus Trindade esculpida por Ele. Não é uma imagem estática, mas dinâmica e viva como Deus é VIVO e Dinâmico. DEUS não criou e abandonou sua obra, Ele continua agindo e nos faz seus cooperadores, responsáveis pela continuação de sua obra pelo seu aperfeiçoamento. Desde o começo da humanidade existe a família e ninguém jamais pode ou poderá destruir, pelo fato de que ela é Divina e foi instituída por Deus. Como ensina o catecismo da Igreja Católica, “A FAMÍLIA É A CÉLULA ORIGINÁRIA DA VIDA SOCIAL.” É a sociedade natural na qual o homem e a mulher são chamados ao dom de si no amor e no dom da vida”.
A Família é o eixo da humanidade, é a sua pedra angular.
É na família que as crianças devem aprender a amar a Deus, a respeitar a seus pais, a usar sua liberdade de dentro dos limites da disciplina familiar.
É na família que os filhos aprendem a se valorizar por ter uma obrigação, um dever a cumprir, exercícios escolares a realizar.
Quando os filhos crescem nunca se esquecem dos preceitos familiares nem dos conselhos de seus pais, mesmo que os testem na adolescência e se afastem deles por algum tempo.
Os valores humanos e evangélicos plantados uma vez no coração das crianças, não morrem, mesmo que eles aparentemente os reneguem, uma força interior os conduz para a justiça e para o desejo de amar e ser amados.
A nossa espiritualidade de casados, não é a de Padres e freiras celibatários. nossa espiritualidade própria envolve os dois, não pode ser individual. deus nos confiou uma tarefa comum, que devemos cumprir a dois.
Precisamos cimentar o nosso amor no AMOR de DEUS. Quanto mais nos amarmos um ao outro mais estamos amando a Deus e nossas brigas, desentendimentos, rancores e falta de perdão com toda certeza são ofensas a Deus. Nossa infidelidade conjugal é também infidelidade a deus. Somos encarregados de fazer com que o mandamento do amor seja posto em pratica, a partir da nossa casa.
A experiência que temos com casais mostra que eles tem uma profunda dificuldade para rezar juntos. Alguns rezam até demais, individualmente. Há casais que rezam cada um para o seu lado.
Todos os dias precisamos oferecer a Deus nosso trabalho diário, nossos filhos, nossos problemas e pedir que Ele nos ajude a cumprir sua vontade ao longo do dia.
Há muita gente que procura por uma oração forte, mas asseguro a você que não existe uma oração mais forte do que o casal que reza junto, sabem porque? É Jesus que reza ao Pai unido ao casal e pede ao Pai juntamente com os dois, conforme prometeu em (São Mateus 18, 19-20) “ONDE DOIS OU MAIS ESTIVEREM REUNIDOS EM MEU NOME EU ESTAREI NO MEIO DELES”.
Nosso amor conjugal precisa crescer cada dia e o caminho para que isso aconteça consiste no dialogo e perdão. Sem dialogo meus amigos não conheceremos um ao outro E NINGUÉM AMA A QUEM NÃO CONHECE, ficamos imaginando cousas que não são verdadeiras e nos afastam mais um do outro. O diálogo precisa ser humilde, verdadeiro, construtor. Temos um belo exemplo de diálogo na Bíblia em (São João 4) quando Jesus fala com a Samaritana no poço de Jacó.
O amor definha na medida em que não oferecemos o perdão do mesmo modo como as plantas secam por falta d’água.
Quantas vezes perdoar, minhas amigas e meus amigos?
Qual foi a resposta de Jesus a São pedro?
Pedro perguntou ao Mestre se poderia perdoar até sete vezes.
Jesus respondeu enfaticamente, não apenas sete vezes apenas, mas setenta vezes sete todos os dias. isto significa: SEMPRE, SEMPRE SEMPRE.
Há, já perdoei duas vezes, agora ele vai ver o que é bom, vou me vingar.
As vezes dizemos isso. sem deixar de rezar o Pai nosso “
PERDOAI AS NOSSAS OFENSAS ASSIM COMO NÓS PERDOAMOS …
Amigas e amigos se há algo muito importante para a espiritualidade conjugal, são os nossos corpos. Saíram das mãos de Deus que nos fez homem e mulher, atraídos um pelo outro e desejosos de se darem um ao outro.
A felicidade mais parecida com a do céu é a do orgasmo.
Deus quer que experimentemos uma amostra grátis da felicidade celestial. Como é bom estarmos junto, como faz bem nos doarmos um ao outro sem reservas e sem pensar em outro ou outra.
Nós precisamos aperfeiçoar nossa relação sexual. Ela não começa na hora que a gente entra no quarto e inicia a se despir.
Ela começa pela manhã quando acordamos e damos um bom dia bem alegre ao nosso cônjuge.
Devemos agradecer a Deus por termos ao nosso lado a fonte de nossa alegria e felicidade que é o nosso cônjuge e manifestar um ao outro toda ternura, respeito e atenção.
A mulher é fisiologicamente diferente do homem, seu sexo é mais difuso em todo o corpo e é mais lento nas relações. NAS REAÇÕES. Enquanto que o homem tem um processo mais rápido, por esta razão ele deve procurar sintonizar com as relações dela para que sejam bem sucedidos.
Faz parte de nossa espiritualidade conjugal nosso bom desempenho no sexo, fazendo seu parceiro e parceira felizes.
Como dizia um certo Padre com experiência com casais, depois de uma noite bem sucedida vocês têm mais ânimo e coragem para a labuta, sofrimentos e canseiras do dia a dia.
Amigos e amigas, certamente levamos muitos bons propósitos deste Encontro com Cristo.
Nossa lua de mel mais consciente de nosso matrimônio vai recomeçar a partir de hoje melhor do que da primeira vez.
Mas queremos alertar a vocês de uma coisa verdadeira que nos poderá atrapalhar logo mais e nos decepcionar um com o outro.
É que somos pecadores e como tais precisamos da ajuda dos irmãos. precisamos de uma equipe de casais para nos ajudarem na caminhada a refazer nosso entusiasmo e nossos bons propósitos.
Falamos disto com muita experiência pois há muitos anos nos reunimos com a mesma equipe de espiritualidade conjugal e caminhamos para Deus todos juntos.
Não abandonem sua equipe. Ela é a garantia de seu sucesso daqui para frente. Na sua equipe você vai viver em comunidade, sendo uma célula viva da Igreja de Cristo.
“Superar os momentos difíceis é sabedoria…Viver os momentos felizes é uma arte.Que a felicidade a dois continue sendo o objetivo principal de suas vidas. Que a caminhada seja longa repleta de amor e compreensão. ”Que Jesus continue sempre presente realizando o milagre do vinho novo nos momentos mais Difíceis da Vida.Nossos Votos de Muitas felicidades.
A Espiritualidade é um componente Permanente na vida do Cristão, Seja ele um Jovem solteiro, Casado ou Consagrado ao Sacerdócio. Foi escolhido para meditar na campanha Nacional da Família deste ano de 2014 o tema:
Quer dizer, ser santo não é um privilégio dos monges ou de uma elite, mas é algo destinado a todo e qualquer batizado e a tantos outros que nem são cristãos.
“Todos os que, movidos pelo Espírito de Deus, obedecem a voz do Pai e adoram a Deus Pai em espírito e verdade, cultivam nos vários gêneros de vida e ofícios uma única santidade”. (Lumen gentium, 41)
No nº 56 da “Familiaris consortio” lê-se:
“Cumprindo à energia do sacramento, a própria missão conjugal e familiar, penetrados do espírito de Cristo que impregna toda a sua vida de fé, esperança e caridade avançam sempre mais na própria perfeição e mútua santificação e cooperam assim juntos para a glória de Deus”.
Jesus falou: “sede perfeitos, assim como vosso Pai celeste é perfeito” (Mt. 5,48) e são Paulo lembra-nos o seguinte: “esta é a vontade de Deus: Vossa santificação” (Ts. 4,3). Também escreveu que Cristo amou a Igreja como se fosse sua esposa, a fim de santificá-la. Todos os fiéis cristãos são chamados à santidade e à perfeição da caridade. A passagem de imperfeitos para perfeitos se dá sempre a partir do amor (Fl. 3,12).
Durante muitos séculos foi pensado que só os consagrados e os religiosos estivessem obrigados a seguirem e a viverem os preceitos evangélicos, mas o Evangelho é para ser vivido por todos os cristãos. Devemos testemunhar Cristo pobre, humilde, carregado com a cruz.
Os casados não imitam um estilo de santidade que funciona para os monges e religiosos. Os casados devem se ajudar mutuamente a conservar a graça no decurso de sua vida.
O marido tem a responsabilidade de ajudar a sua esposa a se salvar e vice-versa. Cada cônjuge tem o direito de receber o apoio, a inspiração e a motivação necessários para alcançar a vida eterna.
Assim, todos os cristãos, nas condições, ofícios ou circunstâncias de sua vida, e através desse tudo, dia a dia mais se santificarão se, com fé, tudo aceitam da mão do Pai.
Os cristãos, diz o Concílio Vaticano II são convidados e obrigados a procurar a santidade e a perfeição no seu próprio estado de vida.
O amor é o que dá sentido à vida, o que dá sentido ao casamento. A maior garantia para que o amor dos cônjuges não desapareça mas ainda se torne mais profundo, mais verdadeiro através dos anos é estar o casal constantemente em busca da sintonia entre seu projeto fundamental de vida e o projeto de Deus, fonte de toda a vida para nós.
Como agente de Pastoral somos missionários. O que sustenta esse nosso trabalho missionário é a experiência de Deus, ou seja, a espiritualidade.
A oração, esse relacionamento do ser humano com o seu Deus, está profundamente inscrita no coração de cada um, na forma de um desejo da criatura de encontrar-se com seu Criador, do filho querendo comunicar-se com o Pai. O batizado, à medida que vai crescendo na Igreja, recebe o apoio da comunidade nessa busca, por meio das liturgias, dos sacramentos, dos momentos reservados para esse encontro com Deus.
Uma das dificuldades que o cristão encontra quando casa, é a insegurança que sente diante dessa nova criatura de Deus que é o casal. Ao mesmo tempo em que cada um é chamado a conservar uma profunda identidade individual, o matrimônio busca fundir numa nova personalidade, numa nova espiritualidade, num novo ser muitas características e atitudes que passam a ser dois.
Assim, além do encontro individual do marido e da mulher com Deus, a nova criatura – o “ser-casal” – também tem necessidade de comunicar-se com Ele. E isso também será levado mais tarde, quando os filhos virão complementar essa unidade de amor e vida que é a família.
O QUE É ESPIRITUALIDADE?
Como estar em sintonia com Deus nosso Criador, fonte de Amor, num mundo de tanta violência, tão agitado, de tantas exigências? Busca-se a resposta nas diversas maneiras de expressão da fé, às quais damos o nome de espiritualidade.
A palavra espiritualidade vem do latim spiritus (espírito, alma, vida, sopro de vida).
Por espiritualidade entendemos ao mesmo tempo um determinado tipo de experiência e santidade cristãs, piedade ou vida espiritual.
Cada cristão é chamado a unir-se a Cristo, à configurar-se com Cristo. Neste sentido pode se dizer que existe uma única espiritualidade cristã. Mas como são diferentes os estilos de vida, há conseqüentemente diversas formas de espiritualidade. Os casados não se santificam do mesmo modo que os religiosos.
É sentida por todos a necessidade de uma força interior para sustentar nossas lutas do dia a dia. Nossa única tarefa será abrir nosso coração, nossa mente, para que Deus possa agir livremente em nós. Quando se dá espaço para Deus, Ele realiza infinitamente mais do que se pode imaginar.
Sabemos que estar em sintonia com Deus é graça, é dom, mas criar espaço para Ele em nós, é desafio e depende unicamente de nós.
O tempo que dedicamos a uma determinada coisa, nos mostra, em geral, o quanto ela nos vale. Achar tempo para Deus. De tanto nos entregarmos a preocupações deste mundo, deixamos cada vez menos espaço para Deus.
Tirar os entulhos do nosso coração, da nossa mente, para que Deus possa agir, é tarefa de cada dia, é uma tarefa constante.
O conhecimento pessoal é fundamental para uma espiritualidade sólida. Como edificar o Templo de Deus em nós se as bases humanas estão doentes, frágeis, estragadas por tantas preocupações inúteis.
É preciso reconstruir a base humana, o “eu” profundo, e só assim, será possível estar disponível para Deus e os irmãos.
Espiritualidade é o modo pelo qual buscamos conhecer, interpretar, discernir a vontade de Deus em nós, em nossa vida e a nossa resposta no caminho da santificação. No caminho para a santidade vamos nos transformando e toda transformação é evolutiva e muito lenta. Não há saltos, há passos…
Espiritualidade é viver sob a ação do Espírito Santo acolhendo suas inspirações e colocando-as em prática.
Às vezes se cria um quadro mental e se diz que Deus quer isso… È preciso trabalhar… Se eu não fizer, Deus não vai fazer em meu lugar.
A vida espiritual autêntica não dispensa o bom senso, a racionalidade, a coerência de comportamento e se harmoniza com as exigências fundamentais do ser humano considerado em suas situações concretas.
A verdadeira espiritualidade engloba todos os aspectos da vida. Ela integra na própria vida espiritual todos os elementos que compõem a trajetória humana.
A VIDA ESPIRITUAL EVOLUI
A vida evolui, isto é, não se fixa em um momento, não se repete. Ela se renova e gera novas conseqüências. Estagnar é condenar a vida e condenar a espiritualidade.
Evoluir significa variar conservando o mesmo sentido, permanecendo na mesma direção e mantendo os objetivos. Essa evolução passa por diferentes etapas em que diversificadas são as expectativas, novos os compromissos, outras são as solicitações internas, a distribuição do tempo varia, o lazer de ontem não mais satisfaz, o trabalho adquire um novo sentido; as satisfações, as frustrações, os conflitos e os desafios de amanhã serão diferentes dos de hoje.
Tudo isso conta na espiritualidade.
Essa evolução não é uniforme e nem sempre previsível. Há muitas surpresas no caminho, por mais que estejamos preparados e as tenhamos previsto como prováveis.
Uma verdadeira espiritualidade ajuda a família a viver o imprevisível e juntos, confiantes, caminhar para frente. O cristão não pode ficar parado na etapa infantil de sua fé. Ele é chamado a tornar-se adulto em Cristo e crescer na sabedoria divina (1Cor 13,11).
PRINCÍPIOS E ATITUDES
Apresentaremos aqui não um modelo teórico de espiritualidade familiar a ser seguido, mas ofereceremos uma pequena pedagogia para ajudar o casal e a família a viver, na realidade, às vezes difícil, o seu dia a dia no Espírito.
Trata-se de buscarem juntos, em família, uma convergência profunda, deixando-se todos eles, conjuntamente, levar-se pelo Espírito de Deus.
A espiritualidade sendo o caminho para Cristo que cada cristão inicia a partir de seu batismo vamos tratar de conhecer Jesus intimamente. Vamos conhecê-lo através da Palavra e fazer uma experiência com Ele.
Pode-se criar uma cena de nossa vida que temos certeza de que Deus falou conosco. Recompor a cena. Coloque Jesus nessa cena.
Estando com Jesus, capte as atitudes de Jesus e imagine o seu dia como Jesus estivesse vivendo a cena com você. Vá copiando os seus traços, suas atitudes. Contemplar Jesus para depois fazer como Ele.
Não se deve esperar resultado imediato, este virá com o tempo. A configuração de Jesus leva tempo.
A pergunta: “Que faria Jesus no meu lugar”? pode nos ajudar muito em nossas atitudes para enfrentar um problema, dar um conselho, ou repreender um filho.
Na espiritualidade conjugal, o homem e a mulher decidem copiar os traços de Jesus juntos.
Pode um casal ampliar sua espiritualidade conjugal e vivê-la em espírito de família? Pode uma família composta de tantas pessoas diferentes dar à sua vida uma mesma orientação ter um mesmo “espírito” deixando-se todos guiar juntos pelo Espírito de Cristo?
Como uma pessoa é única e irrepetível, cada membro da família pode ser completamente diferente dos outros membros, e assim não há um padrão. Cada família cristã pode e será provavelmente diferente das outras famílias cristãs. Cada família será única e irrepetível. Porém a espiritualidade não pretende oferecer um modelo, fazer viver a partir de um espírito, do Espírito. E isso sim pode ser comum, ainda que as opções de vida, o caminhar de cada um, as metas propostas em cada etapa sejam diferentes.
Todos nós conhecemos famílias, onde os filhos são, às vezes, completamente opostos, porém nas quais se nota um certo “ar de família”. Existe uma certa pedagogia básica de sua vida de família que os marcou para sempre e que irá marcar também uma nova família se eles mais tarde virem a formar.
Quando falamos de filhos, não relegamos os casais sem filhos que também são fecundos, que também são família, pois criam
algo novo com o seu amor recíproco e podem viver o seu amor conjugal com um coração de família aberto aos outros.
O projeto de uma espiritualidade familiar, tropeça em nossas fraquezas pessoais, no peso de nossa incoerência, na inércia do mundo. E não pode ser mais do que uma meta para a qual tendemos, um caminho que nunca percorremos totalmente.
O que Deus nos pede é que o desejemos e tentemos, que oremos e esperemos. É necessário ter muita paciência, perseverança e esperança.
Hoje se semeia, amanhã germina e só depois de muitos meses se colhe. Lembremos da obstinada perseverança que a criança tem para aprender a andar. Não desiste porque cai, não uma, mas muitas vezes.
Só a paciência dá a dimensão do profundo sentido da esperança. A caminhada para a glória e a santidade se faz com paciência.
Todos sabemos que o grande sacrifício que domina a história da humanidade é o sacrifício de Cristo na cruz. Na cruz Cristo não se contentou em oferecer seu corpo em seu nome, mas fê-lo em nome de todos os homens, ainda que, naquele momento, nem todos os homens estivessem ali.
Em cada Eucaristia, Cristo nos pede para ratificar o que Ele ofereceu naquele momento, seu corpo seu sangue. E cada um de nós associa-se a esse sacrifício, dizendo em nosso interior: “Deus meu eu te ofereço o corpo e o sangue do teu Filho em sinal da oferta de mim mesmo”. Essa oferta de si mesmo não termina quando a missa acaba. É uma oferta de si mesmo na vida; na vida pessoal, na vida conjugal, na vida de família e lembre-se:
“JESUS CRISTO RESSUSCITADO É NOSSA ÚNICA ESPERANÇA”
Urge que tentemos descobrir na vida os sinais de esperança, que nos indica que o Espírito de Deus acompanha a história.
Ele não pode deixar que apenas o mal triunfe. Sabemos que existe corrupção, um grande relativismo quanto aos valores morais, individualismo, materialismo e intolerância, etc; porém não queremos ser como os cegos e os surdos de que fala o evangelho que “olharam mais não viram” e não chegaram a reconhecer os sinais da Boa Nova, não souberam ver o Cristo que atravessou suas vidas.
Em muitos setores da sociedade, em muitos jovens há atitudes de solidariedade incríveis. Em casais mais idosos, entre pais e filhos, entre irmãos, entre amigos, há relações de grande fraternidade, de grande abnegação e de grande fidelidade.
Há um desejo crescente de preservar a natureza. Em todos os lugares há pessoas extraordinárias que vivem simplesmente com base na bondade. Em tantos lugares obscuros há pessoas de Igreja entregando suas vidas pelos outros.
Há tantas coisas boas para ver e imitar.
Aprendamos a escutar o nosso coração para podermos falar de nossas opções de fé, não a partir da teoria ou de princípios abstratos, mas a partir de nossa experiência feita reflexão.
Lembre-se como discípulos de Cristo o fruto é o Amor.
Jesus não quer uma adesão de servos que obedecem a um senhor mas quer uma adesão de amigos. Jesus é o amigo que dá a vida pelos amigos.
Temos que dar razão a nossa esperança.
Dizer o bem é saber dar razão a nossa esperança, em primeiro lugar perante nossos filhos, e depois perante os demais.
Saber dar a razão do porquê agimos de determinada maneira e não de outra, porque escolhemos essa ou aquela atitude e nos negamos a seguir outra, porque somos fiéis, porque continuamos a ser crentes praticantes. Não porque assim manda a Igreja, nem porque sempre foi assim. Temos que escutar o coração para podermos falar de nossas opções de fé, não a partir de teoria ou de princípios abstratos, mas a partir de nossas experiência com Jesus Cristo.
Temos que aprender a pensar nossa vida, a olhar para trás e a ver as mãos do Senhor sobre nossa vida.
Acolher com o coração ao filho cuja atitude desaprovamos a partir da fé, com humildade, com simplicidade e não aceitando qualquer coisa. Calar-se, pensar inclusive que talvez estejamos errados e deixar-nos arrastar pelas últimas correntes de opinião, não é atitude correta de pais cristãos. A partir da fé, devemos também escutar. Os filhos nos educam, nos revelam nossas incoerências. Nos dão razão para termos esperanças, embora a vida esteja repleta de momentos e circunstâncias nas quais nos sentimos partidos.
• A CURA
Descobriremos nossas feridas e as de nossa família ao deixar que os verdadeiros sentimentos, inclusive os negativos aflorem Se só falarmos com frases feitas, com lugares comuns, se dizemos coisas, porém não nos dizemos, será difícil que o casal cresça, que nossos filhos nos falem de sua verdade mais íntima, de suas feridas e de seus medos.
Reconhecer o que se passa, defini-lo, já é um primeiro passo para se curar. Descobriremos nossas feridas, as de nossos filhos, as de nossa família e as curaremos com o carinho e a valorização, sabendo no entanto, que seremos curados mais profunda e realmente pelo sacramento do perdão.
Há muitas coisas dolorosas que atingem a muitas famílias cristãs, tais como:
– Os filhos vão viver com seus parceiros, sem casar-se, incomodam-nos porém não vamos cortar
relações.
– Separam-se e nos deprimem, porém estamos a seu lado.
– Saem de casa e os esperamos.
– Caem na droga e nos dilaceram de dor, porém não os abandonamos.
Temos que perdoar para sermos perdoados, curar para sermos curados e encontrar novas formas e modos de amar.
Sem amor a família não pode viver, crescer e aperfeiçoar-se como comunidade de pessoas. Deus é amor, Deus e seu Filho formam uma unidade. Aprendamos, pois, a amar com Jesus Cristo, com sua vida com seu Evangelho.
• A COMPAIXÃO
Que o sofrimento não nos separe, não nos empobreça, não destrua nossa família. Se a dor não nos encerrar em nós mesmos, se conseguirmos vivê-la unidos à cruz de Cristo, se não apagar em nós a ternura, surge dela uma maturidade misteriosa, uma solidariedade mais humana e uma compreensão mais profunda.
Em vez de, simplesmente justapor nossas solidões, nossas angustias, nossas penas, ficarmos em silêncio, fechar as portas dos nossos quartos, isolarmo-nos, podemos viver nosso sofrimento unido ao sofrimento dos outros membros da família, solidários com aquele que passa por momentos difíceis.
Em tempo de crise deve prevalecer o espírito de oração. A crise não deve interromper o diálogo com Deus, pelo contrário, intensificar mais a vida de oração, os sacramentos e a contemplação de Palavra de Deus.
É muito mais cômodo não ver, não pensar “isto não pode acontecer com os nossos filhos”.
Independentemente dos sentimentos agradáveis ou desagradáveis, o que importa é nossa decisão de amar. Isso se manifesta nas ações concretas e não nos sentimentos.
• A FORÇA INTERIOR
A vida de família exige muita energia, muita disponibilidade para a abnegação. A vida de família é o reino do imprevisto, e rompe qualquer acomodação, qualquer rotina. É preciso estarmos sempre dispostos a mudar os nossos planos. É preciso estarmos dispostos a saber acolher o inesperado. Não é possível fazer tudo isso com ânimo, com fortaleza, se não recorremos a nossa força interior que somente Deus pode nos dar.
Quando bebemos dessa fonte na oração, quando nos deixamos inundar por ela, quando deixamos que trabalhe o Espírito de Deus que habita no mais profundo de nós, o quebra cabeça de nossa vida ordena-se em clareza e confiança. Continuará partindo-se o coração e esgotando-se o corpo, porém no mais profundo haverá um espaço de calma que manterá firme o leme de nossas opções.
Faremos, talvez, as mesmas tarefas intermináveis e incansáveis, enfrentaremos os mesmos sofrimentos, porém a segurança de nos sentirmos habitados nos sustentará.
• A ORAÇÃO EM FAMÍLIA
A fé é um dom de Deus. O que podemos fazer é criar as condições necessárias para que esse encontro se produza. Não se trata de transmitir aos filhos a ideia de Deus, mas sim de realizar juntos a experiência da presença do amor de Deus. Somente podemos conhecer a Deus a partir do coração, a partir da relação interpessoal profunda com Cristo, através da oração, da escuta de sua Palavra, dos sacramentos.
Para a oração em família são importantes:
– Que em nossa família o “diálogo” seja uma realidade.
– Que Deus seja suficientemente importante para nós, não só em palavras, mas de fato, para que deixemos para Ele um vazio que Ele possa ocupar, um tempo em nossa vida.
– Encontrar um método e propô-lo. Se partilharmos, com simplicidade, em família, na presença de Deus, o que somos e sentimos, o que falamos e o que desejamos, se escutamos e partilhamos a Palavra de Deus, se temos alguns momentos de silêncio, nos quais a presença de Deus nos palpita, se aprendemos a contemplar juntos as maravilhas da natureza, se a compaixão pelos outros, além de sentimentalismos, compromete-nos em gestos concretos, pouco a pouco, nos descobriremos realizada um mesmo caminho de fé, diferente para cada membro da família, porém que nos convoca a uma mesma meta.
A oração em família é um grande fator de graça e de formação para os filhos. Desperta vocações.
Elemento fundamental da educação para a oração é o exemplo concreto, testemunho vivo dos pais: só rezando em conjunto com os filhos o pai e a mãe entram na profundidade do coração dos filhos, deixando marcas que os acontecimentos futuros da vida não conseguirão fazer desaparecer.
EFEITO DO SACRAMENTO DO MATRIMÔNIO NA IGREJA E NO MUNDO
Quando Paulo nos fala, na epístola aos Efésios (Ef 5,21 – 33), que os maridos têm de “amar as mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela” e as mulheres devem estar sujeitas a seus maridos, como a Igreja está sujeita a Cristo, ele define claramente nosso papel perante a Igreja e a sociedade em geral. O casal é sinal do amor de Cristo pela Igreja. Mostra ao mundo a dimensão do amor que se doa e, ao fazer isso, cria uma nova vida.
Se analisarmos o mundo de hoje, e dentro dele a Igreja, veremos que a maior carência existente é desse amor misericordioso, vivificante e generoso (que inclui até doar a própria vida) mostrado por Jesus e que o casal sacramentado luta por viver. Somente esse testemunho da luta pela unidade, através de um amor que eleva e dá vida, é suficiente como influência em um mundo que, como todos sabemos, precisa experimentar a civilização do amor.
A sociedade de hoje é o fruto da ausência desse amor evangélico. Em grande medida, as tremendas injustiças sociais, a corrupção e os contra valores que se vêem na sociedade devem-se fundamentalmente à ausência da formação, que poderia ser recebida numa família que se assume como sinal de amor. As grandes manifestações de desequilíbrio, presentes em parte importante de nossa juventude, como o uso de drogas e a falta de significado para a vida, em muitos casos, vêm da desestruturação familiar em que os jovens têm sido criados.
A família possui vínculos vitais e orgânicos com a sociedade, porque constitui seu fundamento e seu alimento contínuo, por meio de sua função de servir à vida. De fato, dela nascem os cidadãos, que encontram nela mesma a primeira escola das virtudes sociais, que são a alma da vida e do desenvolvimento da própria sociedade.
Assim, a família por sua natureza e vocação, ao invés de se fechar em sí mesma, numa atitude de egoísmo, alienação e descompromisso, deve abrir-se às demais famílias e à sociedade, assumindo sua função social. Porém, nada disso será possível como experiência profunda e real, sem a presença marcante e coerente de um sinal sacramentado, que tenha as graças e a força da espiritualidade.
O sacramento dá ao casal a persistência e a solidez de que precisa sua luta pela unidade. É através do exemplo dos pais que os filhos aprendem os valores que depois levarão para a sociedade, na qual haverão de se empenhar, para produzir transformação.
Na família, pelo exemplo dos pais, as crianças aprendem o verdadeiro sentido da comunhão e da participação. O compromisso total do casal sacramentado ensina-lhes o compromisso para com os outros: a doação, da qual tanto carece nossa sociedade atual. A “Familiaris consortio” lembra: “A família constitui-se no lugar natural e no instrumento mais eficaz de humanização e de personalização da sociedade: colabora de maneira original e profunda na construção do mundo, fazendo possível uma vida propriamente humana e, em particular, transmitindo as virtudes e os valores” (FC 43).
É possível pretender (respeitando o jeito particular de cada um e procurando se organizar e formar uma vida própria) que o exemplo e os resultados reconhecidos da família cristã, originada e baseada numa relação sacramental, possam novamente ser paradigmas e referências. Lembramos, por exemplo, quantos casais não sacramentados existem, cujas vidas matrimoniais
se destroem, enquanto outros, com as graças do sacramento, conseguem, perante problemas iguais, não só superar-se, como também crescer em seu relacionamento. Esse tipo de exemplo transmitido às crianças cria pessoas mais estáveis e comprometidas.
Nada é mais motivador que um casal vivendo uma espiritualidade forte. Sua capacidade para enfrentar problemas e sua fé ajudam outros casais a lutar e a acreditar que é possível vencer.
DIFICULDADES E OBSTÁCULOS PARA UMA VIDA DE ORAÇÃO EM FAMÍLIA
Em primeiro lugar, o que dificulta uma vida de oração para os casais é o problema de horário, ou melhor dizendo, a falta de um horário.
Rezar bem pede um horário fixo cada dia. E é exatamente em cima deste princípio que a maior parte dos casais diz que não é possível organizar a vida como um monge solteiro no seu mosteiro. Existem tantos apelos que se torna difícil marcar um horário certo para rezar.
As ocupações e preocupações de um lar nunca terminam. Uma mãe está de plantão vinte e quatro horas por dia. Sempre tem mais alguma coisa para fazer. Como criar um ritmo de oração, quando não existem dois dias consecutivos iguais?
O pai está atento aos apelos da família, disponível para atender as necessidades das pessoas na hora que precisam. Talvez queira rezar, mas logo vem algo imprevisto que lhe tira seu tempo.
A vida familiar exige que cada um esteja pronto a atender os pedidos dos outros membros da família ou dos amigos. Como orar, quando existe alguém doente? Um jovem a ser orientado? Um serviço na cozinha? Uma roupa a ser lavada? Uma mesa ou cadeira a ser consertada?
A formação intelectual e cultural pode criar barreiras na hora de planejar uma oração familiar. O outro está em outra fase de crescimento. Nem todos pensam igual, nem enxergam do mesmo jeito. Parece que quando já tem idade e maturidade para rezar juntos, já está na hora de irem embora ou para continuar seus estudos ou para formar sua própria família Oração conjugal e familiar pressupõe uma vida de oração pessoal da parte de cada membro da família. Se cada um chega pobre e vazio, como enriquecerá o outro? Não tem nada a oferecer. Se cada um não se abastece antes, com que vai contribuir para o crescimento do outro? Ninguém pode dar aquilo que não tem.
Quando falamos em oração, não pensamos em apenas em fórmulas mais ou menos fixas. Antes e por detrás do exercício da oração, precisa existir uma atitude de oração. Isso é fundamental. Oração tem muito a ver com vida e com o amor.
Oração, amor e vida se interligam.
Outro obstáculo ou dificuldade é que um membro não se interessa por oração ou santidade. Não quer acompanhar o outro nesta busca. Será que para a maioria não faltou motivação suficiente? Ou será que o projeto de uma espiritualidade conjugal não foi explicitado com clareza suficiente?
É fundamental que um desejo forte os motive, que acreditemos no valor de uma união cada vez mais íntima com o Senhor. Posso ter todo o tempo disponível do mundo, mas não se quer rezar e conversar com Deus, nada acontecerá.
Outro obstáculo para a família e para a espiritualidade conjugal é a miséria e a pobreza existentes na América Latina.
Como organizar uma vida de oração, quando é necessário levantar às cinco horas da manhã para trabalhar, às vezes chegando às dez da noite? A luta pela sobrevivência não deixa muitas energias sobrando no fim do dia ou da semana.
Existem muitas outras barreiras: falta de uma fé mais atuante; medo de mudanças, sabendo que oração pede conversão.
Será que estou disposto a largar certos velhos hábitos? Espiritualidade gera ação, e certas pessoas estão acomodadas.
Começando a rezar descobriremos que vale a pena descobrir tempo e criar condições para rezar cada vez mais e melhor.
ESPIRITUALIDADE CONJUGAL E FAMILIAR. COMO VIVÊ-LA?
A vivência da espiritualidade conjugal e familiar se constitui numa busca que perdura o tempo de vida do casal, e do casal junto com os filhos.
E como realizar essa busca? Quais os esforços a serem feitos? Como ordená-los?
Esses esforços podem ser ordenados em três direções.
6.1 – Conhecimento da vontade de Deus.
Importa estar constantemente à procura do conhecimento da vontade de Deus sobre nós mesmos, sobre nossa vida. Para isso é preciso:
• Estar atentos às manifestações de Deus em nossa vida, atentos a nós mesmos, ao cônjuge, aos nossos filhos, atentos à realidade que nos cerca.
• Saber escutar, saber calar o nosso “eu”, saber fazer silêncio interior, saber esvaziar-se de si mesmo para poder ouvir o que Deus lhe fala , principalmente através de sua Palavra (a Bíblia), mas também através da liturgia, das pessoas, dos acontecimentos. Deus anuncia sua presença e seu cuidado nos acontecimentos corriqueiros.
• Reservar com assiduidade, se possível todos os dias, um tempo para um encontro com o Senhor na oração individual.
Essa prioridade à oração, esse reservar um tempo de nosso dia, essas pequenas paradas dentro de nossa habitual agitação, irão pouco a pouco nos colocando em maior sintonia com o essencial: a vontade de Deus que nos vai sendo desvelada.
Deus vai sendo cada vez mais Deus em nós e consequentemente em nossas famílias.
É importante que esses momentos sejam vividos também em casal e algumas vezes em família. Assim cada membro da família vai, ao mesmo tempo, conhecendo a vontade de Deus para si próprio, para o outro e para a família. Os membros da família vão se ajudando mutuamente e ao mesmo tempo vão se conhecendo melhor.
Falamos da importância da oração. Vejamos agora algumas orientações para a oração individual.
6.1.1. – Santa Teresa d’Avila disse: a oração é um “diálogo” de amor e intimidade com Alguém que sabemos que nos ama.
– A oração é um encontro pessoal e amigo com o Senhor. Ele está presente, o conhece e o ama.
– Quanto mais íntimo ficamos, mais aprendemos sobre o outro, mas também mais aprendemos sobre nós mesmo e parte do que aprendemos não é agradável.
– Em um relacionamento em processo, experimentamos tanto atração como repulsa. Pode ser que tenhamos receio de sofrer uma rejeição, de sermos considerados inferiores.
– No que diz respeito a Deus o que mais receamos é ser consumidos em sua imensidão , é perder nossa identidade, bem como as exigências que ele poderá nos fazer.
– A revelação não acontece de repente. Também nós só nos revelaremos ao Senhor gradativamente e precisamos ser pacientes conosco mesmos.
– Os relacionamentos se aprofundam à medida que as pessoas se tornam mais transparentes umas às outras.
– Os relacionamentos se deterioram quando se ocultam da outra pessoa alguns afetos intensos, consciente ou inconscientemente.
– Um dos maiores impecilhos ao progresso na oração é o desejo de parecer “bom” diante do Senhor. Nosso relacionamento com Deus se expandirá quanto mais pudermos simplesmente admitir quem somos, embora desejando ser diferentes.
– Trate com Deus com simplicidade e sobre o assunto que lhe interesse e toca sua vida ou a dos irmãos.
– Em determinados momentos, sua oração será de louvor, de agradecimento, de busca, em outros momentos você se questionará, silenciará … Dois amigos tem muito a se dizer e partilhar.
6.1.2. – Condições prévias que podem ajudar a rezar
– Escolha uma postura que o ajude a refletir.
– Coloque-se na presença de Deus e peça a sua luz e sabedoria.
– Concentre-se no assunto com paz e tranqüilidade.
6.1.3. – Indicações para interiorizar a Palavra
– O que o texto diz?
– Tome um texto bíblico. Faça uma leitura pausada, lenta.. Leia mais de uma vez, até entender o seu sentido.
– O que o texto me diz?
– Assimile o que leu e traga-o para dentro de sua vida, de sua família, de sua comunidade.
– O que o texto me faz dizer a Deus?
– É a oração. Oração de louvor, de súplica, etc.
– Tome consciência das ressonâncias que o texto suscita em você: sentimentos, questionamentos, interpelações, dúvidas, desejos.
– O que vejo melhor e vou fazer?
É o compromisso. É a ação nova que surge da oração.
Pode-se questionar sempre uma oração que não leve a uma mudança de vida. A oração questiona a vida e a vida questiona a oração.
Tome nota no seu caderno espiritual seguindo o roteiro para a revisão.
6.1.4. – Revisão da oração
a) Quais os sentimentos que você experimentou na sua oração?
Consolação: paz, alegria, confiança, ânimo, coragem, proximidade de Deus, experiência do sentido da vida.
Desolação: angustia, tristeza, desconfiança, desânimo, obscuridade, confusão, silêncio de Deus.
b) Quais versículos da Palavra de Deus que mais lhe impressionaram? (anotar)
c) Quais os apelos, impulsos e desejos que você percebeu na oração? (anotar)
d) Sentiu resistência ou medo, diante desses apelos, impulsos e desejos? Por que?
e) A partir desta revisão, o que ficou mais claro para o seu discernimento, sobretudo com relação a vocação que você deseja realizar? Por que?
6.2 – Conhecimento de nós mesmos
Tomar conhecimento de nós mesmos, ter consciência de nossa realidade, de nossa verdade para podermos trabalhar e construir a partir dela e não a partir de meias verdades, da imaginação, da imagem que construímos de nós mesmos é um fator fundamental da espiritualidade.
Muitas vezes é difícil deixar que Deus nos veja com certos sentimentos e atitudes. Relutamos em deixar alguém que amamos nos ver ciumentos, enraivecidos ou rancorosos.
Nossas imagens de nós mesmos e de Deus estão enraizadas dentro de nós e não mudam facilmente. Elas são fontes de resistência ao desenvolvimento de nosso relacionamento com Deus.
Se mantivermos o relacionamento com Deus, gradativamente deixando-o conhecer quem somos realmente e permitindo que Ele nos deixe saber quem ele é realmente, veremos mudanças em nós mesmos e também em nossa imagem de Deus. A medida que percebermos que Deus é tolerante, seremos mais tolerantes com nossas fraquezas e limitações; mas também seremos mais capazes de evitar nossos piores pecados, mais clementes conosco e com os outros. Aos poucos acreditamos na verdade fundamental do cristianismo, que Deus ama o mundo, sim, mas que este mundo inclui a mim com todas as minhas imperfeições e muitas outras pessoas, mesmo aquelas com quem não me importo à primeira vista.
No processo, minha imagem de Deus fica cada vez mais parecida com a imagem de Deus que Jesus parece ter tido. Esses desenvolvimentos são outro sinal de que nossa oração está indo na direção certa.
É necessário sermos mais transparentes com esse nossos aspectos vitais e fundamentais.
Precisamos nos conhecer para podermos crescer, para podermos nos santificar. E como podemos nos conhecer?
Conhecemo-nos estando muito atentos a nós mesmos, à nossa vida. Mas nos conhecemos verdadeiramente através do outro, perguntando àqueles que nos conhecem bem: Deus, a família, a comunidade…
Deus nos revela a nós mesmos, principalmente naqueles momentos de oração em que nos colocamos diante d`Ele numa postura de escuta.
Nosso cônjuge nos ajuda a nos conhecermos melhor, principalmente nos momentos de verdadeiro “diálogo conjugal” sem máscaras e subterfúgios.
Nossos filhos nos ajudam a nos conhecermos melhor, se temos o hábito de pelo menos uma vez por semana , ou pelo menos uma vez por mês sentarmos e fazermos uma revisão de nossa caminhada num verdadeiro diálogo familiar. Devem se permitir esse tempo para se ajudarem mutuamente a se construir como pessoas. A comunidade nos propicia um maior conhecimento de nós mesmos, através da troca de idéias, da confrontação dos pensamentos, de opiniões e no trabalho em conjunto.
À medida que vamos nos conhecendo melhor, vamos aprendendo a superar nossas limitações, a valorizar nossos dons, nossas virtudes e vamos crescendo.
Podemos fixar algumas metas a atingir. Alguns pontos sobre os quais julgamos ser mais urgente fazer incidir nosso
esforços, uma fraqueza a superar, uma aptidão a cultivar, um dom a tomar consciência e passar a utilizá-lo.
6.3 – Vivência do encontro e da comunhão
– Viver a comunhão com o outro é viver a plenitude do amor, imagem do amor que existe entre o Pai e o Filho; é ser um como o pai e o Filho são um.
– Tudo o que lembramos aqui converge para essa comunhão.
– Temos que ter um ideal longínquo a perseguir para crescermos sempre em direção a Ele. Se nosso ideal é pequeno, nos tornamos medíocres.
– Necessitamos porém de metas atingíveis e de meta em meta vamos caminhando rumo ao nosso ideal.
– Como já dissemos não há saltos e sim passos. Toda transformação é evolutiva, porém muito lenta.
SUGESTÕES PRÁTICAS
Para que os pais possam manter em casa um clima de vida espiritual, eis algumas sugestões práticas.
Mais importantes do que palavras ditas ou conteúdos transmitidos serão as atitudes e o comportamento dos pais no campo da fé. É importante que os pais criem em casa um clima religioso.
• Fazer, uma vez por mês, uma revisão de como vai a família. Para isso os pais invocam a presença de Deus e com tranqüilidade analisam o que está bem e o que precisam melhorar. Trocam opiniões sobre a educação, o caráter e as atitudes dos filhos. Em nosso diálogo familiar aconselha-se a começar sempre pelos pontos positivos. Que tal apontar o que cada um vê de bom, o que mais admira no outro.
• Organizar momentos de oração em família e mostrar que é importante a participação de todos os membros da casa.
• Fazer sua oração pessoal baseada na Palavra de Deus, conforme sugestão feita no item 6.1, e incentivar os filhos a fazer o mesmo.
• Participar ativamente da celebração Eucarística ou da celebração da Palavra e colaborar nos serviços da comunidade. A família cristã gosta de participar juntos da mesa da Eucaristia. Seus membros sabem que ali são particularmente convidados para o banquete nupcial do Cordeiro
• Instruir-se no conhecimento da religião e falar sem medo de sua fé.
Estas sugestões, são apenas alguns meios, mas certamente vão ajudar as famílias a fixarem seus alicerces em valores
verdadeiros, isto é, no amor de Deus e na fraternidade humana.
A dignidade e a responsabilidade da família cristã como “igreja doméstica” só podem pois ser vividas com a ajuda incessante de Deus, que não faltará, se implorada com humildade e confiança na oração.
A família que descuida da dimensão espiritual de seus membros está mais exposta à degradação.
O homem é um ser social, como disse o Senhor Deus ao nos criar:
“NÃO É BOM QUE O HOMEM ESTEJA SÓ”
Ou seja, Nossa criação e formação é indiscutivelmente social e sem a sua formação mínima que seria um casal da mesma espécie e sexos diferentes não há como manter a continuidade da espécie, logo, esta formação mínima é insubstituível mesmo que a ciência venha criar seres humanos em laboratório.
“A família é a célula Máter da Sociedade,
sem a convivência Familiar não existe convivência social.”
O homem é um ser social, que nasce e vive em sociedade. Ao nascer, já é parte de uma família, principal meio social humano, que costumamos chamar de célula máter da sociedade – o espaço primeiro e mais importante para o estudo e desenvolvimento de sociedades.
A primeira vivência do ser humano acontece em família, independentemente de sua vontade ou da constituição desta. É a família que lhe dá nome e sobrenome, que determina sua estratificação social, que lhe concede o biótipo específico de sua raça, e que o faz sentir, ou não, membro aceito pela mesma. Portanto, a família é o primeiro espaço para a formação psíquica, moral, social e espiritual da criança.
A criança é muito dependente ao nascer. Dentre todas as espécies é o homem que tem o mais longo período de imaturidade e dependência física. Cabe à família o cuidado com a saúde e segurança de seus membros, seja com o bebê ou com o idoso.
Há o papel desempenhado pela família, mesmo que muitas vezes ela não o perceba, que é o de educadores. À família cabe a formação do caráter, dos valores, das regras morais – que posteriormente serão internalizadas pelos indivíduos como um código pessoal de conduta e ética. A chamada “educação de berço” continua sendo de suma importância e jamais pode ser conseguida em outros espaços sociais como colégio ou até mesmo igrejas.
Na esfera psíquica, o homem só pode conhecer e reconhecer adequadamente o mundo e a si mesmo a partir de suas relações com os demais. Ele apreende o mundo imitando os outros, desde os primeiros sorrisos até regras sociais externas e maios elaboradas, como usar adequadamente os talheres à mesa. Mais do que isto, moldamos nossa personalidade por volta de seis anos de idade, e é especialmente através de vivências em família que formamos, ou não, a auto estima, o senso de responsabilidade e segurança, o respeito pelo outro e pelas regras sociais estabelecidas, a capacidade de acreditar em nosso potencial e conhecer nossos defeitos e limitações, entre tantos outros aspectos de nossa vida intimista.
Em nossa sociedade, a família é que introduz a criança no meio social; é a família que escolhe – ou em parte seleciona, a partir de seus próprios referenciais – as pessoas com as quais a criança vai relacionar-se, bem como dirige o modo e onde esta relação se dará. Assim, como instituição social, a família reflete as transformações culturais dos povos: valores, usos e costumes, hábitos, pensamento religioso e político, etc. Consequentemente, os problemas sociais serão sempre frutos de uma desestruturação familiar.
Isto fica evidente quando olhamos para os grandes problemas sociais que enfrentamos hoje. Assistimos crianças abandonadas por pais que não souberam planejar sua família ou administrar os conflitos, maiores ou menores, mas sempre existentes na vida a dois. Vemos adolescentes mergulhados em drogas ou prostituição, na sua maioria frutos de lares frios, carentes de afeto e de diálogo. Sofremos ao assistir fatos como as revoltas em abrigos para menores, ou o uso de armas de fogo por jovens instigados pela violência, que nos mostram o quanto nossas famílias têm deixado de trabalhar o respeito pelo próximo e a aquisição de padrões morais rígidos para uma boa consciência pessoal e vivência social.
Não pode haver dúvidas: se queremos mudanças sociais, devemos começar a investir mais no cerne da sociedade, na sua célula máter. Precisamos nos voltar às famílias, num esforço conjunto entre o Estado e a Igreja. Esta é também um espaço social, portanto possui o poder de formar opiniões, onde famílias se reúnem e podem ter seus valores pessoais transformados.
Precisamos nos lembrar que, mais do que ir `a igreja, freqüentando templos caríssimos ou simples, nós somos Igreja, e estamos Igreja especialmente em nossos lares, onde somos mais íntimos e singulares. É por esta razão que a Igreja começa em casa – cuidar da família é mais importante do que cuidar de não familiares ou da obra de Deus. É exatamente isto que Paulo enfatiza quando escreve o capítulo 5 de sua primeira carta a Timóteo, especialmente o versículo 8: Se alguém não cuida de seus parentes, e especialmente dos de sua própria família, negou a fé e é pior que um descrente.
A família é a célula máter da sociedade – e saber isto implica entender que famílias abençoadas implicam em igrejas abençoadas, que famílias equilibradas implicam em uma sociedade sadia.
Gênesis 1 26,29; 18,25; 3, 14-15; 5, 28-30; Mateus 5, 27-32; 12, 34-37; 19, 3-13; Marcos 7, 31-37; João 11, 41-46; I Corintios 7, 1-11; 13, 1-13; Efésios 5, 25-33 – E Outros
Formação: Harmonia conjugal e sexual do casal cristão
4. Respondeu-lhes Jesus: Não lestes que o Criador, no começo, fez o homem e a mulher e disse: 5. Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher; e os dois formarão uma só carne? 6. Assim, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, não separe o homem o que Deus uniu.
O casamento é dois que se tornam um – Harmonia 100% perfeita (IDEAL)
Meditamos sobre as ameaças que pairam sobre esta instituição sagrada que é a família e sabemos que se a família é ameaçada, toda a humanidade está ameaçada. Em 1994 houve uma conferência na China sobre a mulher, que foi patrocinada pela ONU e o Vaticano enviou uma delegação para participar, nessa delegação havia uma mulher como chefe, a Doutora Mary Ann Glendon, já em 1997 no Rio de Janeiro houve um congresso sobre a família e essa mesma doutora esteve presente e nos contou como ficou horrorizada com tudo o que viu e ouviu na conferência em que participou na China, e nos disse que há um movimento para destruição das famílias.
Ela falava do documento que lhe foi dado neste evento, onde haviam muitos fatores apontando a família como algo negativo, não havia nada que valorizasse a família. Então hoje nós vemos um movimento orquestrado para destruir a família, pois a família traz os valores cristãos e isso não agrada ao mundo de hoje, por isso estamos vivendo essa tentativa de destruição das famílias.
O papa Bento XVI diz bem claro, que o homem de hoje construiu um mundo que não há mais lugar para Deus, então essa cultura anti – família esta descendo sobre nós nos dias atuais, por isso torna-se cada vez mais importante que as famílias vivam bem e dêem seu testemunho. Também o papa João Paulo II quando pregou para as famílias em 2000, disse: “Casais cristãos, sejam para o mundo um sinal do amor de Deus”, o mundo deve olhar para os casais cristãos e dizer é possível viver o amor.
Hoje nós precisamos, como casais cristãos, ser para o mundo o sinal do amor de Deus, talvez você não possa falar em uma rádio ou em uma televisão, mas que você diga com a sua vida que é possível ser esse sinal do amor de Deus. O papa João Paulo II também disse para que os casais não tivessem medo da vida e que pudessem ter seus filhos, filho não é maldição ao contrário do que alguns pregam, os filhos são uma benção para um casal. Nós não podemos deixar que o secularismo tome conta de nossa mentalidade, de nosso conduta, é preciso agir contra essa mentalidade para que sejamos de fato cristãos. Precisamos imitar a Cristo, obedecer a Igreja!
Quero falar sobre a vida do casal, sobre a harmonia conjugal e sexual dos casais, um casal não tem harmonia sexual se não tiver harmonia conjugal. Eu escrevi alguns livros sobre estes temas para ajudar os casais, para que possam viver como Deus quer que vivam. A vontade de Deus para cada casal é que sejam uma só carne, de tal forma que tenham uma unidade profunda e que nada e nem ninguém tenham como separá-los. Vocês casais estão juntos ou estão unidos? Vocês tem os mesmos projetos de vida, os mesmos objetivos, ou cada um tem seus próprios projetos? O casal quando é unido não tem dois planos, dois projetos, mas eles caminham juntos, decidem juntos, um não mente para o outro, tudo é vivido as claras, não há tapeação, dissimulação, porque se houver, não é casamento.
O casamento deve ser como um parafuso e uma porca, que se encaixam direitinho, mesmo sendo diferentes. O casal não deve ser um igual ao outro, porém eles devem se complementar, formando assim uma unidade, é como o café quando misturado com o leite, não há como separar, eles são um novo produto quando unidos, não há como separar, é assim que o casal devem ser de tal forma que ninguém consiga separar os dois após a união.
Como conseguir essa união? Primeiro é preciso entender que há duas dimensões no casamento, a natural e a sobrenatural. Em primeiro lugar é preciso ter Deus nessa união, um casal que caminha junto na sua espiritualidade, vai a igreja, rezam juntos, esse casal não se separa, acontece a separação de um casal deste tipo entre mil, porém porque Deus os uniu, Ele mesmo se encarrega de ajudar este casal a caminharem juntos.
O papa João Paulo II em uma das vezes que veio ao Brasil disse que a passagem das Bodas de Caná quer nos dizer que onde há um casal, também esta ali Jesus e Maria ajudando para que vivam seu casamento. Quem dará o suplemento de graça a vocês casais é Deus por isso estejam em Deus, pois assim serão sinais do amor de Deus no mundo e não terão medo da vida.
Em segundo lugar o casal é a mais profunda realidade natural, não há nesta vida algo mais profundo do que a unidade entre o marido e a mulher. O Papa João Paulo II fez 127 catequeses falando sobre a teologia do corpo, e entre muitas coisas que ele disse, uma delas foi que no amor do marido e mulher nós temos a expressão do amor de Deus. Assim como na Santíssima Trindade há um amor tão profundo que a torna uma só pessoa, assim também Deus quis fazer com o casamento, com os casais.
A aliança no dedo significa também essa aliança de Deus com o povo do antigo testamento e também a nova aliança com o povo do novo testamento, por isso no livro do cântico dos cânticos Deus fala desse amor entre a pastora que é nossa alma e Deus, um amor muito forte. São Paulo diz: “maridos amai as vossas esposas como Cristo amou a Igreja”, é assim que deve ser o amor, um amor doação, onde estou voltado para o outro e não vivendo um egoísmo. Se um casal não viver de forma harmônica sua relação, não há como ter harmonia na vida sexual.
Quero dar um exemplo, o olho é algo maravilhoso, há olhos de vários tipos e cores, mas o olho fora do lugar é algo horroroso, o sexo também é assim, é algo lindo, mas o sexo vivido fora do lugar é uma desgraça, é adultério, é causa de doença, é causa de filhos órfãos de pais vivos, ninguém viverá a castidade enquanto não estiver convencido de que o sexo é para ser vivido no lugar dele, no casamento.
Muitos trazem dúvidas sobre o que é possível se viver na sexualidade do casal, e eu não encontrei algo que pudesse tirar todas as dúvidas, então fui atrás de seis padres e de Dom Beni, nosso bispo, e escrevi um livro e todos eles que leram me ajudaram a colocar neste livro um conteúdo que tira muitas dúvidas dos casais.
Primeiro é preciso entender o sentido da vida sexual do casal. Quem deu esse prazer intenso ao sexo? Foi Deus! E Deus colocou o prazer no sexo para que o casal pudesse sentir uma pontinha daquilo que é o amor pleno de Deus. O ato sexual de um casal é a intimidade mais profunda que um ser humano pode viver aqui na terra, e Deus quis que nessa celebração de amor, naquele prazer estonteante, fosse gerada a vida.
Infelizmente muitos trazem uma mentalidade errada sobre o sexo, pensam que mesmo no casamento o sexo é algo sujo, mas não, quando o casal casado, unido pelo sacramento do matrimônio se une em um ato sexual ali acontece uma oração. Mas o ato sexual de um casal deve ser feito com amor, pois sem o amor é impossível que o casal tenha uma harmonia sexual, o prazer sexual deve ser fruto do amor que o casal vive.
O ato sexual é um vitalizante para o casal, mas se não houver o amor é diferente, se compara há um ato de prostituição. E como viver bem a harmonia conjugal para se viver bem a harmonia sexual? Um grupo de terapeutas conjugais listaram dez pontos importantes na vida do casal, vou citar este pontos.
Nunca irritar-se os dois ao mesmo tempo, assim como quando cultivamos uma flor devemos cultivar o amor conjugal. E será que eu não estou tratando mal essa flor do amor conjugal? Quando estiver irritado, o outro deve manter a calma.
E eles dizem: Nunca gritem um com outro, pois gritar machuca, ofende, e como você vai se relacionar bem com quem você gritou?
Se alguém deve ganhar em uma discussão, que seja o outro, o casal não deve discutir, mas sim dialogar, pois na discussão surge a briga e alguém sempre sai ferido. Na discussão cada um defende o seu ponto de vista, no diálogo os dois buscam o melhor para os dois, lembre-se que uma vitória na briga pode ser uma derrota no amor.
Se for inevitável chamar a atenção do outro faça com amor, este também é um ponto crítico. Chamar atenção com amor é ter sabedoria, é rezar pela pessoa pedindo a Deus para fazer da melhor forma, escolha o momento certo, não chame atenção do outro enquanto ele ainda está agitado, cuidado com as palavras que você utiliza, muito depende do jeito com que você fala, nossas palavras ferem mais que uma espada, e nunca jogue no rosto do outro os erros do passado, pois assim você retira a casca da ferida que estava cicatrizando.
A displicência com os outros é tolerável, mas não com o cônjuge, você não pode ter a falta de atenção com outro, isso fere demais ao casal, quando um chegar em casa o outro deve deixar o que for para recebê-lo, pois se não for assim você vai matar a planta do amor. Os casais chegam a uma vida insuportável porque se tratam indiferente um ao outro.
Pelo menos uma vez ao dia diga uma palavra carinhosa ao outro, diga algo que possa fazer o outro se sentir bem, pois todos nós nos sentimos bem quando elogiados. Antes de chamar atenção do outro diga de suas qualidades, faça um elogio, não chegue falando somente do negativo, isso não é ser fingido, mas é saber como lidar com o outro, é psicologia.
Nunca durmam brigados, pois se fizerem isso no outro dia o problema se tornará maior e por último, quando um não quer os dois não brigam. E vivendo isso o casal terá uma harmonia conjugal que os levará a uma harmonia sexual. Dessa forma o casal será feliz em sua vida conjugal e sexual.
Um Casal em Harmonia só terá Alegrias mesmo nas Dificuldades
e muitos motivos para comemorar a Felicidade da sua Família.
Palestra Ministrada por Profº Felipe Aquino no Acampamento para Casais na Canção NovaTranscrição e adaptação: Flávio Pinheiro
Catequeses preparatórias para o V Encontro Mundial das Famílias
PRIMEIRA CATEQUESE
A FAMÍLIA, PRIMEIRA E PRINCIPAL TRANSMISSORA DA FÉ
1. Cântico inicial.
2. Oração do Pai Nosso.
3. Leitura bíblica: Mt 11, 25-30.
4. Leitura do Ensino da Igreja:
1. O eterno desígnio de salvar os homens, em e por Cristo, foi revelado e realizado plenamente pelo Verbo Encarnado, especialmente pelo mistério pascal de sua morte, ressurreição, ascensão e envio do Espírito Santo. Em Cristo, portanto, a revelação do mistério de Deus foi tornada perfeita e definitiva, de maneira que já não haverá nenhuma outra revelação. “Porque ao dar-nos, como nos deu, o seu Filho, que é uma Palavra sua, que não tem outra, tudo nos disse de uma só vez nesta única Palavra”
(São João da Cruz).
2. Esta revelação foi entregue à Igreja, que é sempre assistida pelo Espírito Santo a fim de levar, de modo verdadeiro e indefectível, a salvação de Deus a todos os
homens de todos os tempos e culturas. A Igreja não deixou — nem nunca deixará — de anunciar este mistério, sobretudo pelo ministério do Papa e dos Bispos, como principais responsáveis. Desta responsabilidade participam também todos os fiéis cristãos, em virtude da missão profética que receberam de Cristo no Batismo.
3. Quando este anúncio é acolhido, provoca a conversão e a fé. Esta é sempre um dom gratuito de Deus, mas requer a resposta e a colaboração humana de abertura e acolhimento. De um modo geral, a fé não é possível sem um anúncio explícito dos conteúdos revelados; só em casos excepcionais é que Deus infunde num adulto a fé diretamente sem anúncio prévio de seu mistério. O normal é que se dê esta sequência: anúncio explícito do mistério de Deus, acolhimento do mesmo, conversão,
Profissão de fé o Batismo.
4. A família cristã, pelo sacramento do matrimônio e pelo batismo dos pais e dos
filhos, é “Igreja doméstica” e participa dessa missão. Enquanto geradora dos filhos converte-se na primeira e principal instituição encarregada de transmitir aos filhos o mistério salvífico de Deus. Assim, os pais são para os filhos os autênticos transmissores da fé que professam. De um modo geral, os grandes santos nasceram no seio de famílias profundamente cristãs. É um facto que, nos países onde a fé foi perseguida durante muito tempo, esta foi conservada e transmitida pelo ministério dos pais.
5. Na transmissão da fé aos filhos, a família não é uma instituição auto-suficiente nem autônoma; precisa de estar em íntima relação com a paróquia e a escola, sobretudo se for católica, que os filhos frequentam. O modo informal (por vezes também deve ser formal) da catequese familiar é complementado com a catequese paroquial e as aulas de religião da escola.
6. Já no início do cristianismo, a família cristã aparece como lugar de transmissão da fé dos pais, como mostra a prática de levar as crianças a receber o batismo e o acolhimento dessa proposta por parte do Bispo, responsável da comunidade. O testemunho dos pais desempenhou um papel decisivo, a ponto de a família se tornar o lugar por excelência onde a Igreja transmitia a fé. Assim acontece nos países de missão, enquanto em outros países de grande tradição cristã a família perdeu muitas vezes este protagonismo, com a consequente deterioração da fé e da prática religiosa.
7. A recuperação de uma Igreja pujante e evangelizadora passa pela restauração da família como instituição de base para a transmissão da fé. Por isso, nesses países, a família cristã tem hoje um campo de ação especial, sobretudo para com outras famílias não cristãs ou afastadas da prática religiosa. Os avós, os filhos e outros familiares cristãos são instados a transmitir a fé aos pais e parentes.
5. Reflexão do orientador.
6. Diálogo:
• Percebem os esposos de hoje que a família é a primeira e principal transmissora da
fé? Ou desconhecem essa missão e abdicam dela?
• As famílias cristãs estão conscientes de que o cumprimento da sua missão precisa de um contínuo contacto e diálogo com os formadores e a paróquia? Em que consiste esse diálogo?
• Como pode a família de hoje anunciar Jesus Cristo a seus filhos?
7. Compromissos.
8. Oração da Ave Maria e invocação: Rainha da família – Rogai por nós.
9. Oração pela família: Ó Deus, que deste à família cristã a honra e a responsabilidade de transmitir a fé a seus filhos: concede-lhe a tua fortaleza para que realize com fidelidade a tarefa que lhe confiaste. Por Jesus Cristo Nosso Senhor…