Uma estória de Padre Léo que ele contava sempre em seus encontros para casais a fim de mostrar o valor da dedicação ao conjuge e os demais familiares, pois muitas preocupações secundárias tomam frente ao que é indispensável e por isso muitos matrimônios fracassam.
O Papagaio na Gaiola de luxo:
Certa vez uma senhora ficou viúva e seus filhos já casados moravam longe e ela ficava praticamente sozinha o dia todo e como já estava habituada a conversar começou a se sentir deprimida assistindo TV o dia todo.
Um dia quando assistia um documentário sobre animais de estimação teve uma ideia e procurou um Pet shop para adquirir um animal de estimação:
– Boa tarde cumprimentou-lhe o dono da loja de animais. O que a Senhora deseja.
– Caro Sr, eu procuro um animal para me fazer companhia, pois fiquei viúva a pouco tempo e estou me sentindo muito sozinha, o que o Sr, sugere.
– Tenho aqui um cãozinho da raça Shih Tzu que é muito dócil, mansinho, não solta pelo e etc.
– Não, disse ela, não quero um cachorrinho, pois faz chichi pra todo lado e já tive um e não gostei.
– Sugiro então um gatinho…. angorá…
– Não, interrompeu ela ainda no meio da frase, não suporto gatos, solta muito pelo e uma prima minha ficou até doente por causa de um gato … e etc.
– Tenho também um passarinho, Curió. – Não, não quero um passarinho, esse bicho faz muito barulho …
– Sendo assim tenho aqui este “Ferreti” um tipo de lagarto, ele é quetinho e dorme o dia todo,
– Não!… que dorme o dia todo? Não, eu quero um que me faça companhia, pois um assim já tive um a vida toda.
Dizendo isso ia saindo da loja quando viu na vitrine de saída um Papagaio muito bonito, voltou-se para o vendedor e perguntou: E este Papagaio aqui está a venda? Ele fala alguma coisa?
– Esta a venda sim e ele fala não só o português como, francês, inglês e algumas palavrinhas em alemão, é uma raça muito nobre de Papagaios faladores e foi importado recentemente. e etc.
– Gostei do bichinho, acho que irá me servir, quanto custa?
– Por ser muito raro seria muito caro, mas estamos vendendo este na promoção por apenas R$ 2000,00.
– O que? Muito caro, se eu comprar por esse preço é capaz do falecido revirar dentro do caixão e foi-se embora, mas ficou pensando naquela possibilidade, pensou, pensou e dois dias depois retornou até a loja para buscar aquela ave.
Bom dia – Bom dia:
– Vim buscar o meu Papagaio.
– Entusiasmada com a nova aquisição, levou-o para casa arrumou um local para que ele ficasse e no dia seguinte acordou cedinho e puxou conversa com o Papagaio, mas notou que ele estava um pouquinho triste e não disse nenhuma palavra.
– Ela ligou para o Pet shop e narrou o episódio, onde o vendedor lhe disse que era preciso que ele se ambientasse em seu novo lar primeiro para depois começar a falar.
2º dia – Achando que o Papagaio já estava acostumado com o novo lar a Sra. chegou e disse:
Bom dia Papagaio… e não ouviu resposta.
Bonjour… Good Morning … e ele permanecia com a cabeça baixa e não dizia nada.
– Ela ligou de novo para o Pet shop e informou o ocorrido dizendo que falou português, Francês e Inglês e o Papagaio não respondeu, Por Que seria isso?
– Ele respondeu perguntando se o Papagaio estava bem colocado no receptáculo “papagaiolístico”?
– Como? O que? ? Papagaiolístico? O que é isso meu filho!
– É um ambiente apropriado para um papagaio desta nobre raça, com barras de titânio que não enferrujam, um poleiro de mogno que não contamina a ave e etc. fez a maior propaganda do objeto.
– E a mulher então perguntou, onde eu consigo um negócio deste?
– Temos um aqui em nossa loja, podemos lhe entregar e instalar por apenas R$ 800,00 .
– Ela relutou um pouco, regateou o preço e por fim concordou e pediu que a levassem imediatamente.
3º dia, o Papagaio não falo e ela recorreu mais uma vez à loja que o vendeu.
Desta vez ele lhe vendeu um balanço.
4º dia – Agora a causa do problema era a falta de uma escada para que o papagaio subisse imitando os galhos de uma árvore.
5º Dia – Desta vez ela precisava de um espelho para se sentir acompanhado e desinibisse a sua fala.
– A Senhora foi seguindo as instruções do vendedor e foi comprando tudo de bom para o Papagaio e até aquele momento não ouvira uma só palavra.
6º ao amanhecer do dia a mulher ouviu uma vozinha fraca vindo do palácio Papagaiolístico e correu lá para falar com o bichinho no que ouviu suas ultimas palavras e morreu sem explicação.
Ela foi na loja muito nervosa, pois havia gasto muito dinheiro sem obter nenhum resultado e no final das contas o bichinho ainda morreu sem motivo, pois vivia com todo aquele luxo.
– O vendedor então perguntou, mas ele morreu mesmo sem dizer nenhuma palavra?
– Não! ele falou assim bem baixinho…
– Não tinha nenhum tipo de comida para papagaio naquela loja? e foi ficando fraquinho e morreu!
MORAL DA HISTÓRIA
Aquele vendedor ofereceu tudo de bom para a Senhora comprar para o Papagaio e se esqueceu do principal, de oferecer a comida de papagaio para a ave e que a Senhora nem sequer sabia o que oferecer.
De que adianta uma enorme e espaçosa Gaiola de Titânio luxuosa que não enferruja, um balanço para descansar, uma escada para se ambientar um espelho para se apreciar e não ter nem sequer um grão de alpiste para se alimentar? A morte viria mais cedo ou mais tarde e apesar dos sinais de tristeza, mudez, fraqueza ninguém notou do que realmente lhe fazia falta para viver!
Menino surdo e com fome ganha o grande concurso do Rei.
Esta era a manchete de todos os jornais, revistas, blog’s da internet, falatório das rádios e reprises das notícias na Tv o dia todo.
“Qual o segredo que teria levado um garoto tão franzino a vencer o grande desafio do Rei?”.
Resumo básico do texto de Padre Léo:
Um certo Rei que não tinha o que fazer na sua festa de aniversário, mandou enfiar um poste de 25 m de altura na praça principal da cidade e colocou uma cesta com um cheque de 850 mil dólares, e muita comida, e um vale compra para um ano em um supermercado para toda uma família, depois mandou passar uma resina especial naquele poste comumente chamado de “Pau de sebo”.
Quem conseguisse subir naquele pau de sebo ganharia aquele cheque e todos aqueles prêmios.
A festa de aniversário durou uma semana e o “Pau de sebo” ficou como sendo a atração principal da festa, vieram muitos convidados, muitos outros reis de outras regiões, suas esposas e familiares e muitos componentes da corte.
Compareceu também toda a imprensa escrita, falada e televisada. As mais importantes emissoras de TV e rádio, jornais, revistas e blog’s da internet vieram para documentar o grande evento. Com a grande repercussão da divulgação da festa, o grau de dificuldade e a enorme quantia oferecida como prêmio principal, compareceram muitos populares e atletas de renome internacional para competirem no desafio. Os menos cotados começaram primeiro e na sua grande maioria não conseguiram ultrapassar os primeiros 5 metros de altura, alguns conseguiram chegar até os dez metros que equivalia a menos da metade do percurso, porém estava lá presente o também o presidente da ANTA, associação nacional dos treinadores dos alpinísticos, um atleta de grande experiência internacional e já havia ganhado muitos desafios e medalhas olímpicas, por isso todos já o consideravam “O VENCEDOR” e assim já tinham comprado camisetas, faixas, cartazes e um grande coro de torcida que fortalecia o grande atleta.
Ele já era um atleta experiente, antes mesmo do embate já havia dado entrevista na TV contando seus truques que o tornariam “O VENCEDOR”, ofereceu também doar seu prêmio aos mais necessitados, pois ele mesmo não necessitava daquele prêmio e etc. Com suas vestes apropriadas e seu jeito de alpinista experiente abraçou o poste com todo vigor e foi subindo lentamente aquele “Pau de sebo”. Facilmente ultrapassou os cinco primeiros metros e com os aplausos da multidão se sentia fortalecido e entusiasmado com a narração ao vivo das TV’s e rádios locais ele galgava metro após metro até o 14º quando fez uma pequena pausa. A Multidão então fez um breve silêncio enquanto aguardava a próxima braçada e a duvida pairava no ar, quando reiniciou a subida deu uma pequena escorregada, mas com os aplausos e o coro gritando “sobe, sobe, sobe…” ele voltou à luta e subiu mais uns três metros quando deslizou novamente até o início, para demonstrar que não desistia fácil e para não menosprezar o apoio da torcida deu uma respirada e tentou novamente, mas não conseguiu nem passar sua primeira marca e desistiu.
Ao descer resolveu reivindicar ao Rei que facilitasse a tarefa reduzindo a altura do poste em 10 metros e com muitas desculpas justificava a sua derrota e a de todos os outros, propôs sair da disputa se a altura do “Pau de sebo” fosse diminuída e etc. etc.
Enquanto ele ainda fazia sua campanha chegou um jovem franzino, com cara de fome e ficou analisando o obstáculo. Com o olhar fixo no alvo que era muita comida ele começou a subir o poste surpreendendo a multidão, pois subia com uma certa facilidade, mas ao chegar à marca de seu antecessor parecia um pouco cansado e começou a vacilar enquanto a multidão passou a desmotivar o garoto gritando em alta voz em coro “Desiste… desiste… Não vai conseguir…. desiste… e assim continuaram a gritar”. O garoto olhou para cima, visualizou o seu prêmio e com um esforço extra humano subiu o restante do percurso como uma lagartixa grudado no poste sem escorregar nem um metro e ganhou o prêmio que logo pegou e levou para sua casa compartilhando com sua família.
A Mídia e as autoridades presentes inconformadas com a ausência do ganhador foram até a casa do garoto para entrevistar o pequeno menino franzino, porém “O GRANDE VENCEDOR” do desafio do Rei. Todos queriam conhecer o garoto e saber seus segredos que o levaram a ganhar o grande prêmio.
Ao chegar em sua casa foram recebidos pelo pai do garoto que se assemelhava ao menino na sua desproporcional falta de força física que contrariava as expectativas e a capacidade de competir no grande desafio hora vencido na presença de todos.
O pai logo confessou que o menino tinha dois grandes segredos:
– O primeiro era a fome que o motivou a conquistar toda aquela comida.
– O segundo é que ele era surdo e não podia ouvir a voz de toda aquela multidão que gritava bem alto desmotivando o atleta no seu empenho.
Padre Léo Conclui:
Precisamos ter muita fome de Deus para que possamos seguir e vencer os nossos grandes desafios.
Precisamos ser surdos para a voz do mundo quando nos desmotiva ou quando desvia a nossa atenção do alvo principal nos direcionando ao pecado e para longe da presença de Deus que é na verdade o nosso maior, melhor, grande e maravilhoso prêmio.
Historia contada por padre Léo em diversas palestras, consta no tema “Vacina contra o desânimo” gravado ao vivo na Canção Nova dia 26/09/2004 e disponível em código CD 25.02469 DVD 26.02469 – Divulgada também no Youtube.