A SABEDORIA de Deus em nós.


A Sabedoria é um Dom,

Um presente de Deus gratuito para nós.



“A um é dada pelo Espírito uma Palavra de Sabedoria; a outro, uma palavra de Ciência, por esse mesmo Espírito.” (ICor 12,8)

Ao apresentar uma das visitas de Jesus ao Seu lugarejo, Nazaré, temos a constatação de São Marcos, como se estivesse a ler corações e sentimentos dos patrícios do Senhor: “Muitos que o escutavam ficavam admirados e diziam: ‘De onde recebeu ele tudo isto? Não é Ele o Filho do Carpinteiro? Como conseguiu tanta sabedoria?’” (S. Mc 6,2).   Para tais questionamentos, percebe-se o grande descrédito dos nazarenos em Jesus, que o viam no imediatismo de Sua humanidade perfeita, não professando a fé em Sua Divindade: “E ali [Jesus] não pôde fazer milagre algum. Apenas curou alguns doentes, impondo-lhes as mãos. E admirou-se com a falta de fé deles” (6,5-6). Este estupor e incredulidade podem, também, vir àqueles que, não primando por uma vida interior íntima a Jesus, desdenham os que se deixam modelar pela graça, e, assim, alcançam a sabedoria para um reto viver.

Se aos conterrâneos de Jesus coube a admiração, cabe-nos um reforço da nossa fé, que nos impele a um acolhimento, a um compromisso, a uma resposta que, tanto nós, quanto aqueles, enfim, todos, precisamos: Cristo, Deus com o Pai e o Espírito Santo, é a Sabedoria Encarnada, recebendo os Seus atributos do Pai, por ser o Filho e Eterno Gerado, tal como professamos no Credo Niceno-Constantinopolitano: “[Creio em Jesus Cristo] gerado, não criado, consubstancial ao Pai; por Ele todas as coisas foram feitas”. Assim, compreendemos que Ele, humana e cronologicamente, não recebeu a sabedoria de nenhum mortal, não a possuindo meramente, mas é expressão do Seu Ser: Cristo é a Sabedoria Eterna, por meio de Quem tudo foi criado, e que, na plenitude dos tempos, encarnou-Se para, salvando-nos, implantar em nosso coração os germes, as fagulhas de Sua Sabedoria, do Seu Ser. E, mediante o Seu Espírito Santo, não se limita a conceder-nos a sabedoria como um dom para aplicá-la ao nosso viver. Porque, como diz São Paulo: “Pregamos a sabedoria de Deus, misteriosa e secreta, que Deus predeterminou antes de existir o tempo, para a nossa glória” (1 Cor 2,7).

Nas Sagradas Escrituras, temos – e muito! – a tratativa do Cristo como Sabedoria, até mesmo antes de Sua Encarnação. E é interessante que este título para o Senhor não está encerrado em Si, numa ideia de absoluto, mas é um caro convite aos que O amam de serem participantes deste Seu caráter Divino. É o que se lê no livro dos Provérbios, por exemplo: “O Senhor me criou, como primícias de suas obras, desde o princípio, antes do começo da terra. Desde a eternidade fui formada, antes de suas obras dos tempos antigos. Ainda não havia abismo quando fui concebida, e ainda as fontes das águas não tinham brotado. Antes que assentados fossem os montes, antes dos outeiros, fui dada à luz; antes que fossem feitos a terra e os campos e os primeiros elementos da poeira do mundo. Quando ele preparava os céus, ali estava eu; quando traçou o horizonte na superfície do abismo, quando firmou as nuvens no alto, quando dominou as fontes do abismo, quando impôs regras ao mar, para que suas águas não transpusessem os limites, quando assentou os fundamentos da terra, junto a ele estava eu como artífice, brincando todo o tempo diante dele, brincando sobre o globo de sua terra, achando as minhas delícias junto aos filhos dos homens. E agora, meus filhos, escutai-me: felizes aqueles que guardam os meus caminhos. Ouvi minha instrução para serdes sábios, não a rejeiteis” (Pv 8,21-32).

Diante de um mundo pregoeiro de uma pseudosabedoria, que, por ser fugaz e transitória, mais se assemelha a uma loucura, cuja ilógica é afastar a alma de Deus para os prazeres e para um ‘aproveitar a vida’, irresponsável e desonestamente, temos o conselho que o Apóstolo São Tiago nos dá: “Quem dentre vós é sábio e inteligente? Mostre com um bom proceder as suas obras repassadas de doçura e de sabedoria. Mas, se tendes no coração um ciúme amargo e gosto pelas contendas, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade. Esta não é a sabedoria que vem do alto, mas é uma sabedoria terrena, humana, diabólica. Onde houver ciúme e contenda, ali há também perturbação e toda espécie de vícios. A sabedoria, porém, que vem de cima [que é do Alto, e, portanto, Celeste], é primeiramente pura, depois pacífica, condescendente, conciliadora, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, nem fingimento” (S. Tg 3,13-17).

Como um DOM a ser abraçado, acolhamos a sabedoria, que nos faz viver segundo os projetos de Deus, conforme os Seus desígnios para cada um de nós. E, sendo sábios, sejamos instrumentos divinos nas decisões do mundo e de tantos corações confusos e sem esperança, para que todos sejam cumulados das doces inspirações do Senhor, que deseja que todos contemplemos a felicidade do Seu Reino, reservado para os que, nesta terra passageira, são amigos da sabedoria.


Padre Everson Fontes Fonseca é pároco da Paróquia Nossa Senhora da Conceição (Mosqueiro, Aracaju).

#PeEversonFontesFonseca


OBRIGADO SENHOR PELOS TEUS DONS. QUE O NOSSO CORAÇÃO SENHOR SEJA CHEIO DOS TEUS DONS E CARISMAS, CHEIO DOS DONS DE CIÊNCIA E SABEDORIA. ENCHE-NOS SENHOR COM OS DONS DO TEU ESPÍRITO SANTO.

AMÉM!


Outras orações ao Espírito Santo


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TÍTULO AUTOR
Catequese com o Papa: o dom da Sabedoria Vera Lúcia
Catequese com o Papa: o dom do Entendimento Vera Lúcia
Catequese com o Papa: o dom do Conselho Vera Lúcia
Catequese com o Papa: o dom da Fortaleza Vera Lúcia
Catequese com o Papa: o dom da Ciência Vera Lúcia
Catequese com o Papa: o dom da Piedade Vera Lúcia


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Três Árvores e três sonhos.


Reflexão – “As três árvores”


O sonho das três árvores



Há muitos e muitos anos atrás, havia no alto de uma montanha três árvores que sonhavam o que seriam depois de grandes.

A primeira, olhando as estrelas disse que queria ser o baú mais precioso do mundo, cheio de tesouros.

A segunda, olhando o riacho suspirou ao dizer que queria ser um navio grande para transportar reis e rainhas.

A terceira olhou para o vale em que estavam e disse que queria ficar ali mesmo no alto da montanha e crescer tanto que as pessoas, ao olharem para ela levantassem os olhos e pensassem em Deus.

Os anos se passaram e, certo dia três lenhadores cortaram as árvores.

As três ficaram ansiosas em serem transformadas naquilo que sonharam, contudo os lenhadores não ouviam ou não entendiam sonhos…

Que pena!

Que pena!

Que Pena!



A primeira árvore acabou sendo transformada em um cocho de animais coberto de feno.

A segunda virou um simples barco de pesca, carregando pessoas e peixes todos os dias.

A terceira foi cortada em grossas vigas e colocada num depósito.

Então, todas se perguntaram desiludidas e tristes por que isso acontecera.



Numa bela noite, cheia de luz e estrelas, uma jovem mãe colocou seu bebê recém nascido naquele cocho de animais.

De repente, a primeira árvore descobriu que tinha o maior tesouro do mundo!



A segunda árvore acabou transportando um homem que acabou dormindo num barco, mas quando a tempestade quase afundou o barco, o homem levantou-se e disse:

“Silêncio! Quieto!”

E num relance, a segunda árvore entendeu que estava transportando o Rei do Céu e da Terra.

Tempos mais tarde, numa sexta-feira, a terceira árvore espantou-se quando suas vigas foram unidas em forma de cruz e um homem foi pregado nela.



Logo, sentiu-se horrível e cruel.

Mas, no domingo seguinte, o mundo vibrou de alegria.

E a terceira árvore percebeu que nela havia sido pregado um homem para a salvação da humanidade e que as pessoas se lembrariam de Deus e de seu Filho ao olharem para ela.
As árvores haviam tido sonhos e desejos…

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Mas sua realização foi mil vezes maior do que haviam imaginado.

Entregue seus sonhos e seus desejos a Deus.

Ele sempre lhe dará muito mais do que você pode esperar…


Cena da morte de Jesus na Cruz. Do filme A Paixão de Cristo de mel Gibson.


Semeando a cultura de Pentecostes