A SABEDORIA de Deus em nós.


A Sabedoria é um Dom,

Um presente de Deus gratuito para nós.



“A um é dada pelo Espírito uma Palavra de Sabedoria; a outro, uma palavra de Ciência, por esse mesmo Espírito.” (ICor 12,8)

Ao apresentar uma das visitas de Jesus ao Seu lugarejo, Nazaré, temos a constatação de São Marcos, como se estivesse a ler corações e sentimentos dos patrícios do Senhor: “Muitos que o escutavam ficavam admirados e diziam: ‘De onde recebeu ele tudo isto? Não é Ele o Filho do Carpinteiro? Como conseguiu tanta sabedoria?’” (S. Mc 6,2).   Para tais questionamentos, percebe-se o grande descrédito dos nazarenos em Jesus, que o viam no imediatismo de Sua humanidade perfeita, não professando a fé em Sua Divindade: “E ali [Jesus] não pôde fazer milagre algum. Apenas curou alguns doentes, impondo-lhes as mãos. E admirou-se com a falta de fé deles” (6,5-6). Este estupor e incredulidade podem, também, vir àqueles que, não primando por uma vida interior íntima a Jesus, desdenham os que se deixam modelar pela graça, e, assim, alcançam a sabedoria para um reto viver.

Se aos conterrâneos de Jesus coube a admiração, cabe-nos um reforço da nossa fé, que nos impele a um acolhimento, a um compromisso, a uma resposta que, tanto nós, quanto aqueles, enfim, todos, precisamos: Cristo, Deus com o Pai e o Espírito Santo, é a Sabedoria Encarnada, recebendo os Seus atributos do Pai, por ser o Filho e Eterno Gerado, tal como professamos no Credo Niceno-Constantinopolitano: “[Creio em Jesus Cristo] gerado, não criado, consubstancial ao Pai; por Ele todas as coisas foram feitas”. Assim, compreendemos que Ele, humana e cronologicamente, não recebeu a sabedoria de nenhum mortal, não a possuindo meramente, mas é expressão do Seu Ser: Cristo é a Sabedoria Eterna, por meio de Quem tudo foi criado, e que, na plenitude dos tempos, encarnou-Se para, salvando-nos, implantar em nosso coração os germes, as fagulhas de Sua Sabedoria, do Seu Ser. E, mediante o Seu Espírito Santo, não se limita a conceder-nos a sabedoria como um dom para aplicá-la ao nosso viver. Porque, como diz São Paulo: “Pregamos a sabedoria de Deus, misteriosa e secreta, que Deus predeterminou antes de existir o tempo, para a nossa glória” (1 Cor 2,7).

Nas Sagradas Escrituras, temos – e muito! – a tratativa do Cristo como Sabedoria, até mesmo antes de Sua Encarnação. E é interessante que este título para o Senhor não está encerrado em Si, numa ideia de absoluto, mas é um caro convite aos que O amam de serem participantes deste Seu caráter Divino. É o que se lê no livro dos Provérbios, por exemplo: “O Senhor me criou, como primícias de suas obras, desde o princípio, antes do começo da terra. Desde a eternidade fui formada, antes de suas obras dos tempos antigos. Ainda não havia abismo quando fui concebida, e ainda as fontes das águas não tinham brotado. Antes que assentados fossem os montes, antes dos outeiros, fui dada à luz; antes que fossem feitos a terra e os campos e os primeiros elementos da poeira do mundo. Quando ele preparava os céus, ali estava eu; quando traçou o horizonte na superfície do abismo, quando firmou as nuvens no alto, quando dominou as fontes do abismo, quando impôs regras ao mar, para que suas águas não transpusessem os limites, quando assentou os fundamentos da terra, junto a ele estava eu como artífice, brincando todo o tempo diante dele, brincando sobre o globo de sua terra, achando as minhas delícias junto aos filhos dos homens. E agora, meus filhos, escutai-me: felizes aqueles que guardam os meus caminhos. Ouvi minha instrução para serdes sábios, não a rejeiteis” (Pv 8,21-32).

Diante de um mundo pregoeiro de uma pseudosabedoria, que, por ser fugaz e transitória, mais se assemelha a uma loucura, cuja ilógica é afastar a alma de Deus para os prazeres e para um ‘aproveitar a vida’, irresponsável e desonestamente, temos o conselho que o Apóstolo São Tiago nos dá: “Quem dentre vós é sábio e inteligente? Mostre com um bom proceder as suas obras repassadas de doçura e de sabedoria. Mas, se tendes no coração um ciúme amargo e gosto pelas contendas, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade. Esta não é a sabedoria que vem do alto, mas é uma sabedoria terrena, humana, diabólica. Onde houver ciúme e contenda, ali há também perturbação e toda espécie de vícios. A sabedoria, porém, que vem de cima [que é do Alto, e, portanto, Celeste], é primeiramente pura, depois pacífica, condescendente, conciliadora, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, nem fingimento” (S. Tg 3,13-17).

Como um DOM a ser abraçado, acolhamos a sabedoria, que nos faz viver segundo os projetos de Deus, conforme os Seus desígnios para cada um de nós. E, sendo sábios, sejamos instrumentos divinos nas decisões do mundo e de tantos corações confusos e sem esperança, para que todos sejam cumulados das doces inspirações do Senhor, que deseja que todos contemplemos a felicidade do Seu Reino, reservado para os que, nesta terra passageira, são amigos da sabedoria.


Padre Everson Fontes Fonseca é pároco da Paróquia Nossa Senhora da Conceição (Mosqueiro, Aracaju).

#PeEversonFontesFonseca


OBRIGADO SENHOR PELOS TEUS DONS. QUE O NOSSO CORAÇÃO SENHOR SEJA CHEIO DOS TEUS DONS E CARISMAS, CHEIO DOS DONS DE CIÊNCIA E SABEDORIA. ENCHE-NOS SENHOR COM OS DONS DO TEU ESPÍRITO SANTO.

AMÉM!


Outras orações ao Espírito Santo


Ciencia_sabedoria


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TÍTULO AUTOR
Catequese com o Papa: o dom da Sabedoria Vera Lúcia
Catequese com o Papa: o dom do Entendimento Vera Lúcia
Catequese com o Papa: o dom do Conselho Vera Lúcia
Catequese com o Papa: o dom da Fortaleza Vera Lúcia
Catequese com o Papa: o dom da Ciência Vera Lúcia
Catequese com o Papa: o dom da Piedade Vera Lúcia


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Seminário de Vida no Espirito Seminário de Vida no Espirito Seminário de Vida no Espirito


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Sete_dons

A loja de Deus.


Uma noite sonhei que caminhava por uma longa estrada, estava a contemplar uma paisagem maravilhosa num lindo entardecer quando me deparei com uma loja muito colorida e com muitos potes na vitrine, havia um letreiro que piscava dizendo:


Letreiro_loja_de_Deus


“LOJA DE DEUS”.


Estranhei uma loja ali naquele lugar, mas não fui capaz de resistir à curiosidade:



Loja do céu_3



2 –  Entrei e vi um anjo no balcão –

– Maravilhado, eu lhe disse:

4 – “Santo Anjo do Senhor, o que vendes?

Ele me respondeu:

“Todos os dons de Deus”.

5 – Perguntei:   “Custa muito?”

Respondeu-me:   “Não, tudo é de graça”.

6 – Contemplei a loja e vi jarros com compaixão, vidros com fé, Pacotes com esperança, caixinhas com salvação, Potes com sabedoria…

Tomei coragem e pedi:

“Por favor, Santo Anjo, quero muito amor, Todo o perdão, um vidro de fé, bastante felicidade e salvação eterna para mim e minha família também.

Então o Anjo do Senhor preparou um pequeno embrulho, Tão pequeno que cabia na palma da minha mão.

Maravilhado mais uma vez, eu lhe disse:

“É possível tudo estar aqui?”

O Anjo me respondeu sorrindo:

“Meu querido irmão, na Loja de Deus não vendemos frutos.

Apenas sementes”


Apenas_sementes



Sementes do Bem



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Amor_lingua_dos_anjos


LOJA DO CÉU – 2ª VERSÃO


(autor desconhecido)


“Andava pela estrada da vida, tempos atrás, quando vi um letreiro que dizia: “LOJA DO CÉU”.

Quando me aproximei, a porta se abriu… E quando me dei conta já havia entrado. Vi grupos de anjos por todos os lados.

Um deles deu-me uma cesta e disse:

_ “Filho meu, compre tudo o que quiser. Nesta loja há tudo de que um cristão necessita. E o que não puder carregar hoje pode voltar amanhã e levar, sem problemas”.

Comecei pegando paciência e logo em seguida amor, que se encontravam na mesma prateleira.

Mais adiante encontrei a compreensão e também comprei, pois iria precisar dela onde quer que eu fosse…

Comprei também duas caixas de sabedoria e duas sacolas de fé. Não pude deixar de lado o espírito santo, pois estava em todo lugar.

Por instantes parei para comprar força e coragem, pois me ajudariam muito na jornada da vida.

Quando a minha cesta já estava quase cheia lembrei-me que me fazia falta um pouco da graça e que não deveria me esquecer da salvação. Estas a loja oferecia gratuitamente. Então peguei uma generosa porção de cada uma. Desta última, a porção era suficiente para salvar-me e a todos que aprenderem esta lição.

Caminhei em direção ao caixa para pagar a conta. Já tinha tudo para fazer a vontade do Mestre. Foi quando eu vi a oração e a acrescentei à minha cesta já repleta. Sabia que, quando eu saísse a usaria. A paz e a felicidade estavam em pequenas prateleiras e aproveitei para levá-las também. A alegria pendia do teto e agarrei um pacote para mim.

Cheguei ao caixa e perguntei:

_ “Quanto devo?”

Ele sorriu e me respondeu:

_ “Leva a sua cesta para onde quer que vá”…

Uma vez mais, sorri e perguntei:

_ “Quanto realmente eu devo?”

Ele sorriu outra vez e disse:

_ “Filho meu, não se preocupe, pois Jesus pagou a conta há muito tempo atrás”.

Momento de reflexão




Aspirais_aos_Dons_Espirituais
Qual o Melhor presente de Natal
Sete_dons o-presente-de-deus-ao-mundo1[1]


MENSAGEM NO SLIDSHARE – EM PPS


O RESULTADO DOS PRESENTES DESTA LOJA NA SUA VIDA.



Temos Um Tesouro em Vasos de Barro!



“Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós.”



“Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus como Senhor e a nós mesmos como vossos servos, por amor de Jesus. Porque Deus, que disse: Das trevas resplandecerá a luz, ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo. Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós.” (II Coríntios 4.5-7).



Existe um tesouro que não precisa de mapa para ser encontrado, porque não o propósito de seu possuidor escondê-lo. Este tesouro não foi colocado numa caverna profunda com milhares de armadilhas; tão cheias de cobras, crocodilos e jacarés que nem Indiana Jones conseguiria atravessar. Não foi depositado numa urna misteriosa ou num baú rodeado de piratas do Caribe. Seu valor não está depositado em conta numerada num banco suíço e nem é guardado por um sistema de alarme eletrônico de última geração num enorme museu para protegê-lo. Este tesouro está aqui mesmo, depositado em centenas de milhares de vasos de barro sem qualquer proteção espalhados por todo o mundo!

Isso mesmo, o maior tesouro da terra foi colocado em simples e frágeis vasos de barro com o propósito claro e gracioso de servirem para a glória de Deus. Este tesouro está bem acessível no coração de cada um daqueles que acreditam em Deus e o aceitaram Jesus como seu Senhor e Salvador. E ninguém, ninguém que seja Cristão de verdade ou esteja no ministério cristão carrega um tesouro próprio, mas transporta a glória que pertence a Cristo. Os vasos são frágeis, todavia o tesouro é de valor inestimável. Os vasos são totalmente quebráveis, mas o tesouro é imperecível. Os vasos são limitados; o tesouro, no entanto, é ilimitado e transborda inesgotavelmente para a vida eterna.

Quantos vasos são e quais formas têm são perguntas comuns, mas totalmente irrelevantes, pois o que conta é o valor do tesouro que neles está. Quanto mais se tira mais ele se multiplica; quanto mais se tenta roubar mais se espalha; Não se esconde, pois não tem tampa (será que tem tampa?); Não se acumula, pois transborda; não perde o valor, pois é incorruptível; não se rouba, pois não se mede com valores humanos.

Esse tesouro não revela pelas glórias humanas; o seu valor está preso a coisas do alto, por isso não pode ser acumulado segundo os critérios seculares. Ele não enriquece como o dinheiro e seu valor não é a raiz de todos os males (I Tm 6.10). Pelo contrário, na tribulação ele alivia; na perseguição não desampara; na guerra não nos deixa capitular vencidos; diante da morte nos faz ver a vida! Esse tesouro brilha na vida de quem crê em Cristo.

Todavia, algo estranho sempre acontece: Por que alguns ignoram o tesouro e se apegam aos vasos somente? A excelência do poder está no tesouro dentro dos vasos e não nos vasos sem o tesouro. Os vasos se quebrarão e o tesouro será transferido para outros vasos para o ostentarem por mais outro espaço de tempo. Os vasos úteis serão aqueles que puderem conter este tesouro, entretanto pra que servirão os vasos ocos e vazios?

A verdade é que não pregamos a nós mesmos; não vivemos para nós mesmos; não somos de nós mesmos. Quem abraçar fortemente os vasos para possuí-los poderá quebrá-los e ficar sem o tesouro que escorrerá por entre os dedos de suas mãos. Quem se apossar do tesouro será ele mesmo um vaso portador do mesmo tesouro que descobriu.


Já Dizia São Paulo aos Coríntios cap 3, 4.


4. Tal é a convicção que temos em Deus por Cristo. 5. Não que sejamos capazes por nós mesmos de ter algum pensamento, como de nós mesmos. Nossa capacidade vem de Deus. 6. Ele é que nos fez aptos para ser ministros da Nova Aliança, não a da letra, e sim a do Espírito. Porque a letra mata, mas o Espírito vivifica. 7. Ora, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, se revestiu de tal glória que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos no rosto de Moisés, por causa do resplendor de sua face (embora transitório), 8. quanto mais glorioso não será o ministério do Espírito!




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A Transformação do Homem interior pelo poder do Espírito Santo.

PENTECOSTES É UM PRESENTE DE DEUS PARA NÓS !



Pois a promessa é para vós, para vossos filhos e para todos os que ouvirem de longe o apelo do Senhor, nosso Deus. (Atos 2, 39)



Querido amigo:


presente-de-Deus-1[1]



Breve será comemorado mais um domingo de Pentecostes, em minhas orações matinais, meditando sobre este inefável presente de Deus, por intercessão de Seu Filho (e nosso particular amigo) Jesus, concluí exatamente isto: O Espírito Santo de Deus foi um grande presente d’Ele para nós. Um presente de amigo, sinal de Sua amizade por todos nós: filhos e filhas de Deus e Seus irmãos! A partir daí comecei a refletir sobre a importância da amizade em nossas vidas, e, naturalmente, pensando na nossa amizade (que eu também considero um grande presente de Deus), querido Demerval, resolvi, mais uma vez, partilhar com você – que faz parte um grupo especial de amigos e amigas – estas minhas reflexões que, espero, possam também lhes serem úteis. ….. Que o Espírito Santo de Deus possa, cada vez mais, estreitar a nossa amizade, a qual eu considero também um dom de Deus.

Kater Filho


UM PRESENTE DE AMIGO!


Refletindo sobre o presente de Pentecostes, percebi que este foi um gesto profundo de amizade de Jesus para com os Seus discípulos e para todos que, por meio de seus testemunhos, viessem a acreditar n’Ele e no Seu Evangelho, grupo seleto do qual cada um de nós, cristãos, faz parte, portanto um presente especial para cada um de nós!

Um gesto natural de amizade do verdadeiro amigo, que nunca abandona os que nele confiam: “Não vos deixarei órfãos. Voltarei a vós”. Jo 14, 18. Jesus Ressuscitado voltou a conviver com eles por mais 40 dias e, após ter cumprido este período, voltou ao Pai, mas, por ação do Espírito Santo deixado – e pela Eucaristia – permanece vivo em seus corações.

Diante disso passei a refletir sobre a importância da amizade entre nós, concluindo que, infelizmente, à medida que a tecnologia e a informática, aliadas à inteligência humana, facilitam a aproximação das pessoas, permitindo, cada vez mais, a comunicação entre elas, paradoxalmente as criaturas humanas sentem-se cada vez mais sós e isoladas dentro de suas “ilhas virtuais”.

É preocupante percebemos como, até mesmo dentro de uma família estabilizada, a solidão se instala na vida das pessoas. Eu e minha esposa costumamos dizer – nos retiros que pregamos para casais por este Brasil – que hoje a sociedade constitui “familhas” com “ilh” no lugar de “i” porque, na prática, são agrupamentos de pessoas isoladas como verdadeiras ilhas.

Dizemos família arquipélago que, na vida real, é um conjunto de ilhas que, convenientemente, vivem sob um mesmo teto minimizando as despesas comuns, partilhando algumas dependências da casa, mas que na verdade têm, cada uma delas, a sua maneira particular de pensar, de agir e de viver, não se importando muito com o que as outras ilhas façam, desde que essas, por sua vez, também não interfiram em sua vida pessoal. Observo o mesmo comportamento em algumas congregações religiosas..

Ora, amigos e amigas, isto não é, em hipótese alguma, o modelo de família (nem de comunidade religiosa) que Deus propôs à humanidade: um ambiente de partilha, de interação, enfim de amizade entre os seus membros e nunca de isolamento. Este isolamento, voluntário ou não, gera o individualismo que rapidamente evolui para o egoísmo que, por sua vez, bloqueia o desenvolvimento natural da amizade entre as pessoas!

As criaturas, neste anônimo e codificado mundo informatizado de hoje, mais do que nunca, anseiam por amizades verdadeiras! Os papos nos chats, as organizações virtuais tipo Orkut e outros sites, tentam, mas, felizmente, não satisfazem a nossa necessidade de cultivarmos amizades sérias e comprometidas. Amizades onde, pela convivência, aprendemos a conhecer, respeitar e amar profundamente o outro!

Como é bom podermos contar com amigos verdadeiros ao nosso lado! Amigos não têm preço, pois uma amizade é inestimável! Assim a Palavra de Deus, descreve a amizade: “Um amigo fiel é uma poderosa proteção: quem o achou, descobriu um tesouro. Nada é comparável a um amigo fiel, nem mesmo o ouro nem a prata podem a ele ser comparados”.  (Eclo 6, 14 – 15).

Depois das denominações: Deus, pai, mãe, irmãos, irmãs, filhos e filhas, as palavras amigos e amigas são as que mais têm um significado especial para todos nós, mesmo porque a amizade, em muitos momentos de nossas vidas, chega a valer mais do que a própria consanguinidade! Quantos de nós já não experimentou isso? idioma



Ora o que é um amigo? Amigo é aquela pessoa com quem nós podemos contar em qualquer circunstância, como dizem os noivos nas celebrações matrimoniais: na alegria e na tristeza, na saúde e na doença e por todos os dias de nossas vidas. Aliás, se na vida conjugal não for cultivada uma sólida amizade entre o casal, independentemente da atração física e sexual, o casamento correrá sérios riscos de naufragar durante o seu decurso…

Casais apaixonados, acima de tudo, necessitam ser casais amigos. A amizade antecede o amor conjugal, pois o amor sólido e verdadeiro nasce e cresce a partir de uma sincera e gostosa amizade entre um casal. A paixão meramente física, mais cedo ou mais tarde, arrefecerá na vida dos cônjuges, debalde haja, da parte de ambos, um esforço válido e necessário para manter viva a atração sexual no casamento.

Sabemos que a natureza tem o seu ciclo evolutivo e nós, simples mortais, por mais que nos esforcemos na tentativa de protelar a natural falência de nossos órgãos e sentidos, cuidando de nossa saúde, evitando abusos desnecessários, tomando medicamentos modernos, nos exercitando, acabamos nos rendendo à infalível e cruel senilidade que, muitas vezes, nos prostra e nos faz pessoas totalmente dependentes das outras…

É aí que entra a amizade que suplanta todas as barreiras e serve, incondicionalmente, a pessoa amiga que dela precisar. Atendendo a casais em crise, podemos perceber nitidamente, o descuido dos conjugues quanto ao cultivo de uma boa amizade desenvolvida paralelamente ao desabrochar da natural paixão física e carnal.

Detectamos uma deficiência nefasta, porém muito comum, nas relações modernas: a grande dificuldade dos cônjuges de renunciarem, em benefício do próprio casal, às suas vontades, aos seus caprichos, ao seu conforto, à sua realização profissional, às suas convicções, seus hobbies, seus vícios, suas manias, seus desejos, seus sonhos, enfim a tudo o que acreditam ser seus direitos.

Ainda há poucos dias vimos, noticiado pela mídia mundial, um “relacionamento” iniciado, e celebrado com luxo e pompas, por um famoso jogador de futebol e uma modelo, terminar antes mesmo de se completar três meses! A causa? Não precisaríamos indagar, certamente estará relacionada a fatores que apontamos no parágrafo anterior…

No fundo, no fundo mesmo, poderíamos dizer que faltou a eles – e também a tantos casais que se casam nos dias de hoje, sem tempo suficiente até mesmo para se conhecerem – o desenvolvimento de uma boa amizade, antes de haver uma conjunção física e carnal, e o compromisso de uma união duradoura, até que a morte os separe.

A alegação comum e freqüente, nestes casos, é de que estes “direitos” – os quais se recusam a renunciar – são inerentes à sua vida, ou seja – como afirmam – são a “sua própria vida” e, por isso, “deles não abrem mão em hipótese alguma”, mesmo sob o risco de destruírem os seus lares. Falta-lhes a amizade sincera que é capaz de renunciar a tudo em benefício da pessoa amiga. Aliás, amizade é sinônimo de amor!


Sinônimo do mais puro amor que possa brotar do coração humano; diríamos do amor que mais se assemelha ao infinito e inesgotável amor de Deus por nós, seus filhos e filhas. Do amor que, teologicamente, identificamos como o Amor Ágape, que quer dizer o amor incondicional, o amor sem limites, o amor sem censuras! O Amor que Deus espargiu nos corações humanos no dia de Pentecostes.

Este Amor – verdadeiro presente de amigo – que o Espírito Santo de Deus derramou sobre a humanidade se origina da videira Jesus, que, num sinal de amizade por todos aqueles que Deus Lhe confiou, não os abandonou, quando precisou voltar para a casa do Pai. Ao contrário, rogou e o Pai enviou, em seu lugar, o Espírito Santo que trouxe em seu bojo o mais puro amor que a humanidade, até então, jamais havia experimentado!

O amor existente entre amigos verdadeiros é o da melhor cepa, o mais puro amor, o amor que nada exige em troca, um amor que é pura gratuidade e que se regozija apenas ao ver a alegria e a felicidade do outro, pelo qual nutre a amizade. Se formos buscar na Bíblia referências para este amor, as encontraremos na primeira Carta aos Coríntios, onde São Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, decodifica, em 15 gestos concretos, o Amor Ágape.

Gestos, como poderemos verificar, comuns entre os amigos verdadeiros. Tão comuns que nos permitem substituir, no texto, o vocábulo amor pela palavra amizade e que diz:

“A amizade é paciente, a amizade é bondosa. Não sente inveja. A amizade não é orgulhosa. Não é arrogante. Nem escandalosa. Não busca seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera e tudo suporta. A amizade jamais acabará”. I Cor 13, 4-8.

Diante deste sábio texto bíblico, diríamos até, deste belíssimo poema divino, penso ser desnecessário tecer maiores comentários sobre a amizade, sob o risco de nos tornarmos redundantes. Resta-nos apenas, neste dia de Pentecostes, relembrarmos que o envio do Espírito Santo sobre nós foi, acima de tudo, um gesto de amizade de Jesus por todos nós.

Esta Sua amizade por nós está registrada no Evangelho de João quando, em Sua despedida, Ele amorosamente disse aos discípulos presentes (extensivo a nós que os sucedemos na missão): “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor. Mas chamei-vos amigos, pois vos dei a conhecer tudo quanto ouvi de meu Pai. Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi e vos constitui para que vades e produzais frutos e o vosso fruto permaneça”. Jo 15, 15-16.

Obrigado Amigo, que Deus continue abençoando você e me permitindo privar, por muito tempo ainda nesta vida, de sua amizade sincera, fiel e verdadeira. Você, a quem Jesus chama de amigo, e eu considero um amigo verdadeiro, está, todos os dias, em minhas orações!

Antonio Miguel Kater Filho em 13/05/2005


https://presentepravoce.files.wordpress.com/2010/03/invocacao_espirito.ppt


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