Ignorar a Escritura é ignorar Cristo.


A Palavra de Deus é viva e eficaz

e produz o seu efeito quando vivida.



“Ignorar a Escritura é ignorar Cristo”.


Esse pensamento de São Jerônimo nos introduz no grande mistério da Sagrada Escritura na vida do Cristão. Ter um profundo contato com a Escritura todos os dias é entrar em perfeita sintonia com o Senhor e estabelecer uma relação de intimidade com Ele.

O mês de setembro na Igreja é comumente dedicado a uma maior atenção á Sagrada Escritura com o objetivo de fazer com o que todos os cristãos nunca se esqueçam que a Palavra de Deus deve ocupar a centralidade de sua vida. Conhecer a Escritura é conhecer o próprio Cristo, que é a plenitude de toda revelação.


São Jerônimo é o ícone desse amor profundo á Escritura. Enamorado da palavra de Deus, Jerônimo perguntava-se: “Como é possível viver sem o conhecimento das Escrituras, pelas quais se aprende a conhecer o próprio Cristo, que é a vida dos fiéis?”


A Bíblia, instrumento pelo qual Deus fala aos fiéis em cada dia, converte-se deste modo em estímulo e manancial da vida cristã para todas as situações e para todas as pessoas.

“Ler a Escritura é conversar com Deus”, explicou: “Se rezas”, escreve São Jerônimo a uma jovem nobre de Roma “falas com o Esposo; se lês, é Ele quem te fala”. (Papa Bento XVI em 07/12/2007;discurso sobre São Jerônimo)

Um dos momentos privilegiados de profunda sintonia com Deus através da Sagrada Escritura se dá na Liturgia da Palavra, o primeiro banquete oferecido aos fiéis na celebração da Santa Missa.



A Liturgia da Palavra é apresentada como um grande banquete que alimenta a nossa fé. Durante a Liturgia da Palavra observamos dois momentos muito importantes:

1. Jesus Cristo, Palavra do Pai, que nos fala na Liturgia.

2. A HOMILIA, atualização da Palavra de Deus.

São dois movimentos: Deus que nos fala e o Sacerdote que fala de Deus para a assembleia. Falemos então sobre a homilia.

Depois de proclamadas as leituras inicia-se a atualização da PALAVRA DE DEUS através da homilia. <.br>A palavra homilia significa “conversa familiar”. Daí é que concluímos que ela seja uma atualização da Palavra de Deus, pois traz para o nosso conhecimento, de forma simples e adequada, os elementos essenciais da Palavra que foi proclamada de modo que os fiéis captem a mensagem viva dessa Palavra.

A homilia é parte constitutiva da liturgia diz a SC 52: “Recomenda-se vivamente a homilia, como parte própria da liturgia; nela, no decurso do ano litúrgico, são apresentados dos textos sagrados, os mistérios de fé e as normas da vida cristã”.

A homilia deve ter em primeiro como fonte inspiradora o próprio texto bíblico, porém, é uma atualização do texto para nós hoje. Não é uma aula de teologia, nem um discurso político, nem uma aula de exegese bíblica, nem muito menos deve ser encomendada anteriormente para passar um ‘sermão’ na comunidade.

Por assim dizer, a homilia deve ser um eco fiel da Palavra de Deus.

Na estrutura da Celebração Eucarística a homilia nos leva a compreender o espírito do que estamos celebrando, nos leva a uma espiritualidade profunda e nos compromete com Deus e com os irmãos.

Para compreender bem o mistério que celebramos a homilia envolve quatro eixos fundamentais: (1).



1. Um anúncio, um chamado à fé em Cristo salvador: “Cumpriu-se hoje diante de vocês esta passagem da Escritura” (Lc 4,11).

2. Um ensinamento sobre o significado dos fatos e das palavras escutadas a partir da Escritura e da liturgia. Jesus procede assim com discípulos de Emaús: “Começando por Moisés e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele diziam as Escrituras” (Lc 24,25).

3. Uma introdução para provocar a resposta dos fiéis à Palavra anunciada. Apoiando-se na força do Espírito Santo, o pregador usa parábolas, mostra a graça atuando na Igreja, ele mesmo se apresenta como testemunha.

4. Uma introdução ao mistério de comunhão com o Senhor: a especificidade da maneira de instrução constituída pela homilia reside precisamente em sua orientação litúrgica e sacramental. Ela deve conduzir os fiéis ao encontro pessoal com o Senhor que opera no e ao reconhecimento como irmãos dos que se unem na mesma confissão de fé e na mesma ação de graças.

A palavra de Deus proclamada e atualizada pela homilia, leva o fiel a uma maior compreensão de sua missão e ajuda-o a colocar na pauta do dia os ensinamentos da Sagrada Escritura.

“A Palavra de Deus extraída do Livro Sagrado, proclamada pelo leitor, acolhida e celebrada na comunidade, ilumina o discernimento e a vivência da palavra do livro da vida. Aquele que, no cotidiano da vida, alimenta-se do pão da Palavra de Deus torna-se sensível e aberto ao mistério do Pai que se revela nos acontecimentos e situações do caminho, seja na história pessoal, ou no projeto de vida da sociedade”.(2)

A Palavra de Deus é viva e eficaz e produz o seu efeito quando vivida. Diz São Tiago: “Tornai-vos praticantes da Palavra e não simples ouvintes, enganado-vos a vós mesmos! Com efeito, aquele que ouve a Palavra e não a pratica assemelha-se a um homem que, observando o seu rosto no espelho, se limita a observar-se e vai-se embora, esquecendo-se logo de sua aparência. Mas aquele que pratica, esse é bem- aventurado naquilo que faz” (cf. Tg 1, 22-25).

Que a Palavra de Deus seja “lâmpada para seus pés e luz para seu caminho”!
Deus te abençoe!

Pe. Nilso Aparecido Motta, sacerdote incardinado na dioc ese de Osasco, liberado para Missão.
Apresenta o programa “Você pode ser Feliz” pela TV Século 21 toda sexta-feira das 09:00 às 11:30.


1 CELAM. Manual de Liturgia, Vol. II, Paulus, 2005. p. 188
2 CELAM. Manual de Liturgia, Vol. II, Paulus, 2005. p. 190





O Magistério da Igreja recomenda Ler a Bíblia.



A Igreja reconhece que muitos anos se passaram

e o povo perdeu o costume, a vontade e o amor pela

Palavra de Deus.


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Papa Francisco – Com a Bíblia.



O Bom Católico não é aquele que compra uma Bíblia e leva para casa, escolhendo um lugar bem vistoso na sala de estar e expondo as escrituras Sagradas ao vento e à poeira, mas é aquele que a lê e passa a conhecê-la, por isso a Igreja recomenda hoje não somente a leitura da Bíblia, mas como também a sua divulgação em alta escala e principalmente através da Internet, este novo veículo de comunicação que tanto é usado pelo mal em destruição das almas.


Leia a Bíblia


BIBLIA SAGRADA


O arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Scherer, pediu que os católicos não apenas tenham a Bíblia em casa, mas que alimentem o costume de ler o texto sagrado.Dom Odilo, que foi um dos presidentes delegados da XII Assembléia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, explicou essa quinta-feira, em coletiva de imprensa em São Paulo, que os padres sinodais reconheceram que há um grande analfabetismo bíblico entre os fiéis Católicos. «É importante ter a Bíblia, mas isso não basta, é preciso lê-la», afirmou o arcebispo. Nas proposições do Sínodo encaminhadas ao Papa, alenta-se que todo católico tenha fácil acesso à Bíblia. O evento eclesial também chama a um novo empenho de formação dos fiéis no campo bíblico. Segundo o cardeal Scherer, é preciso ler a Bíblia de forma adequada. Para isso, o primeiro passo é tomar o texto a partir «da Igreja, da comunidade de fé», pois a Igreja «é a casa da Palavra de Deus, seu endereço certo», afirmou. Isso evita as leituras «fundamentalistas», que instrumentalizam o texto sagrado para fins alheios a ele. Dom Odilo recordou que o próprio Papa falou da importância de se tomar a Bíblia no contexto da fé da Igreja, respeitando-se o rigor do método histórico-crítico, por um lado, e, por outro, não descuidando da Tradição viva de toda a Igreja. 

O arcebispo indicou que os católicos devem ter sempre em mente que a Bíblia tem uma «referência fundamental», Jesus Cristo. Na comunidade de fé, nas paróquias e dioceses, os fiéis devem procurar participar de círculos bíblicos e de outros eventos formativos, para aprofundar no conhecimento do texto sagrado.

Dom Odilo recordou que muitos padres sinodais falaram a respeito dos métodos de leitura da Bíblia. «Falou-se sobre a leitura orante, o método da ação católica –ver, julgar e agir–, o método franciscano, o dos exercícios espirituais de Santa Inácio». Segundo o arcebispo, aprender os métodos de leitura ajuda na hora de ir ao texto.

Agora que as proposições do Sínodo foram entregues ao Papa, espera-se a orientação que virá do pontífice, por meio da exortação apostólica pós-sinodal.

Sobre a responsabilidade de trabalhar na presidência da assembléia sinodal, Dom Odilo destacou que «foi uma grande alegria». O arcebispo confessou que «não foi tão difícil» desempenhar a função, pois «tudo estava muito bem organizado» pela Secretaria do Sínodo».

Dos 253 membros nomeados para a assembléia, 248 participaram. Esses poucos que faltaram não puderam ir por motivo de doença ou complicação com a viagem.

Segundo o arcebispo, houve muitos momentos especiais durante o evento. «Já a missa de abertura, na Basílica de São Paulo Fora dos Muros, o concerto da Filarmônica de Viena, a visita do patriarca ortodoxo Bartolomeu I, a missa de encerramento».

«Fico com uma impressão muito rica, muita bonita deste Sínodo», afirmou o cardeal Scherer.

Fonte: Zenit


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