Marta e Maria.

Numa visão moderna e científica.

Conta-se que um Cientista do Campo “Roceiro mesmo”, resolveu fazer uma certa experiência.  Foi motivado a isto observando o fato de que, segundo a sua experimentada opinião, o seu burrinho de carga comia demasiadamente.

Pensou consigo: “vou diminuir a alimentação do animal pouco a pouco e observarei o quanto ele trabalha e se o trabalho renderá tanto quanto antes”.


O nosso “pesquisador” começou a sua experiência com grande êxito, pois no primeiro dia o burrinho trabalhou da mesma maneira que no dia anterior.

No dia seguinte, o nosso cientista diminuiu mais uma cota da ração do animal.

Resultado: o burrinho trabalhava quase da mesma maneira que sempre trabalhou.

O humilde cientista então pensou consigo: “ainda que coma um pouco menos e renda um pouco menos, não há nenhum problema”.

Algo semelhante aconteceu no terceiro e no quarto dia.

No quinto dia, aquele Senhor teve uma grande surpresa:

Não sabia o porque deste resultado, mas o burrinho amanheceu morto.

Conclusão:

Muito trabalho e pouca comida!

O Burrinho não agüentou o cansaço do trabalho pesado apesar de ter trabalhado como sempre trabalhava antes sem reclamar.

Nós, Cristãos, tampouco poderíamos viver “durante algum tempo” nesse regime forçado: “muito trabalho e pouca comida” ou com outra expressão comparativa – “Muito trabalho e pouca oração”.

Talvez fosse exatamente isso que Jesus reprovou na conduta de Marta: ela trabalhava muito, preocupava-se demasiado, e, no entanto, tinha pouco espírito de oração.   Não faz muito tempo, a Igreja celebrou a memória de Jose Maria Escrivá, que pregou com a vida e com a palavra que todo Cristão está chamado à Santidade em meio às atividades ordinárias do cotidiano.    Para que isso fosse realidade, o fundador do Opus Dei aconselhava a seguinte norma de conduta:  “primeiro Oração; depois expiação; em terceiro lugar, muito em “terceiro lugar”, a ação” (Caminho, nº 82).   Esse Santo dizia que temos que ser contemplativos no meio do mundo.

Logicamente, Jesus quer que trabalhemos.  Com certeza o trabalho de Marta agradava o Senhor e, no entanto, ele anima a dar novas dimensões ao trabalho: além de bem-feito, que seja elevado pela graça de Deus em Oração e oferecido a Deus.

Pe. Françoá R. Figueiredo Costa.