Prudência, uma grande Virtude!




Hoje devemos falar doutra virtude, porque dos apontamentos do Pontífice falecido conclui que era sua intenção tratar, não só das três virtudes teologais — fé, esperança e caridade —, mas também das quatro virtudes chamadas cardeais. João Paulo I queria falar das “sete lâmpadas” da vida cristã; assim lhes chamava o Papa João XXIII.


Pois bem, hoje eu quero continuar esse esquema, que o Papa desaparecido preparara, e falar brevemente da virtude da prudência. Desta virtude não pouco trataram já os antigos. Devemos-lhes,  por isso, reconhecimento profundo e gratidão. Em certo sentido ensinaram-nos que o valor do homem deve medir-se com o metro do bem moral, que ele realiza durante a vida. É isto exatamente o que, em primeiro lugar, assegura a virtude da prudência. O homem prudente, que se aplica a tudo o que é verdadeiramente bom, esforça-se por medir todas as coisas, todas as situações e todo o seu operar, pelo metro do bem moral. Prudente não é pois aquele que — como muitas vezes se entende — sabe arranjar-se na vida e sabe tirar dela o maior proveito; mas aquele que sabe construir toda a sua existência segundo a voz da reta consciência e segundo as exigências da moral justa.

Assim a prudência constituí a chave para a realização do encargo fundamental que Deus confiou a cada um. Este encargo é a perfeição do próprio homem. Deus entregou a cada um de nós a humanidade que tem. necessário que nós correspondamos ao encargo recebido programando-o como ele requer.

Mas o cristão tem o direito e o dever de observar a virtude da prudência, também noutra perspectiva. A prudência é como imagem e semelhança da Providência de Deus nas dimensões do homem concreto. Porque o homem sabemo-lo pelo livro do Génesis — foi criado à imagem e semelhança de Deus. E Deus realiza o Seu plano na história da criação e sobretudo na história da humanidade. A finalidade deste desígnio é — como ensina São Tomás — o bem último do universo. O mesmo desígnio torna-se na história da humanidade simplesmente o desígnio da salvação, o desígnio que diz respeito a todos nós. No ponto central da sua realização encontra-se Jesus Cristo no Qual se expressou o eterno amor e a solicitude do próprio Deus, Pai, pela salvação do homem. Esta é, ao mesmo tempo, a plena expressão da Divina Providência.

Pois bem, o homem que é a imagem de Deus, deve ser — como de novo ensina São Tomás — de certo modo, a providência. Mas na medida da sua vida. Ele pode participar neste grande caminho de todas as criaturas para o termo, que é o bem do que foi criado. Deve — exprimindo-nos ainda mais na linguagem da fé — participar no divino desígnio da salvação. Deve caminhar para a salvação e ajudar os outros a salvarem-se. Ajudando os outros, salva-se a si mesmo.

Peço a quem me escuta que pense agora, a esta luz, na própria vida.

Sou prudente?

Vivo em consequência com o que sou, responsavelmente?

O programa que realizo serve para o verdadeiro bem?

Serve para a salvação que querem de nós Cristo e a Igreja?

Se hoje me escuta um estudante ou uma estudante, um filho ou uma filha, olhe a esta luz para as próprias obrigações de escola, as leituras, os interesses, os passatempos e o ambiente dos amigos e das amigas.

Se me escuta um pai ou uma mãe de família, pense um pouco nos seus deveres conjugais e de progenitura.

Se me escuta um ministro ou homem de Estado, olhe para a extensão dos seus deveres e responsabilidades. Procura ele o bem verdadeiro da sociedade, da nação e da humanidade? Ou só interesses particulares e parciais?

Se me escuta um jornalista, um publicista, uni homem que exerce influxo na opinião pública, reflita sobre o valor e sobre o fim desta sua influência.

Também eu que vos falo, eu o Papa, que devo fazer para atuar prudentemente? Vêm-me ao espírito as cartas de Albino Luciani, então Patriarca de Veneza, a São Bernardo. Na sua resposta ao Cardeal Luciani, o Abade de Claraval — Doutor da Igreja — recorda com grande insistência que deve ser “prudente” quem governa. Que há-de fazer então o novo Papa a fim de proceder prudentemente? Sem dúvida muito deve fazer neste sentido. Deve sempre aprender e sempre meditar em tais problemas. Mas, além disso, que pode Ele fazer? Deve orar e fazer o possível por ter aquele dom do Espírito Santo que se chama dom do conselho. E todos quantos desejam que o novo Papa seja Pastor prudente da Igreja, peçam para Ele o dom do conselho. E para si mesmos, peçam também este dom, por meio da especial intercessão da Mãe do Bom Conselho. Porque deve desejar-se muito que todos os homens se comportem prudentemente e que procedam com verdadeira prudência aqueles que exercem o poder. Para que a Igreja — prudentemente, fortificando-se com os dons do Espírito Santo e em particular com o dom do conselho — participe com eficácia neste grande itinerário para o bem de todos, e para que a todos mostre o caminho da salvação eterna.


João Paulo II




Vivenciar os Valores Cristãos.



Um dos maiores desafios do mundo moderno é viver os valores Cristãos, seja na Família ou fora dela.  Percebemos que a cada dia que passa os inimigos de Cristo se multiplicam e como não podem mais atacar e matar o Cristo Ressuscitado eles atacam aquilo que Jesus nos deixou como herança, que são suas palavras, seus ensinamentos e até mesmo suas ações pessoais que ficaram gravadas na memória daqueles que testemunharam os fatos históricos que estão narrados na Bíblia Sagrada.



São Paulo e Timóteo


primeros-cristianos[1]

6. Recomenda esta doutrina aos irmãos, e serás bom ministro de Jesus Cristo, alimentado com as palavras da fé e da sã doutrina que até agora seguiste com exatidão.
7. Quanto às fábulas profanas, esses contos extravagantes de comadres, rejeita-as.
8. Exercita-te na piedade. Se o exercício corporal traz algum pequeno proveito, a piedade, esta sim, é útil para tudo, porque tem a promessa da vida presente e da futura.
9. Eis uma verdade absolutamente certa e digna de fé:
10. se nos afadigamos e sofremos ultrajes, é porque pusemos a nossa esperança em Deus vivo, que é o Salvador de todos os homens, sobretudo dos fiéis.
11. Seja este o objeto de tuas prescrições e dos teus ensinamentos.
12. Ninguém te despreze por seres jovem. Ao contrário, torna-te modelo para os fiéis, no modo de falar e de viver, na caridade, na fé, na castidade.
13. Enquanto eu não chegar, aplica-te à leitura, à exortação, ao ensino.
14. Não negligencies o carisma que está em ti e que te foi dado por profecia, quando a assembléia dos anciãos te impôs as mãos.
15. Põe nisto toda a diligência e empenho, de tal modo que se torne manifesto a todos o teu aproveitamento.
16. Olha por ti e pela instrução dos outros. E persevera nestas coisas. Se isto fizeres, salvar-te-ás a ti mesmo e aos que te ouvirem.

I Timóteo, 4






O texto acima que São Paulo escreveu a Timóteo, ainda quando ele era apenas um jovem demonstra que haviam muitos ensinamentos a se preservar e viver para sermos autênticos testemunhos da verdade Cristã e estes ensinamentos foram sendo divulgados entre os Cristãos e vivenciados durante XXI séculos, graças à estes valores o mundo adquiriu uma nova maneira de viver em sociedade e com estes valores foi possível construir um patrimônio de conhecimento e compartilhá-lo com o resto da humanidade, porque até o final do Império Romano o mundo vivia de conquistas e de ser conquistado e o que sempre valia era a lei do mais forte que destruía tudo que o Império anterior havia adquirido, construído ou armazenando como conhecimento, só isto já tornaria impossível a construção de uma civilização permanente e duradoura.

Hoje, a civilização que se formou pretende retroceder à idade da pedra, pretende abandonar os princípios Cristãos que a formaram e retornar ao barbarismo da época de Jesus, pouco a pouco vão abandonando o que temos de mais precioso, que são os nossos princípios Cristãos e os substituindo pelos famosos direitos humanos (PNDH 3) que são muito “DISCUTÍVEIS” que nada tem de direito e sim obrigações a serem seguidas pela maioria em benefício de uma minoria.

Na verdade a Igreja através de seus membros fez um imenso trabalho de evangelização no passado, disseminando a verdade Cristã entre os diversos povos pagãos que habitavam a Europa, Ásia e etc.

Os princípios religiosos se tornaram leis e normas de ensino nas escolas até que a civilização amadureceu e agora que deveria estar avançando mais profundamente rumo à perfeição, mas não, nós nos deparamos com uma tremenda apostasia e um abandono da Fé nos principais centros de formação do Cristianismo no mundo.

Na Carta de São Paulo a Timóteo já se previa esta apostasia e este afastamento da humanidade dos princípios do ensinamento Cristão, tanto é que ele exorta a Timóteo que jamais esmoreça e jamais desista de viver a sua fé Cristã, mesmo que as outras pessoas o desconsiderem ou o critiquem por ser fiel a Cristo.

Nosso desafio hoje é tentar reverter este processo de banalização dos princípios Cristãos, é reverter este processo que o mundo Laico nos impõe tentando mudar a nossa maneira de ser e de ensinar nossos filhos.

Até mesmo as leis que regiam os Países e os mantinham de pé estão sendo substituídas por outras que não se comprometem com o bem estar do homem ou sua dignidade de Filho de Deus, dando margem a todo tipo de atrocidades destruindo pouco a pouco a civilização que conhecemos.

Se diz em todos os casos que devemos redescobrir estes valores Cristãos, que devemos viver estes valores Cristãos e que devemos ensina-los a nossos filhos para preservarmos a nossa Família, a nossa sociedade e salvar assim o nosso mundo que padece nas mãos dos aproveitadores e sugadores das riquezas naturais sem se preocupar nenhum pouquinho com o que acontecerá amanhã com o planeta ou o homem que nele vive.

Que valores seriam estes?

Tudo o que Cristo ensinou e nos testemunhou com suas ações se tornaram VALORES “TESOUROS INESTIMÁVEIS” como Jesus mesmo identificou em seus ensinamentos, seriam coisas tão valiosas que superariam até mesmo a nossa vida e para preservar as suas palavras ele doou a sua própria vida, porque preferiu morrer que negar qualquer coisa que havia ensinado a todos nós.

Podemos enumerar muitos valores Cristãos e humanos, que praticamente são desprezados no mundo de hoje sem a menor dor na consciência:



Fidelidade, amabilidade, prudência, Lealdade, Temperança, Paciência, perdão, Sinceridade, Honradez, Justiça, Verdade, Caridade, Honestidade, afabilidade, bondade, alegria, paz, brandura, temperança, Serenidade, Concórdia, Unidade e muitas outras coisas como estas que estão sendo desqualificadas na sociedade moderna que se preocupa mais em apenas viver a vida cometendo muitos pecados que antes não cometeriam.


Gálatas 5, 22 e Apocalipse 22, 11.



Não é porque o mundo evoluiu que precisamos abandonar os nossos Valores, muito mais agora deveríamos nos agarrar a eles ou então a sociedade moderna se desmontará como se desmonta um castelo de cartas quando sopra apenas uma brisa mansa.



Você pode salvar o mundo, salvando a si mesmo e sua Família, porque a Família é o centro de tudo e é a ela que precisamos preservar em primeiro lugar custe o que custar.

“Ele te dirá as palavras pelas quais serás salvo tu e toda a tua casa.”

(Atos dos Apóstolos 11,14)


José do Egito, Filho de Jacó

Exemplo de Integridade

Link→

História Bíblica – Valor Cristão



Valores Cristãos.

Tentativa de sedução de José no Egito pela mulher de Potifár seu Senhor

.

Quais são seus Valores ?

Quais são os referenciais que norteiam sua vida?

.

Em Gênesis 39, encontramos uma das ilustrações clássicas de como o sistema de valores pessoais pode pesar na balança de uma sociedade.

José, filho de Jacó, mordomo na casa de Potifar, lutava contra as investidas sexuais de sua patroa, esposa de seu senhor.

Encontramos neste jovem um caráter impecável. Ele estava disposto a abrir mão das delícias sedutoras oferecidas por uma mulher sensual para não comprometer suas convicções.

Em três declarações neste capítulo, ele indica seus valores, que se destacam como um farol em meio à tempestade: “Ele, porém, recusou e disse à mulher do seu senhor: Tem-me por mordomo o meu senhor, e não sabe do que há em casa, pois tudo o que tem me passou ele às minhas mãos. Ele não é maior do que eu nesta casa, e nenhuma coisa me vedou, senão a ti, porque és sua mulher: como, pois, cometeria eu tamanha maldade, e pecaria contra Deus?” (Gn 39.8-9).

Na primeira declaração, José afirmou que seria infiel ao seu mestre se tivesse relações sexuais com a esposa dele.

Em sua segunda declaração, ele ressalta que seria infiel também consigo.

Na terceira, ele declara que não cometeria tal pecado, pois seria infiel ao seu Deus.

O valor de caráter citado por José, a fidelidade, abrangeu três pessoas: Potifar (mestre), José (ele mesmo) e Deus.

Muitos falam sobre determinados valores que deveriam adotar, mas que, na realidade, não praticam, não inserem no cotidiano de suas vidas.

Potifar não tinha a menor dúvida da fidelidade de José, pois sabia que sua integridade era real, concreta, e não apenas simples palavras levianas.

Há muitos jovens cristãos que sabem exatamente o que é certo e o que é errado sobre, por exemplo, sexo antes do casamento, roubo, drogas, cola nas provas. Mas suas vidas não refletem seu conhecimento.

Valores cristãos e familiares contêm dois elementos essenciais: o quê e por quê. Nossa tendência é enfocar demasiadamente o “quê”, esquecendo-nos do “por quê”.

Falhamos quando não explicamos por que os valores cristãos são tão importantes para nossas vidas.

Sabemos como firmamos nossa convicção em determinado valor, mas desconhecemos como chegamos à conclusão de que ele é imprescindível.

Quando os pais comunicam valores a seus filhos, precisam ajudá-los a raciocinar sobre a razão de estes valores serem tão importantes e desafiá-los a não aceitá-los apenas porque seus pais o aceitam, mas porque eles concluíram e aceitaram sua importância para si.


Como Vivenciar os

Valores Cristãos.

Click aqui.


O ensino eficaz

Quero fazer algumas sugestões sobre como os pais podem dinamizar o ensino dos valores cristãos a seus filhos.

l) Desenvolvendo um relacionamento de qualidade com os filhos: a melhor maneira de comunicar tais valores aos filhos é através dos relacionamentos interpessoais porque, sendo assim, há o máximo de interação e o mínimo de distorção.

É possível impressionar uma pessoa, mesmo não sendo íntimo. Contudo, o nível de impacto é consideravelmente mais profundo quando partilhamos de sua intimidade, quando estamos próximos dela.

Comunicamos nossos valores demonstrando que o praticamos em nossas vidas, e não falando sobre eles.

2) Deixe seu filho expressar-se, mesmo que suas idéias e opiniões sejam divergentes das suas: quando seu filho discorda de você, agarre a oportunidade de descobrir, pelo diálogo, a razão de tal discordância.

Ele precisa sentir que pode ter opiniões contrárias à de seus pais e que não será recriminado por isto.

Ele necessita ter liberdade para desenvolver suas próprias convicções. Valores forçados pelos pais desfazem-se rapidamente. Convicções adquiridas por determinação própria podem durar uma vida.

3) Deixe seu filho experimentar e aprender através das conseqüências do seu comportamento: quando os pais trabalham com seus filhos em nível de confiança mútua, o vínculo e a aceitação são mais sólidos.

Entretanto, quando o relacionamento e o ensino são pautados por uma série de restrições, os filhos sentem que seus pais não confiam neles.

O resultado deste último posicionamento é a falta de confiança em si mesmos e indefinição quanto a seus próprios valores, já que não tiveram liberdade e chance de testá-los.

4) Encoraje seu filho a se envolver em servir outras pessoas: o jovem adolescente que se envolve em trabalhos de auxílio a outras pessoas, que aprende a ser servo, desenvolve um senso de valor e, também, os valores cristãos.

É positivo que eles sejam voluntários e não recebam remuneração financeira. As crianças da casa devem ser incentivadas a ajudar nas tarefas domésticas sem que, para isto, recebam mesada. Isto fará com que os filhos reconheçam que as pessoas são infinitamente mais importantes do que as coisas.

5) Seja exemplo do que ensina: provavelmente, o elemento essencial na comunicação de valores na família são os pais que se tornam exemplos do que ensinam.

Se não há compromisso entre o valor ensinado e a realidade, certamente os filhos não assimilarão o conceito.

Há uma séria crise de integridade e credibilidade nas lideranças familiares atuais. Filhos aguardam uma demonstração que dará validade aos valores.

Se eles, a longo prazo, testificam a fé dos pais em ação, gradativamente adotarão o padrão e os valores que observaram e que, certamente, trarão bênçãos às suas vidas.

Que nós, pais cristãos, possamos vivenciar mais nossa fé!

Por Jaime Kemp

Fonte: Revista Lar Cristão ano 15 – volume 55