VALE TUDO MESMO ?

O Cantor Tim Maia fez muito sucesso com uma cação com poucas palavras, seu teor era muito simples, mesmo sendo uma grande afronta aos costumes do seu tempo e um grito de libertação para a juventude dos preconceitos e paradigmas de seus antepassados.
O título daquela música era “VALE TUDO” e tem o mesmo significado do grito de libertação que pretendia alcançar, porém o mesmo autor fez questão de fazer uma pequena ressalva, uma exceção crucial para aquele momento da história, no entanto logo após sua morte fizeram um “UPGRADE” na letra de sua musica alegando que Ele mesmo assim cantava em seus Shows substituindo a palavra “só não” por “até”. O que seria uma alteração mínima se não fosse totalmente o oposto da opção anterior e a tal exceção se tornou uma inclusão geral sem precedentes. Hoje no Brasil a versão anterior da famosa musica de tanto sucesso seria expurgada e censurada pela mídia de cara e jamais seria apresentada em publico, já que agora se tornou “preconceituosa e Homofóbica” e para satisfazer uma minoria abre-se uma “PORTEIRA” que passa não apenas uma vaquinha inocente e marginalizada, mas uma boiada inteira de bois, cabras, cabritos, lobos, leões e se brincar até mesmo Dinossauros, já que a palavra “TUDO” é inclusiva por natureza e totalmente abrangente sem limitações.
Além de incluir a tal “exclusão” anterior esta atualização na letra de “Vale Tudo” deu um novo significado ao título original que ao retirar todas as LIMITAÇÕES, todas as fronteiras e todas as barreiras se torna muito mais abrangente e passou a “VALER TUDO MESMO”, significando que nada mais estaria excluído: Drogas, álcool, violência, abusos sexuais e etc.
Alguém poderia exclamar, Poxa! mais que exagero! Porém a vida real nos mostra que “LIBERDADE” não significa liberação geral já que para tudo e qualquer coisa sempre existe um limite intransponível. Até mesmo no Paraíso de Adão e Eva existia pelo menos uma única exclusão que, por sinal a não observância dela lhes causou a perca de alguns benefícios eternos e a expulsão do paraíso, e é neste ponto que a experiência prática nos diz comprovadamente que “NEM TUDO PODE ESTAR VALENDO”, isto porque, muitas coisas não são boas ou recomendáveis, sendo assim, tudo precisaria de um reconhecimento, um estudo, uma avaliação prévia e estar em perfeito equilíbrio com a aceitação de ambas as partes do casal, não simplesmente sendo usado coisas com total irresponsabilidade ou só porque alguns insistem em desprezar a boa experiência do passado apelando para a liberação de tudo e qualquer coisa que se inventa por aí.
“Tudo me é permitido, mas nem tudo convém.” São Paulo (I Cor 6, 12)
Mas e em nossas vidas particulares no recinto íntimo de nosso quarto?
ESTA É UMA PERGUNTA MUITO COMUM EM ENCONTROS DE CASAIS REALIZADOS EM COMUNIDADES CATÓLICAS, QUE GERALMENTE É REALIZADO PARA AQUELES QUE QUEREM E AINDA PERMANECEM EM UM MATRIMÔNIO SÓLIDO, ISTO PORQUE É UMA AFIRMAÇÃO BASTANTE COMUM NA MÍDIA SOCIAL QUE PARA UMA REALIZAÇÃO SEXUAL PLENA TEM QUE SE QUEBRAR TODOS OS TABUS E REGRAS, TUDO DEVE SER FEITO NA MAIS PLENA LIBERDADE E ESPONTANEIDADE.

Em justificativa a estas afirmações se utilizam de exemplos e atitudes da Igreja no passado, isto porque a Igreja muitas vezes preferiu não se intrometer na vida íntima dos casais a menos que algo muito errado esteja acontecendo ali. Como a Igreja nunca se preocupou muito com a intimidade do casal, pouco se sabe sobre este assunto e no passado para se evitar muita conversa preferiam utilizar o silêncio ou o radicalismo proibindo tudo, pois em termos de conhecimento do corpo humano e prevenção da saúde física pouco se sabia e era mais fácil evitar completamente um mal cortando-o totalmente pela raiz já que era mais fácil proibir do que explicar certas coisas, o que gerou o termo “TABU” que é algo exatamente que todos evitam falar publicamente e se age sempre com bastante restrição.
Hoje porém, após o Concílio Vaticano II a Igreja Católica está muito mais aberta ao assunto sobre intimidade dos casais, principalmente para aqueles que escolheram a vida Cristã como objetivo de vida, isto porque o entrosamento e a felicidade de um casal depende de um bom relacionamento afetivo e sexual. A Igreja age como pastora dos fieis e também como mãe dos filhos de Deus com o objetivo de instruí-los a alcançarem a plena felicidade conjugal e não para satisfazer os apetites da sociedade sem Deus que com devaneios pecaminosos ao invés de conduzir as pessoas à felicidade conduzem a infelicidade, à separação e à perdição.
Vou continuar citando um texto do Prof. Felipe de Aquino que complementa um pouco mais este assunto:
A Igreja é muito discreta ao falar do ato sexual do casal cristão, mas não deixa de dizer, no Catecismo, que:
§2362 – “Os atos com os quais os cônjuges se unem íntima e castamente são honestos e dignos. Quando realizados de maneira verdadeiramente humana, testemunham e desenvolvem a mútua doação, pela qual os esposos se enriquecem com o coração alegre e agradecido” (GS 49,2). A sexualidade é fonte de alegria e de prazer”.
“A sexualidade, mediante a qual o homem e a mulher se doam um ao outro com os atos próprios e exclusivos dos esposos, não é em absoluto algo puramente biológico, mas diz respeito ao núcleo íntimo da pessoa humana como tal. Ela só se realiza de maneira verdadeiramente humana se for parte integral do amor com o qual homem e mulher se empenham totalmente um para com o outro até a morte.” (CIC, §2361; FC,11).
O Papa Pio XII já tinha dito há muito que:
“O próprio Criador (…) estabeleceu que nesta função (isto é, de geração) os esposos sentissem prazer e satisfação do corpo e do espírito. Portanto, os esposos não fazem nada mal em procurar este prazer e em gozá-lo. Eles aceitam o que o Criador lhes destinou. Contudo os esposos devem saber manter-se nos limites de uma moderação justa (g.m.)” (Pio XII, 29/10/1951).
O fato do sexo ser legítimo, no casamento, e só no casamento, não quer dizer que nele “vale tudo”, como se diz. Não somos animais irracionais; aliás, nem os animais irracionais fazem “tudo” em termos de sexo. Ao contrário, são extremamente naturais.
A moral católica se rege pela “lei natural”, que Deus colocou no mundo e no coração do homem. Aquilo que não está de acordo com a natureza, não está de acordo com a moral. Esta é a regra básica da Moral Católica. Será que, por exemplo, o sexo oral ou anal estão de acordo com a natureza?Certamente não, no meu modo de ver.
Sabemos que é necessário e legítimo o prelúdio sexual, especialmente para a mulher atingir o orgasmo junto com o marido; mas não é necessário para isso o sexo oral ou anal, que não são naturais; o que a mulher mais precisa na verdade, para ter uma harmonia sexual com o esposo, é ser muito amada. O ato sexual não começa quando ambos vão dormir; mas desde quando se levantam para começar um novo dia.
![felipe_aquino[1]](https://presentepravoce.files.wordpress.com/2009/07/felipe_aquino1.jpg?w=145&h=84)
Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com
Prof. Felipe Aquino @pfelipeaquino, é casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de aprofundamentos no país e no exterior, escreveu mais de 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”. Saiba mais em Blog do Professor Felipe Site do autor:www.cleofas.com.br
Em resumo, a resposta a esta pergunta seria aquela mesma resposta já bem conhecida de São Paulo frente à diversidade de pecados oferecidos tanto naquela época como nos dias de hoje:
12. Tudo me é permitido, mas nem tudo convém. Tudo me é permitido, mas eu não me deixarei dominar por coisa alguma. (I Cor 6, 12)
O principal componente desta frase de São Paulo como da não aprovação plena da pergunta do Título seria palavra “TUDO”, isto porque tudo significa “TUDO MESMO” e a verdade é que muita coisa é permitida até mesmo muita coisa que no passado era considerado como pecado pois se descobriu que uma boa intimidade entre duas pessoas requer muito mais entrega, confiança e cumplicidade, não para fazer coisas contra a natureza humana ou coisas que prejudicariam a sua saúde tanto corporal como mental ou espiritual, isto porque a palavra “tudo” abrangeria muita coisa que mesmo não sendo pecado seria desnecessário além de pessoas desonestas e mal intencionadas se utilizarem da abertura plena para prejudicarem outras pessoas, sendo assim, seria mais fácil dizer o que não convém na intimidade do casal do que relacionar um numero incontável de intimidades que seria desaconselhável e até mesmo desnecessário discorrer sobre cada uma delas.
Hoje se assiste em filmes pornográficos um incontável numero de atrocidades, coisas que na realidade não acontecem em nenhum relacionamento afetivo e que não interferem em nada na plena realização sexual, poderíamos dizer até que seria o contrário, pois existem senas humilhantes tanto para mulheres quanto para homens sem dizer que seria totalmente contra-indicado por qualquer agente de saúde sem dizer que em um filme tudo é acompanhado, manipulado, maquiado, cortado o que deu errado, repetido sem dizer que não temos o menor conhecimento das consequências daqueles atos, existe relatos até de pessoas que vieram a óbito, sendo assim, tais filmes jamais deveriam servir de aprendizado ou objetivo de nossos interesses de realização sexual, pois na verdade tais imagens não mostram a vida de pessoas felizes e realizadas e sim quase sempre revelam totalmente o contrário, logo jamais se poderia permitir que o “TUDO” que nos traria a plena realização em nossa intimidade sexual pudesse ser entendido como esses maus exemplos que são comercializados com o único objetivo da satisfação apenas do prazer carnal e não da felicidade do ser humano na sua totalidade corpo, alma e espírito.
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SEXO ANAL
“O Que Diz a Indústria Pornográfica?”
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