“Deus é Deus de amor que transforma a semente em árvore, em fruto que alimenta a vida, e, por vezes, o luto!…
Deus é Deus de amor que muda o ninho dos pensamentos em ninho de luz; que muda as idéias em ação que nos conduz, ou deixa que nós caiamos, para compreender Jesus.
Deus é Deus de amor que nos deu os pés, para que haja caminhada, nos ofertou as mãos, para dar trabalho à enxada; mas, se ferirmos o companheiro, erramos a estrada.
Deus é deus de amor que nos deu a cabeça para pensar, que nos premiou com o coração para amar; quem aceita o ódio, não pode cantar.
Deus é Deus de Amor que tudo fez, sem usar o alarde, que tudo faz, mesmo que achemos tarde; que nunca diz: Sois covardes.
Deus é Deus de amor que nos deu o verbo e nos ensina a falar, que nos deu a boca e nos ensina a cantar: que nos deu o coração e nos ensina a amar.”
( São Francisco de Assis )
“Quem ler e entender o Evangelho em Espírito e Verdade, encontrará nele Deus e o céu, os Anjos e o próprio paraíso, tudo a nos esperar, aguardando que façamos a nossa parte, para recebermos o prêmio da felicidade.” S. Francisco
Quando não há nada mais
a ser dito, silencia.
Quando não há nada mais a ser dito, silencia. Quando não há mais nada a ser feito, permitas apenas ser, apenas estar e fica na companhia do teu coração e este indicará o momento apropriado para agires. Quando a lentidão dos dias acomodar tua vontade, enlaçando-te com os nós da intranquilidade, descansa e refaz tua energia. Não há pressa.
A prioridade é que tu encontres novamente a tua essência para que tenhas presente em ti a alegria de ser e estar. Quando o vazio instalar-se em teu peito, dando-te a sensação de angústia e esgotamento, repara tua atenção e encontra em ti mesmo a compreensão para este estado.
É necessário descobrirmo-nos em tais estados, para que estes não se transformem no desconhecido, no incontrolável. Tudo pode ser mudado, existe sempre uma nova escolha para qualquer opção errada que tenhas feito.
Quando ouvires do teu coração que não há nenhuma necessidade em te preocupares com a vida, saibas que ele apenas quer que compreendas que nada é tão sério a ponto de te perderes para sempre da tua divindade, ficando condenado a não ver mais a luz que é tua por natureza. Não te preocupes. Se estiveres atento a ti mesmo verás que a sabedoria milenar está contigo, conduzindo-te momento a momento àquilo que realmente necessitas viver.
Confia e vai em teu caminho de paz. Nada é mais gratificante que ver alguém submergindo da escuridão apenas por haver acreditado na existência da luz. Ela sempre esteve presente… Era só abrir os olhos…
Os mais Conhecidos e Melhores Ensinamentos e Frases de Francisco de Assis.
São Francisco de Assis ensinou muito. Falou sobre fé, humildade, amor ao próximo, compaixão. Conheça alguns de seus ensinamentos mais divulgados, um verdadeiro legado para a humanidade.
Quem foi São Francisco de Assis
Batizado com o nome de Francisco Bernardone e nascido na Itália em 1182, Francisco de Assis foi canonizado pela Igreja Católica em 16 de julho de 1228 devido ao seu estilo de vida, baseado nos ensinamentos da Bíblia: viver humildemente.
Além de ser conhecido pela vida de pobreza e humildade, São Francisco de Assis também é muito conhecido como padroeiro dos animais.
As maiores bençãos de São Francisco de Assis foram os ensinamentos deixados para nós, para que sejamos cada vez mais pessoas melhores para com o próximo e desta forma estar cada vez mais perto dos ensinamentos de Deus.
“Senhor, dai-me força para mudar o que pode ser mudado… Resignação para aceitar o que não pode ser mudado… E sabedoria para distinguir uma coisa da outra.”
“O que temer? Nada. A quem temer? Ninguém. Por que? Porque aqueles que se unem a Deus obtém três grandes privilégios: onipotência sem poder; embriaguez, sem vinho e vida sem morte.”
“Pregue o Evangelho em todo tempo. Se necessário, use palavras.”
― Francisco de Assis
“Todas as coisas da criação são filhos do Pai e irmãos do homem. Deus quer que ajudemos aos animais, se necessitam de ajuda. Toda criatura em desgraça tem o mesmo direito a ser protegida.”
“O homem deveria tremer, o mundo deveria vibrar, o Céu inteiro deveria comover-se profundamente quando o Filho de Deus aparece sobre o altar nas mãos do sacerdote.”
“Ninguém é suficientemente perfeito, que não possa aprender com o outro e, ninguém é totalmente destituído de valores que não possa ensinar algo ao seu irmão.”
“É, pois uma grande vergonha para nós outros servos de Deus, terem os santos praticados tais obras, e nós querermos receber honra e glória somente por contar e pregar os que eles fizeram.”
“Irmão lobo, você prejudica a muitos nestas paragens e faz um grande mal. Todas estas pessoas o acusam e o amaldiçoam. Mas, irmão lobo, eu gostaria de fazer a paz entre você e essas pessoas.”
“Quando digo Ave Maria, os céus sorriem os anjos se rejubilam, o mundo se alegra, treme o inferno e fogem os demônios. Vos sois ó Maria, a filha do Altíssimo Pai Celestial, a Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo e a esposa do Divino Espírito Santo.“
Não percas de vista o final da vida. Não esqueças o teu propósito e destino como criatura de Deus. O que tu és à vista Dele é o que tu és, e nada mais.
Não permitas que as preocupações e ansiedades do mundo ou as pressões do ofício varram a vida divina dentro de ti ou calem a voz do Espírito de Deus que guia a tua grande missão de conduzir a humanidade à completude.
Se abrires o coração a Deus e gravares o Seu plano profundamente no coração, Deus abrir-se-á a ti.
Lembra-te de que quando deixares esta terra não poderás levar contigo nada que recebeste – sinais efémeros de honra, paramentos do poder -, mas apenas o que soubeste dar: um coração pleno enriquecido por trabalho honesto, amor, sacrifício e coragem.
“Quem ler e entender o Evangelho em Espírito e Verdade, encontrará nele Deus e o céu, os Anjos e o próprio paraíso, tudo a nos esperar, aguardando que façamos a nossa parte, para recebermos o prêmio da felicidade.” S. Francisco
Dizia sempre um velho Padre aos seus companheiros que um dia antes de sua morte gostaria que Deus lhe concedesse essa graça de Ver Jesus face a face.
Para atingir este objetivo ele jamais deixou de orar pedindo para ver Jesus… e pedia que o Pai lhe concedesse essa graça ainda em vida.
Ele e os demais padres residentes no convento, eram muito piedosos e caridosos e faziam sempre o bem aos que necessitavam.
Todos os dias, às três horas da tarde, os portões do convento eram abertos ao som de uma sineta e os pobres entravam para o pátio afim de serem atendidos nas suas necessidades.
Um dia, depois do almoço, o bom padre novamente orou a Deus, pediu, como sempre fazia, a oportunidade de ver Jesus, conversar com Ele, nem que fosse um pouquinho.
Estava ajoelhado, quando percebeu que sua pequenina cela ficou totalmente iluminada e Jesus lhe apareceu.
O padre bem velhinho, não cabia em si de alegria e de felicidade. Imagine só, Jesus ali com ele; ia então conversar com o Mestre, quando a sineta do convento soou, chamando todos os padres para socorrer e ajudar os irmãos infelizes.
O padre vacilou por um instante, não sabendo se ia ou ficava ali com Jesus.
Mas, resolveu ir pois precisava atender o seu próximo. Foi então, com o coração triste, pois dizia ele, quando voltasse não o encontraria mais ali, mas tinha o seu trabalho, pensava e deixou Jesus sentado em sua cela.
Atendeu a todos com o mesmo amor e bondade de sempre e quando se retiraram todos, o padre voltou para a sua cela. Vem ainda sentindo seu coração triste por não ter podido estar com Jesus, porém quando chegou a sua cela, a vê mais iluminada ainda e espantado vê também Jesus que esperava por ele.
Chorando, feliz e agradecido, atirou-se aos pés de Jesus e entre lágrimas diz : “Mestre, tu aqui? Não fostes embora? Esperaste todo este tempo por mim? E Jesus passando suas mãos compassivas por seus cabelos brancos lhe respondeu meigamente:
“Irmão querido, se tu ao ouvir a sineta chamando-te para as obrigações com aquele que sofre, tivesses aqui permanecido, eu é que teria saído”.
35. Porque tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; era peregrino e me acolhestes; 36. nu e me vestistes; enfermo e me visitastes; estava na prisão e viestes a mim. 37. Perguntar-lhe-ão os justos: – Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, com sede e te demos de beber? 38. Quando foi que te vimos peregrino e te acolhemos, nu e te vestimos? 39. Quando foi que te vimos enfermo ou na prisão e te fomos visitar? 40. Responderá o Rei: – Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes. (S. Mateus 25, 35)
MORAL: JESUS QUER QUE TODOS NÓS O AMEMOS NO TRABALHO, EM NOSSAS OBRIGAÇÕES DIÁRIAS, CIENTES ENFIM DE NOSSAS RESPONSABILIDADES PERANTE A VIDA.
São Francisco de Assis Ouve a Voz de Cristo no Crucifixo.
Foi na encantadora igrejinha de São Damião, a um quilometro abaixo de Assis, toda humilde entre as oliveiras, que se deu o notável acontecimento. Francisco rezava com fervor ante o grande crucifixo bizantino: “Senhor, suplico-Vos me ilumines e dissipeis as trevas da minha alma”. Do crucifixo veio a resposta, suave e benevolente: “Francisco, restaura a minha casa, que desmorona”.
Iluminado por essa ordem precisa, correu à loja do pai, que se encontrava ausente, carregou o cavalo com várias peças de tecido e galopou em direção ao mercado de Foligno. Ali vendeu o tecido e a montaria. De volta a São Damião, encontrou o velho sacerdote que administrava o santuário e ofereceu-lhe o dinheiro para pagar as despesas de restauração; que desconfiado recusou. Francisco, então, atirou com desdém o dinheiro no canto de uma janela e suplicou ao velho sacerdote que lhe permitisse viver com ele. O outro aceitou.
Entrementes, voltou o pai a Assis e, informando-se dos acontecimentos, teve um acesso de violenta cólera. Reunindo parentes e amigos, desceu a São Damião, a fim de capturar o filho indigno; este, porém, refugiado numa caverna, passou um mês em oração, jejum e lágrimas.
Enfim, confiando no auxilio de Deus, foi ao encontro de seus perseguidores.
Assis acolheu o seu herói de ontem com vaias e pedradas; Pedro de Bernardone (seu pai) lançou-o numa enxovia (prisão subterrânea), exortando-o a renuncia de seus projetos.
Seguiu depois em viagem de negócios e a mãe libertou o seu Francisco, que regressou a São Damião.
Voltando de novo o pai, nova cena; desta vez, quis encerrar o caso e apresentou queixa aos cônsules.
Citado, Francisco compareceu e declarou-se a serviço de Deus; enviaram o queixoso ao tribunal do Bispo, perante o qual aceitou apresentar-se o filho insubmisso.
Intimado a restituir o dinheiro que tirara, Francisco respondeu com um gesto sublime: para nada conservar da herança paterna, despojou-se das próprias vestes, atirando-as aos pés do pai. Na eloquência de sua nudez, dirigiu-se aos presentes em solene linguagem: “Escutai-me todos e compreendei. Até agora chamei Pedro Bernardone meu pai. Agora, posso dizer: Pai Nosso, que estais nos Céus”
E o Bispo, em sinal de adoção, cobriu Francisco com seu manto.
Essa nova fase separava Francisco do mundo, consagrando-o ao serviço da igreja; doravante, achava-se livre para dedicar-se à tarefa que lhe indicara o próprio Cristo.
Ganhou novamente São Damião e, vestido com o hábito de eremita, iniciou, jubiloso, a restauração do santuário, pedindo materiais e alimento, chegando mesmo a reunir, não obstante as zombarias, companheiros que o auxiliassem no trabalho. Terminada a igrejinha de São Damião, e não tendo recebido outra ordem de Cristo, Francisco restaurou a de São Pedro. Depois a de Santa Maria dos Anjos, depois uma capela abandonada que ficava a uma légua da cidade e que se chamava, por causa das exíguas dimensões, “a Porciúncula”. Fascinado com a solidão do lugar, ali estabeleceu o seu domicilio. E foi ali, na humilde casa de Deus que em 24 de fevereiro de 1209, festa de São Matias, ouviu Francisco o apelo que rematou sua conversão, esclarecendo-lhe o sentido das palavras percebidas havia dois anos em São Damião.
O Evangelho do dia recordava as palavras pronunciadas por Jesus quando enviou os apóstolos a anunciarem a boa nova: “Ide e pregai, dizendo: Está próximo o Reino dos Céus… Não leveis à cintura ouro, nem prata, dinheiro, alforje para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem bordão: porque o operário é digno do seu sustento”…
Não era a igreja de pedra que o Senhor lhe ordenava reconstruir, mas o Corpo Místico de Cristo, retalhado pelo ódio, vício e indiferença.
Para tocar o Deus vivo – afirmou Papa Francisco – não serve apenas “fazer um curso de atualização” Tocar o Senhor implica em penetrar em suas chagas; para isso “basta sair às ruas” de sua cidade.
O caminho para encontrar com Jesus são as suas chagas… Papa Francisco
Para se encontrar com o Deus vivo é necessário ver as chagas de Jesus nos irmãos famintos, pobres, doentes, presos, afirmou o Papa Francisco nesta quarta-feira (3/7/13), na missa na Casa Santa Marta.
Depois da Ressurreição, Jesus apareceu aos apóstolos, reunidos no Cenáculo, mas Tomé não estava presente. Mas, o Senhor sabe esperar, aliás, ele dá a cada um de nós o tempo necessário para acreditar. Tomé, de fato, recebeu uma semana. Não obstante, quis colocar o dedo das suas chagas:
“Ele era um cabeça dura. Mas, o Senhor escolheu precisamente um cabeça dura para fazer nos entender uma coisa tão nobre. Tomé viu o Senhor e foi convidado a colocar o dedo nas chagas do Senhor ressuscitado. Mas, foi mais além e disse ‘meu Senhor e meu Deus’. Assim, ele foi o primeiro dos discípulos a confessar a divindade de Jesus, depois da sua ressurreição. E o adorou!”.
Na história da Igreja, houve erros no nosso caminho rumo a Deus. Quantos se perderam no caminho e não chegaram à meta, que é Deus! Outros pensaram que, para chegar a Deus, seria preciso a mortificação, a austeridade e escolheram o caminho da penitência e do Jejum. Mas, nem mesmo esses conseguiram chegar ao Deus vivo. Pensavam de chegar à meta somente através do esforço pessoal.
Porém, recordou Francisco, Jesus nos diz que o caminho para encontrá-lo é através das suas chagas, ou seja, das obras de misericórdia para com quem tem fome, sede, nudez, humildade, esta hospitalizado é tratado como escravo e prisioneiro, Mas sem ser apenas filantrópicos. “Devemos tocar as chagas de Jesus, acariciá-las, devemos curar as chagas de Jesus com carinho, devemos beijar as chagas de Jesus literalmente. Pensemos no que aconteceu com São Francisco ao abraçar o leproso. O mesmo que a São Tomé. Sua vida se transformou”.
Para tocar o Deus vivo – afirmou o Papa – não basta “fazer um curso de atualização” para entrar nas chagas de Jesus; para isso “basta sair às ruas”.
“Peçamos a São Tomé – concluiu Francisco – a graça de ter a valentia de entrar nas chagas de Jesus com ternura e seguramente teremos a graça de adorar o Deus vivo”.
Em todos os lugares por onde passava, Santo Antônio de Pádua era o flagelo dos hereges, em virtude do maravilhoso dom que possuía de refutar suas objeções e desmascarar suas calúnias contra a Fé Católica. Encontrando-se ele certo dia em Toulouse (França) para combater os erros dos inimigos da Santa Igreja, viu-se em luta contra um dos mais tenazes albigenses. A longa discussão acabou recaindo sobre o tema do augusto Sacramento da Eucaristia. Após grandes dificuldades, o defensor do erro ficou reduzido ao silêncio. Por fim, derrotado, mas não convertido, ele recorreu a um argumento extremo, desafiando o Santo:
– Deixemos de palavras e vamos aos fatos. Se, por algum milagre, podeis provar diante de todo o povo que o corpo de Cristo está de fato presente na Hóstia consagrada, eu abjuro a heresia e me submeto ao jugo da Fé.
– Aceito o desafio – replicou logo Santo Antonio, cheio de confiança na onipotência e na misericórdia do Divino Mestre.
– Eis, pois, o que proponho: tenho em minha casa uma mula; depois de deixá-la fechada durante três dias sem qualquer alimento, eu a trarei para esta praça. Então, em presença de todos, oferecerei a ela uma abundante quantidade de aveia para comer. E vós lhe apresentareis isso que dizeis ser o corpo de Jesus Cristo. Se o animal faminto abandonar a comida a fim de correr para esse Deus que, segundo vossa doutrina, deve ser adorado por todas as criaturas, eu crerei de todo coração no ensinamento da Igreja Católica.
No dia marcado, acorreu gente de todas as partes, enchendo a praça onde se realizaria a grande prova. Católicos e hereges, todos estavam numa expectativa fácil de imaginar. Perto dali, numa capela, Frei Antônio celebrava a Santa Missa com um fervor angelical.
Chega então o albigense, puxando sua mula, enquanto um comparsa traz o alimento preferido do animal. Uma multidão de hereges o escolta, pressagiando sua vitória.
Nesse momento, sai da capela Santo Antônio, tendo nas mãos o cibório com o Santíssimo Sacramento. Faz-se um profundo silêncio. Dirigindo-se à mula, ele brada com forte voz:
– Em nome e pelo poder de teu Criador, o qual, apesar de minha indignidade, aqui seguro realmente presente em minhas mãos, eu te ordeno, pobre animal: vem sem demora inclinar- te com humildade diante d’Ele. Devem os hereges reconhecer que toda criatura presta submissão a Jesus Cristo, Deus Criador, que o padre católico tem a honra de fazer descer sobre o altar!
Ao mesmo tempo, o albigense põe o monte de aveia debaixo da boca da mula esfomeada, incitando-a a comer.
Oh, prodígio! Sem prestar qualquer atenção no alimento que lhe é oferecido, não escutando senão a voz de Frei Antônio, o animal se inclina ao ouvir o nome de Jesus Cristo e depois se prostra de joelhos diante do Sacramento de Vida, como para adorá-lo.
À vista disto, os católicos explodem em manifestações de entusiasmo, enquanto os albigenses ficam esmagados de estupor e confusão.
O dono da mula, porém, mantendo a palavra de honra dada a Santo Antônio, abjura a heresia e torna-se um fiel filho da Igreja.
(P. Eugéne Couet, Miracles Historiques du Saint Sacrément, 3ª ed., pp. 170-172)
Dia 13 de junho se comemora o dia de Santo Antônio que é o Santo mais popular do Brasil e, também, é conhecido por ser o Padroeiro dos pobres, Santo casamenteiro, sempre sendo invocado para se achar objetos perdidos.
O Menino Jesus Aparece para Santo Antônio de Pádua.
* A Vida de Santo Antônio:
Fernando de Bulhões (verdadeiro nome de Santo Antônio), nasceu em Lisboa em 15 de agosto de 1195, numa família de posses. Aos 15 anos entrou para um convento agostiniano, primeiro em Lisboa e depois em Coimbra, onde provavelmente se ordenou. Em 1220 trocou o nome para Antônio e ingressou na Ordem Franciscana, na esperança de, a exemplo dos mártires, pregar aos sarracenos no Marrocos.
Após um ano de catequese nesse país, teve de deixá-lo devido a uma enfermidade e seguiu para a Itália. Indicado professor de teologia pelo próprio são Francisco de Assis, lecionou nas universidades de Bolonha, Toulouse, Montpellier, Puy-en-Velay e Pádua, adquirindo grande renome como orador sacro no sul da França e na Itália. Ficaram célebres os sermões que proferiu em Forli, Provença, Languedoc e Paris. Em todos esses lugares suas prédicas encontravam forte eco popular, pois lhe eram atribuídos feitos prodigiosos, o que contribuía para o crescimento de sua fama de santidade.
A saúde sempre precária levou-o a recolher-se ao convento de Arcella, perto de Pádua, onde escreveu uma série de sermões para domingos e dias santificados, alguns dos quais seriam reunidos e publicados entre 1895 e 1913. Dentro da Ordem Franciscana, Antônio liderou um grupo que se insurgiu contra os abrandamentos introduzidos na regra pelo superior Elias.
Após uma crise de hidropisia (Acúmulo patológico de líquido seroso no tecido celular ou em cavidades do corpo). Antônio morreu a caminho de Pádua em 13 de junho de 1231. Foi canonizado em 13 de maio de 1232 (apenas 11 meses depois de sua morte) pelo papa Gregório IX.
A profundidade dos textos doutrinários de santo Antônio fez com que em 1946 o papa Pio XII o declarasse doutor da igreja. No entanto, o monge franciscano conhecido como santo Antônio de Pádua ou de Lisboa tem sido, ao longo dos séculos, objeto de grande devoção popular.
Sua veneração é muito difundida nos países latinos, principalmente em Portugal e no Brasil. Padroeiro dos pobres e casamenteiro, é invocado também para o encontro de objetos perdidos. Sobre seu túmulo, em Pádua, foi construída a basílica a ele dedicada.
Em 1617, uma senhora de Bolonha (Itália), cujo casamento não tinha sido até ali abençoado com filhos, ouvindo falar nas numerosas graças obtidas por intercessão do Taumaturgo (termo usado para “aquele que faz milagres”) de Pádua, implorou-lhe que tivesse dó dela e lhe concedesse o intenso desejo do seu coração, que era ter descendência. Uma noite, o Santo apareceu-lhe num misterioso sonho e disse-lhe: “Vai durante nove terças-feiras consecutivas visitar a capela dos Frades Menores e receber a Sagrada Comunhão, e a tua súplica será atendida. Seguiu a senhora fielmente esta direção e o santo cumpriu a sua promessa. Mas o desejado recém-nascido era aleijado e disforme. Cheia de confiança, a mãe mandou levá-lo ao altar de Santo Antônio, e mal o nenê tocou na ara sagrada, logo se transformou numa linda criança. Foi este milagre que deu princípio ã devoção das Nove Terças-feiras em honra de Santo Antônio; mais tarde elevou-se o número de terças-feiras para comemorar a data de sua morte.
Súplica Meu querido Santo Antônio, Santo dos mais carinhosos, o vosso ardente amor de Deus, as vossas sublimes virtudes e grande caridade para com o próximo vos mereceram durante a vida o poder de fazer milagres espantosos. Nada vos era impossível senão deixar de sentir compaixão pelos que necessitavam da vossa eficaz intercessão. A vós recorremos e vos imploramos que nos obtenhais a graça especial que neste momento pedimos. Ó bondoso e santo Taumaturgo, cujo coração estava sempre cheio de simpatia pelos homens, segredai as nossas preces ao Menino Jesus que tanto gostava de repousar nos vossos braços. Uma palavra vossa nos obterá as mercês que pedimos. (Segue-se a meditação do dia competente)
1ª Terça-feira Oração – Invencível Santo Antônio, mártir pelo desejo, pelo fervor do amor que vos inflamou com o ardente anseio de derramar o vosso sangue por Nosso Senhor Jesus Cristo, invocamos o vosso auxílio para que nos assistais a nós e a todos os agonizantes na hora da nossa morte, e para que obtenhais o eterno descanso para as almas do purgatório. (Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai…)
2ª Terça-feira Oração – Ó Santo Antônio, grande Doutor da Igreja, que ilustrastes a eterna e imutável verdade tanto pela palavra como pelo exemplo, nós vos imploramos que nos conserveis na fé católica, que convertais os que estão fora da nossa Igreja e que extirpeis todos os erros e falsidades. Obtende também que os Governantes e os Magistrados exerçam a justiça com eqüidade e para o bem do povo. (Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai…)
3ª Terça-feira Oração – Ó bondoso consolador Santo Antônio! Nunca quem procurou o vosso auxílio deixou de ser atendido. Humildemente vos suplicamos que nos auxilieis, a nós e a todo o mundo, nas calamidades e aflições; preservai-nos da falta de arrependimento, da covardia e do desespero; afastai de nós toda a intolerância e toda a discórdia. ( Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai…)
4ª Terça-feira Oração – Santo Antônio, fervoroso adorador de Nosso Senhor Jesus Cristo, que ateastes em toda a parte o fogo da caridade perante o qual os demônios fugiam, guardai as nossas almas e os nossos corpos, e defendei-os contra as tentações de Satanás, para que ele não tenha o poder de nos molestar em pensamentos, palavras e obras, e afastai de nós todos os vãos receios e imaginações. (Pai Nosso, Ave Maria, Glória…)
5ª Terça-feira Oração – Ó maravilhoso pregador Santo Antônio, a cujas poderosas palavras nenhum pecador podia resistir, humildemente vos suplicamos que preserveis os nossos corpos de febres, feridas e doenças infecciosas, e as nossas almas da lepra do pecado. (Pai Nosso, Ave Maria, Glória…)
6ª Terça-feira Oração – Ó milagroso Taumaturgo Santo Antônio, em quem Deus manifestou o seu poder , livrai-nos de todas as fraquezas e enfermidades para que possamos sempre glorificar Deus Todo Poderoso, sãos de espírito e de corpo, e fortes de alma. (Pai Nosso, Ave Maria, Glória…)
7ª Terça-feira Oração – Santo Antônio, fiel guia dos viajantes, a quem Deus deu o poder de dominar as tempestades e de acalmar as ondas do mar, preservai-nos a nós e a todos os viajantes dos perigos do mar e da terra, e do naufrágio das nossas almas. (Pai Nosso, Ave Maria, Glória…)
8ª Terça-feira Oração – Ó valente confessor Santo Antônio, que libertastes das cadeias temporais os corpos dos homens, e das cadeias espirituais as suas almas, libertai os pobres cativos das prisões que não mereceram, e as almas que o pecado escraviza, das trevas dos seus cárceres espirituais, e auxiliai todos os que estão condenados à morte. (Pai Nosso, Ave Maria, Glória…)
9ª Terça-feira Oração – Ó branca Flor da Pureza, Santo Antônio, que tivestes nos vossos braços virginais Jesus, o Filho de Deus, nós vos suplicamos que nos preserveis a nós, e a todos os que nos pertencem, dos males corporais; auxiliai também os surdos, os mudos, os cegos, os coxos, os disformes, e alcançai para eles a paciência necessária para suportarem as suas aflições. Ajudai também a preservar o corpo místico da Igreja, e fazei com que todas as nações, com os seus governantes e príncipes, se conservem fiéis ao seu chefe. (Pai Nosso, Ave Maria, Glória…)
10ª Terça-feira Oração – Fidelíssimo Santo Antônio, que desprezastes os bens deste mundo para poderes obter as riquezas de Cristo, ajudai-nos a nunca desejar nada que nos seja prejudicial, preservai-nos de todas as ambições mundanas e obtende-nos que procuremos sempre a graça, e, se a perdermos, não descansemos até recuperá-la. (Pai Nosso, Ave Maria, Glória…)
11ª Terça-feira Oração – Santo Antônio, poderoso auxiliar, em quem o amor de Nosso Senhor Jesus Cristo obra tão grandes maravilhas, invocamos o vosso auxílio em todos os perigos, visíveis e invisíveis. Preservai-nos, pela vossa intercessão, dos nossos inimigos, dos raios, das tempestades, do incêndio e da guerra, e livrai-nos fielmente de todos os perigos da alma e do corpo. (Pai Nosso, Ave Maria, Glória…)
12ª Terça-feira Oração – Santo Antônio, refúgio universal, nós vos suplicamos que nos socorrais em todas as aflições, na pobreza e na enfermidade; que consoleis as viúvas e os órfãos, e todos aqueles que vos invocam nas suas necessidades. (Pai Nosso, Ave Maria, Glória…)
13ª Terça-feira Oração – Ó Glorioso Santo Antônio, honra de Portugal, Apóstolo de todas as nações, manifestai-nos o poder milagroso que tem ganho vitórias tão maravilhosas sobre o erro e a descrença, e acendei nos nossos corações a chama da divina caridade e do amor fraterno, a fim de que, unidos no aprisco verdadeiro do Divino Pastor, possamos glorificar Aquele que, com o Pai e o Espírito Santo, vive e reina eternamente. Amém. (Pai Nosso, Ave Maria, Glória…)
A serenidade necessária para aceitar as coisas que não posso modificar; Coragem para modificar aquelas que posso; e Sabedoria para conhecer a diferença entre elas. Vivendo um dia de cada vez; Desfrutando um momento de cada vez; Aceitando que as dificuldades constituem o caminho à paz; Aceitando, como Ele aceitou, este mundo tal como é, e não como Ele queria que fosse; Confiando que Ele acertará tudo contanto que eu me entregue à Sua vontade; Para que eu seja razoavelmente feliz nesta vida e supremamente feliz com Ele eternamente na próxima.
Amém.
Espero que Ele esteja, neste momento, principalmente comigo, para evitar sofrimentos e dores desnecessárias.
Que a Sua paz esteja em todos os nossos corações!
Tal como o apóstolo Paulo, o Padre Pio de Pietrelcina colocou, no vértice da sua vida e do seu apostolado, a Cruz do seu Senhor como sua força, sabedoria e glória. Abrasado de amor por Jesus Cristo, com Ele se configurou imolando-se pela salvação do mundo. Foi tão generoso e perfeito no seguimento e imitação de Cristo Crucificado, que poderia ter dito:
«Estou crucificado com Cristo; já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim» (Gal 2, 19). E os tesouros de graça que Deus lhe concedera com singular abundância, dispensou-os ele incessantemente com o seu ministério, servindo os homens e mulheres que a ele acorriam em número sempre maior e gerando uma multidão de filhos e filhas espirituais.
Este digníssimo seguidor de S. Francisco de Assis nasceu no dia 25 de Maio de 1887 em Pietrelcina, na arquidiocese de Benevento, filho de Grazio Forgione e de Maria Giuseppa de Nunzio. Foi batizado no dia seguinte, recebendo o nome de Francisco. Recebeu o sacramento da Crisma e a Primeira Comunhão, quando tinha 12 anos.
Aos 16 anos, no dia 6 de Janeiro de 1903, entrou no noviciado da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, em Morcone, tendo aí vestido o hábito franciscano no dia 22 do mesmo mês, e ficou a chamar-se Frei Pio. Terminado o ano de noviciado, fez a profissão dos votos simples e, no dia 27 de Janeiro de 1907, a dos votos solenes.
Depois da Ordenação Sacerdotal, recebida no dia 10 de Agosto de 1910 em Benevento, precisou ficar com sua família até 1916, por motivos de saúde. Em Setembro desse ano de 1916, foi mandado para o convento de São Giovanni Rotondo, onde permaneceu até a morte.
Abrasado pelo amor de Deus e do próximo, o Padre Pio viveu em plenitude a vocação de contribuir para a redenção do homem, segundo a missão especial que caracterizou toda a sua vida e que ele cumpriu através da direção espiritual dos fiéis, da reconciliação sacramental dos penitentes e da celebração da Eucaristia. O momento mais alto da sua atividade apostólica era aquele em que celebrava a Santa Missa. Os fiéis, que nela participavam, pressentiam o ponto mais alto e a plenitude da sua espiritualidade.
A máxima expressão da sua caridade para com o próximo, vê-mo-la no acolhimento prestado por ele, durante mais de 50 anos, às inúmeras pessoas que acorriam ao seu ministério e ao seu confessionário, ao seu conselho e ao seu conforto. Parecia um assédio: procuravam-no na igreja, na sacristia, no convento. E ele prestava-se a todos, fazendo renascer a fé, espalhando a graça, iluminando. Mas, sobretudo nos pobres, atribulados e doentes, ele via a imagem de Cristo e a eles se entregava de modo especial.
O seu interesse era a glória de Deus e o bem das almas. A todos tratou com justiça, com lealdade e grande respeito.
Nele refulgiu a virtude da fortaleza. Bem cedo compreendeu que o seu caminho haveria de ser o da Cruz, e logo o aceitou com coragem e por amor. Durante muitos anos, experimentou os sofrimentos da alma. Ao longo de vários anos suportou, com serenidade admirável, as dores das suas chagas.
Quando o seu serviço sacerdotal esteve submetido a investigações, sofreu muito, mas aceitou tudo com profunda humildade e resignação. Frente a acusações injustificáveis e calúnias, permaneceu calado, sempre confiando no julgamento de Deus, dos seus superiores diretos e de sua própria consciência.
Recorreu habitualmente à mortificação para conseguir a virtude da temperança, conforme o estilo franciscano. Era temperante na mentalidade e no modo de viver.
No dia 20 de Fevereiro de 1971, apenas três anos depois da morte do Padre Pio, Paulo VI, dirigindo-se aos Superiores da Ordem dos Capuchinhos, disse dele: «Olhai a fama que alcançou, quantos devotos do mundo inteiro se reúnem ao seu redor! Mas porquê? Por ser talvez um filósofo? Por ser um sábio? Por ter muitos meios à sua disposição? Não! Porque celebrava a Missa humildemente, confessava de manhã até à noite e era – como dizê-lo?! – a imagem impressa dos estigmas de Nosso Senhor.
Era um homem de oração e de sofrimento».
No dia 18 de Dezembro de 1997, na presença do Papa João Paulo II foi promulgado o Decreto sobre a heroicidade das virtudes. Para a beatificação do Padre Pio, a Postulação apresentou ao Dicastério competente a cura da senhora Consiglia de Martino, de Salerno.
No dia 2 de Maio de 1999, durante uma solene Celebração Eucarística na Praça de São Pedro, Sua Santidade João Paulo II, com sua autoridade apostólica, declarou Beato o Venerável Servo de Deus Pio de Pietrelcina, estabelecendo no dia 23 de Setembro a data da sua festa litúrgica. No dia 26 de Fevereiro de 2002, foi publicado o Decreto sobre a sua canonização.
Jesus, Que nada me separe de Ti, nem a vida, nem a morte. Seguindo-Te em vida, ligado a Ti com todo amor, seja-me concedido expirar contigo no Calvário, para subir contigo à glória eterna; Seguirei contigo nas tribulações e nas perseguições, para ser um dia digno de amar-Te na revelada glória do Céu; para cantar-Te um hino de agradecimento por todo o Teu sofrimento por mim. Jesus, Que eu também enfrente como Tu, com serena paz e tranqüilidade, todas as penas e trabalhos que possa encontrar nesta terra; uno tudo a Teus méritos, às Tuas penas, às Tuas expiações, às Tuas lágrimas a fim de que colabore contigo para a minha salvação e para fugir de todo o pecado – causa que Te fez suar sangue e Te reduziu à morte. Destrói em mim tudo o que não seja do Teu agrado. Com o fogo de Tua santa caridade, escreve em meu coração todas as Tuas dores. Aperta-me fortemente a Ti, de maneira tão estreita e tão suave, que eu jamais Te abandone nas Tuas dores. Amém!”
Fará um show na I Jornada Diocesana de Anápolis! Não percam!
Dia 17 de outubro!
Fichas de inscrição nas secretarias paroquiais!
Bispo abençoa a ‘Cruz Peregrina’ e faz envio de jovens para a JMJ em Madri.
O Setor Juventude da Diocese de Anápolis inicia mobilização com objetivo de promover, no dia 17 de outubro deste ano, a Jornada Diocesana da Juventude, como preparação para a participação na Jornada Mundial da Juventude, marcada para o período de 15 a 21 de agosto de 2011, em Madri, na Espanha.
Neste domingo,28, na Missa de Ramos, às 20h, na Catedral do Bom Jesus, o bispo diocesano Dom Frei João Wilk abençoou a ‘Cruz Peregrina’, que visitará todas as paróquias da Diocese, e realizou o envio dos jovens para a preparação da Jornada Diocesana da Juventude. Dom João mostrou a importância da realização da jornada no âmbito local, como estímulo e preparação para o encontro com o Papa em Madri no ano que vem.
O coordenador do Setor Juventude da Diocese, Edmundo Ribeiro Neto, revela que a partir de agora os segmentos que formam este setor trabalham em conjunto para cumprir com a programação estipulada pela Diocese de Anápolis. Atuam em conjunto o ‘Segue-Me’, a equipe da Jornada Mundial da Juventude, os jovens da Renovação Carismática Católica, e os representantes das Escolas Católicas.
No mês de abril, informa Marcos Perícoli, coordenador da equipe da Jornada Mundial da Juventude, será realizada reunião dos representantes destes segmentos, para definir o calendário da peregrinação da Cruz e a organização da Jornada Diocesana da Juventude. Segundo ele, o Dia Nacional da Juventude é comemorado em 31 de outubro. “Como neste ano haverá eleição nesta data, foi escolhido o dia 17 de outubro para a realização da Jornada da Juventude no âmbito diocesano”, explica.
Os jovens de Anápolis que participarão da JMJ/2011 começam a preparar a peregrinação. Segundo Marcos Perícoli, a expectativa é que cerca de 100 jovens da Diocese integrem a comitiva anapolina que estará em Madri para o encontro com o papa Bento XVI.
Celebração da Fé
Na semana passada, Bento XVI lembrou que as Jornadas Mundiais da Juventude foram “queridas” pelo papa João Paulo II. O coordenador geral da JMJ/2011 e bispo auxiliar de Madri, monsenhor César Augusto Franco Martinez, comentou que a logo da Jornada simboliza “os jovens do mundo todo, que se unem para celebrar sua fé com o Papa aos pés da cruz e que formam um ‘m’, inicial tanto de Maria quanto de Madri”.
Os representantes de Anápolis vão se somar aos dois milhões de jovens que são esperados na JMJ, metade de Madri e a outra metade procedente de várias regiões do mundo. O cardeal Antônio María Rouco, arcebispo de Madri, informou que os lugares centrais do encontro, presididos pelo Papa, já estão fixados: a Vigília e a Eucaristia conclusiva (19 e 20 de agosto de 2011) serão celebradas na base aérea de Quatro Ventos. A Missa que dará início à Jornada e a acolhida do Papa acontecerão na Praça de Cibeles, no centro de Madri, em 16 de agosto. Um outro ato está previsto, mas ainda não confirmado. Uma solene Via Crucis, na sexta-feira, dia 18 de agosto, no Passeio da Castellana.
Jornada Diocesana da Juventude teve participação de 2,5 mil jovens neste domingo, 17 .
O Setor Juventude da Diocese de Anápolis, criado no ano passado e composto por jovens de diversos movimentos da diocese, reuniu cerca de 2.500 jovens na I Jornada Diocesana da Juventude, realizada durante todo o dia de domingo,17, nas dependências do Colégio São Francisco, no Bairro Jundiaí. O evento, que teve como objetivos básicos promover o intercâmbio entre os jovens dos mais diversos carismas da Diocese, a unidade dos projetos respeitando a diversidade observada em cada comunidade, compartilhar as experiências obtidas nas duas últimas Jornadas Mundiais (Alemanha em 2005 e Austrália em 2008) e preparar os jovens da Diocese para a Jornada Mundial da Juventude de 2011, em Madri, na Espanha.
A Jornada Diocesana da Juventude, explica Marcos Perícoli, coordenador para as Jornadas Mundiais no Setor Juventude, contou com a participação de caravanas provenientes das mais de quatro dezenas de paróquias e dos mais de vinte municípios que compõem a Diocese. A animação ficou por conta da Comunidade Católica Nova Aliança. O encontro teve ainda a presença do bispo diocesano Dom João Wilk, o responsável pela direção espiritual do Setor Juventude padre Walter Trautenberger, o convidado especial padre Cleidimar Moreira, além de outros padres, religiosos e religiosas, e representantes dos diversos carismas da juventude diocesana.
A abertura oficial da JDJ aconteceu na celebração da Santa Missa, às 9 horas, presidida pelo bispo Dom João Wilk, concelebrada pelos diretores espirituais do Setor Juventude. Durante a Missa, foi feita a entronização da Cruz Peregrina dos jovens da Diocese, que está em visita às 43 paróquias diocesanas, levada pelos jovens, em preparação à Jornada Mundial da Juventude. Ao final da Santa Missa foi feito retrospecto histórico sobre as jornadas mundiais.
A programação, durante todo o dia, foi marcada por diversas atividades como ciclos de painéis sobre temas atuais e ligados à juventude (drogas e processos de recuperação, temas polêmicos na historia da igreja, sexualidade e afetividade, caminhos vocacionais), dança, teatro, tenda de musica eletrônica, espaço de exposições das comunidades. Na oportunidade centenas de jovens puderam se confessar e ainda participação de momentos de orações na tenda de adoração ao Santíssimo Sacramento.
No período da tarde aconteceu momento de adoração e louvor conduzido pelo padre José do Prado e Comunidade Luz da Vida, de Goiânia (GO). Na sequência houve reza do terço da misericórdia conduzido pelas irmãs franciscanas da Divina Misericórdia, acompanhado de músicas alegres e dançantes. Em seguida padre Cleidimar Moreira iniciou palestra com o tema da Jornada Mundial da Juventude deste ano: “Bom mestre, que devo fazer para herdar a vida eterna” (MC 10, 17)
O Evento Promovido pela Diocese de Anápolis, neste ultimo domingo dia 17. (ontem) começou com a santa missa celebrada Pelo Bispo da diocese Dom João as 08 h, da Manhã. Logo após teve a abertura Oficial do evento. Que contou com varias oficinas e Apresentações. Logo em seguida as 13 h foram servidas o almoço. E ate as 14 h e 30 m depois disso as Duas Horas e Quarenta e cinco minutos da Tarde Iniciou a Adoração e Louvor ao Santíssimo sacramento Durante essas meia hora de Adoração que Foi ate as 15:20 Hs a Chuva começou a cair na região onde acontecia o evento alguns Jovens Correram da Chuva e Foram Para as Duas Quadras de esportes que Tem Dentro Do colégio. Mas Ficaram Vários Jovens Quase a metade aproveitando O Maximo ate mesmo debaixo da Chuva. Assim que acabou a adoração foi anunciado pelos organizadores que o Padre cleidimar Moreira Ia Iniciar uma Pequena Palestra antes do Inicio do seu Show. Pois Bem depois que o Padre deu inicio a sua palestra foram menos de 5 minutos ate o acidente que acabaria com o evento acontecesse. Aproximadamente às 15h30min. Quando o Padre Cleidimar terminou a leitura do Evangelho Um Forte Vento Interrompeu Tudo arrastando tendas que estavam No Local . E os Estandes que estava dentro de uma das Quadras do Local. Ate ai Tudo Ok Todos os jovens se Protegendo e os organizadores segurando algumas coisas para não cair nos jovens, mas nada foi possível fazer porque o pior ia acontecer no mesmo momento quando alguns Jovens que estavam na arquibancada da quadra e os que estavam nas tendas se protegendo olharam para o lado do palco Do Show o Vento Derruba a Estrutura com Varias Pessoas Em cima. Dentre as pessoas que estavam no palco no momento do acidente um era o Bispo de Anápolis dom João. E o padre Cleidimar Moreira e a Equipe de Banda do Padre e os técnicos de Som. A estrutura veio toda abaixo o que levou padres, seminaristas, e as pessoas ali presentes. Em Menos de Cinco minutos Chegava ao Local Ambulância do Corpo de Bombeiros e do SAMU. Foi Possível ver o Bispo ser Carregado logo depois veio a confirmação de que algumas coisas que estavam na estrutura do palco tinha caído em cima de pessoas. Mas que não tinha machucado ninguém gravemente o medo mesmo era apenas de ter acontecido algo com o Bispo pois Varias pessoas Viram ele sendo carregado. Mais Informações o Jornal vai Anunciar hoje a Tarde no Boletim de Noticias de Anápolis, Mas Ainda Ontem já se tinha Noticias através do Radio e Da TV. No Canal 5 da NET, Foi Transmitido Um Link Ao Vivo direto do Hospital de Urgências, falando que Pessoas envolvidas no acidente estavam lá. Mas nada confirmado.
A Confirmação da Notícia é que nada houve de grave com o Sr. Bispo Dom João Wilk e nem com qualquer outra pessoa que participava do evento, o único prejuízo foi ter finalizado o evento no seu melhor momento, pois com a chuva e a queda da cobertura onde estavam os equipamentos de som era impossível dar prosseguimento ao encontro, mesmo depois que acabou a chuva poucos minutos depois.
Gúbio, uma cidade na Úmbria, estava tomada de grande medo.
Na floresta da região vivia um grande lobo, terrível e feroz, o qual não somente devorava os animais como os homens, de modo que todos do povoado estavam apavorados!
E todos andavam armados quando saíam da cidade, como se fossem para um combate.
Por isso, cercaram a cidade com altas muralhas e reforçaram as portas.
Certa vez, quando Francisco chegou naquela cidade, estranhou muito o medo do povo.
Percebeu que a culpa não podia ser unicamente do lobo. Havia no fundo dos corações uma outra causa que era tão destrutiva Como parecia ser a causa do lobo.
Logo, Francisco ofereceu-se para ajudar.
Resolveu sair ao encontro do lobo, sozinho e desarmado, mas cheio de simpatia e benevolência pelo animal, e como dizia às pessoas, na força da “Cruz”.
O perigoso lobo, de fato, foi ao encontro de Francisco, raivoso e de boca aberta pronto para devorá-lo! Mas quando o lobo percebeu as boas intenções de Francisco e ouviu como este se dirigia a ele como a um “ irmão”, cessou de correr e ficou muito surpreendido.
As boas vibrações de Francisco de Assis anularam a violência que havia no “irmãozinho” lobo. De olhos arregalados, viu que esse homem o olhava com bondade.
São Francisco e o Lobo de Gúbbio.
Francisco então falou para o lobo:
“Irmãozinho Lobo”, quero somente conversar com você, “meu irmão” … E caso você esteja me entendendo, levante, por favor, a sua patinha para mim!
O “irmãozinho lobo”, então, perante “tão forte vibração de amor e carinho”, perdeu toda a sua maldade. Levantou confiante, a pata da frente, e calmamente a pôs na mão aberta de Francisco..
Então, Francisco disse-lhe amorosamente:
Você por sua vez, também será amigo de todas as pessoas desta cidade, pois de agora em diante você terá uma casa, comida e carinho, sendo assim, não precisará mais matar nem agredir ninguém, para sobreviver…” Querido irmãozinho lobo”, vou fazer um trato com você!
De hoje em diante, vou cuidar de você meu irmão!
Você vai morar em minha casa, vou lhe dar comida e você irá sempre me acompanhar e seremos sempre amigos!
Com a promessa de nunca mais lesar nem homem nem animal, foi o lobo com Francisco até a cidade.
Também o povo da cidade abandonou sua raiva e começou a chamar o lobo de “irmão”.
Prometeram dar-lhe cada dia o alimento necessário.
Finalmente, o “irmão lobo” morreu de velhice, pelo que, todos da cidade tiveram grande pesar.
Ainda hoje se mostra em Gúbio, um sarcófago feito de pedra, no qual os ossos do lobo estão depositados e guardados com grande carinho e respeito durante séculos.
Amigo Internauta,
A história do Lobo de Gúbio, chama-nos, sem dúvida, à reflexão.
Quantas vezes deparamo-nos com “irmãozinhos” um tanto agressivos, nervosos, impacientes, chegando mesmo a nos agredir com palavras ásperas, levando-nos à decepções e amarguras… Quantas vezes!
Se pararmos para pensar e refletir, talvez cheguemos a triste conclusão, de que esteja ocorrendo com eles, o mesmo acontecido com o lobo de Gúbio…
Ele, o lobo, acuado, com fome, sem receber compreensão e carinho, respondia também da mesma forma, com medo ódio e agressividade.
Quando encontrou-se frente a frente com o Amor e a Paz, defendidas por Jesus em Seu Evangelho, e personificada, vivida e exemplificada por Francisco de Assis, o lobo não teve outra reação senão a de recuar em suas agressões e respondeu também com carinho e compreensão, passando de inimigo à companheiro e amigo de todos.
Assim acontece em nossas vidas!
Se oferecermos aos nossos semelhantes azedume,
palavras de pessimismo, rancor, ódio e intolerância, receberemos indubitavelmente, na mesma dose, tudo aquilo que semearmos …
São Francisco nasceu em 1182 em Assis na Itália, foi batizado com o nome de Giovanni di Pietri, mas seu nome foi mudado pouco tempo depois para Francisco, pois seu pai Petri di Bernardone era comerciante e viajava muito a França, mudou o nome do filho em homenagem ao local que fazia bons negócios.
Em 1198 acontece um conflito em Assis, entre a nobreza e os comerciantes. Os nobres se refugiam em Perusa uma pequena cidade próxima de Assis, onde São Francisco ficou preso por um ano até o ano de 1204. Em Perusa também estava a família de Clara.
Ao voltar para Assis, São Francisco doente começa sua conversão gradual, se dedica a dar esmolas e oferece até suas roupas aos pobres, tem visões e começa a desprezar o dinheiro e as coisas mundanas. Até que ele se encontra com um leproso, lhe dá esmola e um beijo, e este acontecimento marcou tanto a vida dele que, dos muitos fatos ocorridos em sua vida, este foi o primeiro que entrou em seu Testamento, “pois o que antes era amargo se converteu em doçura da alma e do corpo”.
Outros encontros afirmaram ainda mais a vocação de São Francisco, nas ruínas da da igraja São Damião recebeu do crucificado o mandato de restaurar a Igreja. Obediente ao mandato, São Francisco pôs-se logo a trabalhar. Reconstruiu três pequenas igrejas abandonadas: a de São Damião, a de Santa Maria dos Anjos e a de São Pedro.
Seu pai, envergonhado do novo gênero de vida adotado por Francisco, queixou-se ao bispo de Assis da prodigalidade do filho e, diante do prelado, pediu a Francisco que lhe devolvesse o dinheiro gasto com os pobres. A resposta foi a renúncia à vultosa herança: despindo, ali, suas vestes, Francisco exclamou:
“… doravante não direi mais pai Bernardone, mas Pai nosso que estás no céu…”
A partir desse momento passa a viver na pobreza, e inicia a ordem franciscana, cresce o número de companheiros, 1209 já são 12. Cria uma regra muito breve e singela, que o papa Inocêncio III aprova em 1210, e cujas diretrizes principais eram pobreza e humildade, surge assim a Fraternidade dos Irmãos Menores, a Primeira Ordem.
No Domingo de Ramos de 1212, uma nobre senhora, chamada Clara de Favarone, foi procurar Francisco para abraçar a vida de pobreza. Alguns dias depois, Inês, sua irmã, segue-lhe o caminho. Surge a Fraternidade das Pobres Damas, a Segunda Ordem. Aqueles que eram casados ou tinham suas ocupações no mundo e não podiam ser frades ou irmãs religiosas, mas queriam seguir os ideais de Francisco, não ficaram na mão: por volta de 1220, Francisco deu início à Ordem Terceira Secular para homens e mulheres, casados ou não, que continuavam em suas atividades na sociedade, vivendo o Evangelho.
A Ordem Francisca cresceu com o passar dos anos. Em 1219 houve uma grande expansão para a Alemanha, Hungria, Espanha, Marrocos e França. Neste mesmo ano São Francisco vai em missão para o Oriente. Durante sua ausência, vigários modificam algumas regras da Ordem e no mesmo ano de 1219 São Francisco se demite da direção da Ordem.
Com o crescimento da Ordem, quase 5.000 frades em 1221, uma nova regra foi escrita por São Francisco em 29 de novembro de 1223 que foi aprovada pelo papa Honório. é a que vigora até hoje.
Em 1224 no dia 17 de setembro São Francisco recebeu as chagas de Jesus crucificado em seu próprio corpo, este fato ocorreu no Monte Alverne, um dos eremitérios dos frades.
Os últimos escritos de São Francisco são entre 1225 e 1226, dentre eles o Cântico das Criaturas e o Testamento. Nestes mesmos dois anos, Francisco vai a vários lugares da Itália para tratar de suas vistas. Passa por diversas cirurgias. Morre aos 03 de outubro de 1226, num sábado.
Morreu nu aquele que começou a vida de conversão nu na praça de Assis diante do bispo, do pai e amigos. Morreu ouvindo o Evangelho de João, onde se narra a Páscoa do Senhor, aquele que recebeu os primeiros companheiros após ouvir o Evangelho do envio dos apóstolos. Foi sepultado no dia 04 de outubro de 1226, Domingo, na Igreja de São Jorge, na cidade de Assis.
São Francisco de Assis foi canonizado em 1228 por Gregório IX e seu dia é comemorado em 04 de outubro.
Em 25 de maio de 1230 os ossos de São Francisco foram levados da Igreja de São Jorge para a nova Basílica construída para ele, a Basílica de São Francisco, hoje aos cuidados dos Frades Menores Conventuais.
São Francisco de Assis nasceu na cidade de Assis, Úmbria, Itália, no ano de 1182; de pai comerciante, o jovem rebento de Bernardone, gostava das alegres companhias e gastava com certa prodigalidade o dinheiro do pai. Sonhou com as glórias militares, procurando desta maneira alcançar o “status” que a sua condição exigia, e aos vinte anos, alistou-se como cavaleiro no exército de Gualtieri de Brienne, que combatia pelo papa; mas em Espoleto teve um sonho revelador no qual era convidado a seguir de preferência o Patrão do que o servo e, em 1206 , aos 24 anos de idade para espanto de todos, Francisco de Assis abandonou tudo: riquezas, ambições, orgulho, e até da roupa que usava, para desposar a Senhora Pobreza e repropor ao mundo, em perfeita alegria, o ideal evangélico de humildade, pobreza e castidade, andando errante e maltrapilho, numa verdadeira afronta e protesto contra sua sociedade burguesa.
SÃO FRANCISCO
Já inteiramente mudado de coração, e a ponto de mudar de vida, passou um dia pela igreja de São Damião, abandonada e quase em ruínas. Levado pelo Espírito, entrou para rezar e ajoelhou-se devotamente diante do crucifixo. Tocado por uma sensação insólita, sentiu-se todo transformado. Pouco depois, coisa inaudita, a imagem do Crucificado mexeu os lábios e falou com ele. Chamando-o pelo nome, disse: “Francisco, vai e repara a minha casa que, como vês, está em ruinas”.
Com a renúncia definitiva aos bens paternos, aos 25 anos, Francisco deu início à sua vida religiosa. Com alguns amigos deu início ao que seria a Ordem dos Frades Menores ou Franciscanos, cuja ordem foi aprovada pelo Papa Inocêncio III. Santa Clara, sua dilecta amiga, fundou a Ordem das Damas Pobres ou Clarissas. Em 1221, sob a inspiração de seu estilo de vida nasceu a Ordem Terceira para os leigos consagrados. Neste capítulo da vida do santo é caracterizado por intensa pregação e incessantes viagens missionárias, para levar aos homens, frequentemente armados uns contra os outros, a mensagem evangélica de Paz e Bem. Em 1220, voltou a Assis após ter-se aventurado a viagem à Terra Santa, à Síria e ao Egipto, redigindo a segunda Regra, aprovada pelo Papa Honório III. Já debilitado fisicamente pelas duras penitências, entrou na última etapa de sua vida, que assinalou a sua perfeita configuração a
ROMA – Publicamos o comentário que o padre Raniero Cantalamessa OFM Cap – pregador da Casa Pontifícia – preparou sobre Francisco e Clara, a propósito da emissão, na televisão pública italiana, de uma minissérie sobre os dois grandes santos de Assis.
É comum falar da amizade entre Clara e Francisco em termos de amor humano. Em seu conhecido ensaio sobre apaixonar-se e amar, Francisco Alberoni escreve que “a relação entre Santa Clara e São Francisco tem todas as características de um enamoramento transferido (ou sublimado) à divindade”. “Francisco e Clara”, de Fabrizio Costa, a série televisiva transmitida pela Rai Uno, melhor talvez que “Irmão Sol e Irmã Lua”, de Zeffirelli, soube evitar esta alusão ao romântico, sem tirar nada da beleza também humana de um encontro assim.
Foto: Painel do Altar da Igreja São Francisco em Anápolis-Goiás
Como qualquer homem, ainda que seja santo, Francisco pode ter experimentado a atração pela mulher e o sexo. As fontes referem que para vencer uma tentação deste tipo, uma vez, o santo se jogou em pleno inverno na neve. Mas não se tratava de Clara! Quando entre um homem e uma mulher há união em Deus, se é autêntica, exclui toda atração de tipo erótico, sem que exista sequer luta. É como refugiar-se. É outro tipo de relação. Entre Clara e Francisco havia certamente um fortíssimo vínculo também humano, mas de tipo paterno e filial, não esponsal. Francisco chamava Clara de sua “plantinha”, e Clara chamava Francisco de “nosso pai”.
O entendimento extraordinariamente profundo entre Francisco e Clara que caracteriza a epopéia franciscana não vem “da carne e do sangue”. Não é, por exemplo, igualmente célebre, como aquele entre Heloísa e Abelardo. Se assim tivesse sido, teria deixado talvez uma marca na literatura, mas não na história da santidade. Com uma conhecida expressão de Goethe, poderíamos chamar a de Francisco e Clara uma “afinidade eletiva”, com a condição de entender “eletiva” não só no sentido de pessoas que se elegeram reciprocamente, mas no sentido de pessoas que realizaram a mesma eleição.
Trocaram pouquíssimas palavras, quase só as referidas nas fontes. Havia uma estupenda discrição entre eles, tanta que o santo, às vezes, era amavelmente reprovado por seus irmãos por ser demasiado duro com Clara.
Só ao final da vida vemos atenuar este rigor nas relações e Francisco buscar cada vez com maior freqüência consolo e confirmação junto a sua “Plantinha”. É em São Damião onde se refugia próximo à morte, devorado por enfermidades, e está perto dela quando entoa o canto de Irmão Sol e Irmã Lua, com aquele elogio de “Irmã Água, útil e humilde e preciosa e casta”, que parece ter escrito pensando em Clara.
Em lugar de olhar um ao outro, Clara e Francisco olharam na mesma direção. E se sabe qual foi para eles esta “direção”. Clara e Francisco eram como olhos que olham sempre na mesma direção. Dois olhares que contemplam o objeto de ângulos diversos dão profundidade, relevância ao objeto, permitem “envolvê-lo” com o olhar. Assim foi para Clara e Francisco. Contemplaram o mesmo Deus, o mesmo Senhor Jesus, o mesmo Crucificado, a mesma Eucaristia, mas de “ângulos” diferentes, com dons e sensibilidade próprios: os masculinos e os femininos. Juntos perceberam mais do que teriam podido fazer dois Franciscos e duas Claras.
Se existe uma lacuna na série sobre Francisco e Clara é talvez a insuficiente relevância prestada à oração, e com ela à dimensão sobrenatural de suas vidas. Uma lacuna provavelmente inevitável quando a vida dos santos se leva à tela. A oração é silêncio, quietude, solidão, enquanto que a palavra “cinema” vem do grego kinema, que significa movimento! A exceção é o filme “O grande silêncio” sobre a vida dos cartuchos, mas não resistiria na pequena tela.
No passado se tendia a apresentar a personalidade de Clara demasiado subordinada à de Francisco, precisamente como a “irmã Lua” que vive do reflexo da luz do “irmão Sol”. O exemplo neste sentido é o livro publicado no verão passado sobre “A amizade entre Francisco e Clara” (John M. Sweeney, the Friendship of Francis and Clare of Assisi, Paraclete Press 2007).
Tanto mais é de elogiar, na série televisiva, a eleição de apresentar Francisco e Clara como duas vidas paralelas, que se entrecruzam e se desenvolvem em sincronia, com igual espaço dado a um e outro. É a primeira vez que ocorre desta forma. Isso responde à sensibilidade atual orientada a evidenciar a importância da presença feminina na história, mas em nosso caso corresponde à realidade e não é algo forçado.
A cena que mais me impactou ao ver a pré-estréia de “Francisco e Clara” é a inicial, emblemática, uma espécie de chave de leitura de toda a história. Francisco caminha em um prado, Clara o segue introduzindo seus pés, quase brincando, nas pegadas que Francisco deixa, e, diante da pergunta dele: “Estás seguindo minhas pegadas?”, responde luminosa: “Não, outras muito mais profundas”.