Família e misericórdia.



O que permite a Sua Santidade o Papa Francisco dizer algo de tão liminar e diamantinamente importante como «A arquitrave que suporta a vida da Igreja é a misericórdia» (Misericordiae vultus (MV), 10) é saber-se que este ato – divino por excelência – é isso «que revela o mistério da Santíssima Trindade» (MV, 2). Mudemos um pouco a ordem dos termos da citação para podermos entender melhor o que aqui está em causa: é a misericórdia – qualquer seja, pois toda ela é Deus em ato – que nos permite penetrar o que é penetrável no Mistério da Santíssima Trindade, único mistério que existe verdadeiramente.

Por Américo Pereira
Universidade Católica Portuguesa, Faculdade de Ciências Humanas – Publicado em 06.11.2015
 

Leia o texto:


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“As obras de misericórdia como atos criadores da família” 


Ora, de esse mistério, o que está ao nosso alcance é precisamente a misericórdia que se nos revela através quer da Revelação tradicionalmente entendida quer através dessa outra revelação divina que é a exata presença da misericórdia na ação humana. Em que consiste pormenorizadamente todo o restante infinito da Santíssima Trindade nunca se saberá. Mas que é um infinito e sempre atual ato de misericórdia, isso sabe-se. Mas isso só se pode perceber o que seja, para além do mero enunciado verbal, se se souber por experiência própria o que é a misericórdia, isto é, apenas os que em ato experimentaram a misericórdia, os misericordiosos, podem saber o que se pode entender por misericórdia divina no seio da Santíssima Trindade.

E o que é isso da misericórdia?

É, antes de mais, um ato. Um ato que põe algo em ser. O primeiro ato de misericórdia é o ato de absoluta inauguração do mundo, ao ser este criado por Deus. Assim, a misericórdia é o ato que absolutamente põe a possibilidade de algo, neste caso, do próprio mundo. É o ato de amor, de caridade por excelência. Pode mesmo dizer-se que a misericórdia é o amor e a caridade enquanto puros atos: são a própria atualidade da caridade. Se da caridade pode haver uma concessão puramente teórica, da misericórdia, apenas uma concessão atualista faz sentido. Na misericórdia, o conceito e o ato imediatamente recobrem-se.

Nenhum cristão, se o é mesmo, pode duvidar do amor caritativo de Cristo antes do momento do cálice. Mas, sem o momento do cálice, tudo seria puramente teórico: é com a assunção do cálice, como ato de beber o seu conteúdo, que o amor se transforma num verdadeiro ato de misericórdia.

O mesmo se diga do sim de Maria ao pedido de Deus para ser Mãe do possível Emmanuel: Maria amava Deus, mas o ato de misericórdia para com a humanidade, mas também para com Deus – tal a força deste ato – dá-se com e apenas com o sim dito e assumido.

Semelhantemente, José, ao assumir constituir família com Maria e o Emmanuel em adveniência, opera misericordiosamente.

A mesma misericórdia se faz sentir quando, poupando ilógicas mediações, Deus chama a si a mesma Maria que usou de tão bela misericórdia para com ele: cumprindo, deste modo, a promessa de Cristo ao dizer que o ato nosso de cada dia é, já, a nossa recompensa. Maria teve como recompensa a misericórdia que pôs na relação com Deus; Deus teve apenas de deixar que a misericórdia posta por Maria atingisse a sua plenitude. Assim com toda a misericórdia.

Assim com a misericórdia divina, sempre perfeita, infinitamente perfeita em ato no seio da Santíssima Trindade.

É esta misericórdia que permite, então, dizer ao Papa Francisco que a trave mestra da vida da Igreja é a misericórdia. Como não o ser?

Deste modo, a Igreja não é uma coisa histórica, ou física, ou institucional, mas é, antes, vida e vida que é misericórdia. Só no seio desta e como liturgia a esta vida de misericórdia faz sentido a sua natureza de coisa também física, também histórica, também institucional. Apenas esta vida de e em ato de misericórdia é capaz de fazer da Igreja algo de credível (MV, 10) não apenas junto de crentes em seu interior, de crentes em seu exterior, e de não crentes, mas, sobretudo, junto do próprio Deus, que, sendo a plenitude da misericórdia, não tolera a falta desta, como podemos ver em Job, com os falsos amigos, ou na triste narrativa de Sodoma e Gomorra, cujo suicídio se deveu à sua absoluta falta de misericórdia, contemplada e selada por Deus, que não salva através do uso da violência.

Ora, como diz o Papa em MV, 9, «o amor nunca poderia ser uma palavra abstrata.». Tal implica que, para que a misericórdia exista, tenha de haver atos de misericórdia em nós e connosco como na Santíssima Trindade, sendo que esta é paradigma, mas, como tal, fim a que tender em aproximação infinita.



É, então, a realidade concreta da misericórdia o lugar permanente das obras de misericórdia, corporal e espiritual, isto é, viva, dado que, na vida humana, em ato, não há distinção senão formal entre os dois âmbitos (sem o espírito, há um cadáver; sem o corpo, nada, pois nós não somos anjos com corpo). São tais obras:

1. Dar de comer aos famintos;
2. Dar de beber aos sedentos;
3. Vestir os nus;
4. Acolher os peregrinos;
5. Dar assistência aos enfermos;
6. Visitar os presos;
7. Enterrar os mortos;
8. Aconselhar os indecisos,
9. Ensinar os ignorantes;
10. Admoestar os pecadores;
11. Consolar os aflitos;
12. Perdoar as ofensas;
13. Suportar com paciência as pessoas molestas;
14. Rezar a Deus pelos vivos e pelos defuntos.


O modelo destas obras é o próprio Cristo, em cuja vida encontramos atos modelares correspondentes a todos estes paradigmas, alguns deles de forma literal. Assim, ser misericordioso é agir segundo a plena realização das ações que estas catorze padronizações indicam. Se bem entendidas, cobrem todos os tipos possíveis de atuação possível na e da nossa vida, não apenas como Igreja, mas estendendo-se a toda a humanidade e definindo, deste modo, o caminho perfeito para o Reino de Deus ou a Cidade de Deus, cidade da plenitude do bem possível, designação que cobre não apenas a referência religiosa cristã, mas a humanidade de sempre.

Podemos entender, assim, como a misericórdia é não apenas uma «coisa» cristã ou religiosa, na religião ou no cristianismo se esgotando, mas algo que está no centro mais profundo da possibilidade da própria humanidade, algo sem o qual a humanidade não tem futuro possível. A misericórdia, ainda que humanamente entendida é (como a caridade ou o amor) o único ato que aguenta na perfeição o crivo laico do famoso imperativo categórico de Kant.

Onde podemos encontrar em termos cristãos esta misericórdia numa dimensão humana? Há um modelo humano para tal? Este modelo é universalizável, sem o que a humanidade está condenada a uma vã efemeridade mais ou menos longa no tempo, mas sempre demasiado breve?

Pensamos que sim.

O modelo perfeito é a Sagrada Família; é um modelo universalizável precisamente em sua essência e substância de ato de misericórdia; a sua universalização como ato de misericórdia é o único modo de tornar a humanidade em algo mais do que um vão sonho de Deus, sonho autodesprezado, autoaniquilado.

Maria, José e Emmanuel são o paradigma quer da humana família quer da humana misericórdia porque consubstanciam perfeitamente em sua relação o ato de pleno e indefetível amor criador de possibilidade de bem em que consiste a misericórdia. Não há família se não houver obras de misericórdia em ato. A plenitude da família corresponde à plenitude da realização das obras de misericórdia, quando necessárias. Não se trata de inventar obras desnecessárias, mas de as cumprir todas quando necessárias; todas concomitantemente se todas forem necessárias num mesmo momento.

A perfeita mãe é quem as cumpre a todas segundo o modo necessário exposto; o mesmo acontece quer com o perfeito pai quer com o perfeito filho.

É esta perfeição atual que constitui a família: sem ela não há família; com ela há sempre família. A naturalidade na e da família reside no ato de misericórdia, não em qualquer estrutura física ou biológica: não há relação biológica entre Emmanuel e José, nem por isso José deixa de ser o perfeito pai de Emmanuel e este o perfeito filho de José.

A família replica, assim, o ato criador de Deus, que não é um ato físico, embora instaure a física, mas um ato espiritual, precisamente o ato do dom de misericórdia mais grandioso que existe e que realiza a transformação do nada de nós no tudo da nossa possibilidade através do amor criador. A família prolonga esta capacidade criadora, prolongando também essa outra forma de misericórdia que é a providência divina, na forma da humana dedicação amorosa, previdente e providente, possibilitadora da manutenção terrena do ser humano na existência. É um bem-agir que corresponde à operação ativa de um bem-querer, que é um querer que o outro seja e seja bem. Ora esta é a ação criadora e providencial de Deus, dada como possibilidade à criatura humana, isto é, a misericórdia divina dada como possibilidade de misericórdia humana.

Misericórdia é, assim, um ato de providência, divina ou humana, que permite que o absoluto do que é seja. É a mesma definição do amor.

A misericórdia divina é o sustentáculo de todo o ser criado e a porta aberta para a salvação de toda a criatura, mormente da humana, que tem apenas de aceitar beber o doce cálice da misericórdia humana. Uma universal libação com tal cálice corresponderia à Cidade de Deus, universal família espiritual.


Américo Pereira
Universidade Católica Portuguesa, Faculdade de Ciências Humanas
Publicado em 06.11.2015
 


“Misericordiae vultus”: Bula de proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia (papa Francisco)


 



OBRAS+DE+MISERICORDIA[1]

Os Frutos da

MISERICÓRDIA

de Deus


Tende_Misericordia_Senhor Jesus_Misericordioso_101 Fonte de misericordia
terco-da-misericordia-11[1] Novena_misericórdia

O Pai Misericordioso.



Para revelar que Jesus é compassivo misericordioso o autor do Evangelho de São Lucas investiu 07 versículos (S. Lc 7,11 17). Para revelar que um samaritano é tal como Jesus, São Lucas dedicou 09 versículos (S. Lc 10,29 37). Agora, para revelar que Deus é compassivo misericordioso São Lucas escreveu 22 versículos.

Leia o texto:


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“O Pai das Misericórdias”


Segundo o evangelho de São Lucas, a parábola do Filho Pródigo, melhor dizendo, do Pai Misericordioso, é destinada, prioritariamente aos fariseus e escribas (homens que se escandalizavam com o jeito de ser e de agir de Jesus) com o objetivo de despertar conversão, ao fazê los refletir que eles são mais pecadores que os publicanos. Jesus diz, indiretamente, a eles: Sejam também vocês compassivo misericordiosos, assim como o Pai!

Jesus não “ensina o pai nosso ao vigário”, ensina Compaixão misericórdia aos não compassivo misericordiosos. Na parábola, “o irmão mais novo representa todos os marginalizados e excluídos da sociedade “justa, limpa, sadia e higiênica”; o filho mais velho, o emburrado, representa os escribas, fariseus, …, enfim todos os pretensos “justos e impecáveis” . São pessoas limpas por fora, mas egocêntricas e ensimesmadas. São pessoas que experimentam prazer em humilhar, em marginalizar, em espalhar defeitos e falhas dos outros; sentem-se os donos da verdade, os iluminados. O filho mais velho não é só pessoas, pode ser também sistema capitalista – uma indústria de moer vidas – também na sua engrenagem injusta, insensível e implacável para com os excluídos.

Nome melhor para a parábola seria: A parábola do Pai Compassivo misericordioso, pois quem está no centro é o Pai e não o Filho que retorna.

A parábola tem lastro histórico, é criado a partir de tijolos da realidade histórica, é uma história da vida, como evidencia a nomeação de céu (Deus) nos vv. 18 e 21: “Pai, pequei contra o céu e contra ti”. No entanto, pela postura do pai ele é visto como imagem de Deus (Lc 15,20).

A parábola revela um Deus que é só amor ao mostrar que o Pai acolhe o filho simplesmente por estar movido pela Compaixão e não por uma tática para conseguir o que supostamente lhe interessava (que o filho confessasse seus pecados e assim pusesse em ordem sua vida). A misericórdia de Deus é modelo por excelência para quem quer ser misericordioso. O Pai realiza a Espiritualidade da Compaixão Misericórdia na sua plenitude. É um processo que inclui vários passos interligados e interdependentes, semelhantes aos de Jesus ao “reviver” o filho único da viúva de Naim e do bom samaritano:

1º) O Pai respeita a liberdade do Filho. Este quer partir e o Pai deixa. Não o priva da liberdade para lhe dar segurança (pão). O Pai silencia se frente à fala do Filho (Lc 15,12). “Não é possessivo, nem autoritário. O Pai aceita, sem murmurar, sua condenação à morte simbólica no pedido do filho mais moço para dividir a herança… É Pai que sabe esconder sua decepção na hora da partida, mas não sua emoção na hora do retorno, longamente esperado” . O Pai age pedagogicamente contribuindo para o processo de personalização do Filho. Deixa que este experimente a vida. Não o tutela. É pela experiência que o filho “cai em si” (Lc 15,17), se desaliena, converte se. Decide voltar para o encontro com o Pai. Discurso e práticas tutelares impedem a pessoa de crescer em humanidade. Dificulta a pessoa “cair em si” (Lc 15,17).

2º) O Pai vê de longe! (Não é um pai patriarcal: durão, autoritário e todo poderoso. “É uma mãe”!) Nós, na maioria das vezes, não vemos ou não queremos ver nem de perto. O olhar de Deus é penetrante e benevolente na relação com os perdidos. Supera o nosso olhar em muito. Deus vê de longe e em profundidade. “Tu me sondas e conheces; conheces meu sentar e meu levantar, de longe penetras o meu pensamento;… Teus olhos viam o meu embrião” (Sl 138,1 2.16). O Pai vê com ternura e benevolência. Vê não só com os olhos. Nem só com a cabeça, vê também, e principalmente, com o coração, os braços, os pés; enfim vê com o corpo todo. Pois o coração vê realidades que a cabeça não vê. Os braços vêem realidades que a cabeça não vê. E os pés vêem realidades que a cabeça não vê.

3º) O Pai se comove (esplangnisthè, em grego)! A comoção parece ser súbita, muito mais rápida do que a nossa. A saudade do Filho se transforma de repente em esperança. A alegria toma conta de todo o corpo do Pai, contagia o integralmente. A dor se transforma em alegria! Importante ressaltar que não só a dor e o sofrimento comovem as pessoas. A beleza, a saudade, gestos gratuitos também nos comovem. O Pai não se contenta em se aproximar do filho que retorna à casa paterna caminhando devagar.

4º) O Pai corre ao encontro do filho. “Correu! (Lc 15,20). Isto é para um oriental idoso totalmente incomum e abaixo de sua dignidade, mesmo quando tem muita pressa” . A misericórdia do Pai supera em muito as expectativas do filho e a cultura oriental. Não o acolhe como empregado, mas como o melhor dos filhos. Não apenas lhe dá comida.

5º) O Pai beija o filho inúmeras vezes. “Beijou o” (Lc 15,20). O beijo é, como em IISm 14,33, sinal do perdão. O Pai trata o filho não como um empregado, mas como um hóspede de honra.

6º) O Pai faz festa para o filho que volta à vida. No v. 22, o Pai dá três ordens. “São comparadas a Gn 41,42 onde José, depois de entronizado como grão vízer do Egito, recebe um anel, uma roupa de linho precioso e um colar de ouro. Vem em primeiro lugar a veste festiva; significa no Oriente uma alta distinção… Por a nova veste é figura do tempo da salvação… Anel significa plenos poderes. Sapatos são um luxo; é o homem livre que os usa: o filho não deve mais andar de pés no chão como um escravo… Carne só se comia raramente. As três ordens são uma publicação do perdão e do restabelecimento na condição de filho. ” O filho esperava ser recebido dentro de uma Espiritualidade da Lei que prescrevia a punição para a transgressão, mas foi recebido dentro de uma Espiritualidade da Compaixão Misericórdia, o que superou em muito a sua expectativa. Constatamos aqui um banho de misericórdia. A Misericórdia de Deus devolve a identidade ao filho. Ele volta a ser pessoa, a sentir se amado e disposto a amar. Ele que pensava ser um empregado, pela Compaixão Misericórdia do Pai, descobre que continua sendo filho. E não filho de qualquer pai, mas de um pai compassivo misericordioso. A Compaixão transborda em amor gratuito. Deus, não apenas, acaba com a dor do outro, mas faz festa com o marginalizado que volta. Deus não apenas transforma a dor em não dor, mas a transforma em alegria, em prazer. A misericórdia de Deus realmente transcende qualquer definição ou expectativa humana. A Compaixão é caminho que leva ao perdão, à misericórdia, ao amor gratuito.


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Foto: Pai Das Misericórdias – Canção Nova – Wallpaper


7º) A misericórdia do Pai se estende também ao filho mais velho. Não o exclui. O Pai desconsidera a indignação deste filho. Este não reconhece o irmão como irmão, mas trata o como Filho do seu pai: “Esse teu filho…” (Lc 15,30). O Pai vai ao encontro deste filho para mostrar lhe que Ele é Pai de ambos os filhos e que estes devem ser fraternos: “Esse teu irmão…” (Lc 15,32). A Misericórdia de Deus não exclui ninguém, mas constrói a fraternidade a partir dos excluídos, as vítimas.

Por esta parábola podemos concluir: Deus é assim: tão bondoso, tão gracioso, tão cheio de Compaixão e misericórdia, tão superabundante no amor. Sua maior alegria é a de perdoar.


Fonte: http://www.abiblia.org – Gilvander Moreira



Jesus

MISERICÓRDIA

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Os Frutos da Misericórdia de Deus.

 



COMO TRANSMITIR A MISERICÓRDIA DO PAI ?


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TER UMA BOA INTENÇÃO SOMENTE NÃO BASTA. 

É PRECISO TER ATITUDES QUE TRANSMITAM A MISERICÓRDIA DO PAI


Caros amigos, muitos cumprimentos tenho recebido desde a Cerimônia de Dedicação do Santuário do Pai das Misericórdias e vejo a felicidade e a alegria de todos quando falam da sua visita ao Santuário. Amigos, parentes, sócios, padres de outras cidades e até engenheiros me parabenizam por essa magnífica obra arquitetônica. Mas, um dia, olhando bem e prestando atenção naquele lindo mosaico do filho pródigo e passando os olhos em toda a obra construída, fui mais além e perguntei a Deus: como podemos viver a misericórdia do Pai?


OBRAS+DE+MISERICORDIA[1]


Dom João Inácio Müller, bispo da nossa diocese de Lorena (SP), fala-nos que “o Santuário é cada um de nós”. Com nosso viver e nossas atitudes, sejamos presença visível e tangível da misericórdia do Pai. Perguntei a Deus: “Senhor, como podemos viver essas obras de misericórdia?” Abri, então, o Catecismo da Igreja Católica e corri os olhos no parágrafo que fala das Obras da caridade e da Misericórdia: instruir, aconselhar, consolar, confortar são obras de misericórdia espiritual, como também perdoar e suportar com paciência. As obras de misericórdia corporal consistem em dar de comer a quem tem fome, dar de beber a quem tem sede, dar moradia aos desabrigados e assim por diante.

Será que estamos vivendo bem essas obras? Será que estamos voltando o nosso olhar aos mais necessitados? Sempre temos tempo de visitar uma igreja, ajoelhar e conversar com Deus sobre os problemas do dia a dia. Mas para visitar um doente num hospital, um idoso no asilo, consolar uma pessoa que precisa de um ombro amigo, será que temos tempo?

Peçamos ao Pai que nos conceda a graça de realizarmos as Obras de Misericórdia e termos um coração grato a Sua misericórdia para com a gente. E, por falar em ter um coração grato, agradeço a você sócio-evangelizador por olhar por nós e não deixar de contribuir com o seu algo a mais. Obrigado sempre!


Do seu irmão, 

Wellington Jardim (Eto)
Cofundador da Comunidade Canção Nova e administrador da FJPII

Fonte: Canção Nova



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