A Novena de Natal deste ano traz novamente os áudios do Papa Francisco. Ele tem falado constantemente de misericórdia e paz. Dois de seus principais textos falam de alegria: A Alegria do Evangelho e a Alegria do Amor na família. Quem tem Deus no coração traz a alegria em seu rosto de forma espontânea. O mesmo acontece quando fazemos o bem ao próximo: sentimos alegria. Às vezes, basta lembrar uma pessoa de bem para sentir um pulsar feliz no coração. O profeta Isaías, voltando-se para o futuro, para o Menino Jesus que devia vir, antecipava a exultação de todo o povo, dizendo: Tu aumentaste a nossa alegria (Is 9,2). Nós, contemplando o passado, olhamos para o Menino Deus e exclamamos: Jesus, tu és a causa da nossa alegria! És tu quem faz as crianças se empolgarem; és tu quem faz os adolescentes e os jovens vibrarem, os adultos se comoverem e os idosos se rejuvenescerem. Jesus Cristo é a alegria de Deus que se espalha pelo universo inteiro. Os anjos anunciam aos pastores uma grande alegria, que é também a de todo o povo (Lc 2,10). Na expressão todo o povo estão incluídos todos os moradores da Casa Comum, Planeta Terra, de ontem, de hoje e de sempre. Convidamos você a levar a alegria de Jesus às famílias de sua comunidade por meio da Novena de Natal, de modo especial para aquelas que vivem envolvidas na dor, nas dificuldades e na tristeza. Sobre a Novena do ano passado, Neyse, de Caraguatatuba (SP), que é dirigente da Novena, escreveu: Tive o cuidado de selecionar quatro casas de famílias como vocês sugeriram: enfermos, pessoas afastadas da Igreja ou que estavam passando por alguma dificuldade. E acrescentou: A Novena foi maravilhosa! Esse é o nosso desejo para todos vocês: tenham uma Novena e um Natal maravilhoso!
Dom Mauro Aparecido dos Santos Arcebispo Metropolitano de Cascavel e Presidente da CNBB – Regional Sul
Nesse domingo (03) terminou o sétimo Encontro Mundial das Famílias em Milão, Itália. “Família, trabalho e a festa” foi o tema norteador de todas as reflexões. A presença do Papa Bento XVI durante três dias do encontro deu a todas as famílias um novo entusiasmo na missão.
Ao analisar este tema entendi que a família não vive do vento; ela precisa trabalhar. Ao mesmo tempo precisa fazer festa; festa no sentido de encontro, de descanso, de ter tempo para promover relacionamentos verdadeiros e reavivar os laços de família.
O perigo de que o trabalho se torne um ídolo é válido também para as famílias. Isso acontece quando a atividade do trabalho detém o primado absoluto perante as relações familiares, quando os cônjuges se sentem obcecados pelo lucro econômico e depositam a felicidade unicamente no bem-estar material.
O risco dos trabalhadores, em todas as épocas, é de se esquecerem de Deus, deixando-se absorver completamente pelas ocupações mundanas, na convicção de que nelas se encontra a satisfação de todos os seus desejos.
Infelizmente, a necessidade de sustentar a família, muitas vezes não proporciona aos cônjuges a possibilidade de escolher com sabedoria e harmonia.
“No sétimo dia, Deus concluiu toda obra que tinha feito; e no sétimo dia descansou de toda obra que fizera. Deus abençoou o sétimo dia e o santificou, pois nesse dia Deus repousou de toda a obra da criação” (Gn 2,2-3). O sétimo dia é, para os cristãos, o “dia do Senhor”, porque celebra o Ressuscitado presente e vivo no seio da comunidade cristã, na família e na vida pessoal.
O ser humano moderno perdeu o sentido verdadeiro da festa. É necessário recuperar o sentido da festa, e de modo particular do domingo, como um “tempo para ser humano”. Aliás, um tempo para a família. Não somos máquinas para produzir e ganhar dinheiro; somos gente que precisa ser gente, ser humano em relações com os outros e com Deus.
Mais do que nunca, hoje, as famílias necessitam descobrir a festa como lugar do encontro com Deus e da aproximação entre os membros da família, criando um ambiente de pessoas que se querem bem. A mesa dominical deve ser diferente dos outros dias, não só pela comida, e sim pelo encontro familiar.
O dia do Senhor deve ser vivido como um tempo para Deus, espaço de comunhão e fraternidade na família e na comunidade, sem esquecer-se do amor aos pobres. Para experimentar a presença do Senhor ressuscitado, a família é exortada, aos domingos em especial, a deixar-se iluminar pela Eucaristia.
No domingo, a família encontra o sentido e a razão da semana que se inicia. Hoje, mais do que nunca, as famílias necessitam resgatar o justo valor do trabalho, sem esquecer-se da festa dominical com o Senhor, e com os irmãos. “Nada adianta ganhar o mundo inteiro se vier perder a sua alma” (Mc 8,36).
A Novena de Natal deste ano acolhe o tema bíblico da alegria, a partir do nascimento do Salvador, e a Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, do Papa Francisco. A Novena de Natal já faz parte de nossa caminhada rumo a Belém, onde veremos as maravilhas que Deus realiza no meio de seu povo. Ela é uma ajuda para as pessoas, famílias e comunidades experimentarem a alegria do Natal.
Novena de Natal
2014
(CNBB)
Novena de Natal 2014
(Vol. 1)
Regional sul II
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NOVENA DE NATAL DA CNBB 2013
NATAL, ESPERANÇA RENOVADA
NOVENA DE NATAL DA CNBB 2012
Reunidos em família, Preparando a Vinda do Senhor
Novena de Natal da CNBB 2011
“Reunidos em Família, preparando a vinda do Senhor”
Roteiros para os diversos grupos que se reúnem em preparação ao nascimento de Jesus. A intenção é favorecer a participação de todos, proporcionando momentos orantes, de partilha de vida e levar cada pessoa a se deixar atingir pelo mistério da Encarnação.
Estamos nos aproximando do tempo santo do Advento, de preparação em todos os sentidos para a celebração do mistério da Encarnação do Filho de Deus. Como parte integrante desta preparação, a Igreja no Brasil realiza a “Campanha para a Evangelização”, que neste ano tem como tema: “Encarnação e nova criação”, e como lema: “Em Cristo, somos novas criaturas”. É importante que tenhamos sempre em mente o fato de que somente através do trabalho evangelizador, poderemos levar todas as pessoas a celebrar conscientemente o mistério do Natal a fim de que esta celebração produza frutos que permaneçam.
A Campanha para a evangelização, além de estar em perfeita harmonia com o espírito do tempo do Advento, também tem a finalidade de angariar fundos que garantam a continuidade da obra evangelizadora em nosso país. Com o resultado da coleta nacional para a evangelização não só realizamos a manutenção da CNBB nacional e regional e a realização dos seus trabalhos como também financiamos projetos evangelizadores em todo o território nacional, daí o motivo da nossa exortação para que haja o maior empenho de todos na sua realização.
Exortamos a todos para que participem ativamente desta Campanha, procurando conhecer o seu conteúdo, seus objetivos, assumindo o trabalho de animação e realização da mesma, em vista da maior glória de Deus.
Aproveitamos o ensejo para desejar a todos um santo Natal e um ano marcado pelas bênçãos de Deus que são necessárias para que possamos realizar o seu projeto em nossas vidas.
Dom Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo Metropolitano de Aparecida
Presidente do CELAM e
Presidente da Comissão Episcopal da
Campanha para a Evangelização
Dom Dimas Lara Barbosa
Bispo Auxiliar de São Sebastião do Rio de Janeiro
Secretário-Geral da CNBB
Pe. José Adalberto Vanzella
Secretário Executivo da
Campanha para a Evangelização
A novena deste ano, preparada pela CNBB, é uma proposta orante de preparação para o Natal. Os Salmos, o Evangelho, as preces tomadas da Liturgia das Horas nos ajudam a nos colocarmos em sintonia com a grande oração de toda a Igreja nesse tempo de Deus.
Apresentação: O ano litúrgico é um caminho espiritual e pedagógico que nos coloca na estrada de Jesus. A cada dia, a cada semana e ao longo do ano somos convocados a percorrer com Jesus Cristo, um itinerário pascal. O Espírito do Senhor vai transformando-nos num caminho lento e progressivo até a plena identificação com o Cristo Jesus. É a passagem do ‘homem velho’ para o ‘homem novo’.
Percorremos este caminho experimentando nas celebrações e na vida, os ‘mistérios do Senhor’ no ciclo do natal, no ciclo da páscoa e no tempo comum e ainda no ciclo das festas do Senhor e das testemunhas do mistério pascal (Maria, apóstolos e evangelistas, outros santos e santas). Os ciclos do natal e da páscoa são constituídos de um tempo de preparação, o tempo da festa e o prolongamento da festa.
Iniciando a novena do natal, intensificamos a preparação para a festa da entrada do Verbo de Deus em nossa história – verdadeira “troca de dons entre o céu e a terra”. Unimo-nos às vozes que clamam de todos os cantos da terra o grande clamor: “Vem, Senhor Jesus!”. O Senhor nos chama a vigiar, ficar atentos e preparados, pois a vinda do Senhor não tem hora marcada. É preciso anunciar a esperança como Isaias; preparar o caminho do Senhor e testemunhar a luz a exemplo de João Batista e se colocar inteiramente a disposição do Senhor como fez Maria.
Desde o primeiro domingo, somos interpelados a fortalecer a esperança, assumir a história de uma maneira diferente, lutar para por fim a uma cultura de morte e proclamar com atos e palavras que a vida é mais forte. De domingo a domingo vai crescendo em nós, na comunidade, no universo inteiro, a certeza de que a luz brilha nas trevas e que Deus nos ama a tal ponto que se faz gente como nós. E assim, o dom vai crescendo em nós e nos tornando capazes de ir ao encontro das outras pessoas, de esparramar no mundo a solidariedade, a esperança, a justiça, a paz…
O advento é tempo de preparação, ainda não é a festa. A liturgia nos oferece sinais sensíveis que nos possibilitam fazer a experiência da espera do Senhor: a palavra de Deus, as orações, os cantos, as ações simbólicas (acendimento das velas da coroa e da novena, a ausência do hino do Glória, a cor roxa/rosa, a novena do natal…). É importante deixar que o advento seja advento, saber esperar. Não é bom antecipar o natal utilizando enfeites, músicas, cantos e outros elementos próprios do natal. Vivamos a mística da gravidez.
No desejo de contribuir para a vivência do advento, neste subsídio oferecemos uma novena de preparação ao natal. Os roteiros utilizados seguem alguns elementos do esquema do Ofício Divino das Comunidades/Liturgia das Horas, para dar a estes momentos, um caráter mais orante que com certeza é o desejo das pessoas de fé que gostam e querem entrar em relação de intimidade amorosa com Deus, dialogar com Ele, conhecer os seus desejos, assumir suas opções e projetos. Por último oferecemos uma proposta de celebração do natal em família que pode ajudar a fazer esta noite ser diferente das outras. Alegremo-nos todos no Senhor, pois nasceu o Salvador do mundo, desceu do céu a verdadeira paz (cf. antífona de entrada – noite de natal).
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Padre Léo faz a abertura de seu livro “Famílias Restauradas” com uma estória muito comum:
Muitas vezes não encontramos respostas para resolver os nossos problemas pessoais e precisamos buscar auxílio naqueles que podem nos ajudar. Esta estorinha de Pe. Léo serve para demonstrar que muitas vezes a solução de nossos problemas é muito mais simples do que podemos imaginar, basta encontrar:
Irmão Bento era um monge muito Santo. Além de Santo, tinha a fama de ser excelente conselheiro matrimonial. Sua fama se espalhava por toda a região.
Segundo diziam, este Santo monge tinha o dom da palavra de ciência e da palavra de sabedoria, e esses dons sempre se manifestavam em forma de visões.
Sr. Alfredo, numa duvidosa tarde, foi procura-lo e descreveu o grande drama que estava vivendo:
– Irmão Bento, eu estou vivendo mergulhado em grandes problemas. Estamos passando por uma séria crise financeira. Tudo em nossa casa dá errado. De uns tempos pra cá, nada dá certo em nossa vida. Minha família vive um pequeno inferno. Minha mulher está sempre doente. Ela só sabe reclamar da vida e dos problemas. Eu, de vez em quando, acabo exagerando na bebida. Meu filho mais velho cheira cocaína, fuma maconha, tem o corpo todo cheio de tatuagens, não faz a barba, toca saxofone e flauta nos botecos por aí. Bebe que é uma coisa medonha e tem um cabelo tão longo que mais parece uma moça. Minha filha é terrível. Cada dia ela aparece com um namorado diferente. E, o pior, usa umas roupas que o senhor nem pode imaginar. Meu filho caçula, de 12 anos, já foi expulso de três colégios. Só quer saber de andar de bicicleta e ver televisão. E, o pior, hoje faz seis meses, três dias e quatro horas que minha sogra esta morando lá em casa. Para o senhor ver, tudo esta errado em minha vida e eu preciso de sua ajuda. O que devo fazer? Porque tudo esta dando errado em nossa família? Nós já fizemos de tudo que nos ensinaram. Fomos até a uma benzedeira e ela pediu que levássemos umas velas, uma galinha, uma garrafa de cachaça e ainda cobrou mais duzentos reais. Mas parece que até ficou pior do que estava. Já queimamos incenso, compramos uma pirâmide, fizemos mapa astral e nada mudou. Então eu resolvi procurar o senhor. Já que o senhor é um homem tão Santo e tem visões, será que o senhor não poderia me dizer a causa de todos este problemas? Eu já não estou mais aquentando esta vida. Por favor, me ensine uma reza, ou faça uma oração por nós. Pelo amor de Deus, nos ajude.
O Santo homem de Deus colocou a mão sobre a cabeça do senhor Alfredo e fez uma silenciosa oração. Depois lhe disse:
– Sr. Alfredo. Estou tendo uma visão. O Senhor está me mostrando uma coisa muito grave! Deus está me revelando que dentro de sua casa tudo vai mal, e tudo vai mal porque vocês estão cometendo um dos mais medonhos pecados da face da terra. É algo muito sério. Mas, não sei se posso revela-lo ao senhor.
O homem arregalou os olhos e falou:
– Por favor, Irmão Bento ! foi para isso que eu vim até aqui. O que esta acontecendo?
– Sabe, meu senhor, o problema é que dentro de sua casa vocês estão cometendo o pior pecado do mundo. Nem tenho coragem de falar sobre isso…
– Mas, homem de Deus – interrompeu seu Alfredo -, por favor. O senhor pode falar sem medo. Quem esta cometendo este pecado? Eu já estava mesmo desconfiado de minha mulher ! o senhor pode me contar que eu acabo com a vida do sujeito. Por favor…
– Não é nada disso Alfredo!
– O pecado que vocês estão cometendo é o pio de todos, disse o Irmão Bento.
– Mas que pecado tão terrível é este? Pelo amor de Deus, seu monge, pode falar que estou preparado para ouvir.
– Bem, meu filho. O senhor sabe que Deus é amor. E que Deus amou tanto o mundo que mandou seu filho único para que todos que nele cressem fossem salvos. Jesus veio e nós o matamos. Então Deus o mandou novamente para a Terra, só que Ele não poderia vir com o mesmo rosto de antes, senão o mundo o mataria mais rápido ainda, e diante das câmeras de televisão. Então Jesus voltou, só que Ele veio disfarçado. E a verdade é que um dos membros de sua família é o próprio Cristo, disfarçado.
– O senhor está falando que lá em casa mora o próprio Senhor Jesus Cristo, disfarçado ? É melhor o senhor conferir aí na sua Bíblia, porque acho isso impossível. Se o senhor conhecesse minha família jamais falaria uma barbaridade dessas… É que o senhor não faz ideia de como é a nossa família…
– É isto mesmo! Não é nenhum engano ! Jesus esta disfarçado em um dos membros de sua família e, como vocês não o reconhecem, tudo vai mal. Afinal de contas, sem saber quem é o Cristo disfarçado, vocês ficam tratando mal um ao outro. E, como vocês estão se tratando muito mal, estão ofendendo a Jesus Cristo dentro de sua casa. E é este o grande pecado de vocês. Aliás, esse é o maior pecado que alguém pode cometer. Enquanto vocês não descobrirem quem é o cristo, nada irá mudar na vida de vocês.
– Sério mesmo? Ah, mas eu vou resolver isso, ou não me chamo Alfredo.
Sr. Alfredo saiu daquele encontro cheio de preocupação. Quem em sua casa poderia ser o Cristo disfarçado? Antes de chegar em casa, para não perder o costume, passou no barzinho e tomou logo umas três doses da “Branquinha”. Ele gostava tanto disso, que ao dar um gole, sempre tapava o nariz, pois, gostava dela bem pura, só em sentir o cheiro já ficava com a boca cheia d’água. Logo para não estragar o sabor, tapava o nariz para não correr o risco de salivar. Tomou seus tragos e foi rapidamente para casa, onde reuniu toda a família. Diante de todos falou com seu encontro particular com Irmão Bento, o homem de Deus já conhecido por todos. Disse lhes claramente, sem rodeios, que ali vivia o Cristo disfarçado e que era preciso descobri-lo imediatamente, já que enquanto não se detectasse quem era o Cristo disfarçado, nada melhoraria naquela casa. Sem muita cerimônia perguntou:
– Quem de vocês é o Cristo disfarçado? Que se apresente, agora!
Todos se entreolharam admirados. Será que o sr. Alfredo tinha bebido além da medida? Que história é essa mais sem cabimento. Os filhos chegaram a esboçar um risos disfarçado. Mas sr. Alfredo insistiu:
– quem é o Cristo disfarçado?
Como ninguém se apresentou, sr. Alfredo voltou a falar com o Irmão Bento.
Olha aqui é o Alfredo, eu estive aí ontem a tarde. O senhor me disse que o Cristo disfarçado estava morando em minha casa. Queria pedir que o senhor conferisse melhor o endereço, pois fiz uma ampla pesquisa em minha casa e chegamos à conclusão que lá ele não mora mesmo.
O monge continuou irredutível.
– pois, lhe digo com certeza sr. Alfredo, um deles é o Cristo disfarçado!
Outra reunião com a família, e agora, com mais veemência ainda, disse sr. Alfredo:
– olha gente, o monge é um homem Santo. Tudo que ele falou até hoje deu certo. Ele não iria inventar uma história dessas. Uma aqui nesta casa, é mesmo o Cristo disfarçado, e é melhor que se mostre logo.
Juninho, o mais novo, arriscou um palpite:
– Pai, quem sabe seja a vovó!
– Sr. Alfredo ficou enfurecido:
– Meu filho, não fale uma bobagem dessas, nem por brincadeira. Cale essa boca. Onde já se viu você falar uma coisas destas! Oh, meu Deus, perdoa meu filho por esta blasfêmia. Filho, olhe bem para sua avó. Como é que Cristo poderia se disfarçar num trambolho desse? Meu filho, eu quero que você aprenda uma coisa, desde pequeno, para nunca mais esquecer: sogra a gente deve gostar, igualzinho eu gosto de cerveja, ou seja, geladinha em cima da mesa.
– Então deve ser o papai – disse a filha Juliana, fofa e linda, como sempre!
– Aí foi a vez da sogra externar seu direito de opinar, cheia de uma fúria que ela guardava a anos:
– Ah, deve ser mesmo! Eu fico olhando para a cara desse homem e imaginando Cristo disfarçado de anta bêbada. Você já ouviu falar que Cristo era um alcoólatra, mal-educado, bruto e sem escrúpulos? Agora é que estamos pecando mesmo de verdade. Este homem é um jumento em forma humana. Nunca vi uma pessoa mais ignorante. Como é que pode ele ser o Cristo?
D. Matilde, a esposa, até então em completo silêncio, completou:
– Alfredo ser o Cristo disfarçado? Isso seria uma grande piada. Ele é um homem da pior espécie possível. Vive deixando roupa espalhada pelo chão do banheiro. Quando falo com ele, esta sempre bocejando. Fuma no quarto. Assiste a tv sempre com o controle remoto na mão. Chega suado da rua e com os pés sujos do jogo de futebol e vai direto para a cama. Bebe feito um condenado. Não corta e nem limpa as unhas dos pés. Chega a esquecer o nome dos próprios filhos e fica perguntando baixinho, como se chama aquele menorzinho? E você Juliana vem me dizer que ele poderia ser o Cristo disfarçado ? tenha dó, minha filha.
Caíque o filho mais velho, que até então estava só observando o furdunço, deu o seu palpite:
– Talvez então seja a mamãe!
Sr. Alfredo mais uma vez se enfureceu:
– meu filho, isto seria uma outra bobagem sem tamanho. Sua mãe só sabe reclamar da vida. Basta a gente pegar um jornal para ler e ela já vem puxando conversa fiada, e quando a gente esta morrendo de sono ela vem querendo ter uma conversa séria. Enche a casa de plantas e ainda coloca uma samambaia bem em cima do DVD. Quando eu quero ir a uma festa, ela faz cara feia, mostra desânimo e faz tudo para que eu desista. Erra sempre quando me compra uma roupa de presente, sempre fica pequeno. Quando lhe dou um presente, logo ela repassa para a empregada. Vive falando mal da minha mãe. Chorou a gravidez inteira e tudo que vocês fazem de errado ela logo diz que a culpa é minha. Basta um erro e ela já diz que puxou o pai. Meu filho, como ela poderia ser o Cristo? Olha, a Bíblia diz que Jesus curava todas as doenças. A sua mãe tem todas as doenças. Ela é absolutamente o contrario de Jesus! Depois, se sua mãe fosse o Cristo disfarçado, a cruz de Jesus deveria ser de aço ou ferro fundido. Que outra cruz suportaria tanto peso assim? Sua mãe só sabe comer e reclamar…
Juliana então disse:
– Talvez seja o Caíque!
Foi então a vez do Juninho reclamar:
– Como o Caíque? Jesus por acaso fumava maconha? Olhe bem para a cara do Caíque: um cabelo horroroso. Ele lava os cabelos. E aquela caveira que ele tem tatuada nas costas? Como pode ser o Cristo?
D. Matilde exclamou:
– pode ser o Juninho: ele é o mais novo da casa!
Foi a vez de Juliana retrucar:
– Mamãe, que absurdo! Jesus era um menino muito inteligente. A Bíblia diz que aos doze anos Ele se perdeu e quando sua mãe o encontrou estava no meio de doutores, explicando-lhes as escrituras. O Juninho é um burrinho em forma de gente. Já foi expulso de três escolas, e este ano, pelo jeito que está, vai ser reprovado de novo!
– E se for a Juliana?
– Perguntou a avó com os olhos cheios de ternura.
Caíque não se conteve:
– o que? A Juliana ser Jesus? Isto sim é que é uma blasfêmia! Olhe bem, para as roupas que ela usa. E os namorados esquisitos? A senhora sabia que ela é chamada a vassourinha da nossa rua? Já varreu todos os rapazes. Namorou e ficou com a maioria deles. A única coisa em que a Juliana é parecida com Jesus é a roupa. Ela se veste igualzinho o Cristo quando foi pregado na cruz. Nunca poderia ser o Cristo disfarçado!
A discussão continuou por longo tempo. Cada um só se recordava dos defeitos do outro. Sr. Alfredo voltou a procurar o Irmão Bento, dizendo-lhe que talvez tivesse se enganado. No entanto o monge continuava afirmando que um deles era o Cristo disfarçado! Alfredo voltou desanimado para casa. Disse para todos que o monge continuava afirmando que Jesus estava disfarçado em um deles ali. Cansado sentou-se, como sempre, diante da Tv. No entanto, os filhos continuaram pensando na idéia. Juninho então falou:
– talvez seja mesmo a vovó. Ela até que gosta muito de rezar. E depois é a mais velha da família! Acho que precisamos tratá-la um pouco melhor!
Os irmãos concordaram com a ideia. E até o sr. Alfredo ficou pensando na possibilidade. Por mais triste e terrível, a possibilidade, segundo a palavra firme e certa do monge, era real. E se a sogra fosse, de fato, o Cristo disfarçado?
Mudaram o tratamento com a velha. Passaram a dialogar com ela, fazer-lhe um carinho, trata-la com mais respeito e atenção.
Alfredo, tentando superar todos os conflitos que tinha com a sogra, resolveu até lhe fazer um agrado, levando uma xícara de café na cama. Quando bateu na porta, já sentiu que a acolhida não seria das melhores:
– quem é ?
– sou eu, minha sogrinha querida.
– Entre.
– Bom dia… vim trazer um cafezinho quentinho para a senhora.
– Para mim ? Tem certeza ?
A sogra chegou a pensar que tina veneno no café. Mas acabou aceitando o agrado do genro e passou a trata-lo melhor também.
Mas, como ninguém tinha certeza acerca de que quem pudesse ser o Cristo disfarçado, a dúvida então persistia. Poderia muito bem ser qualquer um. E se fosse o Pai? Talvez a mãe? Ou um dos filhos? Como o monge havia falado, cada um ali era um possível candidato.
Acabaram melhorando o tratamento em relação aos outros membros da família. D. Matilde parecia muito mais feliz. Já não reclamava tanto de doenças, e sr. Alfredo já não parava mais no barzinho para tomar seu trago de sempre. Cada um começou a tratar o outro com a possibilidade de ser o Cristo disfarçado. Marido e mulher se olhavam com mais carinho e respeito.
Os filhos começaram a perceber os valores dos pais. Os pais passaram a reservar um tempo para o diálogo, para o carinho entre si e para com os filhos. Genro e sogra já não se estranhavam. E as coisas começaram a mudar naquela casa. Algum tempo depois , tudo havia mudado. As coisas se acertaram como que por um milagre. Juninho conseguiu melhorar muito seu rendimento na escola. Caíque chegou a ajuda-lo em muitas lições, e Juliana já não saia tanto pelas lanchonetes e boates. O clima daquela casa parecia outro!
Aquela família, que dizia viver num pequeno inferno, agora começou a experimentar algumas mudanças consideráveis. Já não tinha tanta divida, porque se uniram para pagar o que deviam. O pai, pela vontade de chegar logo em casa, já não parava mais nos botecos do caminho. Era tão bom quando Juliana vinha deitar-se no colo do sr. Alfredo!
A família foi também descobrindo o valor da oração. E foi com grande alegria que o Irmão
Bento viu todos eles na missa das dez horas daquele domingo.
Na terceira fila de bancos do lado esquerdo, toda a família, um do lado do outro, participando da Santa Missa. Ele ficou tão emocionado que ao final da celebração foi procura-los para um abraço muito sincero, e disse lhes:
– que bom! Vocês descobriram o segredo! Na medida que começaram a tratar o outro como se fosse o próprio Cristo, vocês aprenderam a ver Jesus um no outro. Com isso, descobriram algo maravilhoso: vocês estão enxergando um ao outro com os olhos do próprio Cristo. Vocês descobriram o grande segredo. Tentando ver Cristo disfarçado, descobriram o Cristo que existe, de fato, no coração e na vida do outro, e em cada um. E este segredo foi Jesus mesmo quem nos ensinou: “todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim que o fizestes” (S. Mateus 25,40). É isto mesmo meus irmãos. Quem não for capaz de ver Jesus na pessoa do outro, jamais vai ser capaz de ver a pessoa do próprio Jesus.
Esse é o grande segredo para a vida familiar!
Esse é o grande segredo para a restauração de nossas famílias.
Talvez você também se encontre, hoje, como o sr. Alfredo, naquela tarde em que foi ao encontro de Irmão Bento. E porque as coisas não vão bem em sua casa? Jesus deve também estar disfarçado em algum dos membros de sua família… enquanto não se conseguir enxergar cada um com os olhos do próprio Cristo, nada melhorará na vida familiar.
A maior graça que um casal precisa para si e para seus filhos é enxergar cada um com os olhos de Jesus. Quando isso acontece, passam a enxergar Jesus em cada um.
Não tenhas medo de transformar suas necessidades familiares numa oração sincera e verdadeira:
Senhor,
Dá-nos a graça de enxergar com teus olhos, do jeito que tu Senhor, enxergas.
Sonda-nos hoje e tem compaixão de cada um de nós. Tu, Senhor, que nos teceste no seio materno, dá-nos a graça de perceber-nos segundo seu amor misericordioso.
Parábola transcrita do livro “Famílias Restauradas”.
Este texto é abertura do Livro, que tratará das questões que foram apresentadas nesta pequena estória de uma família que não por acaso pode ser um retrato de uma família que conhecemos muito bem.
A sua família também poderá se encontrar com este Cristo, que na verdade não está disfarçado como na estória, mas está vivo e presente em sua casa podendo ser encontrado facilmente a qualquer momento, porque Ele se deixa encontrar. Conheça o Livro, leia-o, e depois testemunhe como realmente CRISTO restaurou sua família também.
Famílias Restauradas
“A restauração da família é uma obra contínua, constante. Cada dia damos um passo. Não é algo mágico. É uma longa caminhada. E uma longa caminhada se faz com pequenos passos, na firmeza, na renúncia, no sacrifício, na luta, na garra.”
“É preciso ter uma meta, e a nossa meta é muito grande. Quem se acostuma com coisa pequena não pode ir para o céu. O céu é para quem sonha grande, pensa grande, ama grande e tem a coragem de viver pequeno. Isso é o céu.”
Autor: Padre Léo Ano: 2006
Editora: Canção Nova
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Vários grupos já apresentaram esta peça por este Brasil afora e muitos postaram no Youtube o resultado da apresentação, vou deixar um exemplo abaixo, se quiser poderá encontrar outros, pois existem muitas variações na apresentação.