Estabelecer limites para os filhos.



A Limitação de um território geográfico, que é em sua essência apenas uma linha imaginária traçada em um mapa de papel é a melhor visão para se entender o que seja LIMITE, que pode até ser virtual e invisível, mas existe na realidade e de fato.

A sua observância correta evita muitos erros, problemas e perigos reais.



Mapa_Mundial_trasado


Muitas vezes o ser humano concebe a limitação como uma falta de liberdade e alguns a encaram até mesmo como uma prisão, mas quando a concebemos como uma convivência pacífica em que a nossa liberdade termina onde começa a liberdade do outro podemos entender que a verdadeira liberdade não deve infringir a liberdade alheia, pois se assim fosse seria um abuso e não liberdade.   Também existem barreiras naturais como abismos, rios, montanhas que não são intransponíveis mas nos ajudam a compreender nossas limitações naturais, assim podemos entender a concepção básica de “LIMITE” e diferenciar de uma prisão que na verdade seria um obstáculo intransponível.   O Limite por sua vez pode ser ultrapassado com dificuldade e até com muita facilidade, porém esta é a diferença, mesmo podendo ser ultrapassado deve ser respeitado por diversos motivos, sendo eles: por segurança, por obediência ou por não violação do espaço do outro.

A maioria dos 10 mandamentos da lei de Deus são baseados neste princípio de  “LIMITE” restringindo o abuso da liberdade e que no antigo testamento funcionavam quase como uma prisão, mas que com o novo mandamento ensinado por Cristo esta prisão da lei foi substituída pelas fronteiras ilimitadas do AMOR.

Hoje não ensinamos mais nossos filhos em cima de proibições e castigos que representam a aplicação da antiga lei e sim estamos aprendendo a educa-los na liberdade do amor, pois quem ama não pratica o mal contra seu vizinho e assim é desnecessário uma lei que obrigue ou proíba a fazer ou não fazer o que já está subentendido na aplicação do AMOR incondicional.


O PESCADOR


pescador[1]


O pescador é um ótimo exemplo de como poderíamos limitar nossos filhos sem aprisioná-los.

Jesus quando chamou Pedro e seu irmão para segui-lo lhes disse que os transformaria em “PESCADORES DE HOMENS”, uma alusão à profissão que eles desempenhavam e ao mesmo tempo mostrando que existia uma pequena diferença no modo como deveriam usar para serem verdadeiros pescadores de homens.  

Mesmo que você jamais tenha pegado em uma vara de pescar e jamais tenha fisgado pelo menos um peixe em sua vida, deve entender qual seja o princípio básico de uma pescaria:

1 – Isca = alimento ou objeto usado para atrair o peixe, é colocada de forma a disfarçar e esconder o anzol.

2 – Anzol = Instrumento que se agarra ao peixe para prendê-lo, fica amarrado à linha.

3 – Linha = Instrumento que prende e liga o anzol à vara de pescar e amarra o peixe.

4 – Vara = Instrumento de sensibilidade que amplifica e comunica ao pescador a fisgada. “momento em que o peixe morde a isca”.



Funciona da seguinte forma:

O peixe que busca por comida no rio encontra a isca presa ao anzol, que por estar presa não consegue fugir do peixe que a come juntamente com o anzol que o prende à linha que comunica ao pescador através da vara que o peixe foi fisgado e está “preso pelo anzol”.   Neste ponto o pescador deve administrar a força do peixe para que ele não arrebente a linha ou se desprenda do anzol, começa a soltar a linha e puxar a linha até que o peixe se canse e possa ser recolhido da água.

Estes são os instrumentos que facilitam a prisão do peixe que devem ser usados de forma correta para se conquistar um bom objetivo, no entanto não estamos aqui para aprender como prender um peixe ao anzol e sim como conquistar o mesmo peixe para que ele fique e queira ficar em suas mãos mesmo que não exista nenhum instrumento material que o obrigue a tomar tal atitude.    Em primeiro lugar, é claro, que a sua intensão não deve ser comer o peixe e sim salva-lo de ser comido por outro peixe.    Na verdade foi assim que Jesus ensinou os seus Discípulos a atraírem as multidões, usando de muito acolhimento, amor, compreensão e perdão sem levar em consideração as curas e a alimentação que na verdade são consequências materiais das atitudes espirituais que foram administradas.

AMOR, CARINHO, ABRAÇO, BEIJO, COMPREENSÃO, ATENÇÃO E OUTROS…

Os pais possuem todos estes Dons a seu dispor, pois naturalmente já possuem muito amor por seus filhos, muito carinho e só querem o seu bem, porque então se abdicar destes elementos tão eficazes na educação que só conquistam seus filhos para usar elementos de terror e sofrimento que só conseguem afastar seus filhos ainda mais de seu coração?

A resposta é clara: Os pais precisam aprender a usar a noção de limites de forma correta, para que sua aplicação não seja incorreta se confundindo com uma verdadeira prisão.

Dizemos então que somos verdadeiros pescadores de filhos, que não usam nem anzol e nem linha, porém precisamos de uma “Vara bem sensível” para compreender claramente a reação de nossos filhos em cada ato aplicado, nossas iscas devem ser o amor, a paz, a compreensão, a alegria, o companheirismo para manter os filhos bem próximos de nós sem ser necessário prendê-los ou amarra-los.


FATO POLÊMICO


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CAMINHAR COM CRIANÇA NA COLEIRA


Ponto positivo: As crianças pequenas geralmente não tem nem um pingo de senso de perigo e assim correm para todo lado, enfiam o dedo em todo buraco, brincam com animais selvagens, levam a boca qualquer coisa e assim o cuidador deve ficar 100% em estado de atenção e vigiando o tempo todo ou “se não” em uma piscada de olhos a criança pode se ferir gravemente, se afogar ou cair em um buraco, desta forma a coleira infantil mantém a criança sempre segura bem próxima de seu cuidador e facilmente controlada, logo, praticamente é capaz de evitar muitos acidentes e deixando o cuidador menos alerta no sentido da visão e audição podendo cuidar de varias crianças ao mesmo tempo ou usando a sua atenção em outras coisas ao mesmo tempo ficando alerta apenas pelo sentido do tato quando algo estranho ocorre na corda que segura a coleira equivalente ao alerta da vara de pescar na mão do pescador.

Pontos negativos: poderíamos indicar muito mais pontos negativos do que positivos, mas o principal deles é a limitação exagerada em um pequeno espaço material o que causa com o tempo um comodismo e acomodação do educando, também poderíamos salientar a humilhação, pois o ser humano racional estaria sendo equiparado a um animal irracional, logo percebemos que a educação dentro de verdadeiros “LIMITES” não deveria ser estabelecida dentro de uma prisão, pois este tipo de limitação material é na verdade uma prisão, pois a prisão material gera também uma prisão psicológica e espiritual e se isso acontece na primeira fase educacional da criança se refletirá em uma pessoa dependente e indecisa sem atitudes próprias de escolha pessoal na sua fase adulta.


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A atitude acima na foto está ficando cada vez mais comum, porém não estamos aqui agora para polemizar o assunto e sim apenas para mostrar que esta atitude não pode ser entendida como “LIMITE” e sim como “PRISÃO” e na aplicação correta de “LIMITE” não devem ser usados nenhum instrumento material que tire a liberdade física da pessoa, pois o entendimento de limite leva em consideração que este limite é uma linha “VIRTUAL” e não um muro “MATERIAL”.

Estabelecer limites não precisa ser tão complicado como muitos imaginam. É claro que não existem receitas únicas, padronizadas, pois as características familiares e individuais (tanto dos pais como dos filhos) são importantes para definir as escolhas e decisões a serem tomadas. Mas algumas orientações básicas são úteis para a maioria dos pais.

Alguns aspectos que precisam estar claros ao estabelecer limites:

*Reconhecer que dificuldades não são por culpa dos filhos (contestar os limites é uma atitude normal em crianças e adolescentes).

*Ter muita paciência, persistência e dedicação. É preciso ser mais persistente que a criança.
*Ter afeto e amor incondicional, mesmo nas horas mais difíceis.

*Reconhecer que educar é um processo longo, repetitivo e cujos resultados não são imediatos.

*Reconhecer as próprias limitações (os erros, o fato de algumas vezes estar cansado e que é normal perder a calma em algumas situações).

*Combater o sentimento de culpa por não atender a todos os desejos dos filhos.

 E algumas regras básicas são as seguintes:

1) Agir de acordo com a idade da criança: é preciso conhecer a sua fase do desenvolvimento e sua capacidade cognitiva para transmitir informações, regras e limites. É necessário reconhecer a capacidade do filho em entender as regras e as conseqüências do não cumprimento das mesmas e ter expectativas coerentes e de acordo com a idade e características individuais da criança. Não exigir nem demais nem de menos.

2) Iniciar o mais cedo possível, antes de um ano de idade, quando a criança começa a perceber o significado de certas palavras, inclusive o “não”.

3) Manter a coerência entre os pais e demais familiares. A dificuldade é grande quando pai corrige e a mãe perdoa (ou vice-versa). Um não pode desautorizar o outro. E os demais familiares (como tios ou avós) não devem interferir nas decisões e atitudes dos pais. Os pais saberão que estão agindo certos quando os filhos disserem: “isto não é justo, vocês dois estão contra mim!”.

4) Dar o exemplo é a melhor forma de educar (melhor do que dar conselhos). Nas pequenas atitudes do dia a dia, como em filas, ao manifestar respeito às demais pessoas, ao exercer comportamento ético e honesto é possível mostrar às crianças quais comportamento são corretos e quais são inadequados ou inaceitáveis.

5) As regras devem ser claras, definidas e estáveis. Estabelecer de forma clara o que pode e o que não pode. Não dá para ficar mudando as regras com freqüência, pois isto confunde a criança em seu aprendizado. Não é possível mudar de atitude como quem muda de roupa. E as regras devem ser estabelecidas pensando na adequada educação da criança e não apenas no benefício dos pais.

6) É preciso ser persistente (mais do que as crianças). Se a criança insistir mil vezes em fazer algo errado, é preciso corrigi-la mil e uma vezes.

7) Cumprir o que foi dito. Se houve a ameaça de que o filho ficaria sem assistir TV se não fizesse os temas, é preciso cumprir a penalidade se a criança realmente não fez os temas. Sem voltar atrás ou “perdoar, ficar com peninha”. Os pais precisam ser claros, firmes, determinados, confiantes e tranqüilos. Não dá para ficar com pena porque a criança chorou ou ficou triste se você estiver confiante de que tomou a atitude correta.

8) Criticar o ato cometido em si e não o indivíduo ou sua personalidade. Deve-se reclamar que o quarto está bagunçado, mas não é necessário dizer que o filho é relaxado ou bagunceiro. Quando ele briga não dizer que é mau, se não estuda que é preguiçoso. Deve-se ressaltar o comportamento em si e não utilizar rótulos. Criticar e corrigir o gesto ou atitude, não a criança. Frases do tipo “você é” (egoísta, impossível, não tem jeito) qualificam a criança e não a sua atitude. E ela com certeza não merece estes “carimbos ou rótulos”.

9) E também, muito importante, lembrar que elogiar os bons comportamentos é fundamental, pois geralmente o mais comum é reclamarmos quando os filhos fazem coisas erradas. Lembrar que premiar não é dar coisas materiais, mas sim elogiar e demonstrar afeto. Não economizar elogios (um elogio vale muito mais que várias críticas). Os “prêmios” são imprescindíveis na socialização da criança, principalmente o sorriso de aprovação, o elogio verbal, o gesto afetuoso de um adulto querido. No entanto, a criança deverá se comportar de determinada forma, conscientemente, por opção e não para conquistar determinado prêmio.

Fonte: Aprendendo a vida: Como estabelecer limites




Um Amigo muito Estranho.


O_estranho



O ESTRANHO

(Autor desconhecido)

Alguns anos depois que nasci, meu pai conheceu um estranho, recém-chegado à nossa pequena cidade. Desde o princípio, meu pai ficou fascinado com este encantador personagem, e em seguida o convidou a viver com nossa família. O estranho aceitou e desde então tem estado conosco.

Enquanto eu crescia, nunca perguntei sobre seu lugar em minha família; na minha mente jovem já tinha um lugar muito especial. Meus pais eram instrutores complementares: minha mãe ensinou-me o que era bom e o que era mau e meu pai ensinou-me a obedecer. Mas o estranho era nosso narrador. Mantinha-nos enfeitiçados por horas com aventuras, mistérios e comédias, mostrando imagens de suas narrativas.

Ele sempre tinha respostas para qualquer coisa que quiséssemos saber de política, história ou ciência. Conhecia tudo do passado, do presente e até podia predizer o futuro! Levou minha família ao primeiro jogo de futebol. Fazia-me rir, e me fazia chorar.

O estranho nunca parava de falar e mostrar figuras, mas o meu pai não se importava. Às vezes, minha mãe se levantava cedo e calada, enquanto o resto de nós ficava escutando o que ele falava, mas só ela ia à cozinha para ter paz e tranquilidade. (Agora me pergunto se ela teria rezado alguma vez para que o estranho fosse embora.) Meu pai dirigia nosso lar com certas convicções morais, mas o estranho nunca se sentia obrigado a honrá-las.

As blasfêmias, os palavrões, por exemplo, não eram permitidos em nossa casa… Nem por parte nossa, nem de nossos amigos ou de qualquer um que nos visitasse. Entretanto, nosso visitante de longo prazo usava sem problemas sua linguagem inapropriada que às vezes queimava meus ouvidos, fazia meu pai retorcer-se e minha mãe ruborizar-se. Meu pai nunca nos deu permissão para tomar álcool. Mas o estranho nos animou a tentá-lo e a fazê-lo regularmente. Fez com que o cigarro parecesse fresco e inofensivo, e que os charutos e os cachimbos fossem distinguidos. Falava livremente (talvez demasiado) sobre sexo. Seus comentários eram às vezes evidentes, outras sugestivos, e geralmente vergonhosos.

Agora sei que meus conceitos sobre relações sociais e também sobre o mundo foram fortemente influenciados durante minha infância e adolescência pelo estranho. Repetidas vezes ele foi criticado, mas ele nunca fez caso aos valores de meus pais; mesmo assim, permaneceu em nosso lar. Passaram-se mais de cinquenta anos desde que o estranho veio para nossa família. Desde então mudou muito; já não é tão fascinante como era ao principio. Não obstante, se hoje você pudesse entrar na guarida de meus pais, ainda o encontraria sentado em seu canto, esperando que alguém quisesse escutar suas conversas ou dedicar seu tempo livre a fazer-lhe companhia…

Seu nome?

Nós o chamamos Televisor…

Foto: Por Museu da Pessoa: www.museudapessoa.net

Foto: Por Museu da Pessoa: http://www.museudapessoa.net


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COMENTÁRIOS


Agora, nosso estranho amigo tem dois filhos que também vieram morar conosco:

Um se chama Computador e o outro se chama Celular!

Nada de mal, aliás, tudo de bom, porém tudo é muito bom desde que seja usado na medida da necessidade, todo excesso é prejudicial principalmente quando se desvia a atenção das pessoas do aprendizado e do trabalho.   A TV também não pode ser a “babá eletrônica” dos nossos filhos… Muitas mães deixam as crianças sozinhas com a Tv sem nem ao menos prestar a atenção no tipo de programas que elas assistem.    O tempo que a maioria das famílias dedica à TV é surpreendente e isso contribui para a falta de comunicação familiar e consequentemente a sua desagregação.

 Nota-se que atualmente a constituição tradicional  familiar que é a base de uma sociedade sólida e pacifica está sendo atacada pela TV, aliás, não pela TV em si e sim por aqueles que a manipulam.   è por este e por muitos outros motivos que as nossas Famílias precisam aprender a dizer “NÃO” para a TV e os meios de comunicação modernos, precisamos aprender a falar reivindicando nossos direitos e não apenas ouvir em silêncio e aceitar tudo como uma receita de vida correta e sadia.



Semeando a cultura de Pentecostes