Décimo aniversário Presentepravoce.



“10 anos de Blog”


“Todo aquele que quiser tornar-se grande entre vós, se faça o servo de todos.” 
São Mateus, 20,26

“SER O MENOR ! POR QUE ?”

A maior vantagem de ser o menor, é poder se somar aos outros e compartilhar a mensagem de Jesus com o maior numero possível dos Filhos do Pai espalhados pelos confins da terra.

Para colaborar com esta ideia gostaria de compartilhar com vocês uma historinha que nosso saudoso Bispo Dom Manuel Pestana Filho gostava muito de contar em suas palestras nos mostrando que ser pequeno não é assim uma desvantagem tão grande e é por ser pequeno e insignificante aos olhos do mundo que podemos usufruir do grande Dom do Pai e nos confortar de poder estar confortavelmente em sua presença usando esses Dons em favos dos outros e é claro que sabendo que é em Deus que tudo podemos realizar se crermos em suas Palavras.

“Tudo Posso Naquele que me fortalece…”


“12. Em verdade, em verdade vos digo: aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas, porque vou para junto do Pai. 13. E tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, vo-lo farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. 14. Qualquer coisa que me pedirdes em meu nome, vo-lo farei.” São João, 14,12 – Bíblia Católica Online

“4. Tal é a convicção que temos em Deus por Cristo. 5. Não que sejamos capazes por nós mesmos de ter algum pensamento, como de nós mesmos. Nossa capacidade vem de Deus.” 
II Coríntios, 3,4 – Bíblia Católica Online



“A formiguinha e o ELEFANTE…”



Um Enorme ELEFANTE e uma formiguinha andavam pelo deserto.

— O elefante: bum, bum, bum…

— A formiguinha: pim, pim, pim…

— Quando de repente… O elefante se assustou com um ratinho que passava também por ali perto e saiu correndo em disparada…  A formiguinha teve que se agarrar firmemente em sua orelha para não sair voando com o vento que fazia.

Uma certa hora, a formiga dá uma olhada para trás e vê um poeirão, depois vira-se para o companheiro e diz:

— Veja lá atrás Elefante!

— O quê?

— Dá uma olhada no poeirão que nós estamos levantando!


Quem era mesmo que estava levantando toda aquela poeira ?


D. Pestana usava esta pequena parábola exatamente para mostrar o paralelo entre ser pequeno para ser grande, de ser humilde para ser o principal, de ser o ultimo para ser o primeiro, de não saber nada e ao mesmo tempo ter toda a ciência.   Tudo isto para compreender que é quando nos entregamos inteiramente a Jesus e aceitamos seu Senhorio em nossas vidas, é que acontece o grande Milagre do velho homem corroído pelo pecado renascer em um novo homem segundo a verdadeira imagem de Jesus e ser guiado e conduzido pelo Espírito Santo.

É este homem que reconhece ser pequeno e incapaz que pode experimentar o imenso poder de Deus agindo em sua vida e é este pequeno ser, totalmente incapaz, frágil e vulnerável que pode ver quão grande é a POEIRA que se levanta quando este ser gigantesco se move com seu imenso poder  neste mundo, assim podemos avaliar e compreender o que sentiu e porque aquela formiguinha que na verdade estava de carona na orelha daquele Elefante exclamou com tanta convicção que se sentia participante daquele evento tão significativo.   Na verdade podemos avaliar que quando Deus age através do homem ou melhor dizendo, quando Ele age através de nós “de mim e de você”, a proporção de poeira em relação à poeira levantada pelo elefante correndo pelo deserto é muito maior e incomparável.

Queremos dizer com esta reflexão é que precisamos acreditar e confiar plenamente nesta verdade a ponto de perceber que precisamos embarcar no colo de Deus e deixar que Ele nos leve seja lá para onde for assim como o vento sopra onde quer. (São João, 3,8) 


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Revesti-vos da Armadura de Deus
Luz_do_espirito_santo


Dr. Zilda Arns.

Viveu como santa, morreu como mártir

Nascer mulher em Forquilhinha, Santa Catarina, nas primeiras décadas do século passado significava ser, no futuro, professora ou religiosa. Zilda Arns, 13ª filha de uma família descendente de alemães, contrariou esse destino por amor.

Aos 21 anos de idade, apaixonou-se pelo futuro marido, o então marceneiro Aloysio Neumann, que, chamado para um conserto na casa dos Arns, encantou-se com a jovem que viu na sala tocando piano. Foi também em nome de outra forma de amor, aquele mais sublime que se devota ao próximo, que Zilda enfrentou a resistência paterna e insistiu em estudar medicina, num tempo em que ser doutor era coisa de homem.

O apoio do irmão, o hoje arcebispo emérito de São Paulo, dom Paulo Evaristo Arns, foi fundamental para dobrar a família. “Ele havia estudado na Sorbonne e convenceu o pai de que estavam começando a formar mulheres médicas lá fora”, conta Rogério Arns Neumann, de 39 anos, um dos seis filhos que Zilda teve com Neumann, morto em um acidente no mar aos 46 anos de idade.

Desde que alterou o curso do próprio destino, Zilda Arns não parou mais de mudar o dos outros, a começar por aqueles que a miséria e a ignorância haviam fadado a ter curta duração.

Nos anos 80, por sugestão de dom Paulo, a pediatra e sanitarista aceitou formular um projeto para disseminar o uso do recém-criado soro caseiro, aproveitando a imensa influência da Igreja Católica entre os pobres, e com isso combater o flagelo da mortalidade infantil.

Assim nasceu a Pastoral da Criança, um projeto tão singelo na sua concepção quanto na execução. Consistia em identificar, nas paróquias e comunidades católicas, lideranças que treinariam voluntárias para ensinar mães pobres a adotar o soro. Essa e outras medidas igualmente simples ajudariam a evitar que seus filhos morressem de diarréia, desidratação, contaminação e outros males fáceis de vencer com quase nada de dinheiro e um pouco de informação.

O local escolhido para iniciar o trabalho foi a pequena Florirestópolis, no Paraná. Lá, a mortalidade infantil era tão alta que, no único cemitério existente, o número de cruzes de tamanho pequeno, que sinalizavam os túmulos de crianças, superava em muito o de cruzes grandes. Depois do trabalho da Pastoral, a taxa de mortalidade baixou de 127 óbitos em cada 1 000 crianças nascidas vivas para 28. A partir daí, o programa foi sendo replicado até alcançar 72% do território nacional, além de vinte países na América Latina, África e Ásia.

Ao longo dos 25 anos em que esteve à frente da Pastoral da Criança, Zilda Arns visitou os cantos mais remotos do Brasil. Aterrissou em um sem-fim de aeroportos, fez travessias em barcos precários e sacolejou de ônibus por estradas que eram mais buraco do que chão. Seus olhinhos azuis sempre radiantes se acostumaram a ver a pobreza extrema e seu corpo forte se habituou à contenção e à precariedade. Três meses atrás, ela esteve no Timor Leste, um dos países em que a Pastoral fincou suas bases e onde auxilia cerca de 6 000 crianças.

Lá, como quase sempre, faltava quase tudo, incluindo água corrente na casa em que Zilda se hospedou com Rúbia Pappini, voluntária da Pastoral há vinte anos. “Para lavar os cabelos, mergulhávamos a cabeça debaixo da pia e reaproveitávamos a água que escorria para tomar banho de caneca”, lembra Rúbia. Na noite do último domingo, Zilda Arns interrompeu as férias de família para começar mais um pinga-pinga por aeroportos. De Curitiba, onde morava, fez escala em São Paulo e, da capital paulista, seguiu para Miami, nos Estados Unidos, onde pegou outro avião que a levou até o Haiti. Chegou a Porto Príncipe ao meio-dia da segunda-feira.

No dia seguinte, ela faria uma palestra sobre o trabalho da Pastoral para um grupo de religiosos haitianos, num edifício de três andares em frente à igreja Sacré Coeur de Tugeau. Foi ao fim dessa palestra que se deu o terremoto. Quem descreve o ocorrido é o tenente Paulo Cézar Acebedo Strapazzon, que havia sido convocado para traduzir para o francês a fala da médica, esperada no 3º andar do prédio por 120 sacerdotes. Zilda chegou com quarenta minutos de atraso por causa de um engarrafamento no trânsito. A tradução acabou sendo feita por um civil haitiano que viera com o tenente e falava o crioulo, dialeto local, de compreensão mais fácil para a platéia.

Faltavam quinze minutos para as 5 horas quando a médica terminou sua palestra. A platéia deixou a sala, mas alguns padres se aproximaram de Zilda para fazer-lhe perguntas. Nesse momento, o tenente perguntou à médica se ainda poderia ser útil. Ela respondeu que mais tarde precisaria de ajuda para traduzir alguns manuais, o militar aquiesceu e os dois se despediram. Strapazzon desceu os lances de escada até o térreo, entrou em seu jipe, deu a partida e então viu todos os prédios desabarem ao seu redor. Os três andares do prédio transformaram-se em um amontoado de pedras e vigas de metal. Zilda Arns morreu na hora, atingida na cabeça por uma viga do teto que desabou. Outros quinze religiosos que estavam na sala morreram também.

O corpo da médica chegou na sexta-feira a Curitiba, onde foi transportado em carro aberto – e aplaudido por pedestres que paravam à sua passagem. Zilda Arns tinha 75 anos, um terço dos quais consagrados aos despossuídos e à tarefa de celebrar o caráter sagrado da vida – o que ela fez em cada uma das infinitas vezes em que ajudou a evitar seu desperdício. Com gestos miúdos, persistência de formiga e fé colossal, construiu uma epopéia silenciosa que mudou a face do Brasil e o destino de milhões de pessoas. Sua vida teve a grandeza da de uma santa – e à sua obra pode-se dar o nome de milagre.

O extraordinário sucesso do programa criado por Zilda Arns, em conjunto com o arcebispo de Salvador, dom Geraldo Majella, é inversamente proporcional à complexidade de seus métodos. O trabalho da Pastoral da Criança, pelo qual ela recebeu uma indicação ao Prêmio Nobel, se baseia na adoção, por parte das mães, de medidas simples, mas que podem salvar a vida de seus filhos. A aplicação do soro caseiro (duas colheres de sopa de açúcar e uma de sal dissolvidas em 1 litro de água limpa) em crianças desidratadas e a ingestão da multimistura (farinha que aproveita folhas e grãos) para combater a desnutrição, por exemplo, são métodos de eficácia comprovada há muito tempo.

O mérito da Pastoral foi fazer com que chegasse a quem precisa. Para isso, o programa se vale do trabalho voluntário – que elimina a logística e os gastos envolvidos em pagamentos e outras burocracias – e de uma metodologia antiassistencialista, que ensina as mães a cuidar melhor do desenvolvimento dos filhos em vez de torná-las dependentes de uma organização que o faça. O baixo custo da ação é outro dado surpreendente.

O gasto mensal com cada criança da Pastoral é de apenas 1,70 real. A representante do Unicef no Brasil, Marie-Pierre Poirier, avalia: “O Brasil foi um dos países que tiveram maior redução na mortalidade infantil nos últimos vinte anos. O trabalho da Pastoral da Criança foi fundamental para tanto”.

Fundadora da Pastoral da Criança, a médica Zilda Arns dedicou a existência a minorar o sofrimento dos despossuídos e a evitar o desperdício da vida. Até o último minuto.

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Montagem sobre fotos de Rodolfo Buhrer e Yhony Belizaire/AFP

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Feliz Natal

Zilda Arns Post

Zilda Arns . PPT

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Formatação – Altair Castro

Música – Ernesto Cortazar

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