Molduras para montagem de convites para festas juninas.



Ocê tá convidado prá nossa grande festança de São João.


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Para ampliar é só clicar na foto.


OBS. As amostras de imagens não estão posicionadas de acordo com a miniatura proporcional à foto original, mas ao clicar e abrir a imagem original ela abrirá nas suas dimensões originais.


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Origem da Festa de São João.


São João Adormeceu no dia de sua

grandiosa festa …


72188357A história de São João, da maneira a qual é contada oralmente no interior do Brasil, é algo distinta daquela com que é conhecida nas cidades.

Muita gente crê que a fogueira e os fogos de São João deve-se à uma promessa feita pela prima de Maria, Isabel, que mesmo depois dos sessenta anos de idade ficou grávida de um fiho, que viria a ser João Batista. As duas primas moravam distantes, porém Isabel morava no alto de um espigão. Isabel prometeu à Maria que, tão logo desse a luz, acenderia uma grande fogueira e soltaria fogos de artifício; dessa maneira, Maria ficaria sabendo da boa nova. Maria não podia ir visitar a prima por ela também estar grávida e a caminhada era bastante dura.

A outra lenda sobre João Batista dizia que João, ainda menino, era um santo muito folgazão, daqueles que exalam alegria todo o tempo. E a coisa que ele mais gostava eram as festas.

No céu conta-se que todos os santos comemoravam seus aniversários com festas. Havia uma festa para cada um deles. E foi então João reclamar com Deus. Se todos os outros santos tinham suas festas, ele também queria uma para si. E Deus, na sua infinita bondade, prometeu-lhe uma. E disse-lhe Deus que sua festa seria a mais bonita. João ficou muito feliz com a nova, que saiu correndo pelo céu fazendo algazarras, contente da vida, chamando a atenção de todos os outros santos para si.

Ele, na sua euforia, espalhou para todos que pudessem ouvir que, finalmente teria sua festa, e que ela seria a mais bonita de todos os santos. João dizia a todo mundo que na sua festa faria uma fogueira muito grande, fogueira esta que seria vista pelo mundo todo, que ela seria tão grande que quase poria fogo no mundo. Na sua festa, dizia João, ele soltaria rojão, fogos de estrelinhas e teria além de rezas, muita bebida. A vontade de João era tanta que parecia embebedar-se de tanta felicidade. Ele afirmava que, de todos os santos, sua festa seria a mais bonita.

Desde então todos os santos, com medo de que João ponha fogo no mundo e comporte-se mal, o fazem dormir na véspera do seu aniversário, ano após ano; séculos após séculos. Assim, até hoje, as pessoas comemoram o dia de São João de maneira segura. Em alguns cantos do mundo há o costume das pessoas baterem nas casas, perguntando:”São João já passou por aqui”? E a resposta é sempre: “Ainda não”!

No céu quando João acorda sempre pergunta:

Hoje é o dia da minha festa”?

Então os outros santos respondem que não, ou que seu aniversário já passou; que ele dormiu e que a perdeu. Então, João começa novamente a fazer planos para sua próxima festa, garantindo que não irá perdê-la, de modo algum. Mas, sempre com medo do fogo, os outros santos farão com que João durma, fazendo-o perder sua festa mais uma vez. E isso se repete pela eternidade afora.

Desejo que todos continuem a festejar São João de modo seguro, com fogueira pequena, para não pôr fogo no mundo e que bebam só um pouquinho para se aquecerem do frio do inverno. Desse modo continuamos a festejá-lo em paz, com a graça de Deus.

E se alguém, mesmo em sonho, te perguntar se São João passou por aqui, diga-lhe que ele está dormindo! Não seremos nós os culpados se este João pôr fogo no mundo, não é verdade?

Escrevi este texto baseado em informações trocadas com a Tita (86), a Dadá (82), da Luciene Lima, crítica literária; e em menções dispersas trocadas nos sites que esporadicamente visito. Acredito que a humanidade está dormindo para as coisas simples. Uma metáfora pode fazê-los acordar. Há Joões aos montes nas ruas passando frio em noites de inverno, sem comida, sem horizontes, perdidos. Espero que  a humanidade possa ajudá-los antes que façam uma fogueira tão grande, que possa pôr em risco o mundo.

Se ainda houver tempo, é claro.

ACAS
Publicado no Recanto das Letras em 17/05/2011
Código do texto : 
T 2976662
Imagem : Tony Gifs Javas


FRANCISCO E CLARA

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São Pedro e São Paulo.


A liturgia do próximo domingo contempla a solenidade dos santos Pedro e Paulo

São Pedro e São Paulo


“A liturgia romana sempre reuniu os dois apóstolos Pedro e Paulo numa só solenidade, por considerá-los os fundadores da Igreja de Roma. Tendo os dois padecido o martírio na perseguição de Nero, a tradição os identificou também no dia de sua morte: 29 de junho. Pedro e Paulo são de fato os pilares da Igreja primitiva. Unidos, representam um símbolo visível, tão necessário no dia de hoje, da colegialidade do episcopado na Igreja”.

Desde o início, Pedro é representado nos Evangelhos como o primeiro dos apóstolos. Em todas as listas ou catálogos dos nomes dos apóstolos, Pedro figura sempre em primeiro lugar. E, nos momentos decisivos, em que a missão de Cristo envolve crise, é sempre São Pedro o porta-voz dos apóstolos, o primeiro a proclamar a fé da Igreja primitiva. Seu nome de família era Simão, filho de Jonas, mas Jesus, no primeiro encontro, mudou-lhe o nome para Pedro, pedra-rocha, e mais tarde dá a razão disso (Mt 16,13-20). Pedro era irmão de André, nascido em Betsaida, era pescador de profissão, casado e morava em Cafarnaum, quando Jesus o chamou ao apostolado. No Evangelho, ele aparece como homem de temperamento impulsivo, mas leal, expansivo, generoso e, sobretudo, muito apegado ao Mestre.

As Lágrmas de São Pedro – Guercino il (Giovanni Francesco Barbieri)

Jesus, aos poucos, o coloca em evidência entre os apóstolos, marcando-o como seu futuro vigário na Igreja. Em Cesaréia de Filipe, Jesus diz solenemente a Pedro: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Dar-te-ei as chaves do reino dos céus, e tudo o que ligares sobre a terra, será ligado também no céu, e tudo o que desligares na terra será desligado também no céu”. Nestas palavras Jesus anuncia, entre outras coisas, que Pedro é a rocha inabalável que serve de fundamento à Igreja, na mesma recebe o supremo poder, e a ele são entregues as chaves do Céu.

Depois da Ressurreição, na praia do lago de Genesaré, Jesus dirigiu-se novamente a Pedro, perguntando-lhe: “Simão, filho de Jonas, amas-me mais que estes?” Ele respondeu: “Sim, Senhor, sabeis que vos amo”. Jesus acrescentou: “Apascenta meus cordeiros”. Por três vezes Jesus fez esta pergunta e deu-lhe ordem de tomar conta de seu rebanho. Era a investidura oficial a Pedro de ser o Vigário de Cristo, Pastor Supremo no único rebanho do Mestre (Jo 21,1 5s).

Os primeiros dez capítulos dos Atos dos Apóstolos descrevem de modo especial a atuação marcante do apóstolo Pedro, que emerge como o grande líder, responsável pela comunidade cristã de Jerusalém. E ele que toma a iniciativa de integrar Matias ao Colégio dos Apóstolos, em lugar de Judas. E ele que faz o primeiro discurso no dia de Pentecostes, convertendo três mil pessoas. E ele que realiza o primeiro milagre, sarando o homem coxo. E ele que e preso como responsável pela nova religião que as autoridades judaicas queriam suprimir. Pedro naquela ocasião toma a defesa: “Temos que obedecer antes a Deus do que aos homens”. E Pedro que reprime a atitude falsa de Ananias e Safira. Pedro toma a iniciativa da eleição dos diáconos, para que atendam à administração material da comunidade cristã. E Pedro que oficialmente abre a porta da Igreja ao primeiro pagão, Cornélio e sua família, batizando-o em nome de Cristo. E Pedro que convoca o primeiro concílio dos apóstolos, tomando a palavra no conclave.

A tradição atesta que Pedro, saindo de Jerusalém, foi para Antioquia, dirigindo aquela Igreja por sete anos, depois rumou para Roma, onde ficou até a morte, que se deu aos 29 de junho de 67. Foi crucificado como o próprio Mestre, mas pediu que sua posição fosse de cabeça para baixo, como gesto de humildade. Há provas históricas irrefutáveis que seu corpo foi sepultado onde, atualmente, surge a maior igreja do mundo: a Basílica Vaticana.

Fonte:  Mundo Católico – Comentário à Liturgia Diária

Conversão de São Paulo

São Paulo

Paulo nasceu provavelmente nos primeiros anos da era cristã, em Tarso da Cilícia hoje ocupada pela Turquia. Embora judeu, a Paulo se atribui o título  de cidadão romano, talvez por privilégio anexo à cidade de Tarso. Usava um nome judeu, Saulo, e outro romano, Paulo, com o qual foi melhor conhecido. Aprendeu a língua grega que se falava em Tarso e a aramaica, usada na Palestina.

De Tarso foi para Jerusalém onde recebeu sólida formação nas Sagradas Escrituras e nos métodos da tradição dos rabinos. Ele se diz da tribo de Benjamim, pertencendo à seita fanática dos fariseus. Teve por mestre o célebre fariseu Gamaliel e tornou-se ele mesmo fervoroso e defensor da lei antiga e da tradição dos antepassados. Era fabricante de tendas.

Os Atos dos Apóstolos nos falam dele no fim do capítulo VII, por ocasião da morte do diácono Estevão, quando Paulo guardava as vestes dos que apedrejavam Estevão, concordando, portanto, com o crime. Depois do assassinato de Estevão, Paulo perseguiu com sanha os membros da comunidade cristã. Todo o capitulo IX dos Atos dos Apóstolos narra a milagrosa conversão de São Paulo. A caminho de Damasco, a para prender os cristãos, foi derrubado do cavalo e Jesus lhe falou: “Saulo, por que me persegues?” Conduzido cego à cidade de Damasco, Paulo foi levado para a casa do sacerdote Ananias que o preparou para o batismo. E uma narração empolgante, que prova a força de Cristo em dominar seu perseguidor. Depois do batismo, Paulo se dirigiu ao deserto da Arábia, onde ficou três anos, entregue à oração, penitência e onde o próprio Cristo se tornou seu preceptor.

De volta para Jerusalém, foi-lhe difícil achegar-se aos apóstolos que o temiam e não disfarçavam a desconfiança que lhes inspirava aquela conversão quase inacreditável. Apresentado aos apóstolos por ­Barnabé, iria assumir uma importantíssima missão no Cristianismo primitivo. A partir de Antioquia na Síria, inicialmente com Barnabé, Paulo realizou três grandes expedições missionárias que tiveram a duração de 25 anos.

Passou dois anos preso em Cesaréia, e de lá, por ter apelado ao ­tribunal de César, partiu para Roma, onde continuou preso, mas em relativa liberdade para receber os cristãos e dirigir sua palavra aos pagãos. Inocentado no processo que lhe armaram os judeus, viajou para a Espanha, visitou novamente suas comunidades no Oriente e, de volta a Roma, ano 67, foi preso sob o imperador Nero, condenado porque seguia uma religião ilegal. Foi morto por decapitação e não por crucificação, porque ele era cidadão romano.

Paulo, escrevendo aos Coríntios, deixou-nos um catálogo impressionante de seus trabalhos pela pregação do Evangelho: “Sofri muito pelos trabalhos, muito mais pelos cárceres, muitíssimo mais pelos açoites. Muitas vezes estive em perigo de morte; cinco vezes recebi dos judeus trinta e nove golpes de açoites. Três vezes fui batido com varas, fui apedrejado, três vezes naufraguei passando uma noite e um ido em alto-mar” (2Cor 11,20-26).

Famosa Pregação de São Paulo em Atenas – Grécia – O Deus Desconhecido

A descrição dos sofrimentos suportados por causa do Evangelho continua de forma comovente. O papel de Paulo na Igreja foi de transcendental relevo. Além de ter fundado as melhores comunidades cristãs no mundo helênico, que foram o esteio da expansão do Cristianismo na Ásia Menor, Paulo, em suas 14 cartas escritas às comunidades cristãs por ele fundadas, foi o grande teólogo que tentou elaborar uma síntese doutrinária do mistério de Cristo para todos os séculos de valor inestimável. Este gigante inatingível de apóstolo e santo dizia com humildade e fraqueza: “Pela graça de Deus, sou o que sou, mas a graça dele em mim não ficou estéril”.

[O SANTO DO DIA, Dom Servilio Conti, ©1997 Vozes]


FRANCISCO E CLARA

Solenidade São Pedro e São Paulo.


SÃO PEDRO E SÃO PAULO



Dia 29 de Junho a Igreja Católica do mundo inteiro celebra a santidade de vida de São Pedro e São Paulo. Estes santos são considerados “os cabeças dos apóstolos”, por terem sido os principais líderes da Igreja Cristã Primitiva, tanto por sua fé e pregação, como pelo ardor e zelo missionários.

Pedro, que tinha como primeiro nome Simão, era natural de Betsaida, irmão do Apóstolo André. Pescador, foi chamado pelo próprio Jesus e, deixando tudo, seguiu ao Mestre, estando presente nos momentos mais importantes da vida do Senhor, que lhe deu o nome de Pedro. Em princípio, fraco na fé, chegou a negar Jesus durante o processo que culminaria em Sua morte por crucifixão. O próprio Senhor o confirmou na fé após Sua ressurreição (da qual o apóstolo foi testemunha), tornando-o intrépido pregador do Evangelho através da descida do Espírito Santo de Deus, no Dia de Pentecostes, o que o tornou líder da primeira comunidade. Pregou no dia de Pentecostes e selou seu apostolado com o próprio sangue, pois foi martirizado em uma das perseguições aos cristãos, sendo crucificado de cabeça para baixo a seu próprio pedido, por não se julgar digno de morrer como Seu Senhor, Jesus Cristo.

Escreveu duas Epístolas e, provavelmente, foi a fonte de informações para que São Marcos escrevesse seu Evangelho.

Paulo, que tinha como nome antes da conversão Saulo ou Saul, era natural de Tarso. Recebeu educação esmerada “aos pés de Gamaliel”, um dos grandes mestres da Lei na época. Tornou-se fariseu zeloso, a ponto de perseguir e aprisionar os cristãos, sendo responsável pela morte de muitos deles.

Paulo não fazia parte do grupo dos doze, converteu-se à fé cristã no caminho de Damasco, quando o próprio Senhor Ressuscitado lhe apareceu e o chamou para o apostolado. Paulo não fechou seus ouvidos. Ouviu e entendeu as Palavras de Jesus deixou-se invadir pelo Espírito Santo e entregou-se de corpo e alma ao serviço da evangelização. Tornou-se um grande missionário e doutrinador, fundando muitas comunidades. De perseguidor passou a perseguido, sofreu muito pela fé e foi coroado com o martírio, sofrendo morte por decapitação.

Escreveu treze Epístolas e ficou conhecido como o “Apóstolo dos gentios”.


Solenidade São Pedro e São Paulo


A solenidade de São Pedro e de São Paulo é uma das mais antigas da Igreja, sendo anterior até mesmo à comemoração do Natal. Já no século IV havia a tradição de, neste dia, celebrar três missas: a primeira na basílica de São Pedro, no Vaticano; a segunda na basílica de São Paulo Fora dos Muros e a terceira nas catacumbas de São Sebastião, onde as relíquias dos apóstolos ficaram escondidas para fugir da profanação nos tempos difíceis.

Depois da Virgem Santíssima e de São João Batista, Pedro e Paulo são os santos que têm mais datas comemorativas no ano litúrgico. Além do tradicional 29 de Junho, há: 25 de Janeiro, quando celebramos a conversão de São Paulo; 22 de Fevereiro, quando temos a festa da cátedra de São Pedro; e 18 de Novembro, reservado à dedicação das basílicas de São Pedro e São Paulo.

Antigamente, julgava-se que o martírio dos dois apóstolos tinha ocorrido no mesmo dia e ano e que seria a data que hoje comemoramos. Porém o martírio de ambos deve ter ocorrido em ocasiões diferentes, com são Pedro, crucificado de cabeça para baixo, na colina Vaticana e são Paulo, decapitado, nas chamadas Três Fontes.

Mas não há certeza quanto ao dia, nem quanto ao ano desses martírios. A morte de Pedro poderia ter ocorrido em 64, ano em que milhares de cristãos foram sacrificados após o incêndio de Roma, enquanto a de Paulo, no ano 67. Mas com certeza o martírio deles aconteceu em Roma, durante a perseguição de Nero.

Há outras raízes ainda envolvendo a data. A festa seria a cristianização de um culto pagão a Remo e Rômulo, os mitológicos fundadores pagãos de Roma.

São Pedro e São Paulo não fundaram a cidade, mas são considerados os “Pais de Roma”. Embora não tenham sido os primeiros a pregar na capital do império, com seu sangue “fundaram” a Roma cristã. Os dois são considerados os pilares que sustentam a Igreja tanto por sua fé e pregação como pelo ardor e zelo missionários, sendo glorificados com a coroa do martírio, no final, como testemunhas do Mestre.

São Pedro é o apóstolo que Jesus Cristo escolheu e investiu da dignidade de ser o primeiro papa da Igreja. A ele Jesus disse: “Tu és Pedro e sobre esta pedra fundarei a minha Igreja”. São Pedro é o pastor do rebanho santo, é na sua pessoa e nos seus sucessores que temos o sinal visível da unidade e da comunhão na fé e na caridade.

São Paulo, que foi arrebatado para o colégio apostólico de Jesus Cristo na estrada de Damasco, como o instrumento eleito para levar o seu nome diante dos povos, é o maior missionário de todos os tempos, o advogado dos pagãos, o “Apóstolo dos Gentios”.

São Pedro e são Paulo, juntos, fizeram ressoar a mensagem do Evangelho no mundo inteiro e o farão para todo o sempre, porque assim quer o Mestre.

(conf. Catolicanet)



Hoje a Igreja Celebra São Pedro e São Paulo – Anápolis – 2013.

Letra e música: Vilmar Barcelos – Entrada –  Interprete: Coral da Ig. São Pedro e São Paulo



Mesmo Cântico – Completo – 2015

Hoje a Igreja Celebra São Pedro e São Paulo



Como Pedro e Paulo eu quero me entregar.

Letra e música: Leonardo Junior – Ofertório – Interprete: Geice Brito – 2015




João Batista, mais que um Profeta.

São João Batista

«Mais que um profeta».

http://www.diocesedesantoamaro.com.br/pasaojoaobatista.html

Advento na Casa Pontifícia – 2007-12-14

Na vez passada, partindo do texto de Hebreus 1, 1-3, tentei traçar a imagem de Jesus segundo uma comparação com os profetas. Mas entre o tempo dos profetas e o de Jesus existe uma figura especial que faz o papel de ponte entre os primeiros e o segundo: João Batista. Nada melhor, no Novo Testamento, para evidenciar a novidade de Cristo, que a comparação com João Batista.

O tema do cumprimento, da mudança histórica, emerge nítido dos textos nos quais o próprio Jesus se expressa sobre sua relação com o Precursor. Atualmente os estudiosos reconhecem que as passagens que se lêem ao respeito nos evangelhos não são invenções ou adaptações apologéticas da comunidade, posteriores à Páscoa, mas se remontam na substância ao Jesus histórico. Alguns deles são, de fato, inexplicáveis se são atribuídos à comunidade cristã posterior [1].

Uma reflexão sobre Jesus e João Batista é também a melhor forma de estar em sintonia com a liturgia do Advento. As leituras do Evangelho do segundo e do terceiro domingo do Advento têm, de fato, no centro a figura e a mensagem do Precursor. Há uma progressão no Advento: na primeira semana a voz sobressalente é a do profeta Isaías, que anuncia o Messias de longe; na segunda e terceira semana é a do Batista, que anuncia o Cristo presente; na última semana, o profeta e o Precursor deixam o lugar para a Mãe, que o leva em seu seio.

Nesta capela, temos o Precursor ante nossos olhos em dois momentos. No muro lateral, nós o vemos no ato de batizar Jesus, inclinado para ele em sinal de reconhecimento de sua superioridade; no muro do fundo, na atitude da Déesis típica da iconografia bizantina.



1. A grande mudança


Em texto mais completo no qual Jesus se expressa sobre sua relação com João Batista é a passagem do Evangelho que a liturgia nos fará ler no próximo domingo na Missa. João, desde a prisão, envia seus discípulos para perguntar a Jesus: «És tu aquele que há de vir ou devemos esperar outro?»

(Mt 11, 2-6; Lc 7, 19-23).

A pregação do Mestre de Nazaré, a quem ele mesmo havia batizado e apresentado a Israel, parece a João que vai em uma direção diferente da reluzente que ele esperava. Mais que o juízo eminente de Deus, Ele pregava a misericórdia presente, oferecida a todos, justos e pecadores.

O mais significativo de todo o texto é o elogio que Jesus faz a João Batista, após ter respondido à sua pergunta: «O que fostes ver, então? Um profeta? Sim, eu vos digo, e mais do que um profeta […]. Em verdade vos digo que, entre os nascidos de mulher, não surgiu nenhum maior do que João, o Batista, e, no entanto, o menor No Reino dos Céus é maior do que ele. Desde os dias de João Batista até agora, o Reino dos Céus sofre violência, e violentos se apoderam dele. Porque todos os profetas bem como a Lei profetizaram, até João. E, se quiserdes dar crédito, ele é o Elias que deve vir. Que tem ouvidos, ouça!»

(Mt 11, 9-15).

Uma coisa se vê clara destas palavras: entre a missão de João o Batista e a de Jesus ocorreu algo decisivo, que constitui uma divisória entre duas épocas. O centro de gravidade da história se deslocou: o mais importante já não está em um futuro mais ou menos iminente, mas está «aqui e agora», no reino que já está operante na pessoa de Cristo. Entre as duas pregações, suscitou um salto de qualidade: o menor da nova ordem é superior ao maior da ordem precedente.

Este tema do cumprimento e de mudança de época encontra confirmação em muitos outros contextos do Evangelho. Basta recordar algumas palavras de Jesus como: «Aqui há alguém maior que Jonas […]. Aqui há alguém maior que Salomão!» (Mt 12, 41-42). «Felizes os vossos olhos, porque vêem, e vossos ouvidos, porque ouvem! Em verdade vos digo que muitos profetas e justos desejaram ver o que vós vedes, mas não o viram, e ouvir o que vós ouvis, mas não o ouviram» (Mt 13, 16-17). Todas as chamadas «parábolas do Reino» – como a do tesouro escondido e a da pérola preciosa – expressam, de maneira cada vez diferente e nova, a mesma idéia de fundo: com Jesus soou a hora decisiva da história: ante Ele se impõe a decisão da qual depende a salvação.

Foi esta a constatação que impulsionou os discípulos de Bultmann a separar-se do mestre. Bultmann situava Jesus no judaísmo, fazendo d’Ele uma premissa do cristianismo, não um cristão ainda; contudo, ele atribuía a grande mudança à fé da comunidade pós-pascal. Bornkamm e Conzelmann perceberam a impossibilidade destas teses: «a mudança histórica» ocorre já na pregação de Jesus. João pertence às «premissas» e à preparação, mas com Jesus já estamos no tempo do cumprimento.
Em seu livro «Jesus de Nazaré», o Santo Padre confirma esta conquista da exegese mais séria e atualizada. Escreve: «Para que se chegasse a esse confronto radical, de ser concebido até este extremo – de ser entregue aos romanos –, deve ter acontecido, deve ter sido dito algo dramático. O estimulante e o grandioso encontram-se precisamente no princípio; a Igreja em formação só lentamente é que devia reconhecê-los em toda a sua grandeza, gradualmente compreendê-los por meio de uma reflexão que ia se constituindo numa interior ‘recordação’. (…) O grandioso, o novo e estimulante têm sua origem precisamente em Jesus; na fé e na vida da comunidade isso é desenvolvido, mas não criado. Sim, a ‘comunidade’ não teria de modo nenhum se formado nem sobrevivido se uma realidade extraordinária não a precedesse» [2].

Na teologia de Lucas, é evidente que Jesus ocupa «o centro do tempo». Com sua vinda, Ele dividiu a historia em duas partes, criando um «antes» e um «depois» absolutos. Hoje se está convertendo em prática comum, especialmente na imprensa leiga, abandonar o modo tradicional de datar os acontecimentos «antes de Cristo» ou «depois de Cristo» (ante Christum natum e post Christum natum) a favor da fórmula mais neutra «antes da era comum» e «da era comum». É uma opção motivada pelo desejo de não irritar a sensibilidade de povos de outras religiões que utilizam a cronologia cristã. Em tal sentido, é preciso que respeitá-la, mas para os cristãos permanece indiscutível o papel «discriminante» da vinda de Cristo para a história religiosa da humanidade.

2. Ele vos batizará no Espírito Santo

Agora, como sempre, partamos da certeza exegética e teológica evidenciada para chegar ao hoje de nossa vida.

A comparação entre João Batista e Jesus se cristaliza no Novo Testamento na comparação entre o batismo de água e o batismo do Espírito. «Eu vos batizei com água, mas Ele vos batizará com o Espírito Santo» (Mc 1, 8; Mt 3, 11; Lc 3, 16). «Eu não o conhecia – diz João Batista no Evangelho de João –, mas aquele que me enviou para batizar com água, disse-me: ‘Aquele sobre quem vires o Espírito descer e permanecer é o que batiza com o Espírito Santo’» (Jo 1, 33). E Pedro, na casa de Cornélio: «Lembrei-me, então, desta palavra do Senhor: ‘João, na verdade, batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo’»

(Atos 11, 16).

O que quer dizer que Jesus é aquele que batiza no Espírito Santo? A expressão não só serve para distinguir o batismo de Jesus do de João; serve para distinguir toda a pessoa e obra de Cristo com relação à do Precursor. Em outras palavras, em toda sua obra, Jesus é aquele que batiza no Espírito Santo. Batizar aqui tem um significado metafórico: quer dizer inundar, envolver por todas as partes, como faz a água com os corpos submersos nela.

Jesus «batiza no Espírito Santo» no sentido de que recebe e dá o Espírito «sem medida» (Jo 3, 34), «infunde» seu Espírito (Atos 2, 3) sobre toda a humanidade redimida. A expressão se refere mais ao acontecimento de Pentecostes que ao sacramento do batismo. «João batizou com água, mas vós sereis batizados no Espírito Santo dentro de poucos dias» (Atos 1, 5), diz Jesus aos apóstolos, referindo-se evidentemente a Pentecostes, que aconteceria em breve.

A expressão «batizar no Espírito» define, portanto, a obra essencial do Messias, que já nos profetas do Antigo Testamento aparece orientada a regenerar a humanidade mediante uma grande e universal efusão do Espírito de Deus (Jl 3, 1 ss.). Aplicando tudo isso à vida e ao tempo da Igreja, devemos concluir que Jesus ressuscitado não batiza no Espírito Santo unicamente no sacramento do batismo, mas, de maneira diferente, também em outros momentos: na Eucaristia, na escuta da Palavra e, em geral, em todos os meios de graça.

Santo Tomás de Aquino escreve: «Existe uma missão invisível do Espírito cada vez que se realiza um progresso na virtude ou um aumento de graça…; quando alguém passa a uma nova atividade ou a um novo estado de graça» [3]. A própria liturgia da Igreja o inculca. Todas suas orações e seus hinos ao Espírito Santo começam com o grito: «Vinde!»: «Vinde, Espírito Criador», «Vinde, Espírito Santo». Contudo, quem assim reza já recebeu o Espírito uma vez. Quer dizer que o Espírito é algo que recebemos e que devemos receber sempre de novo.


3. O batismo no Espírito


Neste contexto, é preciso aludir ao chamado «batismo no Espírito», que há um século converteu-se em experiência viva para milhões de crentes de quase todas as denominações cristãs. Trata-se de um rito feito de gestos de grande simplicidade, acompanhados de disposições de arrependimento e de fé na promessa de Cristo: «O Pai dará o Espírito Santo a quem pedir».
É uma renovação e uma reativação, não apenas do batismo e da confirmação, mas de todos os eventos de graça do próprio estado: ordenação sacerdotal, profissão religiosa, matrimônio. O interessado prepara-se para isso – além de fazê-lo com uma boa confissão – através de encontros de catequese nos quais se pões de novo em contato vivo e gozoso com as principais verdades e realidades da fé: o amor de Deus, o pecado, a salvação, a vida nova, a transformação em Cristo, os carismas, os frutos do Espírito Santo. Todo um clima caracterizado de profunda comunhão fraterna.

Às vezes, em contrapartida, ocorre espontaneamente, fora de todo esquema; é como se fosse «surpreendido» pelo Espírito. Um homem deu este testemunho: «Estava no avião lendo o último capítulo de um livro sobre o Espírito Santo. Em certo momento, foi como se o Espírito Santo saísse das páginas do livro e entrasse em meu corpo. Começaram a brotar lágrimas dos meus olhos. Comecei a orar. Estava vencido por uma força muito acima de mim» [4].

O efeito mais comum desta graça é que o Espírito Santo, de ser um objeto de fé intelectual, mais ou menos abstrato, converte-se em um fato de experiência. Karl Rahner escreveu: «Não podemos contestar que o homem tenha aqui [na terra. N. do T.]
experiências de graça que lhe dão uma sensação de libertação, abrem-lhe horizontes completamente novos, imprimem-se profundamente nele, transformam-no, moldando, até por longo tempo, sua atitude cristã mais íntima. Nada impede de chamar tais experiências de batismo do Espírito» [5].

Através do que se denomina, precisamente, «batismo do Espírito», tem-se experiência da unção do Espírito Santo na oração, de seu poder no ministério pastoral, de seu consolo na provação, de sua guia nas decisões. Antes ainda que na manifestação dos carismas, é assim como se lhe percebe: como Espírito que transforma interiormente, dá o gosto do louvor a Deus, abre a mente à compreensão das escrituras, ensina a proclamar Jesus como «Senhor» e dá o valor de assumir tarefas novas e difíceis, no serviço de Deus e do próximo.

Neste ano, celebra-se o quadragésimo aniversário do retiro a partir do qual começou, em 1967, a Renovação Carismática na Igreja Católica, que se estima que chegou em poucos anos a não menos que 80 milhões de católicos. Eis aqui como descrevia os efeitos do batismo do Espírito sobre si mesma e sobre o grupo uma das pessoas que estavam presentes naquele primeiro retiro:

«Nossa fé se tornou mais viva; nosso crer se converteu em uma espécie de conhecimento. De repente, o sobrenatural se tornou mais real que o natural. Em uma palavra, Jesus é um ser vivo para nós… A oração e os sacramentos chegaram a ser realmente nosso pão de cada dia, deixando de ser umas genéricas ‘práticas piedosas’. Um amor pelas Escrituras que nunca podia imaginar, uma transformação de nossas relações com os demais, uma necessidade e uma força de dar testemunho muito além de toda expectativa: tudo isso chegou a fazer parte de nossa vida. A experiência inicial do batismo do Espírito não nos proporcionou uma especial emoção externa, mas nossa vida encheu-se de serenidade, confiança, alegria e paz… Cantamos o Veni creator Spiritus antes de cada reunião, levando a sério o que dizíamos, e tudo isso nos situa em uma perfeita atmosfera ecumênica» [6].

Todos vemos com clareza que estas são precisamente as coisas de que a Igreja mais necessita hoje para anunciar o Evangelho a um mundo relutante diante da fé e do sobrenatural. Não é que estejam chamados a experimentar a graça de um novo Pentecostes desta forma. Mas todos estamos chamados a não permanecer fora desta «corrente de graça» que a Igreja do pós-Concílio atravessa. João XXIII falou, em seu tempo, de um «novo Pentecostes»; Paulo VI foi além e falou de um «perene Pentecostes», de um Pentecostes contínuo. Vale a pena voltar a ouvir as palavras que ele pronunciou em uma audiência geral:

«Perguntamo-nos mais de uma vez… qual é a necessidade, primeira e última, que advertimos para esta nossa bendita e amada Igreja. Temos de dizer quase tremendo e suplicando, já que, como sabeis, trata-se de seu mistério e de sua vida: o Espírito, o Espírito Santo, o animador e santificador da Igreja, sua respiração divina, o vento que sopra em suas velas, seu princípio unificador, sua fonte interior de luz e força, seu apoio e seu consolador, sua fonte de carismas e cantos, sua paz e sua alegria, sua prenda e prelúdio de vida bem-aventurada e eterna. A Igreja necessita de seu perene Pentecostes: necessita do fogo no coração, palavra nos lábios, profecia no olhar… A Igreja necessita recuperar o ímpeto, a satisfação, a certeza de sua verdade» [7].

O filósofo Heidegger concluía sua análise da sociedade com a voz de alarme: «Só um deus pode nos salvar». Este Deus que nos pode salvar, e que nos salvará, nós, cristãos, o conhecemos: é o Espírito Santo! Atualmente cresce a moda da aromaterapia. Consiste na utilização de óleos essenciais que emanam perfume para manter a saúde ou como terapia de alguns transtornos. A internet está cheia de propagandas de aromaterapia. Não se contenta prometendo com eles bem-estar físico como a cura do estresse; existem também «perfumes da alma», por exemplo, o perfume para obter «a paz interior».

Os médicos convidam a desconfiar desta prática, que não está cientificamente comprovada e, mais ainda, em alguns casos tem contradições. Mas o que quero dizer é que existe uma aromaterapia segura, infalível, que não tem contra-indicações: a que está feita como o aroma especial, com o «sagrado crisma da alma», que é o Espírito Santo! Santo Inácio de Antioquia escreveu: «O Senhor recebeu sobre sua cabeça uma unção perfumada (myron) para exalar sobre a Igreja a incorruptibilidade» [8].

O Espírito Santo é especialista sobretudo nas doenças do matrimônio e da família, que são os grandes enfermos de hoje. O casamento consiste em doar-se um ao outro, é o sacramento de fazer-se doação. O Espírito Santo é o dom feito pessoa; é a doação do Pai ao Filho e do Filho ao Pai. Onde Ele chega, renasce a capacidade de tornar-se dom, e com ela a alegria e a beleza dos esposos de viverem juntos. O amor de Deus que Ele «derrama em nossos corações» reaviva toda expressão de amor, e em primeiro lugar o amor conjugal. O Espírito Santo pode fazer verdadeiramente da família «a principal agência de paz», como a define o Santo Padre na Mensagem para o próximo Dia Mundial da Paz.

São numerosos os exemplos de casamentos mortos que ressuscitaram a uma vida nova pela ação do Espírito. Recolhi justamente nestes dias o comovedor testemunho de um casal que tenho intenção de dar a conhecer em meu programa de televisão sobre o Evangelho pela festa do Batismo de Jesus…

O Espírito reaviva, naturalmente, também a vida dos consagrados, que consiste em tornar a própria vida um dom e uma oblação «de suave aroma» a Deus pelos irmãos (Ef 5,2).


4. A nova profecia de João Batista


Voltando a João Batista, ele pode nos iluminar sobre como levar a cabo nossa tarefa profética no mundo de hoje. Jesus define João Batista como «mais que um profeta», mas onde está a profecia em seu caso? Os profetas anunciavam uma salvação futura; mas o Precursor não é alguém que anuncia uma salvação futura; ele indica alguém que está presente. Então, em que sentido pode-se chamar profeta? Isaías, Jeremias, Ezequiel ajudavam o povo a superar a barreira do tempo; João Batista ajuda o povo a superar a barreira, ainda mais grossa, das aparências contrárias, do escândalo, da banalidade e da pobreza com que a hora fatídica se manifesta.

É fácil crer em algo grandioso, divino, quando se estabelece em um futuro indefinido: «naqueles dias», «nos últimos dias», em um contexto cósmico, com os céus destilando doçura e a terra abrindo-se para que germine o Salvador. É mais difícil quando se deve dizer: «Está aqui! É Ele!»

Com as palavras: «Em meio de vós há alguém a quem não conheceis!» (Jo 1, 26), João Batista inaugurou a nova profecia, a do tempo da Igreja, que não consiste em anunciar uma salvação futura ou distante, mas em revelar a presença escondida de Cristo no mundo. Em arrancar o véu dos olhos das pessoas, sacudir a indiferença, repetindo com Isaías: «Existe algo novo: já está a caminho; não o reconheceis?» (Is 43, 19).

É verdade que se passaram 20 séculos e que sabemos, sobre Jesus, muito mais que João. Mas o escândalo não desapareceu. Em tempos de João, o escândalo derivava do corpo físico de Jesus, de sua carne tão similar à nossa, exceto no pecado. Também hoje é seu corpo, sua carne, a que cria dificuldades e escandaliza: seu corpo místico, tão parecido com o restante da humanidade, sem excluir , lamentavelmente, nem sequer o pecado.

«O testemunho de Jesus – lê-se no Apocalipse – é o espírito de profecia» (Ap 19-10), isto é, para dar testemunho de Jesus, requer-se espírito de profecia. Existe este espírito de profecia na Igreja? Cultiva-se? Alimenta-se? Ou se crê, tacitamente, que se pode prescindir dele, apontando mais para meios e recursos humanos?

João Batista nos ensina que para ser profetas não se necessita de uma grande doutrina ou eloqüência. Ele não é um grande teólogo, tem uma cristologia bastante pobre e rudimentar. Não conhece ainda os títulos mais elevados de Jesus: Filho de Deus, Verbo, nem sequer o de Filho do homem. Mas como consegue fazer ouvir a grandeza e unicidade de Cristo! Usa imagens simples, de um camponês: «Não sou digno de amarrar as suas sandálias». O mundo e a humanidade aparecem, por suas palavras, dentro de uma peneira que Ele, o Messias, sustenta e agita com suas mãos. Perante Ele se decide quem permanece e quem cai, quem é grão bom e quem é palha que o vento leva.

Em 1992, celebrou-se um retiro sacerdotal em Monterrey, México, por ocasião dos 500 anos da primeira evangelização da América Latina. Estavam presentes 1.700 sacerdotes e cerca de 60 bispos. Durante a homilia da Missa conclusiva, falei da necessidade urgente que a Igreja tem de profecia. Depois da comunhão, orou-se por um novo Pentecostes em pequenos grupos distribuídos pela grande basílica. Eu tinha ficado no presbitério. Em certo momento, um jovem sacerdote aproximou-se em silêncio, ajoelhou-se e, com um olhar que jamais esquecerei, disse: «Abençoe-me, padre; quero ser profeta de Deus!». Eu estremeci, porque via que evidentemente a graça o movia.

Com humildade, poderíamos fazer nosso o desejo daquele sacerdote: «Quero ser um profeta para Deus». Pequeno, desconhecido de todos, não importa; mas alguém que, como dizia Paulo VI, tenha «fogo no coração, palavra nos lábios, profecia no olhar».

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[1] Cf. J. D.G. Dunn, Christianity in the Making, I. Jesus remembered, Grand Rapids. Mich. 2003, parte III, cap. 12, trad. ital. Gli albori del Cristianesimo, I, 2, Paideia, Brescia 2006, pp. 485-496.
[2] Bento XVI, Jesus de Nazaré, Planeta 2007, p. 275.
[3] S. Tommaso d’Aquino, Somma teologica, I,q.43, a. 6, ad 2.; cf. F. Sullivan, in Dict.Spir. 12, 1045.
[4] En “New Covenant”(Ann Arbor, Michigan), junio 1984, p.12.
[5] K. Rahner, Erfahrung des Geistes. Meditation auf Pfingsten, Herder, Friburgo i. Br. 1977.
[6] Testemunho de P. Gallagher Mansfield, As by a New Pentecost, Steubenville 1992, pp. 25 s.
[7] Discurso na audiência geral del 29 de novembro de 1972 (Insegnamenti di Paolo VI, Tipografia Poliglotta Vaticana, X, pp. 1210s.).
[8] S. Ignazio d’Antiochia, Agli Efesini 17.

Tradução: Élison Santos/Alexandre Ribeiro. Revisão: Aline Banchieri.



FRANCISCO E CLARA NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

Hoje é dia de São João.



Chegou a hora da fogueira

É noite de São João

O céu fica todo iluminado
Fica o céu todo estrelado
Pintadinho de balão




Em 24/06 comemoramos o dia de São João Batista, aquele que preparou os caminhos de Jesus pregando o arrependimento dos pecados e a conversão de todos aqueles que andavam dispersos e esquecidos de Deus.

Poderíamos lhe render uma grande homenagem, porque segundo as palavras de Jesus dentre todos os filhos nascidos de mulher seria ele o maior no reino dos céus, mas pelo que sabemos este mesmo João é o exemplo de servo mais humilde que poderíamos mencionar, mesmo sendo tão humilde ele jamais teve medo, mesmo do homem mais poderoso, que ousou afrontar devido ao seu enorme pecado contra Deus, fato que lhe custou a vida mais tarde.


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O anjo declarou que ele, mesmo antes de seu nascimento já estaria repleto do Espírito de Deus, porque foi o escolhido para preparar os caminhos de Jesus.  Ele pregava e anunciava a conversão dos pecados, mas era incompreendido, menosprezado, perseguido e caluniado, não ouviam a sua mensagem só porque vestia-se de uma forma penitente e o julgavam como um mendingo, maluco e um incômodo para a sociedade.   Mesmo sendo uma voz que clamava no deserto, não sendo ouvido pela grande maioria, conseguiu reunir um número de discípulos que o seguiam e compreendiam que ele apenas preparava os caminhos do Messias que deveria vir em breve, ao chegar Ele já encontraria muitos corações preparados para recebê-lo.

Assim que João Batista viu Jesus pela primeira vez, ele sentiu em seu coraçãoque era Ele o Cristo, esta certeza foi confirmada por Deus quando Jesus foi Batizado nas águas do Rio Jordão e o céu se abriu dizendo:  “Eis o meu Filho muito Amado, em que ponho toda a minha afeição”…  A primeira atitude de João foi indicar a seus discípulos mais próximos o caminho que era Jesus, dizendo-lhes: é este, Jesus o Cristo, aquele que deveria vir ao mundo, siga-o porque Ele vos concederá o Dom do Espírito Santo e vos Batizará no fogo do seu poder.

João Batista saia de cena discretamente deixando seu lugar para Jesus, sem o menor sentimento de posse.     Disse a seus Discípulos, convém que Ele cresça e que eu diminua cada vez mais…   Esta missão de João, também é a nossa missão, fazer com que Jesus apareça e não que eu seja aquele que receba todo o crédito pela obra que na verdade pertence somente a Ele.


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Neste mundo somos apenas como uma placa que aponta o caminho certo que é Jesus, quando insistimos em sermos nós o caminho que leva diretamente até Deus, sempre acabamos chegando no objetivo errado, portanto João Batista é o nosso melhor exemplo de servo que executa apenas a sua parte em uma missão que muitos outros também terão o seu papel que é tão importante como o nosso ou o de outros que também fizeram a sua parte em sua época.

João teve o dia de indicar o Senhor, hoje chegou a nossa véz de também executarmos este papel de indicadores de Cristo, para que o mundo o conheça e o siga até a Salvação eterna.



Festa dos Santos Pedro e Paulo.

Jesus pensou e quis uma só Igreja, não uma multipliciade de Igrejas independentes ou, pior, em luta umas contra as outras. «Minha», além de singular, é também um adjetivo possessivo. Jesus reconhece portanto a Igreja como «SUA»; disse «a minha Igreja» como um homem diria: «a minha esposa», ou «o meu corpo». Identifica-se com ela, não se envergonha dela.

Pregador do Papa: Festa dos Santos Pedro e Paulo.

Meditação do padre Raniero Cantalamessa

ROMA, sexta-feira, 27 de junho de 2008 (ZENIT.org).- Publicamos o comentário do Pe. Raniero Cantalamessa, OFM Cap., pregador da Casa Pontifícia, sobre a liturgia do próximo domingo.

* * *

29 de Junho: Festa dos Santos Pedro e Paulo

Atos 12, 1-11; 2 Timóteo 4, 6-8.17-18; Mateus 16, 13-19

Tu És Pedro !

O Evangelho de hoje é o Evangelho da entrega das chaves a Pedro. Sobre isso, a tradição católica sempre foi baseada em fundar a autoridade do Papa sobre toda a Igreja. Alguém poderia dizer: mas o que tem a ver o Papa com tudo isto? Eis a resposta da teologia católica. Se Pedro deve funcionar como «fundamento» e «rocha» da Igreja, continuando a existir a Igreja deve continuar a existir também o fundamento. É impensável que as prerrogativas quase solenes («a ti darei as chaves do reino dos céus») se referissem somente aos primeiros vinte ou trinta anos da vida da Igreja e que elas seriam cessadas com a morte do apóstolo. O papel de Pedro se prolonga portanto em seus sucessores.

Por todo o primeiro milênio, este ofício de Pedro foi reconhecido universalmente por todas as Igrejas, ainda que interpretado de forma diversa no Oriente e no Ocidente. Os problemas e as divisões nasceram com o milênio há pouco terminado. E hoje também nós, católicos, admitimos que não são nascidos todos por culpa dos outros, dos considerados «cismáticos»: antes os orientais, depois os protestantes. A primazia instituída por Cristo, como todas as coisas humanas, foi exercitada ora bem ora menos bem. Ao poder espiritual se mesclou, pouco a pouco, um poder político e terreno, e com isso os abusos. O próprio Papa João Paulo II, na carta sobre o ecumenismo, Ut unum sint, indicou a possibilidade de rever as formas concretas com as quais é exercida a primazia do Papa, de modo a tornar novamente possível em torno a isso a concórdia de todas as Igrejas. Como católicos, não podemos não desejar que se prossiga com sempre maior coragem e humildade sobre esta estrada da conversão e da reconciliação, de modo a incrementar a colegialidade desejada pelo Concílio.

Aquilo que não podemos desejar é que o próprio ministério de Pedro, como sinal e fator da unidade da Igreja, seja menor. Seria uma forma de nos privar de um dos dons mais preciosos que Cristo deu à sua Igreja, além de contradizer sua vontade precisa. Pensar que basta à Igreja ter a Bíblia e o Espírito Santo com o qual interpretá-la, para poder viver e difundir o Evangelho, é como dizer que bastaria aos fundadores dos Estados Unidos escrever a constituição americana e mostrar em si mesmos o espírito com o qual devia ser interpretada, sem prever algum governo para o país. Existiria ainda os Estados Unidos?

Uma coisa que podemos fazer já e todos para aplainar a estrada para a reconciliação entre as Igrejas é começar a reconciliar-nos com anossa Igreja. «Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja»: Jesus disse a «minha» Igreja, no singular, não as «minhas» Igrejas. Ele pensou e quis uma só Igreja, não uma multipliciade de Igrejas independentes ou, pior, em luta umas contra as outras. «Minha», além de singular, é também um adjetivo possessivo. Jesus reconhece portanto a Igreja como «sua»; disse «a minha Igreja» como um homem diria: «a minha esposa», ou «o meu corpo». Identifica-se com ela, não se envergonha dela. Sobre os lábios de Jesus a palavra «Igreja» não tem nenhum daqueles significados negativos que acrescentamos.

Isto é, naquela expressão de Cristo, um forte chamado a todos os crentes a reconciliarem-se com a Igreja. Renegar a Igreja é como renegar a própria mãe. «Não pode ter Deus por pai – dizia São Cipriano – quem não tem a Igreja por mãe». Seria um belo fruto da festa dos santos apóstolos Pedro e Paulo se começássemos a dizer também nós, da Igreja Católica à qual pertencemos: «aminhaIgreja!»

[Traduzido do italiano por José Caetano]

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A reprodução dos serviços de Zenit requer a permissão expressa do editor


ZP08062709 – 27-06-2008 

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FRANCISCO E CLARA