Sábios Conselhos Sobre a Montfort.

Visão cristã.

Site Montfort…

Não é tão católico quanto gostaria de ser!

Caros Visitantes, várias pessoas têm perguntado sobre as idéias e opiniões do site Montfort. Trata-se de um site católico, de pessoas que, penso, sejam sinceras.

No entanto, as idéias expressas nesse site não são expressão do sentir da Igreja. Há nele alguns graves problemas teológicos, que podem levar a uma deturpação da fé católica e chegar mesmo a uma ruptura com a Igreja.

Eis alguns pontos, entre outros:

1. Uma triste confusão entre Tradição e tradicionalismo, que termina por motivar um apego a formas e expressões do catolicismo que não são normativas nem obrigatórias nos dias atuais.

2. Alguns documentos do Magistério da Igreja são lidos de modo fundamentalista, fora do contexto histórico que lhes deram origem. O resultado é uma teologia torta, fechada e que em muito pouco exprime a genuína fé católica.

3. Há uma clara tendência de desvalorizar e menosprezar o Concílio Vaticano II. Isto é absolutamente inadmissível! O Concílio tem tanta autoridade quanto os concílios anteriores. Não se pode responder aos exageros “progressistas” da interpretação conciliar com os exageros “tradicionalistas” e integristas! Não se deve ser mais papista que o Papa! Um bom católico estará sempre em sincera comunhão com o Papa – e os papas Beato João XXIII, Servo de Deus Paulo VI, Servo de Deus João Paulo I, Servo de Deus João Paulo II Magno e Bento XVI sempre defenderam o Vaticano II na sua integridade e procuram coibir os excessos que possam existir na interpretação do Concílio. Combater o Vaticano II é colocar-se em choque com o Magistério papal e com o Colégio Episcopal, que são assistidos pelo Espírito Santo. Eis aqui um perigoso caminho que peca por presunção de ter mais discernimento que os legítimos pastores da Igreja, a quem o prometeu sua assistência! Toda vez que isso aconteceu, terminou-se numa triste heresia e em doloroso cisma…

4. Há um endeusamento da Missa de São Pio V que é errado, fora de contexto e trai a grande tradição litúrgica da Igreja. A Igreja tem, teve e terá sempre o direito e o dever de modificar seus ritos, de acordo com as circunstâncias e o discernimento da legítima autoridade apostólica, desde que não fira a essência mesma da estrutura sacramental. Nunca passou pela cabeça do Papa São Pio V que o missal por ele aprovado fosse eterno, perpétuo e irretocável! Isso é totalmente descabido e contrário à grande Tradição da Igreja! Nem os ritos primitivos, praticados pelos Apóstolos, tiveram essa pretensão de irretocabilidade! Essa idéia vem deu ma leitura que peca gravemente no seu método hermenêutico… Aqui acontece o que acontece com os protestantes fundamentalistas quando lêem a Bíblia! É verdade que tem havido graves distorções na liturgia no Brasil e no mundo, mas não se corrige tais problemas com soluções erradas e artificiais. Notem os meus leitores que o Papa Bento XVI é um amigo da Missa de São Pio V, mas não cai nos exageros dos tradicionalistas nem em desautoriza em nada o Concílio Vaticano II e o Missal de Paulo VI, tão legítimo quanto o trindentino.

Não duvido da boa fé desse irmãos do site Montfort e admiro seu desejo de transmitir a fé católica, mas lamento muito que confundam a fé da Igreja com uma determinada mentalidade, estreitando o frescor do Evangelho e desconhecendo que a Igreja é o Povo de Deus reunido como Corpo de Cristo e feito Templo do Espírito Santo peregrinando na história “entre as perseguições do mundo e as consolações de Deus” até a Pátria eterna. Não se pode confundir a sensibilidade da Igreja em determinada época com a sensibilidade que deve perdurar para sempre…

Sugiro, portanto, aos meus caros Visitantes, muita prudência ao visitar o referido site, sabendo que estão entrando em contato com opiniões de um grupo que não está em plena sintonia com o sentimento da Igreja e de seus pastores, correndo, assim, o risco de afastarem-se da plena comunhão com a Igreja… O que ali houver de bom, aproveitem; o que tiver gosto de um tradicionalismo que se afasta do sentir do Papa e do Colégio Episcopal, evitem e não sigam…

Escrito por Pe. Henrique às 19/04/2007 – 21h51

http://costa_hs.blog.uol.com.br/arch2007-04-15_2007-04-21.html

Ps. Estes conselhos resultaram em Criticas da Montfort, que resultaram em mais conselhos para nós.

Visão cristã

Apareceu no site Montfort uma forte reação ao que escrevi sobre o referido site e a respeito da Missa de São Pio V como ele apresenta e defende (procure aqui o meu texto)… Não o transcreverei aqui e não indicarei o local do artigo, pois penso, sinceramente, que não vale a pena. Somente, a quem interessar possa, digo quanto segue, como sacerdote católico que deseja estar em plena, sincera e filial comunhão com a Igreja e seus legítimos pastores:

1. Reitero tudo quanto afirmei. O site Montfort desautoriza o Papa Paulo VI e seus sucessores e, assim, põe-se em rota de colisão com a Igreja. A fidelidade à Igreja católica não é a uma Igreja idealizada, mas à Igreja de hoje, com seus pastores e seus desafios!

2. Apesar de desejar ser sinceramente católico, esse site tem feito mal a muita gente que, sem critérios suficientes, termina caindo numa visão estreita do que é o cristianismo, a Igreja e a liturgia católica, com a boa fé e o triste engano de ser fiel à Tradição. A Tradição aí é confundida com imobilismo e rigidez… É esta miopia no modo de compreendê-la que chamo de tradicionalismo. O cristianismo é tradicional, não tradicionalista ou reacionário!

3. De modo gravíssimo, o pessoal do site Montfort desautoriza e tenta esvaziar o Concílio Vaticano II. É o mesmo erro dos que tentam esvaziar o Concílio de Trento e o Concílio Vaticano I. Todo católico deve ter o Vaticano II em tanta estima e considerção quanto qualquer outro concílio ecumênico. Com os mesmos argumentos tortos do pessoal do Montfort, há aqueles que desejam reduzir os concílios pós 1054 a concílios gerais do Ocidente. Exagero vai, exagero vem – e quem periclita é a fé católica e a unidade da Igreja!

4. O site Montfort adota uma visão meio paranóica, vendo conspiração maçônica e modernista em toda parte! O modernismo foi um erro combatido a seu tempo. Ainda hoje influencia certa teologia. Mas, não tem o menor sentido viver numa cruzada paranoicamente anti-modernista! Acusam de modernismo grandes teólogos do século XX, como Henri de Lubac e Yves Congar e denigrem a memória do grande teólogo Hans Urs von Balthasar! Todos esses teólogos eminentes e santos, apesar de serem somente padres, foram feitos cardeais por João Paulo II Magno e são queridíssimos de Bento XVI. Quanto a de Lubac, Ratzinger o considera um de seus mestres! Será que João Paulo II e Bento XVI são hereges modernistas? Ou será que são ignorantes tolos, que nem percebem o perigo desses teólogos? O site Montfort e outros sites tradicionalistas alardeam fidelidade ao Papa e depois minam-lhe a autoridade; citam o que interessa dos livros de Ratzinger, mas ignoram solenemente que o mestre teológico de Ratzinger é de Lubac! O Papa, para eles, serve somente no que lhes convém! É o mesmo raciocínio do pessoal da Teologia da Libertação! Os extremos se tocam…

5. O articulista do site Montfort foi injusto e desleal para comigo ao afirmar que defendo a ressurreição imediatamente após a morte. Não é verdade! Sempre critiquei duramente tal impostação! A ressurreição é um processo que se inicia logo após a morte, com a glorificação da alma, e terá sua consumação com a ressurreição corporal, no final dos tempos. É isso que ensino; é isso que a Igreja crê e a Congregação para a Doutrina da Fé reafirmou há alguns anos. E só isso. Não se deveria impugnar um sacerdote por ” eu ouvi dizer que” e por suposições infndadas… Seria bom fazer um exame de consciência! No entanto, sei que o meu modo de fazer teologia não agradaria ao pessoal do Montfort. Sou de outra escola e sou plenamente católico, sem restrições a papas ou concílios. Até me criticam por chamar de “Magno” a João Paulo II, afirmando que a Igreja não lhe deu esse título. A verdade, é que não aceitam realmente o Papa João Paulo…  Quanto ao título “magno”, não é a Igreja quem o dá, mas a própria história pela boca das gerações. “Magno” não é título religioso! Por isso, Alexandre Magno, Pompeu Magno, Constantino Magno, Carlos Magno… Posso chamar João Paulo II de Magno (Grande), sim! Posso e devo, porque ele o foi: homem da Tradição, consciente do presente e aberto ao futuro! Nunca foi um tradicionalista enferrujado, peneumatômaco (= assassino do Espírito)! Assim, “Magno”, o chamou o Cardeal Sodano na homilia da Missa do dia seguinte à sua piedosa morte (“João Paulo, o Grande”); assim o chamou Bento XVI na sua primeira palavra após a eleição: “Depois do Grande Papa João Paulo II”; assim muitos o chamam na Europa… Estou bem acompanhado, portanto!

Escrito por Pe. Henrique 23/06/2007 – às 13h07

O site Montfort: doce veneno – II

6. Quanto à discussão sobre o poligenismo ou monogenismo, é questão absolutamente aberta (não adianta citar erroneamente a Humani Generis de Pio XII, que não se pronunciou de modo infalível). Qualquer teólogo católico dirá isso. Nenhum católico é obrigado a pensar que a humanidade veio de um só casal. Eu defendo claramente o poligenismo, mas respeito quem pensa diversamente, pois não é assunto fechado. O problema do pessoal do Montfort é que também não aceita outra leitura da Escritura a não ser a que despreza o estudo dos gêneros literários (recomendado vivamente deste o tempo de Pio XII!)… É triste quando a fé tem que enterrar a cabeça para não ver a realidade e já não leva a sério as descobertas sérias da ciência! Que ironia: o pessoal do Montfort, que tem tanta raiva dos protestantes, nisso, é igualzinho aos protestantes fundamentalistas pentecostais dos EUA, que desejam proibir que se ensine a evolução nas escolas!

7. O problema do pessoal do Montfort é muita vontade de conhecer a teologia católica, mas sem os pressupostos teológicos necessários. Por falta de uma  criteriologia no que diz respeito aos instrumentos hermenêuticos da ciência teológica, cai-se, então num fundamentalismo de dar pena – e me dá mesmo, sinceramente, porque esse pessoal, com seu zelo, poderia fazer um bem imenso à Igreja. Por outro lado, é doença intelectual mesmo dizer “odeio tudo que é moderno”. E é contraditório, pois se escreve isso com o teclado de um moderno computador, usando a internet, o meio mais moderno de comunicação! Pensem na esquizofrenia!

8. Não pretendo polemizar, mas repito: cuidado com o site Montfort, pois está se afastando do sentir com a Igreja… É o caminho que leva à heresia e ao cisma. É bom evitá-lo! Queira Deus que os jovens não se deixem levar por essas idéias obsessivas… É uma pena, porque a absolutização da própria Missa de São Pio V (em si, bela e legítima, mas chamada erroneamante de “Missa de Sempre” devido a um endeusamento, uma absolutização imprópria da liturgia de uma época determinada) terminará por fazer com que muitos Bispos neguem a permissão para celebrá-la, já que começa a se tornar uma bandeira do tradicionalismo (no sentido negativo mesmo) e do integrismo! Eu mesmo, que nada tenho contra esse belo rito, jamais o celebraria por quem me pedisse com essa mentalidade integrista; penso que nenhum Bispo de responsabilidade e senso eclesial fá-lo-ia!

Que pena! Repito: cuidado com o site Montfort: está fazendo mal; parece doce católico, mas é veneno! Descobri que aquele articulista lá não é tão sincero e honesto intelctualmente como eu pensava. Na verdade, é um bom sofista que adora arengar feito galo de briga, vendo heresia e perigo por todo lado! E só!

Escrito por Pe. Henrique às 23/06/2007 – 13h06

Senhor, Abençoe a Unidade !

Palavra do papa sobre a plena

comunhão oferecida aos

Bispos da FSSPX

no ultimo dia 28/01/2009

.

Papa Bento XVI em oração pela Comunhão Plena

Papa Bento XVI em oração pela Comunhão Plena

Escritura e tradição

são fundamento da fé

Papa Bento XVI

O segundo Comunicado:

Na homilia pronunciada por ocasião da solene inauguração de meu pontificado, eu dizia que é «explícito» dever do pastor «o chamado à unidade», e comentando as palavras evangélicas relativas à pesca milagrosa, eu disse: «ainda que havia tantos peixes, a rede não se rompeu», e prossegui após estas palavras evangélicas: «Ai de mim, amado Senhor, esta – a rede – agora está arrebentada, queríamos dizer com dor». E continuei: «Mas não – não devemos estar tristes! Alegremo-nos por vossa promessa que não decepciona e façamos todo o possível para percorrer o caminho rumo à unidade que vós prometestes… Não permitais, Senhor, que vossa rede se rompa e ajudai-nos a ser servidores da unidade». Precisamente em cumprimento deste serviço à unidade, que qualifica de modo específico meu ministério de Sucessor de Pedro, decidi há dias conceder a remissão da excomunhão em que haviam incorrido os quatro bispos ordenados em 1988 por Dom Lefebvre sem mandato pontifício. Cumpri este ato de misericórdia paterna, porque repetidamente estes prelados me manifestaram seu vivo sofrimento pela situação na qual se encontravam. Auguro que a este gesto meu siga o solícito empenho por sua parte de levar a cabo ulteriores passos necessários para chegar à plena comunhão com a Igreja, dando testemunho assim de fidelidade verdadeira e verdadeiro reconhecimento do magistério e da autoridade do Papa e do Concílio Vaticano II.

ZP09012807 – 28-01-2009
Permalink: http://zenit.org/article-20665?l=portuguese

Catequese na audiência geral da quarta-feira

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 28 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- Publicamos a seguir o texto da catequese pronunciada nesta quarta-feira por Bento XVI por ocasião da audiência geral, com os peregrinos congregados na Sala Paulo VI.

Este é o mesmo texto com alguns pontos cruciais que deveriam ser analisados um a um em separado, porque em poucas palavras o Papa fala um sermão de quase um més e que ainda continuará a ressoar por muitos dias.

O segundo Comunicado:

Na homilia pronunciada por ocasião da solene inauguração de meu pontificado, eu dizia que é «explícito» dever do pastor «o chamado à unidade», e comentando as palavras evangélicas relativas à pesca milagrosa, eu disse: «ainda que havia tantos peixes, a rede não se rompeu», e prossegui após estas palavras evangélicas: «Ai de mim, amado Senhor, esta – a rede – agora está arrebentada, queríamos dizer com dor». E continuei: «Mas não – não devemos estar tristes! Alegremo-nos por vossa promessa que não decepciona e façamos todo o possível para percorrer o caminho rumo à unidade que vós prometestes… Não permitais, Senhor, que vossa rede se rompa e ajudai-nos a ser servidores da unidade». Precisamente em cumprimento deste serviço à unidade, que qualifica de modo específico meu ministério de Sucessor de Pedro, decidi há dias conceder a remissão da excomunhão em que haviam incorrido os quatro bispos ordenados em 1988 por Dom Lefebvre sem mandato pontifício. Cumpri este ato de misericórdia paterna, porque repetidamente estes prelados me manifestaram seu vivo sofrimento pela situação na qual se encontravam. Auguro que a este gesto meu siga o solícito empenho por sua parte de levar a cabo ulteriores passos necessários para chegar à plena comunhão com a Igreja, dando testemunho assim de fidelidade verdadeira e verdadeiro reconhecimento do magistério e da autoridade do Papa e do Concílio Vaticano II.

Observem o Valor de Cada palavra.

Unidade

Rêde Arrebentada

Promessa que não decepciona

Caminho rumo à unidade

Meu ministério

Remissão da excomunhão

Ato de misericórdia paterna

Vivo sofrimento

Se encontravam

Ulteriores passos

Plena comunhão

Fidelidade verdadeira

Verdadeiro reconhecimento do Magistério

Autoridade do Papa

Autoridade do Concílio Vaticano II.

Não vou falar muito sobre este tema já que eu creio que as palavras do Papa falam por si mesmas muito mais do que eu poderia dizer, só gostaria de salientar que nosso Papa “Bento XVI” é com toda a autoridade o responsável por este rebanho que Cristo lhe confiou, de forma que Ele usou de sua misericórdia Paterna e perdoou seus filhos que andavam afastados esperando que os mesmos completem este caminho de retorno dando seus próprios passos em direção à casa do Pai.   Desta forma retornando ao pleno convívio de conformidade com todos os costumes, direitos e deveres concernentes a todos os membros e moradores deste mesmo lar.

Salientamos que o bom convívio depende não somente daqueles que retornam, mas também daqueles que não se afastaram e permaneceram fiéis ao Pai.   Entre estes, porém existem alguns teimosos, magoados e até desobedientes que também precisam reavaliar o sentido destas palavras do Papa e perceberem que realmente permanecem fora de casa emburrados e empacados.

A porta está aberta, mas a caminhada de volta dependerá de cada um, nem é bom correr ou se apavorar, é melhor caminhar com cuidado e segurança conscientes de que realmente estar seguros dentro de casa é a melhor opção.

A comunhão Plena e perfeita exige uma participação de todos e aceitação das mesmas regras de convivência, uma vez que todos são membros do mesmo corpo místico de Cristo.

É a isto que Bento XVI se refere quando Ele se coloca como um Ministro desta unidade plena confiando na promessa de Deus que não decepciona e dará Vitória a sua Igreja mesmo frente às Tribulações e ventos contrários das tempestades deste mundo.

Sizenando.


http://mongefiel.files.wordpress.com/2008/05/aguia.jpg?w=130&h=120


.