É mesmo necessária uma nova Efusão do Espírito Santo?



Porque razão há necessidade de uma Efusão do Espírito Santo se já somos batizados ou crismados?

Muitos cristãos, especialmente os católicos, pensam que o Espírito Santo foi, sobretudo dado nos Sacramentos, especialmente no Batismo e no Crisma ou Confirmação e, por isso, questionam-se muitas vezes, sobre qual é a necessidade da Efusão do Espírito Santo se o mesmo Espírito Santo já nos foi dado.



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Na verdade pelo Batismo, morrendo e ressuscitando com Cristo, nós nos tornamos filhos de Deus, somos marcados com o selo do Espírito Santo e chamados a partilhar a vida divina. Pela Confirmação nós recebemos os dons do Espírito Santo para crescermos nesta vida divina, para nos tornarmos conformes à imagem de Cristo, sermos missionários ao serviço do Evangelho, na Igreja.

O que acontece é que há uma diferença entre esta Infusão do Espírito e a Efusão do Espírito. Pelos sacramentos é-nos garantida a graça do Espírito. Mas o Espírito é livre e não opera apenas naquele momento que recebemos os sacramentos pela primeira vez.

A Efusão é uma manifestação do Espírito que está dentro de nós. O Espírito entra em nós através da infusão, do Batismo e também do Crisma, da Eucaristia, da Confissão, e dos outros sacramentos. Isto é através dos sacramentos há uma infusão do Espírito Santo. O Espírito entra dentro de nós e quando impomos as mãos a uma pessoa para a Efusão do Espírito, o Espírito já está dentro dela e manifesta-se. Ele cria dentro dela uma nova efusão do Seu poder, que se irradia no seu espírito e vai lavando, purificando, curando, transformando e renovando totalmente a vida dessa pessoa.


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Quando Preparamos pessoas adultas para o receber o Sacramento do batismo elas entendem bem e compreendem o verdadeiro valor do Sacramento do Batismo, mas, de um modo geral o Batismo é ministrado em crianças na faixa etária de um mês a dois anos de idade. Nessa altura as crianças não sabiam quem era o Espírito Santo nem possuíam a necessária compreensão sobre o valor e utilidade do Batismo na sua vida. Por essa razão são os pais e os padrinhos que fazem a profissão de fé e assumem, perante Deus e a Igreja, a responsabilidade de transmitirem aos filhos e afilhados ao longo dos anos, em união com a catequese paroquial, os ensinamentos, deveres e obrigações oriundos dos Sacramentos. Embora se espere que lhes seja dada a experiência do Espírito no seu crescimento cristão, muitos não são educados nesta experiência do Espírito Santo. Depois quando alguns deles fazem o Crisma na sua adolescência e quando se espera que o sacramento da confirmação seja uma experiência de Efusão do Espírito Santo, tornando os crentes verdadeiros soldados de Cristo, tal como é prática hoje, também permanece muitas vezes como apenas um ritual, sem qualquer preparação e experiência profunda do Espírito Santo. E assim muitos cristãos prosseguem as suas orações e práticas religiosas, através de rituais e símbolos, sem conhecer a verdadeira unção e ação do Espírito Santo que recebem. A Efusão do Espírito vem “acordar” o nosso Batismo, o nosso Crisma. Em muitos batizados a Graça quase se extinguiu. “Deus estava lá e eu não sabia” (Gn 28,16). A Efusão vem realizar a promessa: “Se alguém Me ama, revelar-Me-ei a ele, Meu Pai amá-lo-á, Nós viremos a ele e faremos nele a Nossa morada” (S. Jo 14,21-23). O Espírito foi-nos dado no nosso Batismo, mas, ao longo do tempo, a fonte das Águas Vivas tornou-se salobra e deixou de jorrar, ou o poço ficou fundo e nós deixamos de saber tirar a água, ou a corda ficou demasiado curta para que o nosso balde possa descer até à água (S. Jo 4,11). No deserto do nosso coração está uma nascente escondida (S. João 7,38), mas nós esquecemos o caminho até ela. É então que a Efusão do Espírito Santo intervém para aqueles que sentem esse apelo e recebem essa graça. E com a Efusão um fogo nasceu das brasas que julgávamos apagadas. A mecha estava lá mas coberta por uma boa camada de cinza. O Espírito na Efusão liberta o Seu poder, vem derramar o Amor no nosso coração e revelar-nos Jesus como único Senhor e Salvador.

Nos encontros carismáticos de preparação para a Efusão do Espírito Santo (SVE I) os participantes são conduzidos, através de catequeses e ensinamentos simples (O Querigma), a um compromisso adulto e consciente para aceitar Jesus Cristo como o seu único Senhor e Salvador, após um arrependimento contrito e completo dos seus pecados. Depois, no dia da Efusão, após uma fervorosa oração de súplica, numa atmosfera impregnada de oração, e pela imposição das mãos, o Espírito Santo, que neles está adormecido, é despertado:

“Por isso recomendo-te que reacendas o dom de Deus que se encontra em ti, pela imposição das minhas mãos, pois Deus não nos concedeu um espírito de timidez, mas de fortaleza, de amor e de autodomínio” (2 Tm 1,6-7).

O que se verifica é que antes da Efusão a pessoa estava a fazia uma resistência enorme às manifestações do Espírito Santo. Tinha o Espírito como que amarrado, fechado, sem poder soltar-se.


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Com a Efusão e naquele ambiente de oração profunda, a pessoa pode abrir-se e deixar-se conduzir pelo Espírito Santo, ou seja, deixar que Ele se manifeste e liberte o Seu poder. A partir daquela altura a pessoa, se liberta inteiramente ao conseguir se abandonar e entregar completamente ao Senhor, já não oferece resistência à manifestação do Espírito e por isso começa a manifestar-se nela aquilo que o Espírito vai operando dentro de si. Daí que uma Efusão do Espírito seja uma renovação de todos os compromissos que se fizeram quando se receberam os vários sacramentos e a libertação da totalidade do Espírito Santo e graça recebidos. É por esta razão que, embora não seja outro sacramento, muitas pessoas têm experiências maiores com a recepção da Efusão do Espírito Santo do que com a recepção dos Sacramentos. Por incrível que pareça a sua experiência de Deus, durante a Efusão do Espírito é, em geral, maior que a experiência que tiveram na sua primeira comunhão, na profissão de fé ou mesmo no Crisma.

É verdade que todo o cristão batizado tem o Espírito Santo mas nem todos estão cheios do Espírito, daí que devamos ser “batizados” no Espírito Santo periodicamente. Todo o Católico deve portanto ter esta experiência da Efusão do Espírito Santo. Em resumo, uma pessoa primeiro deve-se preparar e desejar encher-se do Espírito Santo a fim de ter o Espírito dentro dela, para que no momento da Efusão, a pessoa se abra completamente e deixe que o Espírito, que já no seu interior, se manifeste e liberte o Seu poder. Penso que se no dia do Crisma houvesse também este ambiente forte de oração haveria também muitas Efusões nesse sacramento à semelhança do que acontece nos grupos carismáticos.



Extração do livro “Efusão e Repouso no Espírito Santo” (3ª Edição) de João Carlos da Silva Dias. Encomendas: mirjsd@gmail.com; Portugal: Tel.: 00351.914137940



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Espírito Santo: Alma de Minha Alma.


Alma de Minha Alma.

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Uma das características do Espírito Santo está relacionado com a alma humana. Na oração “para o céu”, o Pe. Kentenich, fundador do Movimento Apostólico de Schoenstatt, o chama de “alma de minha alma.”

O que é que a essência do homem redimido consiste?

Consiste na morada de Deus Uno e Trino, especialmente do Espírito Santo, na alma. (I Cor. 3, 16)

Isso significa que, a minha alma está com Ele, toda a minha pessoa é consagrada ao Espírito Santo e é habitado por Ele. Um famoso cardeal francês disse que o homem comum é composto de corpo e alma, mas o cristão é composto de corpo, alma e Espírito Santo.

Este é o grande segredo: Um segredo que já foi revelado por Jesus e experimentado pelos Apóstolos no dia de Pentecostes confirmando que o Espírito de Deus está em mim, vive e age em mim.

Ele é a alma da minha alma.  
Ele é o que é mais profundo em mim,
Ele é o centro do meu ser.  

Se essa é a nossa realidade mais íntima, então nós temos que levar mais a sério a sua presença em nós, o seu falar e agir em nosso interior. Aqui também vemos a importância de cultivar o Santuário do Coração como a habitação do Espírito Santo.

Por outro lado, podemos dizer que o Espírito tem um compromisso com a nossa santificação e a responsabilidade com o crescimento de nosso amor, nosso carinho e nossa devoção a Maria. Ele tem a missão de fazer-nos sempre tão mais parecidos com seu cônjuge. Ele vem para nos converter, lentamente, em reflexos d’Ele mesmo, em homens e mulheres transformados, marianos novos seres, em verdadeiros Filhos do céu.

Ele chama isso de o turbilhão do Espírito, porque através dela chegamos a um relacionamento mais próximo e pessoal com o Espírito Divino.

Mulher e alma

O Divino Espírito é a alma da minha alma. E o Padre Kentenich acha que a mulher ideal deve ser “totalmente alma.” Na polaridade alma x corpo, de modo adequado para o ser humano, a mulher vive mais o lado da alma. Isso não significa a negação ou o desprezo do corpo e sim uma maior acentuação da polaridade espiritual.

O que é mais adequado para a alma é animar, integrar e espiritualizar. Essas três funções são próprias da alma, aqueles que a mulher se sente mais como ela própria.

Por natureza, a mulher tende a inspirar alma em tudo o que a rodeia. Ela dá a cada gesto um significado importante e espiritual.

Especialmente para inspirar o significado da alma nas coisas mais comuns:· Para dar um selo mais sensível para tudo o que é feito;

– Para buscar e colocar o nível espiritual em primeiro plano ao pessoal antes de outras coisas;

· Para assegurar o momento espiritual no amor;

· Para irradiar uma atmosfera acolhedora.

Portanto, ele comentou, ao voltar do exílio, que “a mulher, através de seu ser, tem que tomar cuidado para que as relações do mundo, a vida, a família e a humanidade estejam impregnadas com a alma e o espírito.”

O elemento espiritual no amor.

Cabe à mulher acentuar mais o elemento espiritual no amor. Portanto, devemos tomar cuidado para que nas nossas manifestações de amor, o espiritual e o eu interior dominem o corporal: a partir da carícia na preparação ao ato conjugal.

Eu acho que, neste contexto nossa vestimenta do corpo também é importante. Deve ajudar-nos, e, especialmente, os outros, para valorizar mais o eu interior e espiritual.

Portanto, vamos nos render a Maria, para que ela possa levar-nos ao Espírito Divino. Vamos dar a Virgem um lugar privilegiado em nosso coração para que o Espírito possa tomar posse dele e preenchê-lo com a sua presença.

Esperemos que o grande desafio de nos transformar lentamente em pequenos reflexos e instrumentos do Espírito Santo permaneça claro em nossa mente e enraizado em nosso coração. Que a Virgem Maria, sua grande colaboradora na obra da revelação Divina, nos guie e nos acompanhe neste esforço.

Pergunta para reflexão

Estou inspirando e enchendo com mais espiritualidade tudo o que eu faço, a minha vida pessoal e vida familiar, no meu grupo de oração e comunidade, na minha vida profissional e do trabalho, na minha vida social e cultural?

Fonte: Tradução do texto em inglês de Fr. Nicolas Schwitzer

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      Atualizado em 21/05/2015


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