Décimo aniversário Presentepravoce.



“10 anos de Blog”


“Todo aquele que quiser tornar-se grande entre vós, se faça o servo de todos.” 
São Mateus, 20,26

“SER O MENOR ! POR QUE ?”

A maior vantagem de ser o menor, é poder se somar aos outros e compartilhar a mensagem de Jesus com o maior numero possível dos Filhos do Pai espalhados pelos confins da terra.

Para colaborar com esta ideia gostaria de compartilhar com vocês uma historinha que nosso saudoso Bispo Dom Manuel Pestana Filho gostava muito de contar em suas palestras nos mostrando que ser pequeno não é assim uma desvantagem tão grande e é por ser pequeno e insignificante aos olhos do mundo que podemos usufruir do grande Dom do Pai e nos confortar de poder estar confortavelmente em sua presença usando esses Dons em favos dos outros e é claro que sabendo que é em Deus que tudo podemos realizar se crermos em suas Palavras.

“Tudo Posso Naquele que me fortalece…”


“12. Em verdade, em verdade vos digo: aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas, porque vou para junto do Pai. 13. E tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, vo-lo farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. 14. Qualquer coisa que me pedirdes em meu nome, vo-lo farei.” São João, 14,12 – Bíblia Católica Online

“4. Tal é a convicção que temos em Deus por Cristo. 5. Não que sejamos capazes por nós mesmos de ter algum pensamento, como de nós mesmos. Nossa capacidade vem de Deus.” 
II Coríntios, 3,4 – Bíblia Católica Online



“A formiguinha e o ELEFANTE…”



Um Enorme ELEFANTE e uma formiguinha andavam pelo deserto.

— O elefante: bum, bum, bum…

— A formiguinha: pim, pim, pim…

— Quando de repente… O elefante se assustou com um ratinho que passava também por ali perto e saiu correndo em disparada…  A formiguinha teve que se agarrar firmemente em sua orelha para não sair voando com o vento que fazia.

Uma certa hora, a formiga dá uma olhada para trás e vê um poeirão, depois vira-se para o companheiro e diz:

— Veja lá atrás Elefante!

— O quê?

— Dá uma olhada no poeirão que nós estamos levantando!


Quem era mesmo que estava levantando toda aquela poeira ?


D. Pestana usava esta pequena parábola exatamente para mostrar o paralelo entre ser pequeno para ser grande, de ser humilde para ser o principal, de ser o ultimo para ser o primeiro, de não saber nada e ao mesmo tempo ter toda a ciência.   Tudo isto para compreender que é quando nos entregamos inteiramente a Jesus e aceitamos seu Senhorio em nossas vidas, é que acontece o grande Milagre do velho homem corroído pelo pecado renascer em um novo homem segundo a verdadeira imagem de Jesus e ser guiado e conduzido pelo Espírito Santo.

É este homem que reconhece ser pequeno e incapaz que pode experimentar o imenso poder de Deus agindo em sua vida e é este pequeno ser, totalmente incapaz, frágil e vulnerável que pode ver quão grande é a POEIRA que se levanta quando este ser gigantesco se move com seu imenso poder  neste mundo, assim podemos avaliar e compreender o que sentiu e porque aquela formiguinha que na verdade estava de carona na orelha daquele Elefante exclamou com tanta convicção que se sentia participante daquele evento tão significativo.   Na verdade podemos avaliar que quando Deus age através do homem ou melhor dizendo, quando Ele age através de nós “de mim e de você”, a proporção de poeira em relação à poeira levantada pelo elefante correndo pelo deserto é muito maior e incomparável.

Queremos dizer com esta reflexão é que precisamos acreditar e confiar plenamente nesta verdade a ponto de perceber que precisamos embarcar no colo de Deus e deixar que Ele nos leve seja lá para onde for assim como o vento sopra onde quer. (São João, 3,8) 


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Revesti-vos da Armadura de Deus
Luz_do_espirito_santo


Anápolis em Luto.


É com muito pesar que recebemos a notícia de falecimento de Dom Manuel Pestana Filho hoje pela manhã dia 08/01/2011 na cidade de Santos.

Segundo informações prévias de Dom João Wilk atual Bispo de Anápolis, Dom Manuel será velado em Santos hoje e amanhã finalizando com uma missa no final da tarde e só depois será encaminhado para a Diocese de Anápolis que provavelmente deverá chegar aqui por volta da manhã de Segunda-feira e será velado na Catedral do Bom Jesus, finalizando com uma missa de corpo presente às 19:00 Hs e depois será o sepultamento na própria Catedral do Bom Jesus.


Programa dos funerais de

Dom Manuel Pestana Filho

Dia 10 de janeiro 2011, na Catedral de Anápolis.

9h – cortejo conduzido pelo corpo de Bombeiros

saindo da Paróquia S. Joaquim: Av. Pedro Ludovico

10h – Missa com os Padres do setor 01

11h – Missa com os Padres do setor 02

12h – Missa com os Padres do setor 03

13h – Missa com os Padres do setor 04

14h – Missa com o Seminário

15h – Missa com os Religiosos

16h – Missa com o Vigário Geral

17h – Rosário com as Religiosas

18h – Vésperas solenes do Oficio dos Defuntos.

19h – Santa MIssa das Exéquias.

Em seguida, a procissão em volta da Praça Bom Jesus e sepultamento na cripta da Catedral.

Haverá tendas e telões ao lado da Catedral, para facilitar a participação dos fieis.

Durante o cortejo, na chegada do corpo à Catedral, pelas 10h, e no ato do sepultamento, pelas 20:30h, tocarão os sinos de todas as igrejas de Anápolis.

Fonte: Dite Oficial da Diocese de Anapolis – Go


Em Março de 2010 Dom Manuel Pestana Filho esteve presente na comemoração de aniversário dos 10 anos do Seminário Maria Mater Ecclesiae do Brasil onde estão muitos Seminaristas da Diocese de Anápolis.


Na saudação final, Dom Manoel Pestana disse: “Salvar uma alma na marca do pênalti, na hora da morte, é uma graça indizível para nós sacerdotes. Batizar uma criança e santificá-la tornando-a filha de Deus, igualmente é maravilhoso, assim como unir um casal à Deus… Mas formar sacerdotes, meus caros irmãos legionários, é a maior obra de salvação que podeis fazer! Muito obrigado!” Seminário Maria Mater Ecclesiae do Brasil .


Uma das imagens mais recentes de Dom Manuel Pestana Filho.


Dom Manuel Pestana foi  um grande lutador em prol da Vida, criou o Pró-Vida na Diocese de Anápolis e incasavelmente manifestou à sociedade, não só Anapolina mas de todo o Brasil que a vida é o maior Dom que Deus nos deu e que portanto devemos lutar a favor dela mesmo que sejamos perseguidos e caluniados.   Empunhar esta bandeira em defesa da Vida lhe custou muitas perseguições e processos, mas mesmo com seus 82 anos de idade jamais desistiu de lutar contra o Aborto e em favor da Vida.

Parabens Dom Manuel por todos os seus ensinamentos e por todos os seus exemplos, nós anapolinos jamais nos esqueceremos de suas palavras cheias de sabedoria Divina.

Foto em frente a Catedral do Bom Jesus em Anápolis.

Uma de suas ultimas manifestações públicas direcionada a todos os Católicos do Brasil:

Preocupação de Pastor



O poder da oração e uma vitória da “cultura da morte”.

(a aparente ineficácia da oração nas eleições presidenciais)

No dia 4 de outubro de 2010 (portanto, o dia seguinte ao do primeiro turno das eleições), o Diário Oficial da União publicava um “Termo aditivo ao Termo de cooperação n.º 137/2009”, um convênio celebrado entre a União Federal, através do Ministério da Saúde, e a Fundação Oswaldo Cruz (Rio de Janeiro). O objetivo declarado era prorrogar até 04/02/2011 o estudo e a pesquisa destinados a “despenalisar (sic) o aborto no Brasil[1]. Lembremos que no início de 2009 a Fundação Oswaldo Cruz já havia lançado o filme “O fim do silêncio” produzido com R$ 80 mil fornecidos pelo Ministério da Saúde, um documentário “claramente a favor do aborto”, nas palavras da diretora Thereza Jessouroun[2]. Como se pode ver, a promoção do aborto pelo governo petista não parou nem mesmo em época eleitoral.

No dia 5 de outubro de 2010, durante a Santa Missa das 7 horas, Pe. José Augusto fez na TV Canção Nova uma corajosa pregação advertindo os cristãos sobre o Partido dos Trabalhadores: “os rumos da nação brasileira, estão prestes a mudar, e ela poderá mudar para o pior, para o lado pior, se nesse segundo turno, e eu vou falar com clareza, se o PT ganhar. Estou falando claro. Podem me matar, podem me prender, podem fazer o que quiser. Não tenho advogado nenhum. Podem me processar. Se tiver de ser preso, eu serei. Não tem problema. Mas eu não posso me calar diante de um partido, que está apoiando o aborto, e a Igreja não aprova[3].

Não foi preciso esperar que o governo ou o PT viessem perseguir Pe. José Augusto. No mesmo dia, a Canção Nova apressou-se em dizer “não conheço esse homem” (Mc 14,71). Wellington Silva Jardim (conhecido como Eto), falando em nome da Fundação João Paulo II, mantenedora do Sistema de Comunicação Canção Nova, disse: “não autorizamos o pronunciamento público do sacerdote Padre José Augusto Souza Moreira sobre o Partido dos Trabalhadores, bem como a opinião do mesmo representa tão somente seu pensamento, não sendo em hipótese alguma o pensamento da instituição[4]. Pergunto: como pode um cristão, sem renegar o seu Batismo, pensar a respeito do PT de maneira diferente daquela como falou Pe. José Augusto?

Naquele mesmo dia, Mons. Jonas Abib pediu, “em nome da Canção Nova, perdão por qualquer excesso”. E ainda: “É preciso ver nos irmãos o que nos une. A Canção Nova não vê cada candidato por suas bandeiras, mas os acolhe como filhos amados de Deus[5]. Pergunto: É indiferente a bandeira a que um candidato pertença? Posso votar num candidato cujo partido defende explicitamente o aborto?

Ainda no mesmo dia 5 de outubro, Gabriel Chalita, eleito deputado federal graças a seu prestígio junto à Canção Nova, declarava à Folha de São Paulo que iria empenhar-se pessoalmente na defesa de Dilma Rouseff entre os religiosos, desfazendo “boatos” sobre a candidata. Segundo ele, “Dilma nunca disse ser a favor do aborto” (sic)[6]. Ora, isso é uma inverdade gritante! Em 4 de outubro de 2007, ela dizia explicitamente em uma sabatina feita pela Folha de São Paulo: “Eu acho que tem que haver a descriminalização do aborto. Hoje, no Brasil, isso é um absurdo que não haja… a descriminalização[7]. E pelo simples fato de candidatar-se pelo PT, ela estava (e ainda está) obrigada a acatar uma resolução do 3º Congresso Nacional do PT (agosto/setembro 2007) que inclui a “defesa da autodeterminação das mulheres, da descriminalização do aborto e regulamentação do atendimento a todos os casos no serviço público[8].

Quanto a isso, a Canção Nova silenciou-se. Nenhuma nota foi emitida para dizer que o pronunciamento de Chalita em favor do PT e de Dilma não representava o pensamento da emissora com a ajuda da qual ele se elegeu.

No dia 17 de outubro, a Polícia Federal, cumprindo uma liminar arbitrária do Ministro Henrique Dias (TSE), apreendeu em uma gráfica de São Paulo, a pedido de Dilma, PT e partidos coligados, cerca de dois milhões de exemplares do documento “Apelo a todos os brasileiros e brasileiras”, aprovado em 26/08/2010 pela Presidência e Comissão Representativa dos Bispos do Regional Sul 1 da CNBB[9]. O documento, que expõe fatos sobre a conexão indissolúvel entre o PT e o aborto, já havia subtraído muitos votos a Dilma no primeiro turno. Na impossibilidade de negar os fatos, o PT optou por amordaçar aqueles que os divulgavam.

No dia 20 de outubro, a Mitra Diocesana de Guarulhos, representada pelo Bispo Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, que havia encomendado a impressão dos folhetos, protocolou junto ao Tribunal Superior Eleitoral um pedido de revogação da liminar. Infelizmente a morosidade da Justiça favoreceu o PT. Somente em 30 de outubro, véspera do segundo turno, o Ministério Público Eleitoral manifestou-se pela revogação da liminar, com a devolução de todo o material apreendido à Mitra Diocesana de Guarulhos.[10] Argumentou que o material apreendido não constitui propaganda eleitoral, pois não foi elaborado por candidato ou partido político. E ainda: “A manifestação de pensamento sobre o aborto ou qualquer outro tema […] é assegurada pela ordem constitucional vigente e nada há de ilegal em escrutinar os posicionamentos dos partidos políticos, candidatos, apoiadores, sobre temas polêmicos, apenas porque se trata de período eleitoral[11].

Ora, já houve o segundo turno das eleições (31 de outubro), Dilma Rousseff venceu com 56,05% dos votos válidos (contra 43,95% de José Serra) e até o dia de hoje o TSE ainda não deu uma decisão definitiva de mérito sobre a apreensão dos exemplares do “Apelo a todos os brasileiros e brasileiras”!

Some-se a isso o comportamento lamentável do bispo de Jales (SP) Dom Demétrio Valentini, que criticou asperamente o documento[12], acusou de manipulação eleitoral os seus irmãos no episcopado[13] e passou a apoiar publicamente Dilma Rousseff assinando um “Manifesto de cristãos e cristãs evangélicos/as e católicos/as em favor da vida e da Vida em abundância![14] O texto do manifesto nega que Dilma seja favorável ao aborto e ao “casamento” de homossexuais e apresenta a candidata como defensora da vida. Outros Bispos que assinaram o triste manifesto de apoio a Dilma: Dom Thomas Balduino, bispo emérito de Goiás velho, Dom Pedro Casaldáliga, bispo emérito da Prelazia de São Felix do Araguaia (MT), Dom Luiz Eccel, Bispo de Caçador (SC), Dom Antonio Possamai, bispo emérito de Rondônia, Dom Sebastião Lima Duarte, bispo de Viana (MA) e Dom Xavier Gilles, bispo emérito de Viana (MA).

Este último esteve em Roma em 28 de outubro, em visita “ad limina apostolorum” e saudou o Papa Bento XVI em nome dos outros bispos presentes do Regional Nordeste 5 (Maranhão). O Santo Padre acolheu a saudação de Dom Gilles e lembrou aos Bispos o grave dever de emitirem um juízo moral, mesmo em matérias políticas, quando o exigirem os direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas, como é o caso é o caso de projetos políticos que contemplam, “aberta ou veladamente, a descriminalização do aborto”. “Ao defender a vida – disse o Papa – não devemos temer a oposição e a impopularidade, recusando qualquer compromisso e ambiguidade que nos conformem com a mentalidade deste mundo[15].

A intervenção do Papa a três dias das eleições não foi capaz, porém, de evitar o escândalo causado por aqueles bispos, a perseguição sofrida por outros, o silêncio e o temor de muitos. O resultado nós o conhecemos.


O que foi feito de nossas orações?

A oração fervorosa do justo tem grande poder. Assim, Elias, que era um homem semelhante a nós, orou com insistência para que não chovesse, e não houve chuva na terra durante três anos e seis meses. Em seguida, tornou a orar e o céu deu a sua chuva e a terra voltou a produzir o seu fruto” (Tg 5,16-18).

A oração tem eficácia garantida: “Pedi e vos será dado; buscai e achareis; batei e vos será aberto; pois todo o que pede recebe; o que busca acha e ao que bate se lhe abrirá” (Mt 7,7-8).

Se a oração fervorosa é sempre atendida, nem sempre ela o é do modo que imaginamos. “É ele (Cristo) que, nos dias de sua vida terrestre, apresentou pedidos e súplicas, com veemente clamor e lágrimas, àquele que o podia salvar da morte” (Hb 5,7). Aparentemente seu pedido não foi atendido. No entanto, prossegue o texto: “e foi atendido, por causa da sua submissão”. Cristo foi salvo da morte, não deixando de morrer (como seria de se esperar), mas ressuscitando ao terceiro dia e sendo exaltado à direita do Pai.

Do mesmo modo, não devemos pensar que não foram atendidas nossas orações feitas em favor do Brasil nestas eleições. Não houve a derrota da candidata Dilma Rouseff, que tanto esperávamos. Mas “da mão do anjo, a fumaça do incenso com as orações dos santos subiu diante de Deus” (Ap 8,4). Os frutos dessas orações, aparentes ou invisíveis, presentes ou ainda por vir, são certos.

A prisão de Jesus  foi um momento tenebroso. Ele próprio disse aos guardas: “É a vossa hora e o poder das trevas” (Lc 22,53). Mas em pouco tempo as trevas cederiam seu lugar à luz da ressurreição. A vitória do inimigo foi apenas aparente. Da morte de Cristo, brotou a redenção para o mundo.

Como ensina Santo Tomás de Aquino, “pertence à infinita bondade de Deus permitir males para deles tirar o bem[16]. Aguardemos confiantes o bem que o Senhor pretende tirar desse mal tão grande que pesou sobre o país. Convém que não esmoreçamos nem na oração nem na ação em defesa da vida.

Anápolis, 16 de novembro de 2010.

Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz

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[1] Cf. Diário Oficial da União, n. 190, 4 out. 2010, seção 3, p. 88. in: http://www.in.gov.br/imprensa/visualiza/index.jsp?jornal=3&pagina=88&data=04/10/2010
[2] Cf. FILME reacende polêmica em torno do aborto. O Globo. 04 jan. 2009. in: http://oglobo.globo.com/pais/mat/2009/01/04/filme-reacende-polemica-em-torno-do-aborto-587883773.asp.
[4] Wellington Silva Jardim. Nota Oficial da Fundação João Paulo II sobre as eleições 2010, 05 out. 2010, in: http://tv.cancaonova.com/mostramateria.php?id=6434
[5] Monsenhor Jonas Abib. Nota Oficial da Comunidade Canção Nova sobre as eleições 2010, 05 out. 2010, in: http://www.cancaonova.com/portal/canais/tvcn/tv/mostramateria.php?id=6431

[6] Daniela Lima. Chalita ajudará PT a avançar entre religiosos, 05 out. 2010, in: http://www1.folha.uol.com.br/poder/809871-chalita-ajudara-pt-a-avancar-entre-religiosos.shtml

[7]Sabatina Jornal Folha de S. Paulo, 4 out. 2007, in http://www.youtube.com/watch?v=TdjN9Lk67Io
[13] Cf. Bispos e padres da Regional Sul-1 da CNBB são acusados de crime eleitoral. 05 out. 2010, in: http://www.dgnews.com.br/beta10/f?p=181:4:4706724637659107::NO:4:P4_ID,P4_PALAVRAS:22428,
[15] Visita “ad limina apostolorum” dos Bispos do Regional Nordeste 5 do Brasil, in: http://press.catholica.va/news_services/bulletin/news/26281.php?index=26281&lang=po
[16]Suma Teológica, I, questão 2, artigo 3, resposta à primeira objeção.

Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz Presidente do Pró-Vida de Anápolis Telefax: 55+62+3321-0900 

Videos relacionados ao texto:

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Discurso de Pose de Dom João Wilk.


Diocese de Anápolis, 14.08.2004

“Tenho por prumo a fidelidade ao eterno e imutável depósito da fé, herdado dos apóstolos. Tenho por linha a fidelidade ao atual Magistério da Igreja. Com estas ferramentas, quero trabalhar e ajudar a Igreja a crescer.” “destaque do texto”

Amados irmãos e irmãs em Cristo,

1. As minhas primeiras palavras dirijo, como palavras de saudação, ao Excelentíssimo e Reverendíssimo Dom Lourenço Baldisseri, digníssimo Núncio Apostólico no Brasil. Agradeço de coração a sua presença neste ato do meu ingresso canônico na Diocese de Anápolis. A sua presença me alegra, conforta e faz jus ao seu lema episcopal: “Itinere laete servire Domino” – “Indo, alegremente, servir ao Senhor”.

Temos diante de nós, na sua estimada pessoa, a imagem do nosso querido Santo Padre o Papa João Paulo II. No mundo atual, marcado pela profunda e devastadora crise de valores, temos na pessoa do Papa um guia certo e seguro, ponto de referência e fonte de esperança. Quero caminhar em sintonia com o Santo Padre. Reafirmo a minha obediência à Santa Mãe Igreja e o meu profundo respeito pelo Magistério do Papa.

2. Saúdo o Excelentíssimo Sr. Governador do Estado de Goiás, Marconi Perillo, e todas as autoridades presentes neste ato de fé e de cidadania (citar os nomes). Sr. Governador, mais uma vez tenho a oportunidade de manifestar a minha amizade pessoal e destacar o que mais admiro na sua pessoa: o irmão na fé, um homem íntegro, de profunda personalidade, talentoso estadista, administrador de rara competência, hábil político e digno cidadão. Seja bem-vindo!

3. Saúdo os Excelentíssimos Senhores Arcebispos e Bispos presentes (citar os nomes).

4. O meu carinhoso abraço aos já amados padres desta Diocese de Anápolis. Chamar os sacerdotes de primeiros colaboradores não é para mim apenas um slogan ou uma verdade teórica. Desejo ver em cada um de vocês, caros presbíteros, na diversidade de temperamentos e de sensibilidades, um irmão e precioso instrumento, escolhido e chamado por Deus para a construção do Reino.

5. Quero saudar os diáconos, bem como as religiosas e religiosos, cada uma e cada um na sua realidade de vocação e de carisma.

6. A presente cerimônia do início canônico do meu pastoreio em Anápolis coincide com a festa de São Maximiliano Maria Kolbe, mártir da caridade, da Ordem dos Frades Franciscanos Conventuais. Nessa Ordem, tive a oportunidade de iniciar o meu caminho vocacional. Foi em Niepokalanów, convento-cidade, que descobri a beleza da vida franciscana, da vida consagrada e sacerdotal. Percorro hoje, como num filme, as diversas etapas daquele convívio e, refletindo mais uma vez sobre o seu heróico testemunho, procuro na sua herança espiritual a inspiração para o meu ministério, para melhor servir a Deus, à Igreja e aos irmãos.

7. São Maximiliano, ainda jovem seminarista, escreveu no seu diário: “Quero ser santo, e um grande santo!”

Hoje, a Igreja no Brasil, propõe o novo Projeto Nacional de Evangelização e coloca como principal meta da ação evangelizadora a SANTIDADE. Ser santos, eis o nosso ideal! O projeto “Queremos ver Jesus” nos fala da evangelização da pessoa. A vocação à santidade coincide com o encontro pessoal com Cristo. Evangelizar não é outra coisa a não ser ir ao centro do coração humano e lá colocar o nome de Jesus. Este Jesus, então, torna-se o único centro de interesse e a mais profunda motivação do nosso ser e agir. E isso é a santidade!

8. Entre os caminhos para a santidade, e um forte sinal dos tempos, está a vivência da COMUNHÃO e a construção da comunidade. Ser comunidade está no próprio conceito de povo de Deus. Jesus, na sua oração após a instituição da Eucaristia, pede ao Pai que conserve na união os que Lhe deu, “para que o mundo creia”. Esse pedido é, para nós, uma orientação e um forte apelo.

Se a santidade é a carteira de identidade do cristão, a comunhão é a sua idoneidade. Ninguém é cristão sozinho. Não se é cristão sem ser comunhão. Para ser Igreja, é preciso conhecê-la e amá-la. É preciso se identificar com ela. É preciso sentir, pensar e agir com ela e como ela.

Percebo na realidade eclesial de Anápolis uma Igreja multifacial. São muitas espiritualidades, muitas formas de viver a fé e de pertencer à Igreja. Na legítima diversidade, há de transparecer o testemunho de unidade, a ser construída em todos os níveis: na obediência ao Papa e ao seu ministério, com a CNBB, no nosso Regional e na diocese, entre os bispos, padres, religiosas e religiosos, entre as pastorais e movimentos. Precisamos sobrepor o sentido comum da Igreja às nossas preferências pessoais.

Entre essas formas de comunhão, quero destacar a comunidade presbiteral. A exemplo da comunidade apostólica, o presbitério diocesano deve ser o modelo de todas as outras formas de comunidade na diocese. A responsabilidade pessoal pelas diversas frentes de apostolado leva, muitas vezes, ao individualismo e a um conceito deturpado de autonomia. Precisamos assumir juntos a única missão, trabalhar na mesma direção, formar uma fraternidade presbiteral efetiva e afetiva.

Quero acentuar ainda que, para a eficácia da evangelização, é necessário construir pequenas comunidades de fiéis, sejam elas em forma de pastorais e movimentos, sejam grupos de interesse ou de vizinhança. Na própria organização das paróquias, há de se programar até a presença de templos (igrejas e capelas) que sejam sinais visíveis da presença da Igreja nos bairros e pontos de assistência religiosa próximos dos moradores.

9. O santo de hoje, São Maximiliano Kolbe, recebeu o atributo de “mártir da caridade”, por ter doado sua vida para salvar a vida de um pai de família, no campo de concentração nazista de Auschwitz, na Segunda Guerra Mundial. Questionado sobre o motivo da sua entrega, disse: “Porque sou sacerdote católico”. Não foi esse gesto isolado que o levou às honras dos altares. Tal ato apenas coroou a longa trajetória rumo à santidade. Não haveria o gesto heróico se não houvesse um esforço constante para alimentar em si o desejo de se assemelhar em tudo a Cristo.

De Cristo, que veio para servir e não para ser servido, e de Maximiliano, com o seu “quero morrer no lugar deste homem”, aprendemos que o caminho da santidade passa pelos gestos concretos de solidariedade e de SERVIÇO. A fé precisa ser autêntica. Para ser autêntica, precisa ser concreta e visível nos gestos de amor, na atitude de inclinar-se sobre o irmão em necessidade. Penso no que seria a atitude de serviço no momento presente, aqui e agora…

Em primeiro lugar, é um movimento de amor de dentro para fora, motivado pela fé. É ir de si para o outro. É o amor que se expande e devolve a dignidade de pessoa humana e de filho de Deus aos indigentes e aos excluídos.

É serviço proclamar e defender, oportunamente, a verdade acerca do homem e dos valores, a partir dos pressupostos da fé, da razão e do direito natural.

Penso, antes de tudo, no direito à vida. A propaganda frenética, colocada a serviço de interesses financeiros de alguns grupos, por meio dos discursos sentimentais e superficiais, consegue convencer os desavisados, em prejuízo das verdades mais sólidas e mais profundas. Mesmo incompreendida e perseguida, a Igreja presta serviço à humanidade lembrando e defendendo os valores que jamais podem ser esquecidos. No “inferno de ódio”, como foram chamados os campos nazistas, muitos se resignaram e desistiram de viver como seres humanos. São Maximiliano não se dobrou diante dessa pressão que tornava o ódio e o medo algo comum e normal. Morreu, mas não esqueceu o amor! Morreu, mas não esquecer a verdade!

Por serviço entendo ainda o diálogo com a sociedade organizada: autoridades, diversos segmentos da sociedade, classe empresarial e classe trabalhadora que, nesta cidade de Anápolis, diante do forte crescimento econômico, adquirem traços marcantes.

Por serviço entendo também o diálogo ecumênico e inter-religioso. A busca da unidade é o selo de uma religião verdadeira. Significa levar a sério a vontade de Jesus, o seu testamento: que todos sejam um. Precisamos refletir sobre isso, precisamos depor as armas de agressão, de proselitismo, de ódio, de instrumentalização dos sentimentos religiosos para fins pessoais e até políticos, sempre no respeito mútuo e na verdade.

10. A Igreja é também MISSIONÁRIA. Anunciar Jesus é a nossa principal tarefa. A comunidade evangelizada torna-se evangelizadora. “Ide e evangelizai” – é o que Jesus pede a nós. Não é uma tarefa exclusiva de alguns. É o dever de cada batizado.

Há muitas pessoas que ainda não conhecem Jesus. Há muitos que ainda não são Igreja. Há novas realidades, onde Deus ainda não é conhecido, nem aceito.

Há irmãos, próximos e distantes, que esperam por nossa ajuda concreta, por nossa solidariedade para organizar a sua vida religiosa. Penso e pergunto se a Diocese de Anápolis não se poderia tornar uma Igreja-irmã, adotando uma diocese na Amazônia ou em outra região de maior necessidade.

11. Permitam-me, irmãos e irmãs, um momento de sinceridade e franqueza. Há pessoas que perguntam se sou conservador ou progressista… Pessoalmente, acho inadequada tal distinção, porque a realidade da Igreja é muito mais ampla do que essas duas palavras. Se por conservadorismo se entende o amor e a salvaguarda dos valores humanos e religiosos, eu sou conservador. Se pelo mesmo se entende apego às coisas secundárias e já superadas, eu não o sou. Se por ser progressista se entende o compromisso de fé e de verdade com novas realidades e desafios, eu sou progressista. Mas se consiste em ter atitudes discordantes ou de simples contestação, eu não o sou.

É-me muito cara a parábola do pedreiro. Para exercer bem a sua profissão, usa a linha e o prumo. Simples e eficaz. Linha e prumo levam o profissional à perfeição.

Tenho por prumo a fidelidade ao eterno e imutável depósito da fé, herdado dos apóstolos. Tenho por linha a fidelidade ao atual Magistério da Igreja. Com estas ferramentas, quero trabalhar e ajudar a Igreja a crescer.

12. Quero, neste momento, externar a minha admiração e a minha gratidão a Dom Manoel Pestana Filho, de quem me tornei sucessor pela determinação da Santa Igreja. Foram 25 anos de pastoreio dedicado, marcado pelo testemunho de coerência e autenticidade. Agora está recebendo a merecida coroa de reconhecimento (não ainda de glória…). A rica contribuição que deu à Igreja anapolina será uma boa semente que perdurará e produzirá os frutos que Deus quiser. Peço para Dom Manoel, em sinal de reconhecimento e de gratidão, uma calorosa salva de palmas.

13. Para concluir, permitam-me uma palavra de agradecimento à Diocese de Formosa, que deixei para abraçar Anápolis. Formosa foi a minha escola de bispo. Agradeço ao povo e aos sacerdotes pela bondade, amizade, carinho e pela formosa caminhada na fé. Terei saudade das lindas tradições, das vastidões e amplos horizontes, das grutas do Parque de Terra Ronca, dos ventos da Chapada dos Veadeiros, dos bosques de pequi… Muito obrigado, amigos! Muito obrigado, Formosa!

14. Convido, neste momento, todos os presentes a consagrar, junto comigo, a Diocese de Anápolis a Maria Imaculada, Mãe nossa e ideal de São Maximiliano Kolbe: (segue a consagração).

Praça Bom Jesus, s/n – Caixa Postal 178

75001-970 ANÁPOLIS – GO

http://www.diocesedeanapolis.org.br

VIDE TEXTO ORIGINAL NA PAGINA OFICIAL DA DIOCESE DE ANÁPOLIS – GOIAS