Antes de permitir que alguém entre na sua vida, tire sua máscara e sua maquiagem, para que ele ou ela veja bem quem você é, para que não venha a amar uma ilusão ou uma expectativa…
Eu só quero entrar na sua vida, se for para lhe ajudar a ser melhor do que você é.
Texto retirado da mensagem de Padre Fábio de Melo;
Quem ama de verdade nunca aponta o passado, aponta sempre o futuro.
Na vida não tem nada mais cansativo do que ser aquilo que você não é. É muito bom ser olhado nos olhos por alguém que nos permita ser somente aquilo que estamos conseguindo ser naquela hora. Alguém que nos acolha do jeito que a gente é ou do jeito que a gente está. Por isso eu creio que o verdadeiro amor chega na nossa vida, não no dia que o outro diz que nos ama. O verdadeiro amor chega na nossa vida no dia que o outro sem dizer uma palavra, nos olha nos olhos e nos convence que nos ama, sem precisar dizer, sem precisar usar o recurso da palavra, nos olha nos olhos e nos deixa a vontade. Porque quem ama verdadeiramente, nos deixa a vontade para sermos aquilo que somos, não fica exigindo aquilo que não podemos, sabe por quê? O outro não ama as expectativas mas ama a realidade. Quem ama a expectativa corre o risco de nunca amar ninguém, agora quem descobre que o amor e a fraternidade, consiste em você acolher aquele que tem qualidades e defeitos, ai vira realidade. Eu sou amada não é quando mostro apenas minhas qualidades, eu me sinto amada é no dia em que o outro me descobre no meu maior defeito e mesmo assim me olha, sorri e diz:
“Eu te amo mesmo assim!”
Como é que eu deixei sua vida no momento que passei por ela? Como é que você deixou a vida daquele outro no momento que você passou pela vida dele? Você deixou alguma coisa que vale a pena, ou você deixou apenas marca e destruição?
É por isso que devemos ser na medida certa, que tenhamos essa responsabilidade. Olha, se for para eu entrar na sua vida, eu só quero te fazer o bem, porque gente que lhe faz o mal você já está cheio, eu acredito.
Por isso quando for encontrar um namorado, antes de permitir que ele entre na sua vida, tire suamaquiagem, para ele ver bem quem você é, para ele não amar uma ilusão mas para ele amar uma mulher de verdade. É assim que nos sentimos amado na vida, no momento que a gente pode se mostrar de fato, no momento que podemos se mostrar de verdade. Eu sou só isso, e aí o outro olha para você e diz: “Eu não consigo ser nem metade do que sou longe de você!”
Aí a gente começa a ficar bem, e não é só namoro não, relacionamento de amizade também. Se for para ser seu amigo, eu só quero ser se for para tornar melhor o que você é, se não eu não faço falta. Se não eu não faço a menor diferença, eu quero entrar na sua vida se for para lhe ajudar a ser melhor do que você é, se não posso ficar de fora dessa história, posso ficar absolutamente dispensável. Agora se eu puder trazer um dedinho de diferença na sua história, eu gostaria, se você me permitir.
É isso que faz diferença, gente que nos dê sempre uma segunda oportunidade. Porque a gente ser amado no momento que a gente merece ser amado é fácil. Quando fazemos tudo certinho , o outro nos olha e sorri. E agora quando fazemos tudo errado? É aí que você descobre se o outro te ama ou não. Porque na vida só temos o direito de dizer eu amo você depois de termos dito infinitas vezes eu perdôo você.
Se não tem perdão nunca existiu amor. Por isso que esses namorinhos que acabam na primeira vez que você pisou na bola, nunca te amou. Se não é capaz de perdoar o seu erro, se não é capaz de olhar nos seus olhos e recomeçar, nunca te amou. Porque na vida, o ser humano é assim, cheio de defeitos e falhas, ninguém é perfeito e amar consiste em encontrar essas imperfeições e descobrir que somos o casal perfeito de tão imperfeito que somos quando juntos, nós juntamos nossas forças e imperfeições. Eu te dou minhas qualidades, você me da as suas e vamos costurando nossos defeitos juntos, vamos nos tornando melhor. Sozinho eu não consigo ser nem metade do que sou quando estou do seu lado porque você me ajuda a esquecer os defeitos que tenho. Agora tem outros que você precisa dizer: olha quando você está do meu lado fico muito pior porque você me lembra todos os defeitos que tenho toda hora.
Jesus olha nos olho e só vê o que temos de bom. Ele nos olha nos olhos e diz: se quiser pode ser diferente.
Porque quem ama de verdade nunca aponta o passado , aponta sempre o futuro. Se há tantos que ficam sentados dizendo: olha o que você fez, olha o que você deixou de fazer, há muitos que nos dizem: não preciso olhar o que você fez ou o que você deixou de fazer, olho apenas aquilo que ainda pode ser feito, é isso que faz a diferença na nossa vida.
É por isso que na vida podemos nos ajudar e o amor cristão passa pelo amor humano o tempo todo porque há muitas pessoas que precisam disso. Se eu pudesse deixar em você, qualquer coisa, mínima que fosse, que pudesse lhe dar a sensação melhor do que estava,eu ficaria feliz, porque isso é bom e é a coisa mais importante do mundo.
“Ali havia o poço de Jacó. E Jesus, fatigado da viagem, sentou-se à beira do poço. Era por volta do meio-dia. Veio uma mulher da Samaria tirar água. Pediu-lhe Jesus: Dá-me de beber.”(São João, 4: 6, 7).
“O deserto é belo porque no meio dele há um poço” (St. Exupéry). Os patriarcas, em suas migrações, armavam uma tenda e cavavam um poço. A história da salvação está pontilhada de poços. Jacó dera esse poço que era uma fonte de vida. Jesus, ao meio dia, senta-se ao lado do poço e pede de beber a uma samaritana. Na Cruz, repetirá: “Tenho sede”. A sede de Deus é dar de beber. Ali, junto àquela água, dá-se um diálogo. Era Deus que abria um novo poço para sua sede. Ali esperou uma mulher meio pagã, símbolo do mundo sedento que não sabe onde encontrar a água. “A água que eu lhe der se tornará fonte que jorra para a vida eterna”, diz Jesus.
No simbolismo da água, encontramos Cristo que dá a Água Viva no Batismo. Ali, junto ao poço de Jacó, espera pela samaritana. Os samaritanos eram o resultado de uma mistura de judeus e 5 povos e seus deuses (os 5 maridos da mulher). Ela se admira que Ele peça água a uma mulher e, pior, uma samaritana. Jesus é a realização da profecia: “Bebereis com alegria das fontes da salvação” (Is 12,3). Ele lhe faz uma catequese. Jesus que não cede na fé: “A salvação vem dos judeus”. Mas abre os tesouros de Deus a todos: “Os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em Espírito e Verdade” (Jo 4,23).
A verdade está ali: O Cristo: “Sou eu que estou falando contigo” (Jo 4,26). Os samaritanos crêem em Jesus. Ele é a fonte das Águas da Vida. “Quem beber desta água não terá mais sede. E a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água que jorra para a vida eterna” (Jo 4,14). As águas do Batismo matam a sede da vida eterna. Crer em Jesus é ser lavado do pecado. O batismo faz germinar uma vida nova em Cristo.Nós temos sede. A samaritana busca água para sua sede e encontra em Jesus a fonte: Diz ela: “Dá-me desta água”. Dar água é acolher. Ele, pedindo água, pediu para ser acolhido e, ao mesmo tempo, acolhe. A água que Jesus dá é o Espírito, a força que vem de dentro e ‘jorra para a vida eterna’. O Povo no deserto murmura contra Moisés, pois eles não têm água. Preferem voltar ao Egito e ser escravo (Ex 17,3). Moisés bate na rocha e brota água abundante (Ex 17,6). Cristo é a Rocha que dá a água do Espírito. Paulo nos ensina que somos salvos e justificados por Cristo. Essa salvação vem a nós pelas águas do Batismo que sacia nossa sede fundamental: Ter Deus. A sociedade quer fazer-se salvadora de si mesma e não salva. Nós temos uma fonte de água corrente (Água Viva) que jorra do lado aberto de Cristo (Jo 9,34). Esse rio fecunda nossas vidas, a partir do batismo, e jorra em nossas celebrações.
Adorar em Espírito e Verdade
Jesus tem um diálogo religioso com a samaritana que queria saber onde adorar a Deus: em Jerusalém ou no monte Garizim. Jesus responde que os verdadeiros adoradores superarão a religião de templos e irão à adoração em Espírito e Verdade – no Espírito Santo e em Cristo. A mulher vai avisar o povo sobre Jesus. Encontrar Jesus a leva a deixar o balde vazio e levar outros às fontes d’Água Viva. Ela é a primeira missionária que convida a acolher a fé. Conta a experiência que ela própria fez: “Vi um homem… assim, assim; não será ele o Messias?” No tempo quaresmal fazemos uma caminhada batismal. Para nós, em cada Eucaristia, brota um rio de Água Viva na assembléia da Igreja.Leituras: Êxodo 17,3-7; Salmo 94; Romanos 5,1-2.5-8; João 4,5-15.19b-2639ª.40-42. Ficha nº 686 – Homilia do 3º Domingo da Quaresma (24.02.08)1. Jesus veio assentar-se ao lado do poço e ali pede de beber a uma mulher samaritana. Estabelece um diálogo que atravessa os séculos. Deus tem sede de saciar a sede. Oferece sua água: A água que eu lhe der se tornará uma fonte que jorra para a vida eterna. Tendo em vista o batismo, esse texto mostra que Jesus é a Água Viva. Os samaritanos eram um misto de pagão e judeu. O diálogo vai a uma questão de fundo: Onde adorar a Deus. Jesus diz que em Espírito e Verdade (no Espírito e em Cristo). Jesus se apresenta como fonte da Água Viva. “Quem beber desta água não mais terá sede”. As águas do Batismo matam a sede da vida eterna. Crer em Jesus é ser lavado do pecado e ter uma vida nova.
– 2. Jesus, pedindo água, pede para ser acolhido e acolhe. A água que Jesus dá é o Espírito que jorra dentro de nós. Moisés bateu na rocha e saiu água. Jesus é a rocha que dá a Água do Espírito. A sociedade quer fazer-se salvadora e não salva. Nós temos uma fonte de água corrente que jorra do lado aberto de Cristo. Esse rio fecunda nossas vidas no Batismo e jorra em nossa Eucaristia.
– 3. Onde adorar a Deus?
Em Espírito e Verdade. A samaritana vai avisar o povo sobre Jesus. Encontrar Jesus é deixar o balde vazio e levar outros às fontes da Água Viva. Anuncia a partir de uma experiência pessoal. No tempo quaresmal fazemos uma caminhada batismal. Em cada Eucaristia brota um rio de Água Viva na assembléia da Igreja. Vivendo afogados. Ser afogado nas águas do Batismo não mata! A reflexão dos próximos domingos é sobre o Batismo. É o processo de batismo por etapas. Esse processo deveria ser feito para os adultos que são batizados. Neste domingo temos o evangelho da samaritana a quem Jesus pede água e oferece a Água Viva. Somos batizados na água: Jesus é a Água Viva. No 4º domingo refletimos sobre Jesus que é a Luz; no 5º, Jesus que é a Vida.
As águas do batismo nos afogam para nos purificar do mal e fazer surgir para a vida nova. Crer em Jesus é como tomar a Água Viva. “Quem beber da água que eu darei, nunca mais terá sede. E a água que eu darei, se tornará nele uma fonte de água que jorra para a vida eterna”.
Padre Fábio de Melo divulga esclarecimento sobre polêmicas infundadas envolvendo seu nome depois de uma entrevista no programa de TV “De frente com Gabi.”
Queridos amigos,
Em virtude da polêmica que envolveu minha fidelidade à Ortodoxia Católica, venho esclarecer alguns pontos.
Em nenhum momento da minha vida atentei contra a sacralidade da Igreja Católica Apostólica Romana. Sou Mestre em Teologia Dogmática e zelo muito para que minha pregação esteja de acordo com os ensinamentos da Igreja. Este é o credo que professo: “Creio na Santa Igreja Católica Una, Santa, Católica e Apostólica.” Nunca inventei uma crença particular, ou um modo diferente de compreender esta profissão de fé.
A expressão que usei no programa de “De frente com Gabi”, “Jesus queria o Reino de Deus, mas nós demos a Ele a Igreja” é uma expressão muito usada nos bastidores acadêmicos que frequentei em minha vida, e está distante da proposta herética que ela já representou em outros tempos. O significado evoluiu.
Nossa Fundação é Santa, pois fomos instituídos pelo Cristo. “A Igreja é um corpo, em que nós somos os membros e Jesus Cristo é a cabeça (Col 1,18; I Cor 12,27). Na cabeça o Reino já está estabelecido. Em Cristo, o Reino já está plenamente manifestado. Mas os membros do corpo ainda estão no contexto da busca, pois continuamos arrastando as consequências adâmicas do nosso pecado. E por isto, mesmo que em Cristo o Reino já esteja plenamente manifestado, em nós, Igreja, povo de Deus, ele continua sendo a meta que nunca deixamos de buscar.
O Concílio Vaticano II, através de sua Constituição Dogmática Lumen Gentium, enfatizou que a Igreja é povo de Deus. O povo é errante, pois apesar de estar mergulhado nas graças do batismo, ainda sofre as consequências da fragilidade que o pecado lhe deixou. O mesmo Concílio declarou “O Reino de Cristo já presente em mistério, cresce visivelmente no mundo pelo poder de Deus…” (LG 3).
Presente em mistério. Isto é, cabe a nós, membros deste corpo, apressar a sua chegada. A Igreja é triunfante, mas também é peregrina, penitente, pois que carrega em sua carne a fragilidade de seus membros.
Sim, a Igreja é santa, mas comporta em seu seio os pecadores que somos nós. E por isso dizemos, também com o perigo da imprecisão teológica: “A Igreja é Santa e pecadora”. Bento XVI sugeriu modificar a expressão. “A Igreja é Santa, mas há pecado na Igreja”. Notem que ele salvaguarda a santidade na essência.
Mas o pecado existe na Igreja. Por isto rezamos nas liturgias diárias pelo Santo Padre, pelos bispos, pelo clero, pelo povo de Deus. Clamamos por purificação, luzes em nossas decisões, pois sabemos que é missão do Espírito encaminhar na terra a Igreja que ainda não é Reino de Deus (porque maculada pelos nossos pecados), e que ao Cristo damos diariamente. Mas nós caminhamos na esperança. Sabemos que um dia todas as partes do corpo estarão agindo em perfeita harmonia com a cabeça. Seremos a “Jerusalém Celeste”.
Eu assumo que errei ao usar a expressão. Eu não estava numa sala de aula, lugar onde a Ortodoxia convive bem com a dialética. Não considerei que muitos telespectadores poderiam não entender o contexto da comparação. E por isso peço desculpas. E junto às desculpas, faço minha retratação. Nunca tive problema em assumir meus equívocos. Usei uma expressão que carece ser contextualizada com outras explicações, para que não pareça irresponsável, nem tampouco herética.
Repito. Eu não nego nem neguei a definição dogmática expressa na Lumem Gentium, Número 5.
“O mistério da santa Igreja manifesta-se na sua fundação. O Senhor Jesus deu início à Sua Igreja pregando a boa nova do advento do Reino de Deus prometido desde há séculos nas Escrituras: «cumpriu-se o tempo, o Reino de Deus está próximo» (Mc. 1,15; cfr. Mt. 4,17). Este Reino manifesta-se na palavra, nas obras e na presença de Cristo. A palavra do Senhor compara-se à semente lançada ao campo (Mc. 4,14): aqueles que a ouvem com fé e entram a fazer parte do pequeno rebanho de Cristo (Luc. 12,32), já receberam o Reino; depois, por força própria, a semente germina e cresce até ao tempo da messe (cfr. Mc. 4, 26-29). Também os milagres de Jesus comprovam que já chegou à terra o Reino: «Se lanço fora os demônios com o poder de Deus, é que chegou a vós o Reino de Deus» (Luc. 11,20; cfr. Mt. 12,28). Mas este Reino manifesta-se sobretudo na própria pessoa de Cristo, Filho de Deus e Filho do homem, que veio «para servir e dar a sua vida em redenção por muitos» (Mt. 10,45).”
E quando Jesus, tendo sofrido pelos homens a morte da cruz, ressuscitou, apareceu como Senhor e Cristo e sacerdote eterno (cfr. Act. 2,36; Hebr. 5,6; 7, 17-21) e derramou sobre os discípulos o Espírito prometido pelo Pai (cfr. Act. 2,33). Pelo que a Igreja, enriquecida com os dons do seu fundador e guardando fielmente os seus preceitos de caridade, de humildade e de abnegação, recebe a missão de anunciar e instaurar o Reino de Cristo e de Deus em todos os povos, e constitui o germe e o princípio deste mesmo Reino na terra. Enquanto vai crescendo, suspira pela consumação do Reino e espera e deseja juntar-se ao seu Rei na glória.”
Agradeço pela prece dos que me acompanharam neste momento tão sofrido.
Sofrer é como experimentar as inadequações da vida. Elas estão por toda parte. São geradas pelas nossas escolhas, mas também pelos condicionamentos dos quais somos vítimas.
Sofrimento é destino inevitável, porque é fruto do processo que nos torna humanos. O grande desafio é saber identificar o sofrimento que vale a pena ser sofrido.
Perdemos boa parte da vida com sofrimentos desnecessários, resultados de nossos desajustes, precariedades e falta de sabedoria. São os sofrimentos que nascem de nossa acomodação, quando, por força do hábito, nos acostumamos com o que temos de pior em nós mesmos.
Perdemos a oportunidade de saborear a vida só porque não aprendemos a ciência de administrar os problemas que nos afetam. Invertemos a ordem e a importância das coisas. Sofremos demais por aquilo que é de menos. E sofremos de menos por aquilo que seria realmente importante sofrer um pouco mais.
Sofrer é o mesmo que purificar. Só conhecemos verdadeiramente a essência das coisas à medida que as purificamos. O mesmo acontece na nossa vida. Nossos valores mais essenciais só serão conhecidos por nós mesmos se os submetermos ao processo da purificação.
Talvez, assim, descubramos um jeito de reconhecer as realidades que são essenciais em nossa vida. É só desvendarmos e elencarmos os maiores sofrimentos que já enfrentamos e quais foram os frutos que deles nasceram. Nossos maiores sofrimentos, os mais agudos. Por isso se transformam em valores.
O sofrimento parece conferir um selo de qualidade à vida, porque tem o dom de revesti-la de sacralidade, de retirá-la do comum e elevá-la à condição de sacrifício.
Sacrifício e sofrimento são faces de uma mesma realidade. O sofrimento pode ser também reconhecido como sacrifício, e sacrificar é ato de retirar do lugar comum, tornar sagrado, fazer santo. Essa é a mística cristã a respeito do sofrimento humano. Não há nada nesta vida, por mais trágico que possa nos parecer, que não esteja prenhe de motivos e ensinamentos que nos tornarão melhores. Tudo depende da lente que usamos para enxergar o que nos acontece. Tudo depende do que deixaremos demorar em nós.
Padre Fábio de Melo
“Direção espiritual” na TV Canção Nova. 11/11/2008 – 10h00
VIDEO GRAVADO DIRETAMENTE DO PROGRAMA DIREÇÃO ESPIRITUAL DE PADRE FABIO DE MELO NA CANÇÃO NOVA DIA 05/02/2009
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O COMENTÁRIO
Fabio de Melo na Revista Veja, seria impossível não comentar o tema, afinal tenho Post’s já com o titulo “Padre Fabio de Melo” e é um dos mais visitados. Mesmo antes do lançamento de seu ultimo CD “VIDA” seu nome já era um dos mais procurados.
Padre Fabio de Melo já efetuou Três Shows em nossa cidade, o primeiro promovido pela Comunidade Católica Nossa Senhora das Graças foi totalmente beneficente em apoio a construção de uma casa para a Comunidade, compareceram mais ou menos umas 2.500 pessoas em um local que caberia muito mais. O segundo foi promovido pelo grupo de jovens “El Shaday”, pouco tempo antes do lançamento do CD Vida, conseguiram lotar o Rincão da Paróquia Nossa Senhora de Fátima com uma simples promoção e organização de grupo de jovens, atingindo na maioria o nosso próprio publico Católico que já conhecia Padre Fábio a muito tempo. Já da terceira vez, ele retornou no auge da campanha do CD Vida com uma superprodução, realizado num espaço de Shows alcançou um publico muito maior que amaram o seu lindo Show, a grande vantagem é que neste ultimo Show foram atingidas pessoas que não teem o costume de ouvir uma oração ou pregação e que raramente vão a uma Igreja.
Desta forma a palavra de Deus acaba atingindo pessoas que estavam afastadas e muitas até se voltam para Jesus, é uma ótima forma de evangelizar, com ótimos resultados, mas como o próprio Padre Fabio de Melo diz, sempre é preciso dar um pequeno sermão quando as mulheres extrapolam nos elogios, ele fala a seu respeito, deixa bem claro que é um Padre e não um Ídolo qualquer, devendo ser respeitado como tal. É claro que isto nunca é o suficiente, basta ouvir os comentários do publico feminino para percebermos que nutrem esperanças como se ele fosse um jovem qualquer e solteirinho da silva.
Também li a matéria da Revista Veja, achei uma reportagem de tremendo mau gosto, parece-me que a intenção do repórter era mesmo de agulhar o concorrente, inventando qualquer tipo de coisa para denegrir sua imagem. Paralelamente nas outras reportagens apresentadas como apoio ao tema com os outros cantores Católicos e Evangélicos, percebi a mesma má intenção. Nem a Adriana escapou ilesa de uma alfinetada. Afinal parecia que estava magoado porque os cantores laicos estavam perdendo espaço para aqueles que anunciam o evangelho.
Os cabelos dele refletem raios dourados…
veja a foto e perceba que os raios dourados são um simples efeito de iluminação, nada orquestrado, apenas uma coicidência no ângulo da foto que captou o reflexo de uma luz amarelada.
Todo dia vemos o Padre Fabio de melo na TV, sua imagem e seu corpo, vemos os seus Shows e já tinha ouvido muita crítica a respeito de sua poesia musical e pelo fato de não andar de batina para não se parecer como Padre, mas ninguém viu estes detalhes que o tal repórter descreveu, mas agora todo mundo vê.
E como vê….
A formiguinha virou um elefantão.
É o famoso efeito “VEJA”. (mr)
Que por sinal neste numero achei que estava tão magrinha… coitadinha… Deve ser o efeito da “CRISE” que o Profeta “TV” apregoa aos quatro ventos. Com esta edição do Padre Fábio de Melo já deve ter recuperado um pouco do prejuízo na baixa do mercado, já é um pequeno reflexo do Brilho dourado do Espírito Santo refletindo uma nova esperança Divina.
Porém, como analisou o reporter, a crise não teria afetado tanto assim os nossos cantores de Deus.
Por que não?
Afinal não é nos momentos de CRISE que todo mundo corre para Deus e a Igreja ?
Mas e agora ?
Hoje tem programa na Tv canção Nova !
Qual será a Resposta de Padre Fábio de Melo ?
É o que todos esperam, e esperam um pouco mais do que aquelas intervenções costumeiras durante os Shows.
Esperemos que Ele mude algumas de suas atitudes, use roupas mais normais e de repente, se apresente em publico um pouco mais parecido com um Sacerdote, afinal em primeiro lugar ele é um Sacerdote. Antes mesmo de ser um cantor e escritor Cristão ele é um Padre de nossa Igreja e deve ser reconhecido e respeitado como tal. Se não o respeitaram desta vez foi porque talvez não o reconheceram.
Ps. Depois do programa pensei em até alterar este conteúdo acima porque seria totalmente desnecessário, note a diferença na imagem do Youtube acima que é de um programa anterior com a imagem que ele apresentou hoje em seu programa e me diga se estas observações seriam mesmo necessárias.
Não tenho o menor interesse em denegrir a Imagem de Padre Fábio, nem de induzi-lo a mudar sua maneira de ser ou fazer coisas que acha desnecessário, simplesmente tentei reproduzir aqui o que senti lendo e ouvindo comentários em toda parte e que na verdade todos nós queremos o seu bem e esperamos de todo coração que Deus o abençoe cada vez mais nesta caminhada tão difícil de pregador e cantor do Evangelho.
Agora é fazer mágica para sumir com o elefantão e fazer aparecer a formiguinha de novo que revela Jesus na sua tão sublime simplicidade Divina.
“Ali havia o poço de Jacó. E Jesus, fatigado da viagem, sentou-se à beira do poço. Era por volta do meio-dia. Veio uma mulher da Samaria tirar água. Pediu-lhe Jesus:
“O deserto é belo porque no meio dele sempre existirá um poço” (St. Exupéry).
Os patriarcas Hebreus, em suas migrações, armavam uma tenda e cavavam um poço. A história da salvação está pontilhada destes poços. O Pai Jacó foi quem cavou esse poço que era uma fonte de vida para aquela cidade de Samaria.
Jesus, ao meio dia, senta-se ao lado do poço e pede de beber a uma samaritana. Na Cruz, repetirá esta mesma frase: “Tenho sede”.
A sede de Deus é dar de beber sua água viva. Ali, junto daquele poço, dá-se um diálogo. Era Deus que abria um novo poço para sua sede. Ali esperou uma mulher meio pagã, símbolo do mundo sedento que não sabe onde encontrar a água. “A água que eu lhe der se tornará fonte que jorra para a vida eterna”, diz Jesus. Esse evangelho é colocado nesse domingo em vista da preparação para a celebração do Batismo, na noite de Páscoa.
Temos 5 domingos:
1º: Cristo vence o mal;
2º: Cristo é transfigurado.
3º: Promete a Água Viva.
4º: É a Luz;
5º: É a Vida.
No simbolismo da água, encontramos Cristo que dá a Água Viva no Batismo. Ali, junto ao poço de Jacó, espera pela samaritana. Os samaritanos eram o resultado de uma mistura de judeus e 5 povos e seus deuses (os 5 maridos da mulher). Ela se admira que Ele peça água a uma mulher e, pior, uma samaritana. Jesus é a realização da profecia: “Bebereis com alegria das fontes da salvação” (Is 12,3). Ele lhe faz uma catequese. Jesus que não cede na fé: “A salvação vem dos judeus”. Mas abre os tesouros de Deus a todos: “Os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em Espírito e Verdade” (Jo 4,23).
A verdade está ali: O Cristo: “Sou eu que estou falando contigo” (Jo 4,26). Os samaritanos crêem em Jesus. Ele é a fonte das Águas da Vida. “Quem beber desta água não terá mais sede. E a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água que jorra para a vida eterna” (Jo 4,14). As águas do Batismo matam a sede da vida eterna. Crer em Jesus é ser lavado do pecado. O batismo faz germinar uma vida nova em Cristo.
Nós temos sede. A samaritana busca água para sua sede e encontra em Jesus a fonte: Diz ela: “Dá-me desta água”. Dar água é acolher. Ele, pedindo água, pediu para ser acolhido e, ao mesmo tempo, acolhe. A água que Jesus dá é o Espírito Santo, a força que vem de dentro e ‘jorra para a vida eterna’. O Povo no deserto murmura contra Moisés, pois eles não têm água. Preferem voltar ao Egito e serem escravos novamente: (Ex 17,3). Moisés bate na rocha e brota água abundante (Ex 17,6). Cristo é a Rocha que dá a água do Espírito. Paulo nos ensina que somos salvos e justificados por Cristo. Essa salvação vem a nós pelas águas do Batismo que sacia nossa sede fundamental: Ter Deus. A sociedade quer fazer-se salvadora de si mesma e não se salvam. Nós temos uma fonte de água corrente (Água Viva) que jorra do lado aberto de Cristo (Jo 9,34). Esse rio fecunda nossas vidas, a partir do batismo, e jorra em nossas celebrações.
Adorar em Espírito e Verdade
Jesus tem um diálogo religioso com a samaritana que queria saber onde adorar a Deus: em Jerusalém ou no monte Garizim. Jesus responde que os verdadeiros adoradores superarão a religião de templos e irão à adoração em Espírito e Verdade – no Espírito Santo e em Cristo.
A mulher vai anunciar ao povo sobre Jesus. Encontrar Jesus a leva a deixar o balde vazio e levar outros às fontes d’Água Viva. Ela é a primeira missionária que convida a acolher a fé. Conta a experiência que ela própria fez: “Vi um homem… assim, assim; não será ele o Messias?” No tempo quaresmal fazemos uma caminhada batismal. Para nós, em cada Eucaristia, brota um rio de Água Viva na assembléia da Igreja. Leituras: Êxodo 17,3-7; Salmo 94; Romanos 5,1-2.5-8; João 4,5-15.19b-26,39ª.40-42. Ficha nº 686 – Homilia do 3º Domingo da Quaresma (24.02.08)1. Jesus veio assentar-se ao lado do poço e ali pede de beber a uma mulher samaritana. Estabelece um diálogo que atravessa os séculos. Deus tem sede de saciar a sede. Oferece sua própria água sobrenatural: A água que eu lhe der se tornará uma fonte que jorra para a vida eterna. Tendo em vista o batismo, esse texto mostra que Jesus é a Água Viva. Os samaritanos eram um misto de pagão e judeu. O diálogo vai a uma questão de fundo: Onde adorar a Deus. Jesus diz que em Espírito e Verdade (no Espírito e em Cristo). Jesus se apresenta como fonte da Água Viva. “Quem beber desta água não mais terá sede”. As águas do Batismo matam a sede da vida eterna. Crer em Jesus é ser lavado do pecado e ter uma vida nova.
– 2. Jesus, pedindo água, pede para ser acolhido e acolhe. A água que Jesus dá é o Espírito que jorra dentro de nós. Moisés bateu na rocha e saiu água. Jesus é a rocha que dá a Água do Espírito. A sociedade quer fazer-se salvadora e não salva. Nós temos uma fonte de água corrente que jorra do lado aberto de Cristo. Esse rio fecunda nossas vidas no Batismo e jorra em nossa Eucaristia.
– 3. Onde adorar a Deus?
Em Espírito e Verdade. A samaritana vai avisar o povo sobre Jesus. Encontrar Jesus é deixar o balde vazio e levar outros às fontes da Água Viva. Anuncia a partir de uma experiência pessoal. No tempo quaresmal fazemos uma caminhada batismal. Em cada Eucaristia brota um rio de Água Viva na assembléia da Igreja. Vivendo afogados. Ser afogado nas águas do Batismo não mata! A reflexão dos próximos domingos é sobre o Batismo. É o processo de batismo por etapas. Esse processo deveria ser feito para os adultos que são batizados. Neste domingo temos o evangelho da samaritana a quem Jesus pede água e oferece a Água Viva. Somos batizados na água: Jesus é a Água Viva.
No 4º domingo refletimos sobre Jesus que é a Luz; no
5º, Jesus que é a Vida.
As águas do batismo nos afogam para nos purificar do mal e fazer surgir para a vida nova. Crer em Jesus é como tomar a Água Viva. “Quem beber da água que eu darei, nunca mais terá sede. E a água que eu darei, se tornará nele uma fonte de água que jorra para a vida eterna”.
Afogue-se nessa água que é Jesus, pela fé, e viva para sempre.