In Memorian – Orlando Fedeli.


O site Montfort divulgou neste último dia 9/6/2010 uma nota de falecimento de seu Fundador e diretor, O Professor Orlando Fedeli.

Ele foi vítima de um infarto e não foram divulgados maiores detalhes sobre o acontecimento, seu sepultamento ocorreu ontem à tarde às 16:00 Hs logo após uma Missa celebrada com corpo presente na Igreja Nossa Senhora das Dores.

Endereço: Rua Tabor, 283 – Ipiranga.

Cemitério Vila Mariana

Endereço: São Paulo/SP, Rua Lacerda Franco, 2012.

Mapaaqui.

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Neste momento de dor, que possamos nos unir em oração, para que Deus derrame suas graças e console os corações, que possa acolher também este filho que tanto lutou pela Fé Católica.

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Usando as palavras de São Paulo:

(II Timóteo 4,7)

“Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé.”


Adorai, Adorai, Adorai …




“Deus é Espírito, e os seus adoradores devem adorá-lo em espírito e verdade.”

(São João 4,24).



Capela Sagrada Familia por fotosquefalam.



Mas vem a hora, e já chegou, em que os verdadeiros adoradores hão de adorar o Pai em espírito e verdade, e são esses adoradores que o Pai deseja.

(São João 4,23)



Jesus Eucaristico por Natalino Ueda.



“Senhor, disse-lhe a mulher, vejo que és profeta!… – Nossos pais adoraram neste monte, mas vós dizeis que é em Jerusalém que se deve adorar. – Jesus respondeu: Mulher, acredita-me, vem a hora em que não adorareis o Pai, nem neste monte nem em Jerusalém.” (São João 4)



Adoração por fotosquefalam.

Flickr – Galeria de fotosquefalam


Nas palavras da mulher Samaritana, percebe-se um desconhecimento a respeito do verdadeiro ato de adoração, tanto é que, Jesus demonstra que numa verdadeira adoração a hora “Um Tempo” ou o local “Neste Monte” são o que menos importam, se bem que existia uma Lei para os Judeus que pelo menos uma vez ao ano deveriam se dirigir a Jerusalém para prestar culto e Adorar o Senhor no “Templo de Salomão” lugar onde Ele Habitava, sendo que naquela época, Deus resumiu a sua presença à uma arca e um lugar Santíssimo, local este onde somente o Sumo sacerdote poderia entrar, entregando ao Senhor um sacrifício perfeito pelo perdão dos pecados cometidos por todo aquele povo.

Os Judeus visitavam o templo em Jerusalém várias vezes por ano, mas na época da Páscoa segundo relatos históricos a cidade e entorno dela abrigavam um público aproximadamente de um milhão de pessoas, que cumpriam os preceitos da lei Judaica adorando a Deus em sua casa.

A Samaritana estava correta em sua afirmação, porém este acumulo de pessoas em Jerusalém naquele mesmo dia, não significava que realmente estavam prestando um culto de adoração agradável a Deus, o maior exemplo desta verdade foi aquele momento em que Jesus expulsou os vendilhões do Templo porque se preocupavam unicamente com o comércio e não com a adoração ao Senhor, fatos semelhantes a este acontecem em todos os locais de grande peregrinação, como Aparecida e Fátima, 80 % do comércio em Aparecida gira em torno dos visitantes e turistas que passam pela cidade e compram lembranças para levar para casa.

Por outro lado, Jesus já declarava que seria aberto um novo caminho, uma nova maneira de encontrar a Deus, não apenas para os Judeus, como também para todos os povos da Terra.

Mudança que ocorreu ao finalizar o seu sacrifício na Cruz, naquele instante em que Jesus entregou seu Espírito ao Pai, o véu que separava o lugar santíssimo no templo do lugar onde o povo permanecia, se rasgou de alto a baixo, sendo que Deus ficou exposto para quem quisesse ver, assim como Ele sempre desejou estar. Isto equivaleria ao encontro com Moisés no Monte Horebe ou na Tenda do testemunho quando vagavam pelo deserto ou ainda quando Deus falou com Adão no paraíso logo após o primeiro pecado, quando o homem se escondeu do Pai entre as árvores do jardim, agora porém, por iniciativa do próprio Deus este caminho foi reaberto e o Pai mais uma vez se apresenta ao homem onde quer que ele esteja.

Jesus afirma com estas palavras que o Pai não estará mais se limitando em um certo lugar ou em um certo momento e que podemos encontrá-lo e adorá-lo sempre que nosso coração estiver disposto a isto, é assim que São Paulo nos ensina dizendo que somos o templo onde Deus habita se referindo às palavras de Jesus que dizem: O Espírito Santo virá para estar eternamente conosco e que estaria em nossos corações.   Encontrar Deus, Estar com Ele e adorá-lo não significa se afastar da comunidade, abandonar a Igreja e os Sacramentos porque é justamente através dos Sacramentos recebidos na Igreja que alimentamos nossa fé e podemos também conviver com a comunidade que é o corpo de Cristo.


Adoração por fotosquefalam.

Flickr – Galeria de fotosquefalam


Mas afinal de contas o que vem a ser esta Adoração ?

Adorar é prestar culto ao ser superior, neste caso “Amarás, somente ao Senhor seu Deus de todo o seu coração, com todas as tuas Forças e com todo o seu entendimento…” (São Lucas 10,27)

O Primeiro mandamento da lei de Deus é o melhor exemplo, mostrando que todo nosso culto de louvor e adoração deverá ser direcionado ao nosso único Deus e Criador, de uma forma exclusiva e incondicional.

A Samaritana não sabia quem era Jesus, não o conhecia, nem sabia nada a seu respeito, muito menos conhecia seu Pai que é o Deus que criou todas as coisas, como poderia saber a forma correta de adorá-lo?   Na verdade ela fazia parte de um povo não Judeu que foi introduzido naquela terra e lá entraram em contato com a prática de adoração de nosso Deus que era naqueles dias Deus apenas do povo Judeu, porém não o conheciam e nem mesmo o amavam, por isso ela questionava o motivo pelo qual deveria se dirigir a Jerusalém para adorá-lo.

O primeiro passo para se adorar a Deus, seria conhecê-lo, porque “não se ama aquele que não se conhece”, se não existir amor não existirá uma perfeita adoração.

São Paulo passando por Atenas, se deparou com um altar dedicado ao “DEUS DESCONHECIDO”, muito se admirou que aqueles homens adorassem até mesmo um deus sem face e inexistente, que na verdade não passava de um pedaço de pedra.     Pois bem, aproveitando que adoravam até mesmo um deus desconhecido, Paulo apresentou-lhes o Deus que seria Deus de todos os outros, “O Deus dos Deuses e Senhor dos Senhores”, aquele que criou o céu e a Terra e que reina soberanamente sobre todas as coisas.

Este seria o nosso Deus, digno de todo louvor e toda adoração, mas que por falta de conhecimento, acabamos o desprezando e muitas vezes dedicando o nosso amor a um outro deus ou a um ídolo que não é Deus e não passa de um objeto criado pelo próprio homem.  Hoje em nosso mundo são as coisas e o dinheiro que acabam recebendo o amor integral do coração dos homens que não conhecem a Deus, isto é claro seria uma idolatria e abominável aos olhos de Deus.

Por isso, falar da verdadeira adoração hoje é tão importante, porque os homens se afastaram de Deus e não mais reconhecem a sua voz, despertar o coração dos homens para sentirem a presença de Jesus na Eucaristia a ponto de verem ali aquilo que realmente É, “JESUS VIVO E PRESENTE NO MEIO DE NÓS”, este Jesus é aquele mesmo que caminhava no meio do seu povo curando e transformando os corações, aquele Jesus que bastaria tocar em suas vestes para  que um fluxo permanente de sangue se estancasse imediatamente, trazendo uma cura almejada por anos a fio e não alcançada.

Diz os evangelhos que uma multidão seguia Jesus por onde quer que Ele fosse, buscavam muitas coisas, mas principalmente buscavam aquele amor que jorrava continuamente de seu Coração, este é o mesmo Jesus que ressuscitou e que está no sacrário e no Ostensório de braços abertos para nos acolher, pronto para curar e transformar os corações como sempre fez, mas a maioria das pessoas olham e nada vêem além de um objeto de ouro em cima do altar, enquanto que outros testemunham experimentar visões maravilhosas, como o testemunho de um Pastor evangélico que ao visitar uma Igreja Católica se deparou com uma bola de fogo em cima de um Cálice, na verdade um Cálice na aparência, mas onde estava o sangue de Jesus que foi doado a cada um de nós.

Quando o conhecemos e reconhecemos que realmente Ele está vivo e presente no meio de nós através da Eucaristia, então começamos a experimentar este poder em nossas vidas que enche o nosso coração com aquele AMOR intenso para que possamos Adorar a Deus em Espírito e Verdade, como Ele é digno de ser Adorado.

Um Deus Desconhecido para muita gente mas um Deus poderoso que realiza milagres na vida de todos aqueles que acreditam em seu nome.


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Ruinas Templo de baal na Siria.


O episódio no templo pagão…

(I Samuel, 5 e 6)


Os filisteus apoderaram-se, pois, da arca de Deus e levaram-na de Eben-Ezer para Azot.  Tomaram a arca de Deus e meteram-na no templo de Dagon, colocando-a junto do ídolo. No dia seguinte, levantando-se pela manhã, os habitantes de Azot viram Dagon estendido com o rosto por terra diante da arca do Senhor. Levantaram o ídolo e repuseram-no no seu lugar. Na manhã seguinte, ao se levantarem, encontraram (de novo) Dagon estendido com o rosto por terra diante da arca do Senhor; a cabeça do deus e suas duas mãos estavam desprendidas e jaziam perto do limiar. Dele só restou o tronco. A mão do Senhor pesava sobre os habitantes de Azot; ele os devastou e os feriu de hemorroidas na cidade e no seu território. […]

[…] 6,1 – Esteve a arca do Senhor na terra dos filisteus sete meses.

Estes convocaram os seus sacerdotes e adivinhos e perguntaram-lhes:

Que faremos da arca do Senhor ?

Dizei-nos como havemos de a devolver ao seu lugar ?


14+Dagon+no+templo[1]


Deus demonstrou seu poder no meio de seus inimigos e bastou sua presença para causar um transtorno terrível aos habitantes daquela cidade, o interessante foi como Ele mostrou que nenhum deus feito de pedra poderia realizar qualquer coisa em favor dos homens que o adoravam, de forma que em várias oportunidades a bíblia relata fatos semelhantes a este onde os deuses jamais realizaram nenhum milagre ou ação que demonstrasse vida e eram totalmente incapazes de fazer alguma coisa porque não passavam de uma imagem esculpida na pedra.    Os inimigos do povo de Israel passaram a temer o Senhor porque reconheceram seu poder através de suas ações e manifestações, não ousavam nem tocar na Arca onde Deus estava, apesar de não adorá-lo demonstravam lhe o maior respeito.

Acompanhando os eventos de hoje, percebemos que o respeito aos objetos sagrados e ao culto de adoração a Deus tem diminuído bastante, são muitos aqueles que menosprezam e outros até que blasfemam contra Deus tentando provar que Deus é uma invenção da mente humana e acabam difundindo suas ideias pelo mundo através do ateísmo e do ceticismo, mas muitos destes ateus e céticos na verdade demonstram atitudes anti-cristãs porque quem é ateu na essência da palavra seria aquele que não acredita em Deus, logo porque se preocupar com algo que você crê que não existe ?    Atitude anti-cristã são aquelas que tem como objetivo destruir a fé com mentiras e deboches e ultimamente estão atacando os objetos de culto e difamando a Igreja, muitas vezes atacam diretamente a Eucaristia que é o Corpo de Deus entre nós.

Estes pseudo-ateus não são ateus e nem mesmo céticos e sim anti-cristos a serviço do inimigo, agem claramente e intencionalmente para denegrir a imagem de Deus neste mundo. A principal ação destes inimigos são confundir e colocar dúvidas nos corações dos filhos de Deus referentes à presença real de Deus na Eucaristia, por isso blasfemam contra ela, roubando sacrários e divulgando imagens abomináveis na internet levando os fracos na fé a fazer aquela velha afirmação do ladrão que morreu ao lado de Jesus:

Se Tu és o Filho de Deus, porque não desces da cruz e salva-te a Ti mesmo ?

A Resposta para esta pergunta Jesus já havia sido dito a Nicodemos anos antes:

Porque é necessário que o Filho do Homem seja levantado no madeiro, para que o mundo seja salvo por Ele. (João 3,13)

Vê se logo que a nossa salvação não estaria no fato de ser capaz de descer da Cruz e sim no amor demonstrado em subir na Cruz quando se teria poder e capacidade para não fazê-lo.  O próprio inimigo já havia tentado Jesus antes com esta mesma ideia e hoje continua insistindo sempre neste mesmo ponto.

A nossa resposta de verdadeiros Cristãos e filhos de Deus deve ser:

Crer cada vez mais e buscar esta “ADORAÇÃO PERFEITA” cada vez mais em nossas vidas.

Porque provas da presença de Deus neste mundo e principalmente na sua Igreja já foram demonstradas milhares de vezes através dos séculos, relatos de milagres que aconteceram no passado e milagres permanentes que continuam até hoje como “LANCIANO” e “A VIRGEM DE GUADALUPE” que a inteligência humana e todas as leis da natureza não conseguem explicar ou justificar como aconteceram e principalmente como e porque estão lá até hoje depois de 480 anos ou depois de 1300 anos, tudo isso para que os São Tomés de hoje também pudessem se certificar que Jesus está realmente vivo entre nós.

Que diremos depois disso? Se Deus é por nós, quem será contra nós ? (Romanos, 8,31)

Aliás, sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são os eleitos, segundo os seus desígnios. (Romanos, 8,28).

Nem aqui e nem em Jerusalém…

aguarde …









TRADIÇÃO E “TRADICIONALISTAS”.

Dom João Wilk, Bispo da Diocese de Anápolis esclarece a seus fiéis sobre modernismo, tradição e Radicais-Tradicionalistas, publicando o texto de Pe. Françoá Rodrigues Figueiredo Costa no site oficial da Diocese de Anápolis, texto esse de grande aceitação e publicado também em diversos outros sites de cunho “apologético” que defendem a verdadeira fé e doutrina Católica aprovada pelo Magistério oficial da Igreja em Comunhão com o Papa Bento XVI e todo o clero brasileiro,


Tradição e “tradicionalistas”

Pe. Françoá Rodrigues Figueiredo Costa,
sacerdote do clero secular
da Diocese de Anápolis,
15/12/2007


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Qualquer católico que se dedique a estudar essa questão através do Magistério da Igreja e a ação dos Romanos Pontífices, perceberá que o que se deseja é a unidade e a paz na Igreja. O católico sempre tem uma visão ampla das coisas; de fato a palavra “católico” significa “universal”. A Igreja sabe ser “santamente intransigente” no que é de fé e de moral, mas também sabe ser “santamente transigente” em tudo aquilo que pode ser ocasião de um diálogo aberto com o mundo sem abandonar o que Cristo lhe deixou para levar as pessoas ao céu.

É verdadeiramente doloroso ver o Papa e os bispos em comunhão com ele serem combatidos por “fiéis” que em nome da “fidelidade” ao que chamam “tradição” lutam contra os guardiães e autênticos intérpretes da própria Tradição.

Esse artigo, no seu título leva a palavra “tradicionalistas” entre aspas, porque sabemos que sob essa palavra há uma realidade concreta, muito ampla e complexa. Mormente nos referimos nesse artigo àqueles tradicionalistas que se afastaram da comunhão Católica e a ela não voltaram ou àqueles que, ainda que se dizem em comunhão com a Igreja, combatem-na.


1 – Movimento modernista

Uma ocasião de reflexão dentro da Igreja do que significa a Tradição foi sem dúvida, entre outros, o movimento chamado “modernismo”, que designa um movimento intelectual no âmbito eclesiástico e que influenciou bastante durante os séculos XIX e XX. Dois autores que representam esse movimento: os franceses Paul Sabatier e Alfred Loisy.

Contra o modernismo foram dirigidos os famosos documentos: o Decreto Lamentabili sane exitu, (03/07/1907) do Santo Oficio, e a Encíclica Pascendi Dominici Gregis (08/12/1907) do Papa São Pio X.

O Decreto Lamentabili condena e proscreve 65 proposições modernistas. Segundo o decreto, o modernismo defende que a leitura que a Igreja faz da Bíblia não é correta, conseqüentemente defendem esses autores uma oposição entre dogma e história. O Cristo da história seria um homem com simples ciência humana, que não teve a intenção de fundar uma Igreja. Dessa maneira, a Igreja não teria origem divina nem uma autoridade sobre-humana. A Moral e os Sacramentos nesse contexto também não teriam um grande valor já que seriam adaptações de fenômenos históricos com pretensão de ser imutáveis.

Com relação à Pascendi, é grande obra intelectual que pressupõe muita leitura por detrás. A primeira parte da encíclica expõe as doutrinas modernistas; a segunda, as reprova como inaceitáveis (são erros sobre Jesus Cristo, a Igreja e os Sacramentos, principalmente). A tradição, segundo os modernistas, protegida pela Igreja, é a comunicação de uma experiência religiosa original que, mais cedo ou mais tarde, acaba enfrentando-se com o progresso.

O decreto e a encíclica, ao entrar em luta contra o modernismo, queriam dar resposta a uma situação pontual, que responde a uma determinada época histórica. Logicamente, esses documentos continuam válidos. No entanto, não seria razoavelmente válido julgar a nossa época da mesma maneira que se fez no principio do século XX e usar a linguagem do documento para atacar e combater o Concílio Vaticano II, a bispos que estão em perfeita comunhão com o Papa e com o seu Magistério.


2 – O cisma de um bispo francês

Marcel Lefebvre (1905-1991) se opôs, durante o mesmo Concílio Vaticano II, à colegialidade episcopal, à relação da Igreja com o mundo, à liberdade religiosa. Não assinou a Constituição Dogmática Gaudium et Spes nem a Dignitatis Humanae. Em 1970 fundou em Friburgo, na Suíça, a “Fraternidade Sacerdotal S. Pio X”, que chegou até a ser aprovada pelo bispo do lugar como “pia união”.

Defendia vigorosamente que a tradição católica estava em perigo de perder-se a partir do Concílio Vaticano II. Esse Concílio representava para ele uma autêntica ruptura com a Tradição. O movimento tradicionalista devia opor-se a isso, inclusive frente à autoridade suprema do Romano Pontífice. O seminário de Êcone atuava como se não houvesse existido um Concilio e nesse seminário de Lefebvre se criticava duramente o Concílio Vaticano II e o Papa Paulo VI.

Numa declaração do dia 21 de novembro de 1974, Lefebvre fez pública uma declaração sua na qual atacava diretamente Roma e o Concilio Vaticano II. Insistiu em apelar ao “Magistério de sempre”, à “Igreja de sempre”, à “Liturgia de sempre”, à “Tradição”, que seriam a vida da Igreja anterior ao Concílio Vaticano II. Curiosamente, “adesão sem reserva à Santa Sé e ao Vigário de Cristo” não significa para Lefebvre submissão às medidas da Santa Sede e do Vigário de Cristo!

No dia 29 de junho de 1976, Lefebvre ordenou – apesar da proibição do Papa – 13 diáconos e 13 presbíteros. No dia 1º de junho do mesmo ano foi suspenso a divinis. Paulo VI escreveu-lhe novamente no dia 15 de agosto de 1976 convidando-o a retificar. Recebeu-o em audiência privada no dia 11 de setembro. Com todo esse esforço do Papa, nenhum sinal de submissão por parte do arcebispo, tão somente respostas vazias. O Papa Paulo VI morreu em 1978 e João Paulo II, no mesmo ano, recebeu o arcebispo Lefebvre em audiência.

Ainda que os gestos de bondade da Santa Sé tenham sido tantos, Lefebvre não depôs a sua atitude, não se submeteu. O mesmo cardeal Ratzinger, atual Papa Bento XVI, se aproximou tentando a reconciliação. Nada! Dia dramático: 30 de junho de 1988, Lefebvre ordenou bispos a quatro sacerdotes sem o mandato apostólico. Um ato verdadeiramente cismático!

Como se pode perceber, Lefebvre tem um conceito de tradição muito próprio. Para ele, a liturgia eucarística segundo o rito latino promulgado por S. Pio V, a liberdade religiosa tal como se compreendia até o Decreto Dignitatis Humanae, a formação sacerdotal, etc., têm validez tradicional única em quanto que são anteriores ao Concílio Vaticano II. A argumentação de Lefebvre é esta: já que o Concílio Vaticano II rompeu com a tradição, basta saber se uma coisa é anterior a esse Concílio para ter validez.

O conceito de tradição que manejou Lefebvre e seus seguidores fiéis não é católico e de fato os conduziu para fora da Igreja Católica. Esta, em resposta ao movimento integrista, se viu levada a refletir amplamente sobre o sentido verdadeiro da Tradição.



3 – O que é Tradição?

É preciso distinguir entre a Tradição Apostólica, ou “grande tradição”, das tradições teológicas, disciplinares, litúrgicas ou devocionais. A Tradição Apostólica está afetada pela temporalidade que dura, já que não pode existir interrupção entre o momento original da entrega (traditio) do Evangelho e o hoje da Igreja. Em quanto às tradições disciplinares, teológicas, litúrgicas etc., leva em si o critério da duração que lhe afeta apenas relativamente, não de uma maneira absoluta. Lefebvre insiste em conteúdos materiais e fixa, ele mesmo, um limite temporal: o anterior ao Concílio Vaticano II. Mas, perguntamos, com que autoridade?

Curiosamente, Lefebvre assinou a Constituição Dogmática Dei Verbum, do Concílio Vaticano II, que explica o sentido da Tradição. Nesse documento se ensina que a revelação divina tem lugar não só na Palavra, mas também na história. Afirmar constantemente a imutabilidade de Deus é ficar em apenas um dos aspectos. É preciso também ressaltar que Deus falou com os homens na história. Essa locução de Deus na história faz com que esteja irremediavelmente afetada pelo elemento histórico. É preciso que tenhamos bastante presente que o Verbo de Deus se fez carne na nossa história e que se dirigiu ao ser humano com linguagem humana, com toda a limitação que essa linguagem leva consigo.

O movimento “tradicionalista” tem uma visão de tradição que se confunde com o “tradicional”, de tal maneira que o tradicional acaba sendo o critério para julgar a própria verdade de fé, tem um sentido de tradição que reclama ser um critério absoluto, e, com esse critério, muitos membros desse movimento têm a ousadia de enfrentar até mesmo a autoridade do Papa e dos Bispos em comunhão com ele. Ora, tal visão distorcida do verdadeiro sentido da tradição da Igreja se transforma em destruidora da mesma Igreja indestrutível.

O conceito de tradição que Lefebvre tem é muito perigoso, já que desde um ponto de vista eclesiológico não reconhece a presença do Espírito Santo na Igreja do Concílio Vaticano II, dando a entender que a Igreja falhou na sua missão de guardar a doutrina verdadeira e de guiar os fiéis na verdade de Cristo. Há uma ruptura no tempo. A impressão que temos é que, segundo alguns setores tradicionalistas, a Igreja parou em Pio XII, e que vale apenas deste Papa para trás e que todo o posterior a João XXIII e o Concílio Vaticano II, como estaria, segundo essa visão, contaminada de modernismo, não seria válido, já que não é tradicional. Que absurdo!


Ecclesia reformanda.

A Igreja necessita de continua reforma, de dois tipos:
1 – necessita de reforma porque tem em seu seio os pecadores; sendo santa deve buscar sem parar a santidade que só terá em plenitude na escatologia;
2 – necessita de reforma porque é um organismo vivo afetado pela história. Quanto a este segundo tipo, é lógico que não se pode estar sempre e em contínuas reformas, já que ininterruptas reformas levariam a uma perda de identidade, mas – também é lógico – a Igreja não pode fechar-se a toda mudança em nome de uma “identidade” falsamente entendida; se assim fosse, a Igreja seria mero objeto de museu.

Ainda que a eleição dos meios determinados de uma reforma por parte da autoridade da Igreja não seja objeto de fé, pede dos fiéis a obediência que exige a comunhão eclesial. Essa obediência não impede que determinado fiel bem formado possa ter um juízo pessoal sobre se é adequado ou não determinadas medidas para conseguir a reforma que se pretende. Esse juízo, no entanto, não pode estabelecer-se de modo absoluto, nem ser comunicado indiscriminadamente; se ficasse dessa maneira afetada a comunhão na Igreja.


4 – João Paulo II e Bento XVI

Como já dissemos, a trajetória de Lefebvre tem um dia bastante dramático, 30 de junho de 1988, por causa da ordenação episcopal de quatro sacerdotes que aconteceu naquele dia. Foi um ato cismático já que para consagrar um bispo é necessário o mandato pontifício, que Lefebvre não tinha. Eles ficaram, portanto, fora da comunhão da Igreja Católica.

Esse acontecimento deu lugar à Carta Apostólica de João Paulo II em forma de “Motu Proprio”, Ecclesia Dei adflicta, de 02 de julho de 1988.


Nesta Carta o Papa fala da aflição da Igreja ao tomar conhecimento da ordenação episcopal do dia 30 de junho, feita pelo arcebispo Marcel Lefebvre. A ordenação “foi uma desobediência ao Romano Pontífice em matéria gravíssima e de importância capital para a unidade da Igreja”. Foi um ato cismático. Lefebvre e os quatro ordenados incorreram em excomunhão.


O Papa diz, ademais, que se maneja nesse ambiente tradicionalista uma noção incompleta e contraditória de Tradição. “Incompleta, porque não tem em suficiente consideração o caráter vivo da Tradição”. Depois, o Papa dá uma ênfase especial ao falar da contradição que tal noção implica: “Mas é sobretudo contraditória uma noção de Tradição que se opõe ao Magistério universal da Igreja, do qual é detentor o Bispo de Roma e o Colégio dos Bispos. Não se pode permanecer fiel à Tradição rompendo o vinculo eclesial com aquele a quem o próprio Cristo, na pessoa do Apóstolo Pedro, confiou o ministério da unidade na sua Igreja”.


O Papa fala também do grave dever que têm todos os fiéis de permanecer unidos ao Vigário de Cristo na unidade Católica e que não podem apoiar o movimento de Lefebvre. Além do mais, “a adesão formal ao cisma constitui grave ofensa a Deus e comporta a excomunhão estabelecida pelo Direito da Igreja”.


A bondade dos Papas nessa questão, tanto de Paulo VI em seu tempo, quanto de João Paulo II e de Bento XVI se faz notar. João Paulo II constituiu a Comissão Ecclesia Dei para que os fiéis ligados a essas tradições litúrgicas e espirituais possam continuar unidos ao Sucessor de Pedro conservando ao mesmo tempo tais tradições. Bento XVI foi também generosíssimo: concedeu o recente “Motu Proprio” Summorum Pontificum, no qual diz que a forma de celebrar os Sacramentos segundo o Missal de 1962 (Missa de Pio V retocada por João XXIII) é a forma extraordinária do único Rito Romano, enquanto permanece como forma ordinária a liturgia querida por Concílio Vaticano II e promovida pelo Papa Paulo VI.

O que o Papa João Paulo II já tinha previsto no “Motu Próprio” Ecclesia Dei sobre o uso da edição típica do Missal Romano de 1962, Bento XVI aplica generosamente para toda a Igreja. Será que ainda assim há pessoas descontentes? A resposta parece ser afirmativa!

Também não se pode dizer que Summorum Pontificum é simplesmente um “voltar atrás”. O cardeal Dario Castrillón Hoyos, presidente da Comissão Ecclesia Dei, fez uma intervenção na V CELAM em Aparecida no dia 16/05/2007, apresentando a situação atual da Comissão. Dizia o cardeal que o intuito do Papa ao conservar e manter o valor da liturgia dita de São Pio V não é voltar aos tempos anteriores à reforma de 1970, mas de “uma oferta generosa do Vigário de Cristo que, como expressão de sua vontade pastoral, quer pôr à disposição da Igreja todos os tesouros da liturgia latina que durante séculos nutriu a vida espiritual de tantas gerações de fiéis católicos.” Trata-se, como diz o Papa, da forma extraordinária do Rito Romano sendo que a forma ordinária é a liturgia celebrada conforme o Missal de 1970 ou de Paulo VI. Penso sinceramente que o Papa Paulo VI não foi compreendido e espero vê-lo um dia elevado à glória dos altares. Foi um homem que sofreu muito e muito lutou pela Santa Igreja!


Extraímos, a partir de agora, e comentamos alguns trechos do discurso que o Papa Bento XVI fez no dia 22 de dezembro de 2005 à Cúria Romana no qual reconhece o drama da recepção e da situação do pós-concilio Vaticano II, mas “por que – pergunta o Papa – a recepção do Concílio, em grandes partes da Igreja, até agora teve lugar de modo tão difícil?” O Papa fala de dois tipos de interpretação, uma que seria a hermenêutica da descontinuidade e da ruptura, que “corre o risco de terminar numa ruptura entre a Igreja pré-conciliar e a Igreja pós-conciliar”, e a outra seria a hermenêutica da reforma, que seria “renovação na continuidade do único sujeito-Igreja, que o Senhor nos concedeu; é um sujeito que cresce no tempo e se desenvolve, permanecendo, porém, sempre o mesmo, único sujeito do Povo de Deus a caminho”.


A hermenêutica da descontinuidade e da ruptura seria a maneira de pensar tanto no chamado “progressismo” quanto no chamado “tradicionalismo” dentro da Igreja. O argumento é igual nas duas tendências: ambas não aceitam o Concílio Vaticano II. O “progressismo”, porque ao apoiar-se num falso “espírito do Concílio”, realiza o que o Concílio não disse nem teve intenção de dizer. O “tradicionalismo”, ainda que queira ser fiel à Tradição, o que faz é “inventar” um conceito de tradição, que não é o da Igreja.
O Papa Bento XVI, ao contrário dessas duas tendências, fala da importância da “dinâmica da fidelidade”, e continua: “num Concílio, dinâmica e fidelidade devem tornar-se uma só coisa.” O Papa, aceitando que é preciso continuar progredindo, sempre em fidelidade, diz: “É claro que este cuidado de exprimir no modo novo uma determinada verdade exige uma nova reflexão sobre ela e uma nova relação vital com a mesma; é claro também que a nova palavra pode maturar somente se nasce de uma compreensão consciente da verdade expressa e que, por outro lado, a reflexão sobre a fé exige igualmente que se viva esta fé. Neste sentido o programa proposto pelo Papa João XXIII era extremamente exigente, como também é exigente e dinâmica a síntese de fidelidade.”


O programa proposto pelo Bem-aventurado João XXIII é um programa exigente. Alguns não querendo seguir esse programa preferem ficar ancorados num passado cômodo, sem exigência. Ainda é a voz do Papa: “Quarenta anos depois do Concílio podemos realçar que o positivo é muito maior e mais vivo do que não podia parecer na agitação por volta do ano de 1968. Hoje vemos que a boa semente, mesmo desenvolvendo-se lentamente, cresce todavia, e cresce também assim a nossa profunda gratidão pela obra realizada pelo Concílio.”


Em concreto, “O Concílio Vaticano II – continua Bento XVI –, com o Decreto sobre a liberdade religiosa, reconhecendo e fazendo seu um princípio essencial do Estado moderno, recuperou novamente o patrimônio mais profundo da Igreja. Ela pode ser consciente de encontrar-se assim em plena sintonia com o ensinamento do próprio Jesus (cf. Mt 22, 21) como também com a Igreja dos mártires, com os mártires de todos os tempos.”


“ Assim podemos hoje, com gratidão, dirigir o nosso olhar ao Concílio Vaticano II: se o lemos e recebemos guiados por uma justa hermenêutica, ele pode ser e tornar-se cada vez mais uma grande força para a sempre necessária renovação da Igreja” – a avaliação ainda é de Bento XVI.


5 – Ainda sobre o verdadeiro sentido da Tradição


No dia 26 de abril de 2006, numa audiência geral, o Santo Padre Bento XVI continuava explicando o verdadeiro sentido da Tradição: “A Tradição apostólica da Igreja consiste nesta transmissão dos bens da salvação, que faz da comunidade cristã a atualização permanente, na força do Espírito, da comunhão originária. Ela é chamada assim porque surgiu do testemunho dos Apóstolos e da comunidade dos discípulos no tempo das origens, foi entregue sob a guia do Espírito Santo nos textos do Novo Testamento e na vida sacramental, na vida da fé, e a ela, a esta tradição, que é toda a realidade sempre atual do dom de Jesus, a Igreja refere-se continuamente como ao seu fundamento e à sua norma através da sucessão ininterrupta do mistério apostólico.”


Como se pode observar, a Tradição é “transmissão dos bens da salvação”. Não se trata de elementos históricos mutáveis; esses seriam “tradições”, que a Igreja pode mudar se assim vê oportuno e mais adequado às circunstâncias históricas. O mesmo Concílio de Trento, na sua XXI Sessão (16/07/1562), capítulo II, deixava bem claro este principio: a Igreja sempre tem poder de estabelecer ou mudar aquilo que segundo as circunstâncias, tempos e lugares, julgue conveniente à utilidade dos fiéis ou à veneração dos mesmos sacramentos, contanto que fique salvo o essencial deles (salva illorum substantia). Acaso não foi isso que o Concílio Vaticano II fez com relação a reforma litúrgica?!


Além do mais, os que pretendem colocar a chamada Missa tridentina como única possibilidade, não estão, por acaso, excluindo todos os demais ritos católicos?


A Tradição – continua Bento XVI – “não é a simples transmissão material de quanto foi doado no início aos Apóstolos, mas a presença eficaz do Senhor Jesus, crucificado e ressuscitado, que acompanha e guia no Espírito a comunidade por ele reunida.” Relaciona, portanto, Tradição e historicidade da Igreja. Tradição é também comunhão: “A Tradição é a comunhão dos fiéis à volta dos legítimos Pastores no decorrer da história, uma comunhão que o Espírito Santo alimenta garantindo a ligação entre a experiência da fé apostólica, vivida na originária comunidade dos discípulos, e a experiência atual de Cristo na sua Igreja.”


E finalmente, apreciamos a beleza dessa comparação do Santo Padre “Tradição não é transmissão de coisas ou palavras, uma coleção de coisas mortas. A Tradição é o rio vivo que nos liga às origens, o rio vivo no qual as origens estão sempre presentes. O grande rio que nos conduz ao porto da eternidade.”


Queremos citar ainda um trecho da Constituição Dogmática do Concílio Vaticano II sobre a Palavra de Deus, Dei Verbum. Tradição – segundo DV 8 – é o que foi “transmitido pelos Apóstolos, abrange tudo quanto contribui para a vida santa do Povo de Deus e para o aumento da sua fé; e assim a Igreja, na sua doutrina, vida e culto, perpetua e transmite a todas as gerações tudo aquilo que ela é e tudo quanto acredita.” Essa Tradição é susceptível de progresso na Igreja, isso sob a assistência do Espírito Santo: progride a percepção das realidades transmitidas.

Concluímos com aquelas palavras de Dom João Wilk, que penso que todo fiel deve tomá-las para si consciente ou inconscientemente e que resumem de uma maneira admirável o que queríamos dizer até agora. Estão tiradas de sua homilia de posse da nossa Diocese anapolina, no dia 15 de agosto de 2004:

“Permitam-me, irmãos e irmãs, um momento de sinceridade e franqueza. Há pessoas que perguntam se sou conservador ou progressista… Pessoalmente, acho inadequada tal distinção, porque a realidade da Igreja é muito mais ampla do que essas duas palavras. Se por conservadorismo se entende o amor e a salvaguarda dos valores humanos e religiosos, eu sou conservador. Se pelo mesmo se entende apego às coisas secundárias e já superadas, eu não o sou. Se por ser progressista se entende o compromisso de fé e de verdade com novas realidades e desafios, eu sou progressista. Mas se consiste em ter atitudes discordantes ou de simples contestação, eu não o sou.
“É -me muito cara a parábola do pedreiro. Para exercer bem a sua profissão, usa a linha e o prumo. Simples e eficaz. Linha e prumo levam o profissional à perfeição.
“ Tenho por prumo a fidelidade ao eterno e imutável depósito da fé, herdado dos apóstolos. Tenho por linha a fidelidade ao atual Magistério da Igreja. Com estas ferramentas, quero trabalhar e ajudar a Igreja a crescer.”


OBSERVAÇÃO BIBLIOGRÁFICA:

Parte considerável dessa pequena investigação se deve ao professor César Izquierdo, doutor em Teología pela Univesidade de Navarra e professor na mesma, ao qual agradecemos o material cedido. Há dois textos desse autor nos quais me apóio bastante: um livro publicado em 2006, Parádosis – estúdios sobre la Tradición (EUSA – Pamplona); o capítulo IV estuda diretamente o caso Lefebvre; um artigo que está publicado na página web da Universidade de Navarra pelo “Anuário de Historia de la Iglesia” (Año 2007, nº16), Como se há entendido el “modernismo teológico”: discusión historiográfica ( http://www.unav.es ). Muitas expressões usadas são simples traduções do espanhol ao português.


Outra boa parte desse trabalho tem sua fonte na Carta Apostólica em forma de “Motu Proprio” Ecclesia Dei, de 02-VII-1988, de João Paulo II, de um discurso de Bento XVI à Cúria Romana do dia 22/12/2005 e de uma audiência geral do mesmo Papa (26/04/2006).


Além do mais, foram consultados o Denzinger, a página web do CELAM (http://www.br.celam.info) e a página web da Diocese de Anápolis (http://www.diocesedeanapolis.org.br).


Pe. Françoá Costa



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Orlando Fedeli Apagou um pedaço da Carta porque citava um texto bíblico que lhe deixava numa saia justa.

Porque será que o Prof. Orlando Fedeli da Montfort evita citar textos da Bíblia Católica ?

Porque será que os seguidores de Dom Lefebvre dizem que Batismo no Espírito Santo Não existe, mesmo quando se lê na Bíblia que Jesus nos Batizará no Espírito Santo, com fogo e com poder ?

Leia o texto que simplesmente foi deletado e nem ao menos citado.

O Espírito diz expressamente que, nos tempos vindouros, alguns hão de apostatar da fé, dando ouvidos a espíritos embusteiros e a doutrinas diabólicas, 2- de hipócritas e impostores que, marcados na própria consciência com o ferrete da infâmia, 3 – proíbem o casamento, assim como o uso de alimentos que Deus criou para que sejam tomados com ação de graças pelos fiéis e pelos que conhecem a verdade. 4 – Pois tudo o que Deus criou é bom e nada há de reprovável, quando se usa com ação de graças. 5 – Porque se torna santificado pela palavra de Deus e pela oração. 6 – Recomenda esta doutrina aos irmãos, e serás bom ministro de Jesus Cristo, alimentado com as palavras da fé e da sã doutrina que até agora seguiste com exatidão. 7 – Quanto às fábulas profanas, esses contos extravagantes de comadres, rejeita-as. 8 – Exercita-te na piedade. Se o exercício corporal traz algum pequeno proveito, a piedade, esta sim, é útil para tudo, porque tem a promessa da vida presente e da futura. 9 – Eis uma verdade absolutamente certa e digna de fé: 10 – se nos afadigamos e sofremos ultrajes, é porque pusemos a nossa esperança em Deus vivo, que é o Salvador de todos os homens, sobretudo dos fiéis. 11 – Seja este o objeto de tuas prescrições e dos teus ensinamentos. 12 – Ninguém te despreze por seres jovem. Ao contrário, torna-te modelo para os fiéis, no modo de falar e de viver, na caridade, na fé, na castidade. 13 – Enquanto eu não chegar, aplica-te à leitura, à exortação, ao ensino. 14 – Não negligencies o carisma que está em ti e que te foi dado por profecia, quando a assembléia dos anciãos te impôs as mãos. 15 – Põe nisto toda a diligência e empenho, de tal modo que se torne manifesto a todos o teu aproveitamento. 16 – Olha por ti e pela instrução dos outros. E persevera nestas coisas. Se isto fizeres, salvar-te-ás a ti mesmo e aos que te ouvirem.

I Timóteo, 4

Segue minha declaração:

Prof. Orlando Fedeli voltando das aulas proferidas em Anápolis decidiu denegrir a pessoa de nosso bispo a qualquer custo, inventando que foi proibido de proferir suas aulas aqui na cidade, se referiu em suas acusações à um certo panfleto que foi disdriduído nas ruas da Cidade o proibindo de dar suas aulas.

Ninguem viu este panfleto, Creio Eu que nem mesmo ele tenha visto, porque tal panfleto nunca existiu. O que foi publicado em seu site seria um e_mail que circulou entre amigos de minha paróquia, onde Pe. Françoá era o Paroco até o mes de Setembro de 2007, entre esses paroquianos, havia um musico que é cunhado daquele que agendou as aulas com o Sr. Orlando Fedeli, este email chegou até mim, no qual incluí; “Sizenando, estou apenas repassando”, ele continha o texto acima vinculado.

Neste texto havia sim um conselho claro dizendo: “Rejeita-as” as Fábulas de Pessoas, que sem comunhão Plena com a Igreja, decidem instruir os Católicos no Caminho Correto. Sem Comunhão Plena são aqueles que defendem as posições de Dom Lefebvre, Bispo Frances Excomungado pelo Papa João Paulo II. Citado no e_mail do Bispo. Mas como tal e_mail continuu circulando, acabou sendo “ele” o que foi publicado na Montfort, que continha o texto de “Timoteo 4” descrito acima, e que foi abolido.

Falei com a pessoa que repassou o e_mail para a Montfort, ele negou a princípio, mais depois admitiu que este texto estava lá. No mesmo e_mail havia uma outra carta de minha autoria me dirigindo à pessoa que me enviou o Convite para as aulas de HISTÓRIA DA IDADE MÉDIA, Carta essa que já está em meu blog intitulada Carta a Nicodemos., me dirijo a eles desta forma porque o evento estava camuflado e secreto sem o conhecimento de nosso bispo assim como Nicodemos Falou com Jesus na proteção da noite, e nem eu poderia imaginar tamanha complicação que eu estaria me metendo, no dia 03/02/08 em um encontro da RCC, de manhã, recebi a notícia que meu nome estava no site Montfort, pensei que fosse a minha Cartinha a Nicodemos Que Teria se encontrado com Jesus em Segredo., mas não, era o e_mail de Pe. Fançoá e do bispo. O Prof. Orlando Fedeli estava em Anápolis e 18 pessoas estavam lá com ele no local marcado para as aulas, nenhum de nós tentou impedí-lo. Pe. Françoá está na Europa desde Setembro de 2007 e foi citado como um leão de chácara na porta de nossa cidade Impedindo pessoas de dar aulas na UEG. Meu nome, que fora copiado por outro site, e está lá ainda, foi apagado do site Montfort quando comecei a escrever em todos os blog’s que encontrei pela frente a verdade sobre o maior fofoqueiro da internet, que ganha até mesmo, do Leão Lobo e do Poparazzo, pois tem, segundo ele mesmo, mais de 500,000 acessos de internet por més em seu site.

Uma pessoa que tem tantos assessos assim em seu proprio site, deveria pelo menos tratar com mais carinho, educação e respeito os seus próprios leitores, o que não é o caso, pois todo o Brasil conhece e comenta pela internet a grosseria que este tal “Dotô” em estória responde suas cartas, até mesmo as mais humildes. Nem seria necessário citar link’s, basta fazer uma busca na WEB por “Orlando Fedeli” e voce poderá conhecer o outro lado da moeda entrando nos site’s que não são a Montfot, na verdade existem textos lá também que o condenam muito mais que os outros, bastaria entrar em uma pagina chamada “homenagemfedeli.k6“, só ela diz tudo, toda grosseria e todos os link’s adversários com comentários ridículos.

Um outro site copiou da Montfort tudo que o condena, ordenando de uma forma correta e compreenssível, li um comentário lá hoje que perguntava o nome de quem escreveu aqueles textos, e o chamava de covarde. Mas que engraçado, pessoas que copiam as Textos do site Montfort escritos por Orlando Fedeli e colocam em seus Blog’s chamando o copiador da Montfort de covarde. Se são cópias da Montfort, logicamente o Autor só pode ser o Fedeli o grande covarde que se esconde atras de cartas com nomes alheios, terceiros ou simplesmente inventados mesmo, veja as cartas do Pe. Françoá e as minhas, nunca foram publicadas, e nem serão, até meu nome que estava lá foi apagado.

Neste caso ouvir os conselhos de São Paulo, um dos Padroeiros de nossa Paróquia, seria a ação mais sábia, ou o melhor caminho a seguir.

O Espírito diz expressamente que, nos tempos vindouros, alguns hão de apostatar da fé, dando ouvidos a espíritos embusteiros e a doutrinas diabólicas, 2- de hipócritas e impostores que, marcados na própria consciência com o ferrete da infâmia…

Quanto às fábulas profanas, esses contos extravagantes de comadres, REJEITA-AS, a carta de Pe. Françoã que vinha na seguencia nada mais dizia que um eco destas palavras de São Paulo nos aconselhando a não ir nas tais aulas do famosos Profesor de estória.

In Corde Jesu Semper.

A carta de Pe. Françoá Rodrigues Figueiredo Costa que Orlando Fedeli da Montfort não publicou.

Sou Françoá Costa, como é de conhecimento público no “site Montfort” foram publicadas a carta de Dom João Wilk e a minha, a ambas o prof. Fedeli respondeu agressivamente (cf.). Enviei uma outra, que não foi publicada até agora e não sei se publicará. Dou a conhecer aqui o conteúdo da carta enviada e não publicada. Para entender melhor o contexto seria preciso ler a carta do prof. Fedeli no site montfort dirigida ao meu bispo e a mim. Que pena que haja pessoas tão decididas a atacar sistematicamente o Concilio Vaticano II como esse senhor e seu séquito!

Confira: as cartas Clicando nos Links em azul.

Este texto foi retirado do site => entitulado: tres Links abaixo luterofedeli.wordpress.com.br

A carta que Fedeli não publicou

Mensagem do Pe. Françoá Rodrigues Figueiredo Costa, da diocese de Anápolis

Mensagem de Dom João Wilk, se defendendo de Orlando Fedeli e seu grupo

TRADIÇÃO E “TRADICIONALISTAS”.

Carta de Padre Fançoá ao:

Prof. Orlando Fedeli

Terminei ontem o meu jejum de quarta-feira de cinzas lendo a sua carta, dessa maneira a penitência foi completa.
Não lhe escreverei argumentando teologicamente, ou seja, como uma “fidens quaerens intellectum”, porque sei que o senhor já tem todas as suas idéias e são os outros que devem prostrar-se diante do senhor, inclusive o Papa: na sua cabeça, parece que todos estão errados menos o senhor e aqueles que estão de acordo com o senhor. Dá a impressão que o senhor é o seu próprio magistério.
Eu lhe agradeceria muito se tivesse jogado a minha “cartinha” na lixeira do seu computador, aliás, nem eu nem meu bispo lhe pedimos ou permitimos que a publicasse. Realmente, minha cartinha tem um tom bastante informal, está escrita para amigos e não para o site “montfort”. Não! Não é uma honra para eu sair no seu “quadro de honra”, nem mesmo peço para sair no último lugar da sua página. É sim uma honra sair ao lado do meu bispo, a quem tanto admiro.
Dessa vez lhe peço que publique essa minha “cartinha”, não é necessário que seja no quadro de honra, mas peço que a publique por uma questão de justiça. Ademais, essa é a última vez que peço que publique algo meu porque já não pretendo escrever-lhe: pessoas como o senhor não estão abertas ao diálogo! E eu, como sacerdote, tenho muito que fazer. E isso porque eu gosto de entrar em diálogo com as pessoas, em primeiro lugar com os meus irmãos católicos, mas não só, de fato, – e não se escandalize – tenho até amigos protestantes, já conversei com mulçumanos e tenho um carinho especial pelo povo judeu (Jesus Cristo, Nossa Senhora e os Apóstolos eram judeus!).
Além do mais, parece que o seu encontro em Anápolis não foi muito numeroso! Creio que as nossas cartinhas, a do bispo e a minha, não serviram de publicidade: nisso, como em outras muitas coisas, o senhor se equivoca.
Uma observação em prol do meu bispo: Dom João Wilk, como Pastor da grei que a ele foi confiada, tem o direito de avisar os seus fiéis sobre os perigos que determinadas idéias implicam para a fé e para a moral católicas.
O senhor pode dizer o que o senhor quiser, é livre – de fato ninguém em Anápolis exerceu violência para que o senhor não falasse – e pode se expressar. O Bispo Diocesano, sem ir contra a liberdade de expressão nem contra a liberdade religiosa G(liberdades essas verdadeiramente amadas por nós que nos empapamos com o Concilio Vaticano II, Concilio esse onde o Espírito Santo atuou maravilhosamente), pode e deve, como autêntico detentor de Magistério na Igreja, mostrar aos fiéis onde estão os erros, os desvios e as deformações presentes em determinadas maneiras (livres) de se expressar: foi o que Dom João fez ao pronunciar-se contra as suas palestras.
Avisar as pessoas sobre perigos contra a fé e a moral é o que faz também a Congregação para a Doutrina da Fé quando emite alguma nota sobre determinados escritos de teólogos, por exemplo, John Sobrino ou Leonardo Boff, famosos pela teologia da libertação. Na verdade, eu me alegraria se alguma nota da referida Congregação avisasse aos católicos sobre os perigos que representam os escritos do senhor!
Também, e por último, se referiu à minha vinculação ao Opus e à RCC. Para que fique bem claro: sou vinculado ao Opus, não sou vinculado à RCC (ainda que eu admire muito esse movimento aprovado pela Igreja Católica Apostólica Romana), e, por último, meus pronunciamentos não são em nome do Opus.
Que Deus o abençoe e lhe abra a mente e o coração para acolher a Igreja tal qual ela é, e não fazendo escolhas dentro do Magistério. Desejo-lhe tudo de bom.

Pe. Françoá Costa

(o senhor acertou, o meu nome se escreve assim mesmo!) – 07-II-2008

Lamento estar nessa polêmica, mas… me pareceu necessário. Que Deus abençoe a todos.

É só clicar aqui e Conferir outros Textos apologéticos de:

Pe. Françoá Rodrigues Figueiredo Costa No Veritatis Splendor.

PODE-SE ADORAR A SANTA CRUZ?

Vida Nova » PODE-SE ADORAR A SANTA CRUZ?

Texto Publicado no jornalzinho de Circulação Paroquial.

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“TEMPERATURA DA SANTIDADE”

Na pagina da diocese contém outros Textos.

Obras Sociais

O Post que segue no Link Abaixo Mostra o Texto que estava no E_mail que circulou entre os paroquianos de Pe. Françoá, o qual foi repassado por mim a outros amigos, sendo que este foi uma das cópias que acabou chegando às Mãos de Orlando fedeli.

Orlando Fedeli Publicou o email de Pe. Françoá, mas Apagou um texto Biblico que não lhe agradou, Leia o Texto que foi deliberadamente deletado do e_mail original. clic neste Link! somente uma pergunta para meditar: Porque Orlando Fedelia apagaria esta parte do email sem comentá-la?





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Veja Também: Testemunho de Um Padre

Pe. Wemerson de Uruaçu – Go, Deus Fez Maravilhas em Minha Vida.

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