A importância de ir à Missa aos domingos!



Este tema é o teor da catequese semanal com o Papa Francisco.


“Sem Cristo, estamos condenados a ser dominados pelo cansaço do dia-a-dia com as suas preocupações e pelo medo do futuro”





Cerca de 7 mil pessoas participaram da catequese semanal com o Papa, hoje. Retomando o caminho de reflexões sobre a Missa, o Papa Francisco falou sobre a importância de ir à missa aos domingos.Desde os primeiros tempos, os discípulos de Jesus celebravam o encontro eucarístico com o Senhor no dia que os judeus chamavam ‘o primeiro da semana’ e os romanos ‘o dia do sol’.

Depois da Páscoa, os discípulos de Jesus acostumaram-se a esperar a visita do seu divino Mestre no primeiro dia da semana; foi nesse dia que Ele ressuscitou e veio encontrar-Se com eles no Cenáculo, falando e comendo com eles e dando-lhes o Espírito Santo. Este encontro se repetiria oito dias depois, já com a presença de Tomé.

E assim, aos poucos, o primeiro dia da semana passou a ser chamado pelos cristãos ‘o dia do Senhor’, ou seja, o domingo.

“A celebração dominical da Eucaristia está no centro da vida da Igreja: nós vamos à missa para encontramos o Senhor ressuscitado, ou melhor, para nos deixarmos encontrar por ele”, disse o Papa.

“Ouvir a sua palavra, alimentar-nos à sua mesa e assim, nos tornarmos Igreja, o seu corpo místico vivo hoje no mundo. Por isso, o domingo é  para nós um dia santo: santificado pela celebração eucarística, presença viva do Senhor para nós e entre nós. É a Missa que faz cristão o domingo”.

“Infelizmente há comunidades cristãs que não podem ter Missa todos os domingos; mas também elas são chamadas a recolher-se em oração, nesse dia, ouvindo a Palavra de Deus e mantendo vivo o desejo da Eucaristia”.

“Sem Cristo, estamos condenados a ser dominados pelo cansaço do dia-a-dia com as suas preocupações e pelo medo do futuro. O encontro dominical com Jesus dá-nos a força de que necessitamos para viver com coragem e esperança os nossos dias”.

Concluindo, por que ir à missa aos domingos?

“Não é suficiente responder que isto é um preceito da Igreja. Nós cristãos precisamos participar da missa dominical porque somente com a graça de Jesus, com a sua presença viva em nós e entre nós, podemos colocar em prática o seu mandamento e sermos testemunhas críveis”.

Mais ainda, a comunhão eucarística com Jesus ressuscitado antecipa aquele domingo sem ocaso em que toda a humanidade entrará no repouso de Deus.

 

Antoine Mekary | ALETEIA | I.MEDIA

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Vatican News | Dez 13, 2017 (Rádio Vaticano)



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“10 Boas Razões e muitas outras”





Evangelizar:


Vocação e missão da Igreja




1. Depois disso, designou o Senhor ainda setenta e dois outros discípulos e mandou-os, dois a dois, adiante de si, por todas as cidades e lugares para onde ele tinha de ir.

2. Disse-lhes: Grande é a messe, mas poucos são os operários. Rogai ao Senhor da messe que mande operários para a sua messe.

3. Ide; eis que vos envio como cordeiros entre lobos.

4. Não leveis bolsa nem mochila, nem calçado e a ninguém saudeis pelo caminho.

5. Em toda casa em que entrardes, dizei primeiro: Paz a esta casa!

6. Se ali houver algum homem pacífico, repousará sobre ele a vossa paz; mas, se não houver, ela tornará para vós.

7. Permanecei na mesma casa, comei e bebei do que eles tiverem, pois o operário é digno do seu salário. Não andeis de casa em casa.

8. Em qualquer cidade em que entrardes e vos receberem, comei o que se vos servir.

9. Curai os enfermos que nela houver e dizei-lhes: O Reino de Deus está próximo.



Na revelação bíblica, a missão está intimamente relacionada à história da salvação, ao desejo de Deus de “que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade.” (ITm 2,4) Por isso a missão está ligada ao envio: “Ide, fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, ensinando-os a observar tudo quanto vos mandei.” (Mt 28,19-20)

Esse envio justifica e motiva a missão da comunidade cristã.

O motivo primordial da missão é e sempre será o mandato missionário que Jesus Cristo deu aos apóstolos e aos discípulos no termo de sua existência terrena. É um ato de obediência fundamental que a Igreja deve prestar, até o fim da história, à vontade de seu autor. Por isso a Igreja procurou sempre tomar consciência de sua natureza evangelizadora.

A evangelização exprime a identidade, a vocação própria da Igreja, sua missão essencial: “Evangelizar constitui, de fato, a graça e a vocação própria da Igreja, sua mais profunda identidade.” (Paulo 6° “Evangelii nuntiandi”, 14)

Eis por que a evangelização é o núcleo central da missão da Igreja. Sem esse trabalho, a Igreja não passaria de um “clube” qualquer. Poderia ser um excelente “clube de amigos”, mas não a Igreja de Jesus.

Quando falamos da atividade missionária da comunidade eclesial, precisamos passar da missão à missionariedade, do objeto (o que fazer) ao sujeito (quem vai fazer) do mandato missionário.

Não é suficiente perceber a necessidade da missão, mas é fundamental tomar consciência de que toda a Igreja, e nela cada batizado ou batizada, é o sujeito da missão. Fica, pois, muito claro que toda a Igreja é por sua natureza missionária.

Os cristãos não podem permanecer passivos, reduzindo, muitas vezes, sua pertença eclesial a momentos rituais. É preciso colocar toda a Igreja em “estado permanente de missão”.

A Igreja é toda missionária em seus membros que agem de diversos modos, de acordo com a multiplicidade e a variedade dos carismas e dons. É em cada um de seus membros que a comunidade cristã coloca-se a serviço da evangelização e é enviada para pregar o Evangelho a toda criatura.

A grande missão da Igreja concretiza-se na preocupação com a pessoa humana em sua totalidade. Não é preocupação com uma salvação abstraía, mas compromisso de fé com o ser humano, com seu crescimento no seguimento de Jesus e com sua plena realização em todos os sentidos, porque entre evangelização e promoção humana — como sabiamente afirmou o Papa Paulo 6° — existem de fato laços profundos.

Em outras palavras, a Igreja deve permanecer sempre a serviço da pessoa humana, colaborando concretamente para a libertação da humanidade. O compromisso com a justiça é parte indispensável do processo de evangelização.

A defesa dos direitos humanos, da dignidade da pessoa, não é oportunismo ou modismo, mas sinal de fidelidade e de autenticidade da missão evangélica da Igreja.

É preciso, pois, proclamar corajosamente a necessidade de libertação da pessoa humana, a fim de que se possa superar a situação de injustiça que exclui cada vez mais pessoas do acesso aos bens indispensáveis a uma vida digna. Esse compromisso com a libertação do ser humano concretiza-se na opção pêlos pobres.

A Igreja missionária a serviço do Evangelho faz dela uma de suas características fundamentais. Optar pelo pobre “é condição necessária e irrenunciável do caráter evangélico da ação da Igreja.” (CNBB Diretrizes Gerais da ação Evangelizadora, 194) É claro que assumir, sem meios termos, a causa dos excluídos e excluídas exige uma verdadeira reviravolta na própria vida. É preciso entrar naquele processo de “metânoia” (mudança de mentalidade) do qual fala o Evangelho.

Daí “a necessidade de uma conversão de toda a Igreja para uma opção preferencial pêlos pobres, no intuito de sua integral libertação.” (Documento de Puebla, 1134)

Em sua missão, a Igreja, além do anúncio da dignidade da pessoa humana, deve denunciar todas as formas de opressão. Uma Igreja verdadeiramente missionária é aquela que anuncia a cada ser humano que ele é filho de Deus em Cristo, aquela que se compromete com a libertação de toda a humanidade.

Nesse campo da libertação integral das pessoas, segundo o Documento de Puebla, n° 562, a missão da Igreja “é imensa e mais do que nunca necessária. Para cumpri-la, requer-se a ação da Igreja toda — pastores, ministros consagrados, religiosos, leigos, cada qual em sua missão própria.

Uns e outros, unidos a Cristo na oração e na abnegação, comprometer-se-ão, sem ódios nem violência, até as últimas conseqüências, na conquista de uma sociedade mais justa, livre e pacífica”, sonho de nosso povo e sinal autêntico de verdadeira evangelização.


Por: Padre Sebastião Luiz de Souza
É reitor do seminário Propedêutico e promotor vocacional da Diocese de PiracicabaFonte: Catequese Católica – Leia os outros artigos— com Rcc Anápolis Goiás