MEDITAÇÃO SOBRE A CARROÇA VAZIA.
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1. A CARROÇA VAZIA
2. Uma das grandes preocupações de nosso pai, quando éramos pequenos, consistia em fazer- nos compreender o quanto a cortesia é importante na vida.
3. Por várias vezes percebi o quanto lhe desagradava o hábito que têm certas pessoas de interromper a conversa quando alguém estava falando.
4. Eu, especialmente, incidia muitas vezes nesse erro. Embora visivelmente aborrecido, ele, entretanto, nunca ralhou comigo por causa disso, o que me surpreendia bastante.
5. Certa manhã, bem cedo, ele me convidou para ir ao bosque a fim de ouvir o cantar dos pássaros.
6. Aceitei com grande alegria e lá fomos nós, umidecendo nossos calçados com o orvalho da relva.
7. Ele se deteve em uma clareira e, depois de um pequeno silêncio, me perguntou:
8. Você está ouvindo alguma coisa além do canto dos pássaros?
9. Apurei o ouvido alguns segundos e respondi: -Estou ouvindo o barulho de uma carroça que deve estar descendo pela estrada.
10. -Isso mesmo… -disse ele. -É uma carroça vazia…
11. De onde estávamos não era possível ver a estrada e eu perguntei admirado:
12, Como pode o senhor saber que ela está vazia?
13. – Ora, é muito fácil saber que é uma carroça vazia. Sabe por que?
14. -Não! Respondi intrigado. Meu pai pôs-me a mão no ombro e olhou bem no fundo dos meus olhos, explicando:
15. Por causa do barulho que faz. Quanto mais vazia a carroça, maior é o barulho que faz.
16. Não disse mais nada, porém deu-me muito em que pensar.
17. Tornei-me adulto e, ainda hoje, quando vejo uma pessoa tagarela e inoportuna, interrompendo intempestivamente a conversa de todo o mundo,
18. ou quando eu mesmo, por distração, vejo-me prestes a fazer o mesmo, imediatamente tenho a impressão de estar ouvindo a voz de meu pai soando na clareira do bosque e me ensinando:
19. – Quanto mais vazia a carroça, maior é o barulho que faz! É PARA O RESTO DA VIDA… – Wallace Leal Rodrigues.
20. 8. A língua, porém, nenhum homem a pode domar. É um mal irrequieto, cheia de veneno mortífero. 9. Com ela bendizemos o Senhor, nosso Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. 10. De uma mesma boca procede a bênção e a maldição. Não convém, meus irmãos, que seja assim. (S. Tiago, 3)
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