Vaso novo nas mãos do oleiro.




1. Estudo

O grande desejo de nossa alma é ser inteiramente do Senhor, mesmo diante das nossas quedas e fracassos. Especialmente nestes dias difíceis em que vivemos hoje, isso se torna cada vez mais desafiador.

Jeremias, um dos grandes profetas da Bíblia, nos ensina como devemos lidar com estas situações, pois Israel era dominado pelo rei da Babilônia e vivia sob tempos de opressão. Deus chama Jeremias e lhe confia um povo. É uma grande vocação, que gera um grande testemunho. A Palavra do Senhor é como um bálsamo que extasia a todos que têm acesso a ela.

Depois de ouvir, por algum tempo, a Palavra de Deus, Israel começou a rejeitá-la e esta foi se tornando áspera a seu povo a ponto de Jeremias ser rejeitado por ele. Então o profeta entra em uma espécie de crise e reclama a Deus, que em vez de brigar com o povo, diz ao profeta: “Se te converteres, converterei teu coração.” O Senhor poderia ter se dirigido ao povo, mas falou a Jeremias, que ficou desanimado.

Amados, o povo tinha cabeça dura, por isso o profeta estava desanimado, mas a Palavra do Senhor o animou: “Se te converteres, converterei teu coração”. Ele encontra força no Senhor, que usou de pedagogia para animá-lo. Mesmo diante da dureza do povo, o Senhor vai além.

Na liturgia de hoje, o Senhor manda que o profeta vá até o oleiro: “Levanta-te e vai à casa do oleiro, e ali te farei ouvir minhas palavras”. É isso, somos assim como Jeremias: vasos de barro, mas Senhor é o Oleiro, que é capaz de nos converter e de fazer do vaso, por vezes, quebrado, um vaso novo. Deus não está aqui para nos jogar fora, mas está aqui para nos edificar. É necessário que sejamos trabalhados e queiramos ser refeitos! O Senhor nos concede a liberdade e, a partir daí, o extraordinário pode acontecer: a conversão de um coração.

Mesmo diante de qualquer situação que você esteja vivendo, sempre tem jeito, pois não existe caso perdido para Deus. Se você se coloca nas mãos do Oleiro e tem a coragem de permitir que o Senhor o refaça, saiba que Ele vem para lhe trazer a paz e não o humilhar. Jesus quer lhe dar a vida nova.

“Amados, a paz é fruto do diálogo!”, assim, fica fácil entender o Evangelho: é na simplicidade que o Senhor age! Sem dúvida, amados, é pela simplicidade do Evangelho que teremos o Céu por garantia! Sabemos que há pessoas que agem com má-fé, mas tenhamos um coração simples. Precisamos ter um coração que busque viver a bondade, aqueles que optam por viver na maldade, se não se converterem, poderão se complicar quando chegar a hora de prestarem contas a Deus. Façamos, pois, a melhor escolha: rendamo-nos ao Senhor e permitamos que Ele entre em nosso coração e mude nossa vida. Não trilhemos o caminho da maldade, mas antes, convertamo-nos ao bem. A nossa alma precisa ter sede de Deus e contar sempre com a Divina Misericórdia.

Saibam meus irmãos, se assim agirmos viveremos dias de graças sobre graças, pois Deus não veio para nos afundar, mas para nos levantar e nos trazer a paz. Amados, a paz é fruto de um diálogo! Como tem nos ensinado muito bem o Papa Francisco: “O diálogo é o fundamento da paz”. Se estivermos vivendo em tempos de guerra uns com outros, caímos na divisão. Quem não erra? Todos nós erramos, por isso, precisamos constantemente pedir perdão. Se ficarmos nisso, não seremos um vaso novo nas mãos do Divino Oleiro. Para que haja a paz é preciso que nos rendamos às mãos do Divino Oleiro.



Padre Hamilton Nascimento

Transcrição e adaptação: Luana Oliveira – Canção Nova
https://eventos.cancaonova.com/pregacoes/vaso-novo-nas-maos-do-oleiro/

 



WALLPAPERS



Quarta Feira de Cinzas.



O Significado da Quarta – feira de Cinzas

“Lembra-te, ó homem, que és pó e em pó te hás de tornar” (Gen. 3, 19).



As cinzas que os cristãos católicos recebem neste dia é um símbolo para a reflexão sobre o dever da conversão, da mudança de vida, recordando a passageira, transitória, efêmera fragilidade da vida humana, sujeita à morte. Ela ocorre quarenta dias antes da Páscoa sem contar os domingos ( que não são incluídos na Quaresma); ela ocorre quarenta e seis dias antes da Sexta-feira Santa contando os domingos. Seu posicionamento varia a cada ano, dependendo da data da Páscoa.

A data pode variar do começo de fevereiro até a segunda semana de março. Algumas pessoas consideram a quarta-feira de cinzas como um dia apropriado para se lembrar a mortalidade da própria mortalidade. Missas são realizadas tradicionalmente nesse dia nas quais os participantes são assinalados com cinza, na testa, pelo sacerdote, deixando uma marca que o cristão normalmente conserva até o pôr do sol.

Esse simbolismo relembra a antiga tradição do Oriente Médio de jogar cinzas sobre a cabeça como símbolo de arrependimento perante a Deus (como relatado diversas vezes na Bíblia).No Catolicismo Romano, é um dia de jejum e abstinência. Como é o primeiro dia da Quaresma, ele ocorre um dia depois da “terça-feira gorda” ou Mardi Gras, o último dia da temporada de Carnaval.

E você sabe de onde vêm as cinzas que recebemos na Quarta-Feira de Cinzas? Você acha que é papel queimado? graveto queimado? carvão triturado? Se você não sabe, as cinza vêm dos ramos bentos do Domingo de Ramos do ano anterior.

Quando recebemos os ramos no Domingo de Ramos, os levamos para as nossas casas e as colocamos junto aos nossos crucifixos de parede e ou junto aos nossos oratórios, mas com o tempo eles secam. Quando secam, não devemos jogá-los fora, pois foram bentos pelo sacerdote. Por isso, devemos entregá-los na igreja para que sejam queimados e transformados em cinzas, a fim de serem usadas no dia de Quarta-Feira de Cinzas. No dia de Quarta-Feira de Cinzas, os fiéis são marcados na testa com as cinzas em forma de cruz ou a recebem um pouco sobre as suas cabeças, quando o sacerdote pronuncia a seguinte frase, à sua escolha:

-“Lembra-te que és pó e que ao pó voltarás!” ou “Convertei-vos e crede no Evangelho!”

Bem, agora ofereceremos um belo artigo de um frade franciscano para que todos possam compreender melhor o significado deste dia:

“Um pouco mais de um mês, e vai chegar a festa mais importante do ano, a celebração do acontecimento central e máximo de toda a história da humanidade. Está se aproximando a Páscoa. E porque ela é tão grande, merece uma preparação à altura. Começa nesta quarta-feira a nossa preparação para a Páscoa. E como inauguramos esta preparação? Colocando cinza sobre a nossa cabeça, como sinal de penitência, isto é, como sinal de que estamos dispostos a seguir o verdadeiro caminho de Deus para obtermos justiça e paz para todos. Além disso, passamos esse dia fazendo jejum, também como sinal de penitência. Serão então quarenta dias de preparação: Quaresma…

Quarta-feira de cinzas! Celebramos neste dia o mistério do Deus misericordioso que aceita nossa penitência, nossa conversão, isto é, o reconhecimento de nossa condição de criaturas limitadas, mortais, pecadoras. Conversão consiste em crer no Evangelho, isto é, aderir a ele, viver segundo o ensinamento de Nosso Senhor Jesus Cristo. Numa palavra, trata-se de entrar no caminho pascal de Jesus. “Convertei-vos, e crede no Evangelho”: é o convite que Jesus faz (cf. Mc 14,15). Esta palavra, a gente ouve, recebendo cinzas sobre a nossa cabeça. Por que cinzas? É para lembrar que, de fato somos pó! Mas não reduzidos a pó!…

A fé em Jesus ressuscitado faz com que a vida renasça das cinzas. Quando o homem reconhece sua condição de criatura realmente necessitada da ação de Deus, em Nosso Senhor Jesus Cristo e no Divino Espírito Santo, então Jesus Cristo faz brotar frutos de vida eterna de nossa condição mortal. Reconhecer-se assim, é entrar numa atitude pascal, isto é, de passagem com Cristo da morte para a vida.

Esta páscoa, a gente vive através dos exercícios da oração, do jejum e da esmola, no espírito do Sermão da Montanha. Páscoa que celebramos na Eucaristia, na qual recebemos Aquele que corrige nossos vícios, eleva nossos sentimentos, fortifica nossa alma e, assim nos garante uma eterna bem-aventurança. Por isso que o sacerdote canta na Oração Eucarística: “Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso…, vós acolheis nossa penitência como oferenda à vossa glória. O jejum e abstinência que praticamos, quebrando nosso orgulho, nos convidam a imitar vossa misericórdia. […] Pela penitência da Quaresma, vós corrigis nossos vícios, elevais nossos sentimentos, fortificais nosso espírito fraterno e nos garantis uma eterna recompensa”.

Fonte: http://www.adf.org.br/home/2010/02/o-significado-da-quarta-feira-de-cinzas/




O Monge e o escorpião.



Amar o seu inimigo é uma

questão de natureza !

Veja o Texto:




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Um monge e seus discípulos iam por uma estrada e, quando passavam por uma ponte, viram um escorpião sendo arrastado pelas águas. O monge correu pela margem do rio, meteu-se na água e tomou o bichinho na mão. Quando o trazia para fora, o bichinho o picou e, devido à dor, o homem deixou-o cair novamente no rio. Foi então à margem, tomou um ramo de árvore, adiantou-se outra vez a correr pela margem, entrou no rio, colheu o escorpião e o salvou. Voltou o monge e juntou-se aos discípulos na estrada. Eles haviam assistido à cena e o receberam perplexos e penalizados.

– Mestre deve estar muito doente!

– Porque foi salvar esse bicho ruim e venenoso?

– Que se afogasse!

– Seria um a menos!

– Veja como ele respondeu à sua ajuda, picou a mão que o salvara!

– Não merecia sua compaixão!

O monge ouviu tranquilamente os comentários e respondeu:

– Ele agiu conforme sua natureza, e eu de acordo com a minha.


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Amai os vossos Inimigos…

(São Mateus 5,44)

Esta historinha tão simples nos diz exatamente o que está dizendo, não importa quantos problemas enfrentarmos no mundo ou quantos inimigos encontrarmos pela frente, a nossa atitude deverá sempre refletir o nosso eu interior, ou seja, aquilo que somos de verdade.

Por isso muitas vezes em situações extremas acabamos revelando em nós uma pessoa que não conhecíamos e depois não conseguimos o perdão daqueles que possam ter sido ofendidos pela nossa explosão.

Precisamos controlar nossas atitudes e principalmente nosso temperamento explosivo, para isso acontecer precisamos aceitar em primeiro lugar está hipótese acima, “É meu dever salvar meu inimigo quando ele estiver em dificuldades, não por ele, mas por mim mesmo, que salvaria a qualquer um, por ser a minha natureza.” Quando aceitarmos realmente esta condição e provarmos para nós mesmos que esta é a maneira mais correta de agir, mesmo que você não fale ou comente com ninguém, quando a situação ocorrer, você a executará automaticamente sem perceber, e aquela opinião, “Se meu Inimigo estiver se afogando, devo afundá-lo ainda mais…” deverá ser apagada completamente de seu Coração definitivamente.

Esta atitude, é o que Cristo nos ensina com a História do filho pródigo, Jesus quis falar para os Judeus que eles deveriam receber seus irmãos que haviam se afastado, ficando de fora da promessa do Pai, porque, como cremos, Jesus estava prometendo seu Espírito Santo não somente para os Judeus, que eram, até aquele dia, o povo de propriedade exclusiva de Deus e únicos herdeiros da promessa. Em varias outras passagens Jesus demonstra que seu reino é para todos “Também os não Judeus e não Circuncidados” isto significa que este presente do Pai: é para mim e também para você.

Aquele Irmão mais velho demonstrou uma atitude de ódio e não queria perdoar seu irmão “pródigo”, a parábola termina sem uma definição da história, não mostra se o filho mais velho entrou ou não em casa para festejar com seu irmão, isto porque esta atitude deverá ser tomada por mim e por você no dia de hoje.

Vemos nas cartas de São Paulo, que muitos discípulos queriam ensinar as palavras de Jesus somente para os Judeus “Os Santos”, outros queriam Circuncidar os convertidos os transformando primeiro em Judeus, para depois os Batizar tornando-os herdeiros das promessas Divinas, uma atitude clara de que não haviam entendido ainda a parábola do filho pródigo, e apesar de serem convertidos e cheios do Espírito Santo, continuavam agindo com ódio e rancor em seus corações, evitando evangelizar os escorpiões, que também mereciam ser salvos.


porcoespinho

A historia dos porcos espinhos.


Uma grande novidade do evangelho de Jesus é justamente esta, o bem é para ser dado também para os maus, os doentes, os rejeitados, os bandidos, os esquecidos, os moribundos, os inimigos, enfim todos aqueles de quem as vezes queremos fugir e não nos aproximar, ainda diz Jesus, mesmo que seja apenas um copo d’água a ser oferecido e entregue a qualquer um destes pequeninos, serão dados a mim mesmo.Como perdoar e aceitar aquele que nos ofende ? O Pai perdoou seu filho, nos mostrando claramente o que é o verdadeiro perdão. Perdoar e esperar e receber com alegria e com festa aquele que me ofendeu, é lhe restituir a dignidade e devolver o lugar que lhe pertence dentro do seu coração.

Estava vendo um clip de uma Santa Missa no Vaticano, com milhares de pessoas, selecionaram alguns privilegiados, e estes iriam comungar diretamente com o Próprio Papa, é uma honra tamanha e digna de se guardar na memória, tanto é assim que foi fotografado, um a um, e três câmeras em ângulos diferentes registravam aquelas cenas que jamais se repetiriam.

Quem não gostaria de estar naquela fila ? Quem não gostaria de receber o Papa em sua casa ? Quem não lhe daria um copo d’água se ele lhe pedisse? Quem não lhe hospedaria e moveria mundos e fundos, mesmo que não tivesse dinheiro, para lhe fazer um grande banquete digno de uma personalidade tão ilustre?

Diríamos, “Estou recebendo o próprio Cristo na Pessoa do Papa”, seria a mais pura verdade, mas devemos relembrar o fato de que Jesus no ventre de sua Mãe não foi recebido em nenhuma casa no dia que chegou a este mundo.

Porque não foi reconhecido ?

Porque não sabiam que era Ele ?

Porque então o mataram se sabiam que era Ele ?

É melhor não saber quem é Jesus e fazer o que for preciso para qualquer um o que pretenderíamos fazer para o próprio Jesus, ele é muito modesto e lhe pede apenas um copo d’água, não pede um grande banquete, nasce numa manjedoura e prefere duas moedinhas do que um saco cheio de dinheiro, nem vou dizer que a recompensa por estes simples gestos, será um grande banquete celestial e uma vida eterna ao lado do Pai de Amor.


Escorpião na mao



O Alpinista


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O Paraíso de Adão e Eva.




O sonho mais comum do ser humano é viver em paz e tranquilidade em um lugar lindo onde o sol brilha sem muito calor e tendo ao alcance da mão o alimento fresquinho e natural sem que para isso seja preciso o mínimo esforço, poderíamos definir este sonho como: “O Paraíso”, evidentemente nos dias de hoje este lugar não existe, pois até mesmo para quem tem muito dinheiro esta tranquilidade custa muito caro e para usufruir de algumas horas deste luxo teremos que suar muito a camisa antes e depois.

A Palavra de Deus se inicia com a narrativa de um lugar semelhante a este e que nele nossos primeiros pais tiveram o privilégio de viverem seus melhores dias, mas que por ironia do destino perderam o direito de viverem eternamente nesta condição em troca de uma simples maçã e agora como consequência para nós restou apenas um sonho e para os que creem na Palavra de Deus algo que é muito mais real do que a própria vida que é a promessa de um dia estarmos novamente ao lado do Pai desfrutando do verdadeiro paraíso eterno.

É como está escrito: Coisas que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou (Is 64,4), tais são os bens que Deus tem preparado para aqueles que o amam.” (I Corintios 2, 9)


A pergunta mais insistente feita nos cursos bíblicos consiste na confirmação da existência de Adão e Eva, E ela puxa outras questões como: Quem garante que eles formaram o primeiro casal? Não haveriam outros casais na terra? Se formavam o primeiro casal, com quem se casaram os seus filhos? e etc…



Palavras da serpente


A pergunta é feita porque nem todos têm a possibilidade de estudar mais a fundo a Bíblia.

Com base em seu texto, a Bíblia fala de um único casal. Na realidade, porém, não esta falando do primeiro casal e sim da formação do Homem e da Mulher. È o jeito de o autor falar. No início, diz ele: Deus fez o homem e a mulher, ou seja, a raça humana teve um começo. E isso ninguém pode negar. Que o homem se chamava Adão e a mulher Eva, isto é relativo. O autor do texto não está dando nomes próprios, mas coletivos. Pois, refere-se aos seres humanos de maneira concreta e prática. Em vez de falar “um primeiro homem, uma primeira mulher”, ele usou dois nomes que não são nomes próprios, e sim, nomes muito concretos: Adão e Eva.

Na língua hebraica esses nomes têm significados e calhavam bem com a intenção do autor. Adão significa: aquele que vem da terra, homem (como em português: Homem= húmus). Eva significa: aquela que dá vida. O autor designa, então, com muita propriedade o primeiro casal como Adão e Eva, querendo dizer: o homem é criado, terreno, material (Adão); a mulher é terrena, material, criada e geradora da vida (Eva). Os nomes designam, então, todo homem, toda mulher e não só o primeiro casal. Portanto, Adão e Eva existiram como existem hoje o homem e a mulher, não necessariamente como nomes próprios.

Numa palavra: o texto ensina que o homem e a mulher tiveram começo e foram criados por Deus.

Por Frei Mauro Strabelli

Extraído do livro Bíblia: Perguntas que o povo faz.

Strabeli, Mauro.  Editora Paulus, 1990


HISTÓRIAS DO PADRE LEO
https://presentepravoce.files.wordpress.com/2008/12/sag-fam-lk.jpg?w=130&h=120&h=120

 

Adão e Eva existiram mesmo?



É uma das perguntas mais insistentes feitas nos cursos bíblicos. E ela puxa outras: quem garante que eles formaram o primeiro casal? Não haveriam outros casais? Se formavam o primeiro casal, com quem se casaram os seus filhos?



Charles-Joseph Natoire (1700-1777)-‘the expulsion of Paradise’-oil on copper-1740 New York-Metropolitan Museum of Art


A pergunta é feita porque nem todos têm a possibilidade de estudar mais a fundo a Bíblia.

Com base em seu texto, a Bíblia fala de um único casal. Na realidade, porém, está falando do Homem e da Mulher. È o jeito de o autor falar. No início, diz ele: Deus fez o homem e a mulher, ou seja, a raça humana teve um começo. E isso ninguém pode negar. Que o homem se chamava Adão e a mulher Eva, isto é relativo. O autor do texto não está dando nomes próprios, mas coletivos. Pois, refere-se aos seres humanos de maneira concreta e prática. Em vez de falar “um primeiro homem, uma primeira mulher”, ele usou dois nomes que não são nomes próprios, e sim, nomes muito concretos: Adão e Eva.

Na língua hebraica esses nomes têm significados e calhavam bem com a intenção do autor. Adão significa: aquele que vem da terra, homem (como em português: Homem= húmus). Eva significa: aquela que dá vida. O autor designa, então, com muita propriedade o primeiro casal como Adão e Eva, querendo dizer: o homem é criado, terreno, material (Adão); a mulher é terrena, material, criada e geradora da vida (Eva). Os nomes designam, então, todo homem, toda mulher e não só o primeiro casal. Portanto, Adão e Eva existiram como existem hoje o homem e a mulher, não necessariamente como nomes próprios.

Numa palavra: o texto ensina que o homem e a mulher tiveram começo e foram criados por Deus.

Por Frei Mauro Strabelli

Extraído do livro Bíblia: Perguntas que o povo faz.

Strabeli, Mauro.  Editora Paulus, 1990


HISTÓRIAS DO PADRE LEO
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O Monge e o Escorpião.



Amar seu ofensor é uma questão de natureza !


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Um monge e seus discípulos iam por uma estrada e, quando passavam por uma ponte, viram um escorpião sendo arrastado pelas águas. O monge correu pela margem do rio, meteu-se na água e tomou o bichinho na mão. Quando o trazia para fora, o bichinho o picou e, devido à dor, o homem deixou-o cair novamente no rio. Foi então à margem, tomou um ramo de árvore, adiantou-se outra vez a correr pela margem, entrou no rio, colheu o escorpião e o salvou. Voltou o monge e juntou-se aos discípulos na estrada. Eles haviam assistido à cena e o receberam perplexos e penalizados.

– Mestre deve estar muito doente!

– Porque foi salvar esse bicho ruim e venenoso?

– Que se afogasse!

– Seria um a menos!

– Veja como ele respondeu à sua ajuda, picou a mão que o salvara!

– Não merecia sua compaixão!

O monge ouviu tranquilamente os comentários e respondeu:

– Ele agiu conforme sua natureza, e eu de acordo com a minha.


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Amai os vossos Inimigos…

(São Mateus 5,44)

Esta historinha tão simples nos diz exatamente o que está dizendo, não importa quantos problemas enfrentarmos no mundo ou quantos inimigos encontrarmos pela frente, a nossa atitude deverá sempre refletir o nosso eu interior, ou seja, aquilo que somos de verdade.

Por isso muitas vezes em situações extremas acabamos revelando em nós uma pessoa que não conhecíamos e depois não conseguimos o perdão daqueles que possam ter sido ofendidos pela nossa explosão.

Precisamos controlar nossas atitudes e principalmente nosso temperamento explosivo, para isso acontecer precisamos aceitar em primeiro lugar está hipótese acima, “É meu dever salvar meu inimigo quando ele estiver em dificuldades, não por ele, mas por mim mesmo, que salvaria a qualquer um, por ser a minha natureza.” Quando aceitarmos realmente esta condição e provarmos para nós mesmos que esta é a maneira mais correta de agir, mesmo que você não fale ou comente com ninguém, quando a situação ocorrer, você a executará automaticamente sem perceber, e aquela opinião, “Se meu Inimigo estiver se afogando, devo afundá-lo ainda mais…” deverá ser apagada completamente de seu Coração definitivamente.

Esta atitude, é o que Cristo nos ensina com a História do filho pródigo, Jesus quis falar para os Judeus que eles deveriam receber seus irmãos que haviam se afastado, ficando de fora da promessa do Pai, porque, como cremos, Jesus estava prometendo seu Espírito Santo não somente para os Judeus, que eram, até aquele dia, o povo de propriedade exclusiva de Deus e únicos herdeiros da promessa. Em varias outras passagens Jesus demonstra que seu reino é para todos “Também os não Judeus e não Circuncidados” isto significa que este presente do Pai: é para mim e também para você.

Aquele Irmão mais velho demonstrou uma atitude de ódio e não queria perdoar seu irmão “pródigo”, a parábola termina sem uma definição da história, não mostra se o filho mais velho entrou ou não em casa para festejar com seu irmão, isto porque esta atitude deverá ser tomada por mim e por você no dia de hoje.

Vemos nas cartas de São Paulo, que muitos discípulos queriam ensinar as palavras de Jesus somente para os Judeus “Os Santos”, outros queriam Circuncidar os convertidos os transformando primeiro em Judeus, para depois os Batizar tornando-os herdeiros das promessas Divinas, uma atitude clara de que não haviam entendido ainda a parábola do filho pródigo, e apesar de serem convertidos e cheios do Espírito Santo, continuavam agindo com ódio e rancor em seus corações, evitando evangelizar os escorpiões, que também mereciam ser salvos.


 porcoespinhoComo perdoar e aceitar aquele que nos ofende ? O Pai perdoou seu filho, nos mostrando claramente o que é o verdadeiro perdão. Perdoar e esperar e receber com alegria e com festa aquele que me ofendeu, é lhe restituir a dignidade e devolver o lugar que lhe pertence dentro do seu coração.

Uma grande novidade do evangelho de Jesus é justamente esta, o bem é para ser dado também para os maus, os doentes, os rejeitados, os bandidos, os esquecidos, os moribundos, os inimigos, enfim todos aqueles de quem as vezes queremos fugir e não nos aproximar, ainda diz Jesus, mesmo que seja apenas um copo d’água a ser oferecido e entregue a qualquer um destes pequeninos, serão dados a mim mesmo.

Estava vendo um clip de uma Santa Missa no Vaticano, com milhares de pessoas, selecionaram alguns privilegiados, e estes iriam comungar diretamente com o Próprio Papa, é uma honra tamanha e digna de se guardar na memória, tanto é assim que foi fotografado, um a um, e três câmeras em ângulos diferentes registravam aquelas cenas que jamais se repetiriam.

Quem não gostaria de estar naquela fila ? Quem não gostaria de receber o Papa em sua casa ? Quem não lhe daria um copo d’água se ele lhe pedisse? Quem não lhe hospedaria e moveria mundos e fundos, mesmo que não tivesse dinheiro, para lhe fazer um grande banquete digno de uma personalidade tão ilustre?

Diríamos, “Estou recebendo o próprio Cristo na Pessoa do Papa”, seria a mais pura verdade, mas devemos relembrar o fato de que Jesus no ventre de sua Mãe não foi recebido em nenhuma casa no dia que chegou a este mundo.

Porque não foi reconhecido ?

Porque não sabiam que era Ele ?

Porque então o mataram se sabiam que era Ele ?

É melhor não saber quem é Jesus e fazer o que for preciso para qualquer um o que pretenderíamos fazer para o próprio Jesus, ele é muito modesto e lhe pede apenas um copo d’água, não pede um grande banquete, nasce numa manjedoura e prefere duas moedinhas do que um saco cheio de dinheiro, nem vou dizer que a recompensa por estes simples gestos, será um grande banquete celestial e uma vida eterna ao lado do Pai de Amor.





buda-barrouro o-maior-tesouro-do-mundo Amigo Fiel
MILAGRE DE LANCIANO JESUS FALA COM NICODEMOS.

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O segredo que habita em cada um de nós.


Sequencia do Post anterior “O Buda de ouro”.=>


buda-barrouro


Tal qual a história do Buda de Ouro, também vivemos muitos de nós, cobertos de barro e deixando ofuscado o nosso brilho, nossos potenciais, ideais e valores, seja por medo de possíveis críticas, baixa auto-estima ou por desejar se enquadrar em um padrão social. Infelizmente muitos passam por essa vida sem jamais entrarem em contato com a própria essência, sem a consciência do quanto a individualidade no ser, sentir, pensar e agir é preciosa!

Nunca tive conhecimento de que pessoas estereotipadas tenham alcançado a própria genialidade e, acima de tudo, encontrado a felicidade. Seja qual for o nosso papel familiar, profissional ou social, precisamos deixar de lado os nossos temores e realizarmos a nossa vida com plenitude. Temos o dever de pegar o cinzel e o martelo e esculpirmos nosso próprio ser, sem nos preocuparmos com títulos, reconhecimento ou sucesso, mas simplesmente sermos e sabermos que estamos deixando brilhar a melhor parte de cada um de nós.


6510956[1]


Há ainda o Wat Traimit, ou Templo do Buda de Ouro, que apresenta uma estátua de Buda construída em ouro sólido, pesando 5,5 toneladas. Esta imagem é um raro exemplo da arte Sukhotahi que foi encontrado ocasionalmente em escavações durante as obras de construção do templo.


“O Senhor Deus formou, pois, o homem do barro da terra, e inspirou-lhe nas narinas um sopro de vida[…]“ (Gênesis 2,7)



Existe uma grande coincidência nestes fatos, Deus escolheu o elemento mais simples e mais comum para realizar sua obra, depois de esculpir sua imagem no barro da terra colocou dentro dela algo muito precioso, a própria vida, sendo que veio como acompanhamento a semelhança daquele que lhe inspirou a vida.

Deus nos fez semelhantes a si mesmo, isto implica que temos a mesma essência de nosso Pai e muitas vezes não fazemos a menor ideia do que significa tal afirmação, porque quando olhamos para o espelho apenas vemos o barro que esconde o tesouro que existe dentro de nós.

Por outro lado a grande diferença é que o ouro puro resiste ao tempo e preserva seu brilho para sempre, enquanto que o barro é frágil e pode ser quebrado facilmente para revelar a verdade que está dentro de si.

Neste momento gostaríamos de dizer que este segredo não está tão escondido assim e só não desfruta dele quem realmente não quer.


PRESENTEPRAVOCE http://mongefiel.files.wordpress.com/2008/05/paixao-de-jesus.jpg?w=130&h=120

Tu és pó e ao pó tornarás.



Frase: O homem não é mais que um amontoado de átomos que se dissolverá, ao final, em outro amontoado de átomos.

Se dependesse de mim, tiraria imediatamente esta fórmula da liturgia.

Comentário do padre Raniero Cantalamessa à liturgia do próximo domingo


Pregador do Papa:

O homem é muito mais que pó?



ROMA, sexta-feira, 18 de abril de 2008 (ZENIT.org).- Publicamos o comentário do padre Raniero Cantalamessa, OFM Cap. –predicador da Casa Pontifícia– à Liturgia da Palavra do próximo domingo, V de Páscoa.


V Domingo de Páscoa

At 6, 1-7, Pd 2 ,4-9; Jo 14, 1-12

No livro do Gênesis, lê-se que depois do pecado, Deus disse ao homem: «Comerás o teu pão com o suor do teu rosto, até que voltes à terra de que foste tirado; porque és pó, e pó te hás de tornar» (Gn. 3, 19). Todos os anos, na Quarta-feira de Cinzas, a liturgia repete esta severa advertência: «Recorda-te que és pó e ao pó voltarás». Se dependesse de mim, tiraria imediatamente esta fórmula da liturgia. Justamente agora, a Igreja permite substituí-la por outra: «Convertei e crede no Evangelho». Tomada ao pé da letra, sem as devidas explicações, aquelas palavras são a expressão perfeita do ateísmo científico moderno: O homem não é mais que um amontoado de átomos que se dissolverá, ao final, em outro amontoado de átomos.



O Qohélet (Eclesiastes, N do T.), um livro da Bíblia escrito em uma época de crise das certezas religiosas em Israel, parece confirmar esta interpretação atéia quando escreve: «Todos caminham para um mesmo lugar, todos saem do pó e para o pó voltam. Quem sabe se o sopro de vida dos filhos dos homens se eleva para o alto, e o sopro de vida dos brutos desce para a terra?» (Qo 3, 20-21). No final do livro, esta última terrível dúvida (quem sabe se há diferença entre a sorte final do homem e a do animal) parece resolvida de modo positivo, porque o autor diz: «antes que a poeira retorne à terra para se tornar o que era; e antes que o sopro de vida retorne a Deus que o deu» (Qo 12, 7). Nos últimos escritos do Antigo Testamento, começa, é verdade, a abrir caminho a idéia de uma recompensa dos justos depois da morte, e até a de uma ressurreição dos corpos, mas é uma crença ainda bastante vaga no conteúdo e não compartilhada por todos, por exemplo, pelos saduceus.

Neste contexto, podemos avaliar a novidade das palavras com que começa o Evangelho do domingo: «Não se perturbe o vosso coração. Credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Não fora assim, e eu vos teria dito; pois vou preparar-vos um lugar. Depois de ir e vos preparar um lugar, voltarei e tomar-vos-ei comigo, para que, onde eu estou, também vós estejais». Contêm a resposta cristã à mais inquietante das perguntas humanas. Morrer não é – como estava nos inícios da Bíblia e no mundo pagão – baixar ao Xeol ou ao Hades para levar ali uma vida de larvas ou de sombras; não é – como para certos biólogos ateus – restituir à natureza o próprio material orgânico para um posterior uso por parte de outros seres vivos; tampouco é – como em certas formas de religiosidade atuais que se inspiram em doutrinas orientais (com freqüência mal entendidas) – dissolver-se como pessoa no grande mar da consciência universal, no Todo ou, segundo os casos, no Nada… É, em contrapartida, ir estar com Cristo no seio do Pai, ser onde Ele é.

O véu do mistério não se ergueu porque não pode suprimir-se. Assim como não pode descrever o que é a cor um cego de nascimento, ou o som um surdo, tampouco se pode explicar o que é a vida fora do tempo e do espaço quem ainda está no tempo e no espaço. Não é Deus quem quis manter-nos na obscuridade… Nos disse, no entanto, o essencial: a vida eterna será uma comunhão plena, alma e corpo, com Cristo ressuscitado, compartilhar sua glória e sua alegria.

O Papa Bento XVI, em sua recente encíclica sobre a esperança (Spe salvi), reflete sobre a natureza da vida eterna desde um ponto de vista também existencial. Começa observando que há pessoas que não desejam em absoluto uma vida eterna, que inclusive têm medo. Para que serve – perguntam-se – prolongar uma existência que se revela cheia de problemas e de sofrimentos?

A razão deste temor, explica o Papa, é que não se consegue pensar na vida mais que nos modos que conhecemos aqui embaixo; enquanto que se trata, sim, de vida, mas sem todas as limitações que experimentamos no presente. A vida eterna – diz na encíclica – será submergir-se no oceano do amor infinito, no qual o tempo – o antes e o depois – já não existe. Não será um contínuo suceder-se de dias do calendário, mas como o momento pleno de satisfação, no qual a totalidade nos abraça e nós abraçamos a totalidade.

Com estas palavras, o Papa alude talvez, tacitamente, à obra de um famoso compatriota seu. O ideal do Fausto, de Goethe, é de fato precisamente alcançar a plenitude de vida e tal satisfação que o faça exclamar: «Detêm-te, instante, és tão belo!». Creio que esta é a idéia menos inadequada que podemos ter da vida eterna: um instante que desejaríamos que não acabasse nunca e que – diferentemente de todos os instantes de felicidade daqui de baixo – não terminasse jamais! Vêm-me à memória as palavras de um dos cantos mais amados pelos cristãos de língua inglesa: «Amazing grace». Diz: «E quando ali tenhamos estado há dez mil anos, / brilhando como o sol, / o tempo que nos fica para louvar a Deus / não será inferior que quando tudo começou» (When we’ve been there ten thousand years, / Bright shining as the sun, / We’ve no less days to sing God’s praise / Than when we’ve first begun.)


ZP08041805 – 18-04-2008
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